alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

30.8.25

 

Os portugueses e o Serviço Nacional de Saúde

 SNS: entre a dependência dos tarefeiros e a coragem política que faltava

Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS de Coimbra

Há unidades reféns dos tarefeiros — serviços inteiros funcionam a 100% com prestadores que ameaçam sair se o valor/hora não subir. E não faltam especialistas recém-formados que rescindem contrato e regressam logo a seguir… como prestadores.

Pior: multiplicam-se casos de profissionais vinculados a um hospital público que, em vez de reforçarem as suas equipas, optam por prestar serviços noutros hospitais do mesmo SNS — recebendo valores muito mais elevados pelo mesmo trabalho. Este mecanismo descapitaliza as próprias instituições e transforma o SNS num sistema que se autofinancia para dentro, mas sem ganhos de eficiência ou coesão.

Os nossos futuros médicos                                 Expresso 26-VI-1999

Neste processo, terão maiores probabilidades de entrar nas Faculdades de Medicina os jovens que mais precocemente tenham adoptado os valores sociais dominantes – o primado do sucesso individual num quadro de competição desapiedada. Não está provado nem creio provável que esses sejam valores indispensáveis para vir a ser bom médico.

O actual processo de selecção é socialmente discriminante; os estudantes de famílias de maiores recursos têm maiores probabilidades de sucesso – escolha dos melhores liceus, escolas mais generosas, explicadores. Não creio que esteja provado que este seja um critério relevante para vir a ser um bom médico.

Actualmente os jovens que entram nas Faculdades de Medicina utilizaram processos semelhantes para o conseguir; não creio que a homogeneidade seja um critério essencial a uma futura geração de médicos.

 

«Os portugueses e o Serviço Nacional de Saúde»

 Presidência da República – Problemas e Propostas para o Sistema de Saúde       INCM 1999

A meu vez, os problemas fundamentais dos Serviços de Saúde em Portugal decorrem de conflitos estruturais inerentes a:

A. Um Serviço Nacional de Saúde socialista burocratizado (social-burocrático)

B. Gerido por um governo liberal mas dirigista e centralizador

C. Com Médicos “funcionários públicos” que cuidam de

D. Um Público rendido à sociedade de consumo.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) que temos, generoso na sua matriz, é tão estimulante como a leitura do DR e tão flexível como o RDM. O diagnóstico da situação está feito com a autoridade do ex-Director-Geral da Saúde (Um sistema de cuidados organizado de forma conservadora, rígida, estática e defensiva face a todas as mudanças) 3. Se o queremos salvar, há que reformulá-lo.

Mas, quando toda a economia é capitalista e os valores dominantes são os do mercado; quando a liberdade é encarada como a possibilidade da escolha entre a Coca-Cola e a Pepsi, poderá esperar-se que um SNS, de matriz socialista e utópica, funcione bem?  Como poderá sobreviver Cuba, bloqueada.

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16.8.25

 

"Com os dentes cavamos a nossa sepultura"

Ouvido num Congresso de Medicina Popular, Vilar de Perdizes

Portugal carnívoro

Em 2024, cada português consumiu, em média, 124,3 quilos de carne e miudezas (mais 5,6 quilos do que no ano anterior*), segundo o Instituto Nacio­nal de Estatística.
* Em 2023 vigorou o absurdo IVA Zero para a carne

 É 5 vezes o máximo recomendado, mais do dobro do que consome um alemão. Esse valor coloca Portugal entre os maiores consumidores de carne da Europa, ao lado da vizinha Espanha

Grupos de menores assaltam estafetas de entregas de comida

Portugal lidera a despesa em alimentação na UE

Três mil e trezentos euros por ano foi quanto uma pessoa em Portugal gastou em alimentação, em termos reais, em 2024. Ajustado o nível de preços entre os Estados-membros da União Europeia (em paridades de poder de compra), este foi o valor mais elevado do ano.

Vendas de Ozempic atingem recordes e provocam novas roturas de stock

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16.7.25

 

Obesidade e primeira lei da Termodinâmica

 Confirmou-se o óbvio que Aquilino já diagnosticara há quase um século - esta sociedade “de pouca actividade e a abundante fécula”.  (Geografia Sentimental 1952) e a história portuguesa deste meio século confirmara: o papel fulcral da ingesta acima das necessidades na génese da obesidade. 

....  estimated energy intake was greater in economically developed populations, …. was associated with body fat percentage, suggesting that dietary intake plays a far greater role than reduced energy expenditure in obesity related to economic development.

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14.6.25

 

Reforma do Estado

  Programa do horário nobre de um sábado na TV pública dum país anafado mas com num Banco para alimentar a fome. Sugiro começar a reforma da programação da RTP.  

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13.5.25

 

Percepção

 rendimento real per capita das famílias portuguesas foi o que mais aumentou em 2024 entre os países da OCDE, ao subir 6,7% face a 2023.

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21.3.25

 

Em defesa da Europa e dos europeus

 Bastaria que os europeus prescindissem do supérfluo para que a Europa dispusesse de um orçamento mais do que suficiente para a defesa – militar, tecnológica, cultural e civilizacional –  e ainda com enorme benefício ecológico e da saúde e bem-estar dos europeus; dos actuais e dos vindouros. 
Os pacifistas participariam à sua maneira: em vez de fabricar armas inventariam desarmas que neutralizariam as do inimigo ou convencê-lo-iam a dialogar. Sun Tzu aprovaria.
Tornar a dificuldade em oportunidade.

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7.3.25

 

Metamorfose de cidadãos em consumidores

                                                       Mas um velho d'aspeito venerando
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:
—"Ó glória de consumir! Ó vã cobiça 
Desta vaidade, a quem chamamos Fama! 

Vivemos um momento crítico (palavra que significa “momento de decisão, de mudança súbita” – para pior ou para melhor e em que nada havia a fazer senão esperar – originalmente no contexto da Medicina) mas que já aconteceu muitas vezes na história::
Todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
tomando sempre novas qualidades.

E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto:
que não se muda já como soía
.
 
São o equivalente social de fenómenos geológicos (Terramotos, tsunamis por choque de placas tectónicas) ou biológicos (mutações por perturbações acidentais da divisão celular).
Numa perspectiva histórica recente a queda do czarismo e o súbito domínio comunista na Rússia nos anos 10 e, 20 anos depois, o nazismo que dominou ¾ da Europa, com o holocausto como cume da ignomínia, pelo povo mais bem preparado daquele tempo. No Pacífico o Império japonês (povo mais bem preparado daquele tempo) não lhe ficou atrás.
 Os nossos pais viveram esses tempos e poderiam escrever um texto semelhante. Stefan Sweig, refugiado no Brasil, suicidou-se por temer o fim da civilização.
E tudo o vento levou mas marcou o fim do domínio mundial pela Europa, o fim do mundo inglês, com a independência da Índia e, mais tarde, da China, actuais potências mundiais como o tinham sido até ao Sec XVI quando Vasco da Gama chegou à Índia. 

… uma mudança faz de mor espanto:
que não se muda já como soía.
 
Se queremos alterar a evolução da crise – algo reservado aos deuses do acaso – há que perceber como se chegou a esta situação em que a democracia é rejeitada pela maioria dos eleitores que optam por chefes, desiludidos pelos actuais  partidos democráticos.
A minha hipótese é que isto se deve à frustração de expectativas insensatas dos povos em que os cidadãos responsáveis foram sendo substituídos por consumidores insaciáveis convencidos de que tinham direito ao bem-estar sem os deveres respectivos. Direito que criam ser inato, como os fidalgos criam ser divino e, portanto, inquestionável; dever que atribuíam ao Estado (isto é, aos outros). Com isso ficaram reféns das leis mercantis do consumo que, sem regras, tende a crescer inexoravelmente como um cancro (Todo-o-mundo: O meu tempo todo inteiro, sempre foi buscar dinheiro). E que para isso não lhe basta satisfazer as necessidades dos clientes mas tende a criar necessidades supérfluas pela publicidade – com a cumplicidade de alguns dos criativos mais lúcidos* - flautistas de Hamelin cuja melodia arrasta os incautos ratos-consumidores para o desastre. Crendo ir para o prometido paraíso mercantil não se dão conta de vão a caminho de uma tragédia.
 
Há 80 anos, Salazar dizia que “O comunismo tende à subversão de tudo. E, na sua fúria destruidora, não distingue o bem do mal, o erro da verdade, a justiça da injustiça: o comunismo é a maior calamidade de todos os tempos".
Substituam comunismo por consumismo.
* vida de toda a gente que, sem visão própria nem noção de destino, labuta e preguiça todos os diasAlexandre O’Neil

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7.2.25

 

Será a economia estúpida?

 

1. Economia portuguesa cresce 1,9%

O produto interno bruto português cresceu, em termos homólogos, 1,9% em 2024. A economia foi dinamizada pelo consumo, que reforçou o seu papel de “motor” no ano passado.

* Não é absurdo considerar que o consumo dinamize (seja "motor") de economia?

** Não discutível que o consumo seja factor de Produto Interno Bruto? A menos que se trate de um sistema fechado, o que o termo interno sugere. Senão acontece o inevitável:

 2... após anos onde as exportações puxaram pela economia, as importações voltaram a dominar.

* Tenho uma dúvida: a dívida externa conta para o Produto Interno Bruto?

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24.12.24

 

Tesaurismose social

 Respigos

"Hoje tudo se compra e se paga, e parece que o próprio sentido da dignidade depende das coisas que se podem obter com o poder do dinheiro. Somos instigados a acumular, a consumir e a distrairmo-nos, aprisionados por um sistema degradante que não nos permite olhar para além das nossas necessidades imediatas e mesquinhas." 

Papa Francisco, Amou-nos, Edições Paulinas, 2024

* Sociedade de consumo gera doenças de acumulação - tesaurismose secundária.




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29.11.24

 

Só o consumo está a evitar a estagnação na economia portuguesa.

"foi a aceleração do consumo que permitiu que o PIB crescesse..."

Que o consumo faça crescer o produto interno é um absurdo económico; absurdo que faz crescer o caro défice externo.


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11.11.24

 

O clima está à venda

COP29 discute dinheiro para as alterações climáticas

A mensagem para a Conferência da Convenção das Nações Unidas (COP29), é clara: não estamos no caminho certo. É preciso dinheiro para trazer todos os países do mundo para um nível adequado de redução das emissões de gases com efeito de estufa e adaptação às alterações climáticas


* Noé e os escolhidos foram os únicos sobreviventes e ninguém lhes pagou para construir a barca.

Nota. O mundo aquece por causas naturais (nada a fazer) e humanas - o nosso modo de vida exotérmico - o atrito produzido pela circulação da moeda, mesmo a cripto, a limpa ou a virtual. Só a desaceleração o conseguirá. 

"Assim, a par do crescimento exponencial dos movimentos de bens e capitais, a globalização contemporânea caracterizou-se por enormes desequilíbrios nas contas externas, com efeitos negativos na estabilidade financeira internacional. Os países com elevados superavits comerciais reciclaram os seus excedentes financiando os deficits dos países com contas externas negativas. Isto permitiu aos últimos continuar a consumir, mas à custa de um endividamento crescente.
Estes desequilíbrios têm estado na origem das centenas de crises financeiras e recessões económicas ocorridas nas últimas quatro décadas em diversos pontos do globo (incluindo a crise do euro, que arrastou Portugal entre 2010 e 2013). O excesso de crédito e a especulação financeira dão lugar a bolhas no preço dos activos que, ao rebentar, originam recessões profundas."

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7.8.24

 

O que, na verdade, importa

 “Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado” – frase atribuída a Albert Einstein.

"Nem tudo o que se importa importa; pouco nos importamos com o que importamos."

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11.5.24

 

A história repete-se; as mesmas causas, os mesmos efeitos

Respigos

1. Na fase final, o império era, de facto, uma orgia coletiva espelhada em comportamentos desviantes e insatisfações materiais gerados pelo excesso. Poder, dinheiro, ambição e todas as baixas paixões do privilégio absoluto e da dissolução e corrupção das almas.   Clara Ferreira Gomes

 2. “Os jovens são maus e preguiçosos. Eles nunca serão como a juventude de antigamente. A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura.”                                                                              Numa cerâmica da Babilónia há 4000 anos.  José Gameiro 

3. As civilizações opulentas sofrem de fartura, vivem insatisfeitas mas morrem anafadas. 


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5.5.24

 

50 A . A história repete-se

 A jovem Aurora foi torturada - 16 dias e noites seguidas (450h) – para lhe extorquir informações úteis para a PIDE, a celerada polícia política do antigo Estado Novo. Esse processo estava a cargo dos seus agentes, cada um com seu papel – os óbvios polícias maus e uma que fazia de polícia boa, condoída da vítima.


50 anos depois, a cena repete-
se como farsa; a cela de extorsão é agora o palco da TV, onde um “polícia bom” convida Aurora a falar. A sedução em vez dos tratos de polé. Mas, quando obtém o que lhe interessa – uma história que propicie a audiência que à publicidade consumista importa – a “extorsão” é interrompida com um ramo de flores entregue pelo agente das empresas que o pagam, o vestem e o calçam , o caracterizam para que desempenhe esse papel de forma mais convincente.

Ao contrário do que acontecia antigamente, agora são as próprias empresas que financiam quem as a(de)nuncie com a conivência do povo consumidor em que o cidadão se deixou transformar. 50 anos depois, a liberdade é uma ilusão aproveitada por quem dela mais beneficia.

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22.4.24

 

Economia portuguesa

 Consumo vs investimento útil; a cigarra e a formiga

o país precisa de implementar políticas de desenvolvimento de longo prazo, ... São tarefas difíceis em qualquer democracia, por dois motivos. Primeiro, há muitas vezes uma tensão entre a satisfação das necessidades e reivindicações do presente e as prioridades do desenvolvimento futuro, o que constitui um dilema para quem chega ao poder através do voto popular. Ricardo Pais Mamede


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26.3.24

 

O veneno e o remédio

Na sua fúria mercantil, a publicidade não olha a meios.





  






O mercado ordena e os criativos - seus (mal) feitores) - criam; e os consumidores anafados queixam-se do IVA e do SNS ... e votam zangados. 
Os políticos que lhes não fazem a vontade perdem as eleições. Sem cidadãos (nem estadistas) não há orçamento nem democracia que resista.

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31.1.24

 

O hijab


 

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1.1.24

 

Inquéritos

A ver "as luzes e as montras
da Baixa de Lisboa
 como os portugueses fazem..."
Uma amostra
"Conclui-se que..."
Uma conclusão
- Faço o que vejo fazer, pelo Mundo...

- Ó Alma , is - vos perdendo ! Correndo vos is meter no profundo !
 

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24.12.23

 

O ciclo viciante do açúcar

Excesso --> obesidade  --> diabetes --> aterosclerose -> R/ >> $emaglutido

SNS  $              

̶

 

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12.11.23

 

E não se aprende nada?

Respigo

E é triste a ideia de que nada se aprende… nada se progride nesta zona maldita de uma governação que, cada vez mais, é feudo, não de quem tem ideias, projetos, objetivos, mas de quem sabe fazer negociatas com o dinheiro dos outros, seja dos contribuintes, seja da UE, seja de quem for. Negociatas sempre mascaradas de grandes ideias e desígnios, que, como se vê no caso atual, se forem ‘verdes’*, melhor ainda. Henrique Monteiro

* Mas será só o governo? Não serão também tantos oportunistas, chico-espertos e vigaristas que medram nesta sociedade consumista? Quantos nomes de instituições notórias poderiam substituir a palavra governação no texto acima.

Não é só o governo que tem de mudar, nem só o regime, somos nós que temos de mudar de vida, este modo de vida consumista que nos consome. O governo é uma amostra do que nós somos; uma amostra de conveniência.

* ou que tenham impacto social ou mediático.

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