alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

30.11.18

 

Vacina contra o cancro da cabeça



 1. “O Parlamento e bem..., ouviu quem entendeu. Ouviu a indústria farmacêutica, ouviu outras entidades e não ouviu a Direcção Geral de Saúde." 
A directora-geral da Saúde, Graça Freitas.
2. A proposta foi sustentada por pareceres de entidades como a Sociedade Portuguesa de Pediatria e o Parlamento recebeu o grupo de estudos do cancro da cabeça e pescoço, que recomenda a vacinação. 
3. “Tenho de assumir que os deputados não tomaram a decisão de ânimo leve, portanto decidiram qual o número de doses e quais as idades. Como são responsáveis, arrisco-me a presumir que até negociaram com os produtores um bom preço para cada dose.”
Manuel Carmo Gomes, epidemiologista, membro da Comissão Técnica de Vacinação  da Direcção-Geral da Saúde.

Pode dizer-se que foi uma deliberação sem pés nem cabeça mas não pode dizer-se que tenha sido sem cabeça nem pescoço.

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29.11.18

 

Estado crepuscular


… o rendimento disponível que chega aos bolsos dos portugueses ora se escoa em consumo importado ora sai alegremente para os bolsos do Estado em impostos indiretos.  João Duque

*Consumimos importados sem nos importarmos;
pagamos impostos que nos impostam.

Anestesiado, o país não se indigna. Luis Marques, 

Apetece gritar mas ninguém grita / apetece fugir mas ninguém foge. 

Um fantasma limita / todo o futuro a este dia de hoje. 

Torga, 1950

* O país que estava “amordaçado” está agora anestesiado? xanaxizado?
No consumo de ansiolíticos e antidepressivos, "estamos quase no dobro da média europeia".

 É o chamado "estado crepuscular"... só reage a temas fracturantes - IVA das touradas, programa "belief-based" de vacinas -  indiferente a consumo trepidante, economia rastejante, justiça preocupante, greves sequestrantes, teias enredantes, imprensa vacilante. 
No novo programa seria bem melhor incluir uma  vacina para isto. Não está à venda, é preciso descobri-la.

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26.11.18

 

Era pós-humana


Era uma vez...
Em 1936 Keynes enfatizou o papel dos espíritos animais, “animal spirits”*, (i.e.,emoções humanas) ... nas decisões dos agentes económicos do sector privado.
  A maior parte das transacções são, actualmente, realizadas por algoritmos automatizados inteligentes; já quase não há humanos nos mercados financeiros.
Com efeito, será difícil pensar em “animal spirits” e emoção humana quando  somente 10% das transacções serão baseadas em escolhas de humanos.

“Nós enquanto seres …, no âmbito do que se chamaria uma ética pós-humana, devíamos ter a capacidade de perceber as "emoções" desses outros que são os … humanos sobreviventes.” 2084 (Era Antropocena)

XZ, professor de Antropologia e Sociologia 

animal spirits—a spontaneous urge to action rather than inaction

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25.11.18

 

Não comer carne



Comer carne não é apenas uma opção; se não lhe dermos um nome – carnismo – não a veremos como ideologia, é apenas o “normal”. “Quando um comportamento — neste caso, comer animais — se torna uma escolha e não já uma necessidade, assume uma dimensão ética que não tinha antes.”
 Quem o diz é a activista vegan norte-americana Melanie Joy.

 “Pode-se tentar mudar com esforço a cabeça das pessoas, mas simplesmente perdemos o nosso tempo. Mudem-se os instrumentos que as pessoas têm na mão e, aí sim, mudar-se-á o mundo.”
Stewart Brand, um dos gurus da revolução digital em curso.

* Se é assim, proponho que se substitua o célebre cavalinho do prato – que levava as crianças a comer a sopa para ver o desenho do fundo – por um frango depenado, uma carcaça de bezerro ou uma perna de porco.


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24.11.18

 

Amarelos ou encarnados?


O Público hoje
sábado, 24 de Novembro de 2018

A "vida privada" (e a pública) dos touros bravos; a revolta dos "coletes amarelos".


* A revolta não será dos "coletes encarnados"?

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A tourada no prato


A tentação de civilizar por decreto em Portugal é antiga. O rei Pedro IV era tão liberal, tão liberal que terá afirmado que “Os portugueses hão de ser livres, queiram ou não” (Oliveira Martins). Em 1836, D. Maria II proibiu as corridas de touros em todo o reino; dois anos antes, o Mata-Frades também declarara extintos "todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e quaisquer outras casas das ordens religiosas regulares". Aconteceu o previsível: Chassez le naturel. Il revient au galop.
Voltemos à vaca fria. A criação “intensiva” de animais para alimentação humana é muitíssimo superior às “necessidades” mas sempre abaixo da nossa satisfação e da ambição do mercado. Sem falar do peixe.
Em Portugal foram consumidas, em 2015, cerca de 186.000 toneladas de carne bovina, de um total de 1.157.000 toneladas de carne. De suínos 465 mil; de capoeira 406 mil (INE).
Os que se insurgem contra as touradas argumentam ser um espectáculo onde “bárbaros” se divertem com o sofrimento dum animal. Os mesmos que frequentemente desfrutam o prazer de um enorme naco de carne (um beef é um boeuf morto).
Rejeitam a tourada na arena mas fruem-na no prato com os garfos por bandarilhas.
Se reduzíssemos a metade o consumo de carne – ainda acima das necessidades – sacrificaríamos metade dos animais criados para consumo. E com benefícios na saúde,  economia e ecologia. 
Dir-se-á que um matadouro não é espectáculo; é verdade que não há público a assistir “ao vivo” ao massacre naquele recatado ambiente mas, se se filmasse o que lá se passa, que grande audiência aquelas cenas em diferido não atrairiam.
Proibir as bandarilhas ou encontrar uma alternativa virtual (com lazer que rima com laser) não deixaria mais tempo para discutir política a sério?
https://www.publico.pt/2018/11/24/opiniao/opiniao/cartas-director-1852215

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20.11.18

 

Borda da pedreira de Borba




19.11.18

 

Clara voluntariosa


A caravana voluntariosa sabe o que a espera e não desiste.

 E, organizada como uma tribo de deserdados, nómadas desarmados, invasores miseráveisa caravana sabe aquilo que a humanidade sabe desde sempre.  Que a maioria faz a força. Que a fraqueza individual se reforça no coletivo, que sozinho ninguém chega a lugar algum. 
* Bendito país em que estes são os miseráveis deserdados; imaginam como serão os que lá ficaram?

No prefacio da Utopia, Thomas More diz que foi um marinheiro português que, numa taberna de Amsterdão, lhe falou dessa ilha perfeita. Onde ficava ele não disse. 
Então Thomas More chamou-lhe Nusquama, palavra que, em latim, significa "Em Parte Alguma". 
Erasmo, que era amigo dele, aconselhou-o a substituí-la pela palavra grega Utopos, que quer dizer a mesma coisa: "Em Parte Alguma". (Manuel Alegre Expresso 2002)

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16.11.18

 

A última corrida de touros na Arena da República



Vossa Majestade não pode consentir que os touros lhe matem o tempo e os vassalos. Se continuássemos neste caminho... cedo iria Portugal à vela.
 - Foi a última corrida, Marquês. 






P.S.   A civilização contra a cultura

A história da ideia de civilização não pode ser feita sem a referência à ideia de cultura, com a qual ela forma um par. E esse par ganhou uma importante configuração dicotómica — a civilização em oposição à cultura — que nos chegou da tradição romântica alemã. A reivindicação da Kultur contra a Zivilisation (vista com desconfiança como ideia muito francesa), a defesa da “cultura espiritual” e enraizada contra o cosmopolitismo e universalismo da ideia de civilização, democrática na sua essência. 

António Guerreiro



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14.11.18

 

Hábitos nutricionistas exagerados


Em Portugal, uma em cada dez pessoas vive com diabetes e uma em cada duas tem a doença mas desconhece que a tem.
Apesar disso, nos centros de saúde de todo o país só existem pouco mais de 100 nutricionistas. Ora, se mais de um milhão de portugueses tem diabetes, isto significa que cada nutricionista teria de seguir dez mil doentes com diabetes. Uma missão declaradamente impossível.
E tudo isto quando 80% da diabetes poderia ser evitável, se a população tivesse hábitos alimentares adequados.

Ptolomeu
"...cada nutricionista teria de seguir dez mil doentes com diabetes. 
... 80% da diabetes poderia ser evitável, se a população tivesse hábitos alimentares adequados."
A Bastonária dos Nutricionistas sugere que "todos" os diabéticos necessitam apoio de uma nutricionista? 
Entende que serão indispensáveis "nutricionistas" para que "a população tenha hábitos alimentares adequados"? 
Não será um hábito nutricionista exagerado? Triexagerado?

Nada pior para uma boa causa que um mau exemplo.

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Outra vez a viver acima das possibilidades?



Nos primeiros nove meses deste ano os empréstimos contraídos pelos portugueses na banca para comprarem carros, telefones, férias ou outros bens de consumo aumentaram 16% em comparação com os valores do ano passado.
lêem-se estes números e só por hipocrisia não se reconhece que o país está outra vez a cair numa perigosa espiral de endividamento.
É sempre possível temperar este discurso pessimista dizendo que os números registados pelo Banco de Portugal surgem após cinco anos em que as famílias (e o sector privado no seu todo) apertaram o cinto e reduziram o peso das suas dívidas de 270% para próximo de 200% do PIB..
Quando uma economia cresce 2,3% e o crédito ao consumo ronda os 20%, algo vai mal; é bom saber que há hoje em Portugal um clima de confiança, mas, como recorda a cada passo o Banco de Portugal, esse clima gera uma euforia que roça a irresponsabilidade. Manuel Carvalho

* Uma  análise tão pertinente como oportuna - no Dia Mundial da Diabetes. A diabetes do adulto (10% dos portugueses, dizem) e a sua mãe obesidade (1/3 dos portugueses) são o equivalente biológico da dívida e do défice e, todos, do excesso de consumo. Excesso muito acima das nossas possibilidades e, sobretudo, das nossas necessidades.

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11.11.18

 

Bloco trifásico


As ilustrações do Expresso são muito boas: esta, de Cristiano Salgado, é óptima. 
O artista vê o Bloco de Esquerda como uma estreita ficha Eléctrica - uma ficha macho trifásica para se ligar a uma tomada da sua rede Europeia e daí colher a Energia para as suas políticas distributivas. Dos três pinos não se sabe qual é o da ligação à terra.
Se "O socialismo é o poder do BE mais a electrificação"... só falta o poder.

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10.11.18

 

Banho de ouro



"A política precisa de um banho de ética" 


Rui Rio


Explicar a qualidade de uma semijóia para as consumidoras de forma clara é imprescindível para quem deseja ser uma revendedora de sucesso.
 Durante o banho a peça base — de latão — é envolvida por uma fina camada de ouro para criar uma semijóia.

* Não imaginava haver tantos joalheiros no grupo parlamentar do PSD.

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Os desastres da guerra

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"Les contes cruels", de Paula Rego

Marcelo Rebelo de Sousa vai estar nas comemorações do centenário do Armistício, visitando exposições sobre os horrores da I Guerra Mundial  

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Putrefacção da cidadania


Sociobiologia atrevida
Os novos ditadores nascem dentro da democracia e têm votos. Muitos votos. Cumprem uma das condições democráticas essenciais: são eleitos e mandatários da soberania popular expressa pelo voto.
 é da dissolução da democracia por dentro que se trata … e… o ar fica irrespirável.       JPP 
* É a putrefacção "devida às atividades das bactérias do intestino que digerem as proteínas e excretam gases (como metano, cadaverina e putrescina) com um forte odor desagradável." (Wikipedia)
Bactérias anaeróbias, que proliferam em ambientes confinados.

Ar livre, que não respiro! 
Ou são pela asfixia?

Miséria de cobardia
Que não arromba a janela
Da sala onde a fantasia
Estiola e fica amarela!

Ar livre! Correntes de ar

Por toda a casa empestada!

Torga 1952

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9.11.18

 

Engolir sapos


Em Porto da Lage, minha aldeia, dizia-se "marmelos verdes" em vez de sapos; mais verosímil e também disfágico.

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8.11.18

 

Lobisomens na AR, fantasmas nas fronteiras XXI



A Assembleia da República vai começar a discutir dois projetos de lei para regular a representação de interesses, o chamado lobbying

Este é o tema em debate no programa Fronteiras XXI, esta noite, na RTP3.

Onde Pára o Poder?  Fronteiras XXI RTP3

Com o ex-Presidente da República do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, o CEO do Lloyds Bank, António Horta Osório e a administradora do grupo Media Capital, Rosa Cullell. 
1. Vi o programa durante uma hora. Até lá ainda não se tinha falado no poder do dinheiro; mudei de canal.
Em Porto da Lage, minha aldeia, o Henrique Narciso contava com humor a receita de "coelho a caçadora com massa". Começava assim: Cortam-se as batatas às rodelas…
2. Se naquele tempo soubéssemos o que era lobbying, logo surgiria a pergunta: com se chamam aos agentes dos lobbies
- Lobisomens, claro, responderia a Carolina.

A licantropia* era uma doença mental; uma mania. O doente julgava que era um lobisomem; que podia transformar-se em lobo. Nas noites de quinta para sexta-feira, à meia noite, os lobisomens vão espojar-se nos sítios onde os animais se espojam e transformam-se num animal igual. 
É o seu fado, não é por maldade. Porque os lobisomens são muito infelizes, sofrem muito.
João Aguiar. A Encomendação das Almas. Finisterra, 1997
* Symptomas e Tratamento da Lycanthropia (Sec XVIII)

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5.11.18

 

Sociodinâmica pendular



Teresa de Sousa: Como é que um país que elegeu Obama consegue eleger logo a seguir Trump? 

Madeleine Albright: 
A explicação mais lógica é que ambos, Obama em 2008 e Trump em 2016, foram vistos como candidatos que representaram a mudança. Se as pessoas se sentem infelizes com o status quo, uma boa parte delas sentir-se-ão tentadas a votar em alguma coisa diferente, independentemente da ideologia ou do partido. Isto é verdade, mesmo que Trump e Obama representem mudanças completamente diferentes.

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Política cidadania



Não há democracia sem cidadãos

Madeleine Albright: Não podemos salvar a democracia sem confiança no julgamento dos cidadãos democráticos.

* Não podemos salvar a Medicina sem confiança dos cidadãos doentes.


* O problema é que cada vez há menos cidadãos e mais consumidores.

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Medicina e Política



1. Política
Teresa de Sousa:
- Nas democracias maduras, as pessoas estão descrentes dos partidos tradicionais. Deixaram de confiar neles, pelo menos tanto como confiavam anteriormente. É este o maior problema que as democracias enfrentam hoje?
Madeleine Albright:
- Sim. Hoje em dia e por várias razões, é difícil aos governos satisfazer as expectativas da opinião pública. Por isso, muitos cidadãos sentem-se insatisfeitos com os partidos tradicionais e dão o seu voto a alternativas que são novas ou extremas. O que, muitas vezes, conduz a governos que acabam por ser ainda piores.

Medicina
Nas sociedades opulentas, as pessoas estão descrentes da Medicina actual. Deixaram de confiar nela, pelo menos tanto como confiavam anteriormente. É este o maior problema que a Medicina enfrenta hoje?
- Sim. Hoje em dia e por várias razões, é difícil aos Sistemas de Saúde satisfazer as expectativas da opinião pública. Por isso, muitos cidadãos sentem-se insatisfeitos com à Medicina tradicional e dão o seu voto a alternativas que são novas ou extremas. O que, muitas vezes, conduz a resultados que acabam por ser ainda piores.

2. Política

Madeleine Albright:

Não podemos salvar a democracia sem confiança no julgamento dos cidadãos democráticos.

Medicina

* Não podemos salvar a Medicina sem confiança dos cidadãos doentes.

3. Médicos, deputados e partidos

 importa insistir nesta ideia. Peças cruciais da democracia-liberal — os partidos e os media do establishment —, habituais intermediários entre o cidadão e o exercício do poder, estão hoje a ser abalados. Entre ambos, políticos e media, existia um largo consenso que sustentava as referidas (auto)limitações da democracia.
Cada vez menos cidadãos aceitam a representação política (e os media), como no passado, como um filtro e um “educador” das “boas” opções políticas.
JP Teixeira Fernandes
* Onde se lê "intermediários entre o cidadão e o exercício do poder" poderá ler-se médicos, também nós, intermediários entre os doentes e os milagres da Medicina e em cuja competência confiam. Ou não.

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A bolsa ou a vida?


Quando lhe apontam a estrela, os tolos olham para o dedo; 
para a bolsa, 
para a Bolsa.
"A bolsa é o órgão mais inervado do homem"
Hélio Coutinho, Professor de Histologia e de muitas outras logias.

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O que fazer durante um sismo?


A acção "A Terra Treme" - três gestos de autoprotecção: baixar, proteger e aguardar.
* Há 60 anos, o nosso Professor de Medicina, Augusto Vaz Serra - um clínico notável, costumava citar uma máxima: “Quando a onda vem, a gente agacha-se e espera que ela passe para se levantar.” 
Só mais tarde dei conta da sabedoria de aguardar a oportunidade para actuar – a clássica expectativa armada em Medicina; da “Guerra e Paz”, o general Kutusov é o personagem que mais me toca.

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4.11.18

 

Pegada ecológica


Sempre é verdade que consumimos acima da nossa capacidade; 3 vezes mais
E a alimentação é o elemento que mais pressão traz aos ecossistemas; metade deste é devido a carne e peixe.
* O excesso de peso acentua a pegada de deixamos no chão.

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1.11.18

 

Ditaduras e ditamoles

Marcelo preocupado com o crescimento das ditaduras


As ditas, ele há-o-as duras e moles, são como  a Coca-Cola - a princípio estranham-se e depois entranham-se. 
Há a do consumo, a da droga, a dos antolhos, a da ideologia de cartilha, a do politicamente correcto, a da publicidade, a da maioria, a das minorias que mais reclamam ... tantas.

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Em memória dos esquecidos


Dia de todos os santos, daqueles que não têm dia nem nome, daqueles que, apesar de obras valerosas, vão sendo esquecidos.
Era em memória deles os bolinhos que os miúdos pediam, de porta em porta, em alegre algazarra. Era uma liturgia sem crença.(a
O meu melhor bolinho foi ter regressado de Angola, neste dia, ... branco, frio, a este rio Tejo de Lisboa

a) P.S. Melhor, que perdeu a memória, como o organista que perdeu a Fé.  Presumo que tudo começou quando o catecista convenceu os catecúmenos a irem recordar aos vizinhos que aquele seria o dia de todos desconhecidos; os vizinhos agradeciam a inesperada visita com o que tinham à mão - frutos secos e bolos. 
Agora, a descrença religiosa fez emergir a primitiva bruxaria medieva; a embriologia explica essa regressão.

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Reciclarte


O que se aprende nos museus: a reclicar-te.


M. Azeredo Perdigão
CCBerardo








     Pense duas vezes antes de deitar lixo fora.





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Fátima Bonifácio do Restelo


É extraordinário como mentes brilhantes se enganam a si mesmas tão facilmente!
É extraordinário como o sectarismo pode cegar mais do que a real doença da cegueira!
A esquerda, não só radical, não percebe nada do que se está a passar no Mundo.
 Mais: recusa-se a perceber.

Quantas vidas a ela honestamente dedicadas não mergulhariam na mais frustrante das desilusões, 
de quantos sonhos esfarrapados se não teceriam os lençóis que tapam os caixões!
 E, sobretudo, a que margens, 
a que praias arribariam os náufragos fugidos do navio em lento mas inexorável afundamento?
A que ramagens, a que galhos se agarrariam? 

"Mas um velho d'aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:


—"Ó glória de mandar! Ó vã cobiça 
Desta vaidade, a quem chamamos Fama! 
Ó fraudulento gosto, que se atiça 
C'uma aura popular, que honra se chama! 
Que castigo tamanho e que justiça 
Fazes no peito vão que muito te ama! 
Que mortes, que perigos, que tormentas, 
Que crueldades neles experimentas!




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