alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

31.1.08

 
Socioegoísmo portuga

1.Desde que os doentes a quem é atribuída alta dos cuidados agudos «têm direito a um período de reabilitação suportado em parte pelo Estado» (Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados) «as famílias não querem levar os doentes para casa». Manuel Delgado, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares. Tempo Medicina 1.º Caderno de 2008.01.28

2. Os portugueses são os europeus que mais negativamente avaliam as políticas sociais do Governo, sobretudo as relativas ao desemprego, às condições de vida dos idosos e aos serviços de saúde.

3. Famílias portuguesas gastam cada vez mais. Os portugueses são dos europeus que mais gastam em electrónica. Viagens e beleza também estão em alta.


* Os portugas estão tão absorvidos em melhorar o seu nível de vida que não hesitam em culpar o Estado de lhes não dar aquilo a que julgam ter direito; não hesitam em deixar os parentes nos hospitais até que o SNS os devolva perfeitamente recuperados para que não os sobrecarreguem. A pretexto de qualquer mal-estar, levam-nos aos hospitais para que não estorvem as viagens de férias. Moribundos, para lá os levam para que não lhes morram em casa.
Se o moribundo é hospitalizado porque não o convalescente?

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Inumeracia mediática

Os portugueses chumbam o Governo, dando-lhe uma nota final de 2,45 numa escala de um a cinco.
Os espanhóis classificam a actuação dos seus governantes com 3,04 e os alemães fazem uma avaliação mais positiva (3,06).
João Freire, Trabalho e Relações Laborais, Instituto de Ciência Sociais da Universidade de Lisboa. CÉU NEVES

Se os portugueses chumbam o governo com 9,8 valores, imaginem que nota dariam à jornalista para quem 3,06 é "uma avaliação mais positiva" que 3,04.

 
Caixa de velocidades

Seria mais barato para o País, e melhor para a nossa saúde, guardar o ministro do que remodelá-lo e começar do zero. A sua substituição, neste momento, só pode ter um sentido político: pôr a reforma em ponto morto. MªJosé Nogueira Pinto

*Na vida como nas perguntas de escolha múltipla, as opções absolutas (nunca, sempre, só um) são de excluir - quase sempre são armadilhas.
Nas curvas apertadas, é prudente reduzir para manter o carro seguro. Só nas caixas automáticas é possível reduzir sem passar pelo ponto morto.

 
Causalidade reversa

É fatal, sempre que um ministro da Saúde visita o H. Pediátrico, cai pouco tempo depois.
Ou o Pediátrico tem mau olhado ou os ministros só o visitam em situação terminal.
Mau olhado ou mal olhado?
Pediátrico finalmente independente?

30.1.08

 
respigo
Um post clássico

Miguel Veiga: "lhe repugnavam tanto a baba dos demagogos como a verborreia dos populistas". Público 30-1-2008

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O receio é uma doença contagiosa empolada pelos media e difícil de combater

1. The public concern that thimerosal in vaccines is linked with autism has been a difficult concern to shake, despite several large epidemiologic studies that do not support the link. W.T. Basco, Jr
2. O receio de que o encerramento das pequenas maternidades leve a um aumento dos partos em ambulâncias tem sido difícil de contestar apesar dos dados contradizerem essa associação.
a) Número de
nascimentos em ambulâncias sem precedentes.
b) De acordo com o ministro da Saúde, em 2004 realizaram-se 126
partos em ambulâncias ou carros, em 2005 eram 86 e em 2006 passaram para 81.

 
Reformas com as mãos na massa

A. O principal desafio da nova ministra será ter capacidade para descer ao terreno e falar com as pessoas. Só assim poderá perceber ainda melhor quais são as matérias em que é preciso avançar e quais são os problemas em que há margem de recuo. C. Sakelarides, JN 30-01-2008

B. "Não é possível ter a pretensão de
reformar a ...... sem ouvir aqueles que, com um saber de experiência feito, conhecem como ninguém o quotidiano da vida ..... e todos os dias lidam com milhares de processos nos ....." P.R.

Uma história clínica: Foi desta maneira ("descer ao terreno e falar com as pessoas") que a primeira Comissão de Saúde Materno-Infantil (1989) fundamentou as suas propostas que foram concretizadas pelo MS (Leonor Beleza e mantidas pelos seguintes) e cujos magníficos resultados mostram que é possível introduzir reformas exequíveis no SNS, sem o perverter e com o apoio dos “interesses profissionais ou paroquiais" e sem a oposição d"os atavismos políticos e ideológicos.” Apoio e resultados que se mantêm até hoje mercê da adequação das medidas e do entusiasmo persistente dos que com um "saber de experiência feito, conhecem como ninguém o quotidiano da vida ..... e todos os dias lidam com milhares de processos nos Centros de saúde e nos Hospitais".
Dessa Comissão fazia parte Torrado da Silva, o primeiro director do S. de Pediatria de H. Garcia de Orta que justamente escolheu Ana Jorge para a sua equipa; mais uma razão para confiar.

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reformas

"Decididamente é impossível fazer reformas contra os interesses estabelecidos, contra as visões localistas e contra o clamor demagógico dos media". Vital Moreira. Público 30-1-2008
"Os portugueses hão de ser livres, quer queiram, quer não". D. Pedro IV ao largo do Mindelo (laracha de Oliveira Martins).
Sem armadas de Pedros IV é impossível fazer reformas em Portugal.
É impossível fazer reformas desta maneira.

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A remodelação
O malefício da suspeita. Um editorial onde o processo de intenção "Entra pelos olhos dentro".

1. Entra pelos olhos dentro que esta é uma remodelação …para garantir …. ganhar as eleições de 2009. JMF. Público 30.01.2008
2. Ana Jorge … é alguém que sempre que passou por lugares públicos no sector (1,2) se distinguiu por uma visão muito estatista e total aversão a fórmulas de gestão privadas. Quando esteve à frente da Administração Regional de Saúde de Lisboa, criou um problema com o Hospital Amadora-Sintra que acabou na sua humilhação pública quando uma comissão arbitral deu toda a razão ao hospital.
3. A "esquerda caviar" está, de certa forma, de regresso ao Governo e à pasta da Cultura.

4. O regresso ao Governo de Costa Lobo, um elemento da equipa de Sousa Franco, ministro das Finanças, e se nos recordarmos de como o "monstro" foi alimentado nesses anos de optimismo guterrista, o quadro político começa a ficar completo. JMF. Público 30.01.2008

1. Desde 2001 a dirigir o serviço de Pediatria do Hospital Garcia de Orta, depois de ter estado à frente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (1997 - 2000), Ana Jorge trabalhava a tempo inteiro no H. Garcia de Orta. Não fazia medicina privada. Público 30.01.2008
2. Segundo a Inspecção-Geral das Finanças (a ARS) o Estado teria pago indevidamente 75 milhões de euros ao hospital; um tribunal arbitral concluiu que foi antes a sociedade gestora que foi lesada e não o Estado. Uma auditoria posterior do TC confirmou que o prejuízo foi do Estado. Foi este o “problema que a ARS criou” segundo JMF. Será humilhação pública, quando uma comissão arbitral (José de Mello Saúde, SGPS, SA /Estado) deu razão à José de Mello Saúde, SGPS, SA quando a Inspecção-Geral das Finanças e o TC entendem o contrário?

 
Pediatras no poder

Ana Jorge ministra da Saúde é pediatra; Luis Filipe Menezes (Presidente do PSD) e Miguel Leão, ex-candidato a bastonário da OM, são neuropediatras. Pediatra era também Agostinho Neto.
Michelle Bachelet a actual presidente do Chile também é pediatra como o era Villeda Morales o presidente que iniciou a reforma agrária nas Honduras.
Mas também eram pediatras, George Habash, fundador do Popular Front for the Liberation of Palestine (PFLP) "marxista-leninista com muito orgulho" e cristão, rival do muçulmano Arafat (Público 29.01.2008), e Abdel al-Rantissi, o chefe do Hamas em Gaza, um terrorista que se chamava a si mesmo o pediatra da morte. E não se referia a eutanásia. E Ayman al-Zawahiri, sub-chefe da Al Caída, também é pediatra
Seria interessante procurar saber o que terão em comum.

 
Martin Moniz

Correia de Campos bateu-se galhardamente por uma boa causa mas com processos desastrados; avançou mal acompanhado e acabou sozinho, entalado na fresta que abriu.

É cedo para a homenagem; tempo para o abraço

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27.1.08

 
A HISTÓRIA DA ÍNDIA (RTP2)

Último episódio de uma excelente série; com o selo da BBC Michael Wood quase nunca falou de Portugal.

 
O enigma (>6 anos)

Por troca, o LusoMundo distribuiu o making of de Manoel de Oliveira.

 


 
Prato como escudo nacional.
Um país pobre, gordo e endividado.


1. Portugal é um país pobre; 1/5 dos portugueses estão abaixo do limiar de pobreza.
2. Portugal é um país gordo; 1/3 dos portugueses têm excesso de peso.
3. Portugal é um país de casas de pasto; tem “três vezes mais restaurantes do que a média europeia”.
4. Portugal é um país estranho onde os pobres são mais gordos que os ricos.
5. Portugal é um país preguiçoso; não anda, não passeia, usa elevador para descer.
..............Portugal é o país mais sedentário da UE. PAN-European Survey de 1999.
..............Menos de 10% dos portugueses pratica exercício físico.
6. Portugal é um país onde nos querem convencer que para fazer exercício é necessário ir ao ginásio (de carro).
7. Portugal é um país pobre e endividado.
8. Portugal é um país cuja eficiência é metade do padrão; precisamos de repetir tudo – até a açorda.


Portugal gasta 500 milhões de euros por ano com a obesidade. E em vários países europeus já representa 5% do total da despesa pública com a saúde. J.Pereira e Céu Mateus.


Perante isto, a ADEXO clama apoio do Estado para os obesos apesar de reconhecer serem raros os gordos que tentam perder peso com uma alimentação saudável ou exercício físico; a Associação Portuguesa dos Nutricionistas reclama emprego para os seus sócios com o apoio da Profª Isabel do Carmo que “defende a presença de nutricionistas e dietistas nos centros de saúde” e absolve os obesos "Quem é obeso não o é por culpa própria, há factores sociais" Público 26.01.2008, misturando culpa com causa.
Tentar combater a epidemia de obesidade com mais nutricionistas equivale a tentar combater a epidemia de cárie dentária com mais dentistas.
Em vez de uma estratégia coerente de promoção de consumo racional e combate enérgico ao consumo induzido, prefere-se ensinar a escolher alimentos de baixo valor calórico… para satisfazer a gula nacional e o lucro dos fornecedores.
Quando a ASAE tentou fechar metade das casas de pasto, P. Portas acusou-a de agir "com mais espectacularidade do que bom senso". A economia portuguesa não está para este tipo de coisas." P. Portas. Público 14-1-2007
Em vez de promover o exercício físico no dia a dia, a marcha e o passeio ao ar livre, baixou-se o IVA dos ginásios … que mantiveram os preços.
"A economia portuguesa não está para este tipo de coisas."
P. Portas. Público 14-1-2007
Não admira que os portugueses sejam pobres, gordos e endividados e que os lucros dos bancos portugueses sejam escandalosos.

26.1.08

 
E a criança perdida entre os papéis.

A saga de Denora, uma “senhora muito esperta” contra a indiferença burocrática.
Armando Leandro, presidente da Comissão Nacional de Protecção de Menores contra a secretária de Estado adjunta e da Reabilitação: "A família de acolhimento não é uma via para adopção." “as famílias de acolhimento …podem não reunir as características indicadas, que não são necessariamente iguais para o acolhimento ou para adopção".

A ler+++

 
"em que tipo de sondagens confia?

Quase metade (42%) dos portugueses dizem confiar nos professores, muito acima dos valores dos que dizem confiar nos líderes militares e da polícia, nos jornalistas, nos líderes religiosos e nos políticos (24%, 20%, 18% e 7% respectivamente).
A Gallup perguntou «
em qual deste tipo de pessoas confia?», indicando como respostas possíveis políticos, líderes religiosos, líderes militares e policiais, dirigentes empresariais, jornalistas, advogados, professores e sindicalistas ou «nenhum destes», tendo esta última resposta sido escolhida por 28 % dos portugueses.

*É curioso que a Gallup não tenha referido os médicos, em quem os portugueses mais dizem confiar, a fazer fé em inquéritos recentes.
Seria interessante ques se perguntasse também qual a confiança que este tipo de sondagens merece aos portugueses.

25.1.08

 
Sociobiologia atrevida
Contrastes destes é difícil compreender

Homens, mais velhos, mais pobres e mais ignorantes são os mais gordos; 2,4% dos portugueses adultos tem peso a menos, 39,4% têm peso a mais e 14,2% são obesos.
Prevalência da Obesidade em Portugal.

1. A percentagem de portugueses com peso a mais é a mesma (40%) da que estaria abaixo do limiar de pobreza, não fossem as transferências sociais - as pensões, os abonos, os subsídios de desemprego e outras. (INE) Público 16.01.2008.

2.
Os adultos portugueses mais gordos são homens, velhos, pobres e ignorantes. É estranho que os portugueses mais pobres sejam mais gordos quando 20% portugueses mais pobres dispõem de um rendimento 7.4 vezes inferior ao dos 20% mais ricos. Eurostat 2003

3. O que terá a ver com o facto dos certificados de
aforro serem vez menos procurado pelas pequenas poupanças. Metade dos 18 milhões de euros aplicados em certificados é detida por 6% dos subscritores.

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A ASAE do MS 3

Se desta forma se trata um bom hospital que recusa as normas padrão que o MS lhe quer impor, imagina-se a consideração em que serão tidas as pequenas unidades ou os problemas dos utentes marginais ou excêntricos ao plano todo-poderoso. O diálogo do CODU com o bombeiro de Favaios é um bom exemplo da sobranceria com que o sistema central trata o executor local.

 
A ASAE do MS.2

Os objectivos instrumentais da actual reforma são excelentes: A primeira passa pela mudança da gestão dos serviços públicos, no sentido de mais autonomia e mais responsabilidade dos gestores, profissionalização da gestão, financiamento pelo volume e qualidade dos cuidados prestados, avaliação de desempenho... Vital M. Salvação do SNS. Público 22.01.2008.

*Excelentes princípios fáceis de enunciar mas difíceis de concretizar com senso. Não sei se terá aumentado a autonomia e responsabilidade dos gestores mas seguramente aumentou o seu poder e o preocupado desígnio de ter que levar, custe o que custar, a carta a Garcia. Tendo ou não aumentado a autonomia e responsabilidade dos gestores, seguramente se desprezou a autonomia e responsabilidade das unidades funcionais prestadoras de cuidados.
Salvo as Unidades de Saúde Familiares, nem os Serviços hospitalares nem os médicos mais diferenciados sentem essa delegação de confiança e responsabilidade; pelo contrário, sentem-se cada vez mais constrangidos por uma asfixiante burocracia desconfiada.
O que se verifica é uma hostilidade militante contra todas as unidades que se não encaixem no plano quinquenal que se programou para salvar o SNS. São-lhes indiferentes as provas dadas, a “avaliação do desempenho” e a confiança dos utentes; se se não integrarem no plano, não terão futuro – como acontecia a quem se não convertesse.
É lhes indiferente se esta atitude corrói o espírito de corpo que dá vida a uma instituição, se o entusiasmo e a dedicação de anos esmorecer; se se não acomodarem ao modelo pronto-a-vestir, poderão sempre emigrar…
Enquanto Correia de Campos for ministro da Saúde, «o Hospital Pediátrico de Coimbra nunca será independente; apenas poderá escolher entre o CHC e os HUC."

O exemplo da progressiva tentativa de dissolução desse Hospital, uma instituição com provas dadas, é paradigmático: autonomia cerceada, personalidade estrangulada, expectativas frustradas.
Tentam substituir o nome Hospital Pediátrico pelo de Departamento de Pediatria do CHC, apagaram todo o seu historial da net, chegando ao cúmulo de suprimirem o acrónimo hpc do endereço de e.mails (securg@chc.min-saude.pt). Os emblemas identificadores dos médicos foram substituídos; nos actuais, o nome do Hospital foi substituído pelo do CHC.

Centraliza-se tudo o que é possível – criou-se um Departamento de Formação Contínua do CHC; o certificado de frequência de um Curso de ventilação em PEDIATRIA, ministrado por pediatras do HP e atribuído a médicos do HP é assinado pelo Departamento de Formação Contínua e pelo Conselho de Administração do CHC. O certificado indica a naturalidade, sexo, data de nascimento, nº de BI, a duração do curso (16 horas e 30 minutos) mas nunca refere o Pediátrico.

Mesmo no cartaz do estaleiro do novo hospital, o nome Hospital Pediátrico mal se lê eclipsado pelo do Ministério da Saúde. O cilindro triturador esmaga a areia recalcitrante.

Não admira que os médicos do Hospital Pediátrico de Coimbra se tenham sentido “magoados, esgotados e indignados”.
Curiosa via de salvar o SNS quando a ASAE do MS trata desta forma um dos exemplos de sucesso do SNS.

 
A ASAE do MS

Há grande semelhança entre a actual reforma do SNS e a actuação da ASAE.

1. Vital Moreira defende a reforma em curso do SNS usando os mesmos argumentos teleológicos de Correia de Campos (a reforma é indispensável e estas medidas darão bons resultados) … não tem fundamento a tese de que as políticas de saúde em curso estão a "destruir o SNS".
Vital Moreira. Salvação do SNS. Público 22.01.2008.

*Poderá não ser intencional, creio mesmo que as intenções são as melhores, mas a maneira como se está a tentar salvar o SNS leva, se não à sua destruição, pelo menos ao sentimento de que poderá morrer antes que se cure; ou que poderemos morrer antes que o Neo-SNS nos atenda.
Tende a reduzir toda a crítica a meros “interesses profissionais ou paroquiais e os atavismos políticos e ideológicos.”
2. É curioso ler o balanço que JM Júdice faz da actuação da ASAE, a meu ver extrapolável para a do MS.
Em primeiro lugar há que reconhecer que, antes da ASAE, era muito maior o grau de tolerância para com quem não respeitava as regras.

Em segundo lugar, a forma; um ponto negativo de quem não definiu para ela uma estratégia em que a pedagogia começasse por ser mais decisiva do que a punição.
Em terceiro lugar, a legislação. Os factos parecem evidentes: a insensibilidade dos legisladores e regulamentadores … perante o mundo real é impressionante. Ponto negativo para quem faz leis tantas vezes absurdas.
Em quarto lugar, a actuação da ASAE no terreno muitas vezes …não pondera as circunstâncias do caso concreto. E é preciso que o Governo perceba o que de razoável existe nas queixas de muitos.
É preciso simplificar, é preciso diminuir os custos, é preciso reduzir os exageros legislativos e regulamentares, é preciso olhar para o mundo real.
Se tudo isto acontecer… longa vida à ASAE. Todos lhe temos de ficar gratos. José Miguel Júdice. Viva a ASAE. Público 25.01.2008

24.1.08

 
Baçaim/Vasai
Vasar
Nuno/ ИuИo

Quase quinhentos anos depois, ainda há quem escreva o N às avessas.

 
Baçaim

O primeiro capitam que edificou esta fortaleza foi Garcia de Sá por mandado do governador ИuИo da Cunha na era de 1536.

 
O capital de Vasai

O presidente da Microsoft afirmava há tempos que 30% dos novos especialistas em informática provinham das universidades indianas. De facto, a Índia propõe-se passar dos actuais 600.000 engenheiros e técnicos em informática a "produzir" um milhão por ano. E. Viassa Monteiro. Público 24.01.2008.

Pelos carreiros das ruínas de
Baçaim, a antiga “Capital das províncias do Norte”, crianças de Vasai vão á escola.

 
Energia renovável

 
Apoio ao uso de energias renováveis?

Em 2020 um terço da energia portuguesa terá de ser renovável. Público 24.01.2008

*Paguei 500€ pela revisão do painel solar; a conta incluía 21% de IVA.

 
A saúde das Parcerias Público Privado

Missão PPP-Saúde gastou 8,4 milhões em "estudos, pareceres e projectos de consultoria"
Público 24.01.2008

 
Associados de CV& a assessorar os jogadores de cartas

A empresa CV&A trabalha com a Caixa Geral de Depósitos. A essa assessoria juntou a da candidatura de Carlos Santos Ferreira ao BCP e ajudou-o a lidar com as fortes críticas de Luís Filipe Menezes, com quem negociava o contrato com o PSD. E antes aconselhava Jardim Gonçalves na luta interna do BCP, que defendia Filipe Pinhal para o lugar que acabou por ser de Santos Ferreira. Público 24.01.2008

23.1.08

 

Passeio suburbano


A horta possível

 
Passeio suburbano



 
Passeio suburbano

A bandeira enrolada, à espera.
A corda da roupa.
A antena.
Os fios nos paus.

 
Um quinto dos medicamentos receitados não são utilizados
Metade dos medicamentos não são necessários

Mais de um quinto (21,7%) dos comprimidos receitados não foram tomados pelos doentes. Em metade destes casos, isso ficou a dever-se à inadequação da dimensão das embalagens. "Em metade das embalagens há alguma forma de desperdício. Pode ser só um comprimido [que não é usado] ou muitos". Outra metade deve-se à não adesão ou interrupção do tratamento pelos doentes.
Associação Nacional de Farmácias e Instituto da Qualidade em Saúde.

*Enquanto em Portugal se vendem duas vezes mais medicamentos que nos países-padrão, o CDS defende o sistema unidose que evitará que se desperdice um décimo que “pode ser só um comprimido…”.

Nada pior para um sério problema que uma má solução.

 
Não há mortes naturais?
os malefícios provocados pelo desconhecimento

E se alguma coisa tivesse sido diferente? Se, no instante supremo, no instante pequeno, redondo e urgente, a mão da ciência, o auxílio preciso, o diagnóstico vigilante estivessem onde deviam estar?
Não há mortes naturais.
Acaso não fosse preciso telefonar - acaso a Urgência não houvesse sido encerrada, acaso, acaso, acaso as coisas seriam outras. Os acasos ilustram, aqui, os malefícios provocados pelo desconhecimento.
Baptista-Bastos. Os jogos do acaso.

Os malefícios da mão da ciência e da sensatez não estar onde devia estar.
A morte súbita inesperada dos lactentes é a maior causa de morte de bebés de menos de um ano nos países desenvolvidos. A causa é desconhecida; o risco é maior nos bebés que dormem de bruços, em leitos moles, demasiado agasalhados e se há quem fume em casa.
Lancet

Nada pior para uma boa causa que um mau argumento.

22.1.08

 
Publicidade rebuçada

"Os vilões e os heróis - impacto na atitude do consumidor em relação ao product placement"
Colocar as personagens de uma telenovela a consumir produtos de uma determinada marca como se fossem adereços é uma prática de publicidade "encoberta" (product placement).
Não interessa se são vilões ou heróis que usam o produto, o que interessa é a identificação entre consumidor e personagem -- tanto os bons como os maus. José Dias (ISCTE). Público 22.01.2008

* Uma estratégia útil para ensinar jovens pais a lidar com os pequenos problemas dos filhitos.
Evitaria muitas preocupações, aliviaria as “consultas abertas” e diminuiria o impacto da publicidade “encoberta”.

 

Em vez da Quadratura, a Decagonatura do Círculo

21.1.08

 
Um passeio suburbano

1. A valeta

A princípio estranha-se…
.
.
.
.....
.
2. A beira do caminho
Depois espera-se que se entranhe na terra

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Respigo

Adolescentes vão à escola aprender a ser mães
Público 21.01.2008

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Estações de serviço fósseis

Meti gasolina num carro a gasóleo.
Não é estranho que ainda seja possível um erro destes, evitável por meios tão simples como uma secção quadrada do cano da pistola do gasóleo?
No dia da inauguração do Instituto Internacional Ibérico de Nanotecnologia, o cuidado na distribuição da maior fonte energética industrial, está na era da máquina a vapor.
A energia fóssil debitada por uma bomba de água a preço de oiro.

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19.1.08

 

Um beiral malaio em Favaios

 
Vamos “esfuracar” o passado da construção dum Hospital
Mal-me-quer para uns/Bem-me-quer para outros


Os custos
Abril de 2001

A MS Manuela Arcanjo, conhecida como gestora rigorosa, garantira estar atribuída ao HP a verba de 11 milhões de contos. (55 milhões de euros).
Março de 2002
A estimativa de custos feita por um Departamento do MS havia esquecido o IVA sobre os equipamentos, no valor de 659 mil contos. Havia um limite de dez milhões de contos (50 milhões de Euros) para a obra, o qual, se ultrapassado, exigiria reprogramação de fundos estruturais do Programa Saúde XXI, implicando autorização de Bruxelas. O MS, incapaz de resolver o problema que ele próprio criou, decidiu cortar na área bruta do Hospital o correspondente ao preço do IVA: mais de 5000 m2.
Abril 2004
O MS Luís Filipe Pereira: O custo global do novo Pediátrico de Coimbra vai rondar os 55 milhões de €.
Jan 2008
Os custos do novo Pediátrico de Coimbra deverão ascender a perto de 80 milhões de euros, somando valor da adjudicação (44,625 milhões de euros), custos adicionais (7,427 milhões, ou seja, 16%), equipamento (25,060 milhões), projecto (2,253 milhões) e fiscalização (1,527 milhões).

Não estão contabilizadas as consequências das sucessivas promessas adiadas, ostensiva marginalização, garrote de autonomia, retaliações, processo de intenções, re-escrita da história, suspeitas malfundadas, paranoia de secessão, traduzidos nas sucessivas demissões de directores clínicos eleitos ou nomeados no estado de espírito de quem fez e mantém o velho Hospital.


 
Vamos “esfuracar” a história da construção dum Hospital
Mal-me-quer para uns/Bem-me-quer para outros


1. As datas
Abril de 2001

A Ministra da Saúde anunciou que o Pediátrico seria inaugurado em 2004.
Fevereiro de 2002
O novo Ministro da Saúde do mesmo governo visitou o HP, confirmou a aprovação do Plano Funcional e louvou o espírito de contenção do HP.
Abril 2004
O MS Luís Filipe Pereira: As obras devem começar ainda este ano mas só vão estar concluídas por volta de Dezembro de 2007.
2005
O MS suspendeu a construção do novo Hospital Pediátrico; a presença de uma linha de água nos terrenos foi a razão alegada, mas «É preciso desmistificar o problema da água no solo. Se apareceu água, é preciso drená-la, este é um problema insignificante e de fácil resolução técnica», afirma Rios Vilela, responsável pela DGIES até Maio de 2005.
Jan 2008

O presidente da ARSC admitiu que os trabalhos de construção estejam concluídos em Abril de 2010, uma data que já foi comunicada à Comissão de Acompanhamento do Novo Hospital Pediátrico.
Jan 2008
Pediátrico pronto em Junho de 2009, declarou o MS, dias depois.

18.1.08

 
Hospital Pediátrico finalmente independente

Enquanto Correia de Campos for ministro da Saúde, «o Hospital Pediátrico de Coimbra nunca será independente».
É fatal. De cada vez que um MS vem ao Pediátrico é demitido pouco tempo depois.
Será então que, finalmente, o HP poderá respirar.

 
Conclusão do novo Hospital Pediátrico de Coimbra será antecipada em dez meses

Antecipada? Em Abril de 2001 a ministra Manuela Arcanjo tirou os óculos, limpou as lágrimas… "Em 2004 já não serei ministra, peço-vos que me convidem para a inauguração". Graça Barbosa Ribeiro, Público 6-4-2001

 
“o colapso da justiça portuguesa"

"O crescimento contínuo do sistema judicial nos últimos anos foi o factor que mais contribuiu para o colapso da justiça portuguesa." "… quando o sistema é expandido mais pessoas recorrem a ele, congestionando-o rapidamente". "Portugal passou a ser, em poucos anos, o terceiro país com mais magistrados per capita. Temos demasiados juízes, demasiados tribunais, demasiados advogados e demasiados funcionários judiciais. Aliás, estamos no topo da Europa nestas variáveis per capita e depois somos dos países com piores índices de congestionamento nos tribunais. Se temos mais recursos e o pior desempenho, é óbvio que o sistema é pouco eficiente." Público 17.01.2008.

* A justiça cível em Portugal encontra-se internada em estado crítico no Hospital de Todos Nós. Boletim clínico por Sofia Amaral Garcia, Nuno Garoupa e Guilherme Vilaça da Faculdade de Economia da Universidade de Lisboa, financiada pela Fundação Luso-Americana. O Ministério da Saúde está a par da situação.
Não recebe visitas; o prognóstico é reservado não se prevendo quando possa ter alta.


17.1.08

 


Ordem dos Médicos deve ser "referencial técnico" e ético
nesta Grande Guerra que não acaba nunca.
.
Técnico, ético e saudavelmente céptico.

 
Ministro da Saúde faz “ponto de situação” sobre obra do Pediátrico

1.O ministro da Saúde reúne-se dia 18 com a comissão da Assembleia Municipal de Coimbra que acompanha o processo de construção do novo Hospital Pediátrico de Coimbra, para prestar informações sobre as obras.

2. A lei da oferta e da procura e as expectativas infinitas.

Investigação financiada pela Fundação Luso-Americana conclui que "… quando o sistema é expandido mais pessoas recorrem a ele, congestionando-o rapidamente". Público 17.01.2008

3. Hospital de todos os Santos. Concurso será lançado em 2008 e ficará concluído em cinco anos.

4. Esperava-se que o Ministro viesse confirmar a antiga intenção do Ministério de construir um novo Pediátrico; mas, extrapolando da justiça para a saúde, teme-se que o Ministro anuncie o cancelamento das obras, para que o novo Hospital não venha a ficar também rapidamente congestionado.
Em troca, cada TGV disporia de uma carruagem VMER onde as situações verdadeiramente urgentes seriam acompanhadas até ao Hospital de Todos os Santos ou ao novo aeroporto.
O país é pequeno e a competição é global; não se justifica a dispersão de recursos.

 
Os pobres portugueses (continuam)

5. Quando lá chegarem já a neve derreteu

Falta de dinheiro empurra férias na neve para a Páscoa
LEONOR MATIAS

 
Os pobres portugueses (continuam)

3. Não admira que Os portugueses procuram cada vez mais passar férias na neve. Que seria da vida sem férias? Que seria das férias sem neve?

4. Serão estes 16-20% de “portugueses” pobres (40% se não fossem as “transferências sociais”) que se vêem obrigados a empurrar as férias para mais tarde - Falta de dinheiro empurra férias na neve para a Páscoa.

 
respigo
Os pobres portugueses

A percentagem da população em risco de pobreza baixou pelo terceiro ano consecutivo em Portugal (INE) - em 2006, 18 % dos portugueses viviam abaixo do limiar a partir do qual se considera que alguém corre o risco de ser pobre - ou seja, tinham um rendimento inferior a 12 euros por dia . Era de de 19 % em 2005 e 20% em 2004. "Os níveis de desigualdade na distribuição dos rendimentos têm vindo a diminuir". Lentamente mas “no sentido positivo". Público 16.01.2008.

1. Lentamente? Por este andar, em 2008 estaremos em 16%, o valor europeu.


2. Certo é a enorme importância das transferências sociais - as pensões, os abonos, os subsídios de desemprego e outras. Sem elas, 40% da população estaria abaixo do limiar de pobreza. INE

 
O cheiro saiu à rua num dia assim

Um gás de origem desconhecida alastrou pelas principais avenidas de Lisboa, entrou nos túneis do metro…

* Coincidências: Voto de censura na AR; autorização da co-incineração; campanha na OM; O processo Bragaparques ou a sindicância aos serviços do Urbanismo de Lisboa, a decisão sobre a localização do aeroporto de Canha, as trapalhadas do BCP; a Grande Lisboa é o "principal problema" do sistema (Público 17-1-2008)

Nas ruas, os sentidos ficam completamente enojados, devido à sujidade e porcaria que é despe­jada pelas janelas durante a noite. Ao regressar, durante a noite, ouvia frequente­mente o abrir das janelas e os gritos de “água vai"…. Este costume nojento existe torna as ruas insuportavelmente agressivas. Existem poucas ou nenhumas pessoas empregadas na remoção desta porcaria; as fortes chuvadas, que aqui são frequentes, como em todos os climas quentes, são vistas como a única possibilidade de fazer a limpeza.
Os portugueses são notoriamente porcos. O carvão de lenha é geralmente usado para cozinhar, o que dá ao ar um cheiro peculiar e sulfúrico.
W. Graham, Travels through Portugal and Spain. Em: Mª Leonor Machado Sousa. A Guerra peninsular em Portugal. Relatos britânicos. Caleidoscópio
2007

16.1.08

 
respigo
Papa cancela visita a universidade após protestos e manifestações

Cancelada a visita de Bento XVI à Universidade El Azhar, no Cairo, a meca cultural do mundo islâmico, onde Ratzinger fora convidado a pronunciar a oração de abertura do ano lectivo. Tudo começara quando um colectivo de ulamas e grupos taliban se opuseram à presença do Papa considerando que ela seria uma violação da ortodoxia da multissecular Universidade islâmica.
Um dos ulamas disse que desde que Dante mandou Maomé para o inferno com os heréticos e os cismáticos, os maomateanos são particularmente sensíveis à Divina Comédia.
Traduzido: [Um dos professores disse à AFP que "desde a condenação de Galileu pela Inquisição em 1633, os físicos são particularmente sensíveis às ingerências da Igreja Católica no domínio científico".] Como se sabe, o Papa é radioactivo.


 
"o valor da palavra dada"

Moção de censura do BE: "É o dia da responsabilidade", em que "o Governo vai ser confrontado com todas as promessas não cumpridas", em especial a não realização do referendo do Tratado de Lisboa. Público 16.01.2008

* O BE rejeita o divórcio litigioso; só o aceita se houver acordo das partes. Mesmo neste caso terão de o manifestar directamente; não poderão delegar nos advogados.

 
respigo
Despenalização do fumo e do aborto

Enquanto o Governo proíbe o cigarro, permite e paga o aborto. Por absurdo, uma grávida com menos de 10 semanas pode ser punida por fumar, mas não o será se abortar. Catarina Almeida. Público 16.01.2008.

Enquanto se proíbe o cigarro em lugares públicos, permite-se e paga-se o aborto em estabeleciments públicos.
Um texto da antologia; desde o elogio do lixo, do Carlos Esperança, que não lia uma tão acutilante.

 
Supremo autoriza co-incineração nas cimenteiras

Mas a ASAE recorda que a lei proíbe que se fume “nos locais de trabalho”.
Os forneiros terão de vir cá fora poluir o ar de Souzelas e o da área protegida da Arrábida.

 

Porta do Mar,
Forte de Diu.


Protegida contra elefantes; de que tipo de paquidermes se defende a porta da igreja de Provesende?

 
A franja malaia dos beirais


Qual a razão?
Impedir que a chuva do telhado reflua? Que as serpentes dos telhados entrem?


Reparem no ornato do pináculo do telhado; como em Provesende e em tantos locais do país.



Podem premir para ampliar mas tenham em conta que a imagem foi tirada de dentro do expresso Singapura-Malaca.

15.1.08

 

Douro Património Mundial (UNESCO)
Provesende



No pousio da vinha os tanoeiros eram marceneiros.

A porta indiana da igreja

A franja malaia do beiral (1908)

 
O ciclo vicioso da opinião publicada

Situado no epicentro do combate político, o governador do Banco de Portugal foi despido da sua reputação técnica e transformado em mais um apparatchik socialista.
muito dificilmente será capaz de sacudir o anátema que se lhe colou há alguns anos e que, nas últimas semanas, se cristalizou de forma indelével: a suspeita de que é um homem de mão do PS e do Governo.
Saber quais os erros e responsabilidades que devem ser assacados a Constâncio e os que resultam das pressões exteriores não tem grande importância.
…. torna-se claro que Vítor Constâncio deixou de ser visto pelos cidadãos como um intérprete ideal do cargo que ocupa.
Para o país, (Vítor Constâncio) voltou a ser um militante normal do PS acossado pelos ataques do PSD.

Manuel Carvalho. Público 15.01.2008

* Os pareceres de peritos (Luís Campos e Cunha. Três mistérios e um banco. Público 11.01.2008 e Nicolau Santos. Greenspan defende Vítor Constâncio.) também "não têm grande importância".
O jornalista permite-se avaliar o que é que “se torna claro” “para o país”, como VC é “visto pelos cidadãos” e augurar que “muito dificilmente será capaz de sacudir o anátema". Como a opinião pública é sensível ao que lê na imprensa não admira que a convicção sibilina se perpetue nos media.

 
Exploração de vias concorrentes

O contrato entre o Estado e a Lusoponte garante à concessionária das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama o exclusivo da exploração rodoviária de travessias do Tejo a jusante de Vila Franca de Xira.

Sugiro várias alternativas:
1. Mudar o nome do rio a jusante de Xira
2. Elevar Vila Franca de Xira a cidade de Xira
3. Tornar gratuita a travessia da nova ponte; os transeuntes só pagariam o trânsito pelos acessos ( um

preço equivalente ao da travessia)
4. Considerar vinculativo o
parecer da PGR que indica que a concessionária privada das pontes 25 de Abril
e Vasco da Gama não tem o exclusivo das travessias do Tejo a jusante de Vila Franca de Xira, apesar
de esse direito estar previsto no contrato.

 
Depositar os dejectos (sic) em baldes

Ainda existem 656 celas nas prisões portuguesas onde os reclusos têm de depositar os seus dejectos em baldes, sem qualquer sistema sanitário. Público 13.01.2008


* O constrangimento que afecta 5% dos 12500 reclusos é semelhante ao de 3,7% dos portugueses -- em 1991 eram 10%.

Alojamentos com esgotos em Portugal 1981, 1991 e 2001


 
O tecto da Universidade
A recriação do coração

"O que fizemos foi simplesmente pegar nos tijolos de construção da própria natureza para construir um novo órgão". Nature Medicine. Público 15.01.2008

14.1.08

 

Árvores caiadas


Em Cabo Verde, de calças brancas, as acácias dançam na Cidade Velha.
Em Damão, nos coqueiros dos jardins do Palácio do Governador vêm-se as meias acima das polainas.

 
Numerus clausus

Metade dos enfermeiros recém--formados não conseguiu emprego na sua área de formação seis meses após ter terminado o curso, revela um inquérito nas cerca das 40 escolas de Enfermagem do país. Por ano saem das escolas de Enfermagem cerca de três mil licenciados. Porque não encontram emprego na sua área de formação, hoje é possível ver enfermeiros a trabalhar em lavandarias, caixas de supermercado, até como ajudantes de Pai Natal. Público 14.01.2008
Um terço dos 49 mil
desempregados licenciados são de Direito, História ou Sociologia. Direito ocupa a maior fatia, com cerca de 10 mil licenciados sem emprego.

*Os feitores de opinião que advogam uma ampla abertura de vagas em Medicina – para satisfazer a procura -- e vêm no numerus clausus a marca da “captura do poder pela corporação dos médicos” devem reflectir nestes factos. Isto apesar do número de enfermeiros portuguesas ser muito inferior ao ratio europeu enquanto o de médicos é equivalente.

 
mais espectacularidade do que bom senso 2

Portas obriga director da ASAE a explicar-se no Parlamento sobre "uma certa tendência" para agir "com mais espectacularidade do que bom senso". "Acho altamente discutível e de pouco bom senso que o director da ASAE diga que metade dos restaurantes tem que fechar. A economia portuguesa não está para este tipo de coisas." Público 14-1-2007
*Com este argumento, o CDS/PP não deveria “defender a prescrição por doses e não por embalagens” que prejudicaria o negócio das farmacêuticas; também “A economia portuguesa não está para este tipo de coisas."

 
mais espectacularidade do que bom senso 1

Se os médicos prescreverem as doses necessárias de medicamentos em vez de receitarem embalagens, o doente só paga as pastilhas que efectivamente consome, e o sistema poupa cem milhões de euros por ano, por subsidiar apenas o necessário". defendeu Paulo Portas na Feira do Fumeiro e do Presunto em Montalegre. Público 14.01.2008

* Num país que gasta o dobro dos medicamentos ("das pastilhas") que os países de referência, PP “defende” a prescrição por dose. Mais preocupado com o que se compra e não consome que com a dependência medicamentosa do médico e do doente. Mais preocupado com a receita excessiva que com as receitas escusadas.
Efeitos secundários do fumo das feiras. Chamem a ASAE.


13.1.08

 
Alamedas

A alameda de freixos de Marvão e a da Curia.
A cal tenta evitar que os carros e os parasitas trepem.
Na China as marcas vão até ao chão; cá não.
Lá as árvores usam polainas; aqui ligas.

(prima para ampliar)

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Alamedas
Uma alameda marcada na China

 
Uma falsa partida







Serviços médicos a cargo de uma companhia união fabril?

 
Ambição insensata

Pedroso quer demonstrar ao tribunal que a sua personalidade é incompatível com apetências pedófilas.

*Admitindo que haja “personalidades incompatíveis com apetências” será possível demonstrá-lo?

 
Os portugueses são uma espécie de burros

Se, como os animais, os homens aprendessem com a experiência, esta semana teria sido gloriosa. Ficaria na história como um dos momentos altos de aprendizagem da arte de ser governado. Perder-se-ia rapidamente a confiança em Sócrates. Este Governo teria o desfavor público. A competência técnica, a seriedade e as promessas do Governo passariam a ser motivo de gargalhada e desprezo. Infelizmente, parece que os homens em geral e os portugueses em particular não são como os animais. Não aprendem.
António Barreto. Público 13.01.2008

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