alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

31.8.08

 
Imigrantes portugueses reagrupados

Cerca de 60% das mulheres detidas actualmente nas prisões portuguesas estão presas por crimes relacionados com droga. "Não é raro encontrar na prisão várias gerações da mesma família - mãe, tia, filha - porque o negócio assume contornos familiares. E, muitas vezes, o marido e filho também já foram presos".

Portugal em 2º lugar no Index de Políticas de Integração
O estudo teve em consideração 5 áreas fundamentais para a integração dos imigrantes:
Acesso ao mercado de trabalho,

• reagrupamento familiar,

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30.8.08

 
devem ser divisados os Cristãos dos Judeus

Cortes de Évora D. João II 1490
Título dos judeus que andam sem sinais
Senhor, com razão devem ser divisados os Cristãos dos Judeus e dos Mouros, e ainda se assim foi sempre usado e acostumado per os Rex dante vós.
Ora Senhor, vemos que com as licenças que dais muitos deles andam sem sinais que não são conhecidos.
Pedimo-vos, Senhor, por mercê, que as licenças que dadas tendes quebres todas ou q.m não há vergonha de ser Judeu ou Mouro nem deve de haver vergonha de sua divisa trazer e em isso nos fareis Mercê e direito.

*O rei concordou: "... nos praz de os judeus sem excepção alguma não andarem daqui avante sem sinais e quaisquer licenças que para isso em contrário tenham as revogamos e havemos por nenhumas e mandamos que mais delas os judeus não usem e sejam assim como se passadas não foram."

 
Com cadernos bonitos e livros a estrear, o ano só pode correr melhor.

Pelas duas mochilas e restante material diz que não gastará menos de 150 euros. "Sei que podia poupar mais." Podia, por exemplo, pedir livros emprestados a colegas, explica. Mas falta-lhe a coragem. "Acho que elas merecem livros novos." A ideia é esta: com cadernos bonitos e livros a estrear, o ano só pode correr melhor. Público 30.08.2008.

Um tesoura "da praxe"
Uma caixa de 24 lápis de cor sem fluorescentes
Uma caixa de 12 lápis de cera finos sem fluorescentes
Uma caixa de 12 canetas de feltro finas sem fluorescentes
2 colas baton UHU universal
1 tubo de cola líquida UHU universal 20 mL

* Assim começa a fluorescente deseducação cívica: não há lugar à partilha de recursos, até a pobre tesoura é propriedade individual.

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Russifes


Russos no offshore

 
Russos com interesses no offshore da Madeira

Baltasar Garzón solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que colabore na investigação de actividades da máfia russa Tambovskaya com interesses no offshore da Madeira.

*Por isso os chineses não eram bem-vindos.

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29.8.08

 
Camuflado
JM Ramos de Almeida, Sine Dolo.

Saborosíssimas histórias de um médico camuflado no exército português nos primeiros anos da Guerra de Angola, e de um jovem (“tinha ideias mas não parecia”) enfant terrible da nata da sociedade lisboeta de há meio século.
Escritas por um dos mais brilhantes pediatras de uma geração de oiro da Pediatria portuguesa com uma pena de cisne (pato é pouco, pavão demasiado) por quem fruiu a vida com o prazer de roçar os limites e o à-vontade e o distanciamento irónico de quem se cria invulnerável.

Uma impiedosa descrição da “família militar” em Luanda vista por um pediatra, camuflado de tenente miliciano, a quem um tiro no pé ofereceu ao QG o pretexto para o colocar como pediatra militar no Hospital Militar de Luanda, com mútuo benefício. Depois disso, a expressão “tiro no pé” ganhou uma nova acepção.
Creio que todos os milicianos da guerra de Angola, em especial os médicos, lerão com imenso prazer pelo menos os primeiros dez capítulos.

O
Sabino foi o nosso empregado em Luanda. Era uma pessoa especial: tinha uma dupla personali­dade. Sozinho com os pequenos, a brincadeira e as gargalhadas eram imparáveis. Quando à tarde eu voltava a casa, atrasava o passo ou parava, mesmo, a gozar o fantástico ambiente. Entrava e estragava tudo. O Sabino vestia a sua pele de negro, provavel­mente batido em criança, e revoltado contra o branco. Eu tra­tava-o o melhor possível, mas nunca consegui ultrapassar essa barreira psico-racial. Nunca usou ao dirigir-se-me a palavra "não". Fazia os maiores malabarismos verbais e acabava por conseguir evitá-la. Se eu fazia um gesto mais brusco, recuava (recordações da infância?). Eu brincava com ele e dizia-lhe:
- "Não julgues que me enganas, já percebi que és do MPLA e, como és do MPLA, quando me for embora, ofereço-te a minha farda de gala para ires às festas no Palácio."
...
...no meu cocktail de despedida de Luanda que ele serviu já envergando a minha (agora sua) farda branca – a que, escusado será dizê-lo, tinha tirado as dragonas.

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Paradoxos da crise


Economia nacional abrandou, os lucros das grandes empresas diminuíram, o consumo das famílias recuou pela primeira vez desde 2003 (Público 23.08.2008), mas as vendas aumentaram e mais de 1300 turistas portugueses estavam em Cuba no dia do ciclone.

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28.8.08

 
Impressões pouco nítidas
De acordo com um estudo sobre produtividade, os portugueses são produtivos em apenas 5,8 das 8,4 horas (69%) que, em média, trabalham por dia. Metade dos inquiridos refere que melhorias nas impressoras teriam impactos positivos na produtividade.

*Afinal os resultados foram obtidos por inquérito; tratando-se de meras impressões não admira que a culpa seja atribuída à impressora.

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Caligrafia portuguesa


De há um século - de um recruta de Porto da Lage e de um coronel de Cavalaria.
(prima para ampliar)

 

Caligrafia portuguesa

De escrivão de há seis séculos (Cortes de Santarém do Sr. D. Duarte 1434)

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Uma mosca, coitada.
Um insecto, comum em qualquer casa, no bloco operatório do novo Hospital dos Lusíadas.

* Devia ser a que , há uns anos, me acompanhou de Genève a Lisboa, num avião da Swissair.

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Segurança Social

A Segurança Social de Viseu está a notificar os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), aos quais atribuiu prestações pecuniárias em valor superior ao legalmente permitido, para devolverem as verbas pagas em excesso.
Há casos de beneficiários intimados a pagar, em 30 dias, valores que ultrapassam os 5 mil euros. Um deles: “Em Fevereiro aumentaram-me a prestação para 650 euros e julgava que estava tudo bem... Agora, se tiver que o devolver, só me resta ir viver para debaixo da ponte". Argumentos que não comovem o responsável distrital da Segurança Social de Viseu: "Se por qualquer razão fizemos um pagamento indevido, quem o recebeu deveria ter-se dirigido aos serviços e reportar o sucedido".
* Quando a esmola é grande o pobre deve desconfiar e “reportar o sucedido” ao responsável burocrata descuidado.

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27.8.08

 
Sociobiologia atrevida
Apoptose

Pequim parece hoje em dia imparável mas não é. A China tem actualmente 100 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Em 2050 terá à volta de 335 milhões. Destes, 100 milhões terão mais de 80 anos. O problema é que a enorme maioria dos chineses não tem segurança social. Estamos a falar de centenas de milhões de pessoas. A demografia é a bomba invisível na China.
Miguel Monjardino

*Depois da apoteose, a apoptose como as borboletas.

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26.8.08

 
Jogos de Pequim

Se Pequim queria que os JO anunciassem uma nova era, esperava ver esta imagem no encerramento e não um sucedâneo da inauguração. A revolução cultural também tentou apagar o passado.

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A glória de Henrique ser

1. Quem primeiro deu a volta ao mundo foi um escravo “pardo”, um filipino que Fernão da Magalhães trouxera de Malaca, baptizado com o nome de Henrique, e o acompanhou na primeira volta ao mundo.
Atravessado o Pacífico, a armada chegou à Ilha de Saluan. Um povo hospitaleiro, sombras e água fresca, frutas, carne, ócio, moças bronzeadas que gentilmente não regateiam os seus favores. O escravo Henrique anda eufórico, entende-se com os nativos, uns e outro falam dialectos malaios; retornara à sua região natal. É o primeiro homem a ter dado a volta ao mundo. Magalhães abraça-o. Mandara decepar um comandante; abandonara um fidalgo e um padre numa baía desolada; e agora esse mesmo capitão-general ri, festeja e abraça um escravo...

2. Enriquecer é glorioso proclamou aos seus paupérrimos súbditos Deng Xiao Ping, o chefe comunista que projectou a China como potência emergente da globalização, que os portugueses iniciaram. J. Nascimento Rodrigues, Tessaleno Devezas. Portugal, O pioneiro da globalização. Centro Atlântico, Lisboa 2007
PS.
Apesar da alforria constar no testamento de Fernão de Magalhães, Henrique foi mantido escravo. Aprendeu que o mundo é redondo mas não sabe o que pensar dos homens de pele branca, espanhóis e portugueses... Em 1529 as ilhas das especiarias serão vendidas por Carlos V de Espanha a D. João III de Portugal, por 350.000 ducados.

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A nora algarvia

Cercada por rede e arame farpado, muito poucos poderão provar a água fresca que os alcatruzes prometem.

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25.8.08

 
Sociotermodinâmica atrevida
Migrações por convexão

Há uns dez anos começaram a aparecer em Portugal imigrantes vindos do Leste europeu. Pareceu, então, que éramos finalmente um país desenvolvido, uma nação europeia como as outras, que até recebia estrangeiros à procura de vida melhor. Era uma sensação inédita para um país tradicionalmente de emigração.
... os imigrantes vêm executar tarefas que os portugueses passaram a desprezar, considerando-as abaixo do seu status social. Mas os portugueses nunca deixaram de sair de Portugal; a emigração aumentou nos últimos anos. Vão para o estrangeiro fazer aquilo que agora recusam fazer em Portugal, porque ali ganham muito mais.

Temos de nos habituar ao paradoxo. Com a globalização e a livre circulação de pessoas na União Europeia, as migrações serão cada vez mais intensas. Sarsfield Cabral. Público 25.08.2008.

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Criada nesta casa
Goa, há uns setenta anos.

Acontecia que, com certa frequência, vinham para a Casa Grande pessoas que viviam na zona raiana do norte de Goa, pessoas pobres, gente que falava um concani diferente. Vinham pedir trabalho, como rachar lenha, podar árvores da mata, derrubá-las e coisas assim. A mãe de Bal, a batkann da Casa Grande, dava-lhes um dedo de conversa, que terminava infalivelmente num pedido, como refrão:
- Olhe lá, você conhece alguém da vossa gente que tenha uma pequenita e que esteja disposta a dar-nos? Serão pagos, com dinheiro. Claro... não se paga pela criança...
A pessoa abordada nestes termos ficava a coçar a cabeça e depois perguntava:
- Mas quanto tempo ficará a criança? Terá ela depois de regressar aos seus?
- Não, homem. Ela será criada nesta casa. Terá comer e vestir e, quando crescida, será a criada da casa. É condição porém que os pais ou outros familiares não venham depois reclamar a criança.
Notou-se um certo alívio no rosto do homem. Como logo depois na conversa ele deixaria explícito, o problema surgiria caso, mais tarde, a batkam, por motivo qualquer, despachasse, de vez, a criança para os seus pais. Ela nunca seria aceite visto que, tendo vivido numa casa cristã, adquirira o estigma de battlém. Perdera o estatuto de hindu e da casta.
Leopoldo da Rocha. Casa Grande. Vega 2008

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Enjeitados criados

... sendo algumas crianças engeitadas criadas por algumas pessoas, as tais pessoas ... ajão de ter as tais crianças e delas se servirem de graça, em pagamento das criações.
D. Manoel Cortes de Lisboa de 1494

Capº 26º

Dos Engeitados
Item: Quanto ao que pedis, que sendo algumas crianças engeitadas criadas por algumas pessoas, as tais pessoas, que as assi criarem não sejam obrigadas de as entregar a seus pais, ou mães, se as vierem a requerer, sem de primeiro ser pago o que até então tiverem merecido de suas criações, e se até idade de sete anos tiverem as ditas crianças, sem serem pagas de suas criações, que de avante as tais crianças sejam dadas às tais pessoas que as criarem graciosamente por certo tempo, que corresponda à despesa da criação.

Resposta
Respondemos que Nos praz de vollo outorgar assy como per vós é pedido, e que o Juiz dos Órfãos, ou dos Ordenairos, onde Juiz dos Órfãos não houver, ordene e taxe o que se aja de pagar por tais criações e bem assy por quanto ajão de ter as tais crianças e delas se servirem de graça, em pagamento das criações, quando por outra maneira lhe não forem pagas.

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Jogos de Pequim

No dia seguinte varre-se o lixo e desentopem-se os bueiros que a borrasca foi adiada.

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24.8.08

 
Obama - Bi den
Osama - Bin-Laden


Uma boa escolha?

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Acabaram os Jogos de Pequim

É tempo de regressar ao trabalho.
(Prima para ampliar)

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Acabaram os Jogos de Pequim

É tempo de regressar ao trabalho.
(Prima para ampliar)


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A decepção dos comentadores dos JO

A globalização é a maior esco­la de mérito jamais criada.
* Escola de mérito ou competição?
.... é virtuoso colocar o país sob desafio, sob pressão, sempre.
* O país em estado de sítio é virtuoso?
António Pinto Leite. A meia decepção olímpica. Expresso 23/8/08.

Os Jogos Olímpicos são a guerra de talentos nacionais e esta está no âmago da globalização ?
Portugal, como país e nação, está em guerra e "Ou vive, ou morre!"?
Fernando Tenreiro, economista.

* Estão obnubilados com ambiente mediático dos Jogos de Pequim e cativados pela revolução cultural chinesa. Evoca-lhes mitos de heróis delegados (Horácios vs Coriácios; torneio de S. Mamede) e uma perspectiva marcial da história onde o futuro de um povo se decidia numa batalha (Maratona ou Termópilas).

Parece não se darem conta que elegem a China como modelo, porque vencedora dos JO; repetem a quimera dos maoistas.
A China ou os USA, também vencedores e que partilham o mesmo lema: a “elevação da cobiça a virtude pública” (Robert Adams ); ignoram o aviso de Pessoa:
Eu acho que não vale a pena ter
ido ao Oriente e visto a Índia e a China.......
Ah uma terra aonde, enfim,
Muito a leste não fosse o oeste já.
Alvaro de Campos, Opiário, Orfeu 1915

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23.8.08

 
O triplo salto olímpico
.
Henri Cartier Bresson faria hoje 100 anos.

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Caligrafia

Pergaminho da Câmara de Ponte de Lima
Cortes de Lisboa do Sr. D. Afonso 5º A. 1459
(prima para ampliar)

A ortografia arcaica ignora o acordo.

 
Ao espelho


.
.
.
.

Os títulos são da responsabilidade de jornal (Expresso)

22.8.08

 
Do 8 ao 80



Da desilusão quase total ao melhor resultado de sempre
Público 22.08.2008.



João Abel Manta 1975

 











Mensagem subliminar

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Jogos Olímpicos da Confiança inspirada

Quais as profissões em quem os portugueses mais confiam?


* Comentários
a) Apesar de todos os defeitos que carregam (próprios e imputados), os médicos portugueses são das profissões que inspiram mais confiança aos portugueses inquiridos, doentes ou não (87% de respostas). (Prima para ampliar)
b) Este valor (87%) é curiosamente superior ao que os médicos europeus inspiram nos seus países (83%).
c) Os médicos portugueses não se devem orgulhar muito destes valores; a opinião pública que aqui se exprime depende muito dos jornalistas cuja confiança este questionário mostra deixar muito a desejar.
d) Os subtítulos da RR e do DN induzem em erro: Os bombeiros, carteiros e professores são as profissões que merecem maior confiança (RR); Profissões que merecem confiança (DN).

O estudo apenas pode mostrar as profissões que inspiram mais confiança, não as que a merecem como o título da RR (Quais as profissões em quem os portugueses mais confiam?) bem exprime. Seria útil saber a confiança que inspiram outras "profissões": sindicalistas, colunistas, juristas, polícia.
e) Os títulos da RR e do DN sublinham os três mais. Provavelmente foram influenciados pelos JO que só atribuem medalhas aos três primeiros, mesmo que o 4º fique a um ponto (em tantos) ou a 35 milisegundos do terceiro. Seria útil que, nos jornais e nas medalhas olímpicas se adoptasse um critério menos trinitário e se premiassem os que se distingam claramente (significativamente) de todos os outros.
f) A notícia deve ter sido distribuída pela LUSA, dado o texto ser semelhante: o estudo abrangeu 22 países - 21 países europeus e dos Estados Unidos da América. Entre eles enxertaram a Colômbia. Entre as profissões figuram os “militares” e o “exército”, com valores iguais como seria de esperar; os jornais copiaram. Mais triste é o que se lê no DN; onde os outros atribuem 40% aos publicitários, o DN dá-lhe pouco mais que 14%. Pesaroso com os 70% atribuídos à Igreja, dá-lhe 80%. Felizmente é o único que faz referência ao baixo valor atribuído aos jornalistas.
g) O Público não resiste a prever o futuro: 14% é a percentagem de portugueses que... ainda acreditam nos políticos; é uma surpresa que 49% ainda acreditem nos jornalistas.

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20.8.08

 
Problemas de há mais de seis séculos

Senhor, Vosso Povo sente muito a desordenança de Vossa mui desarrazoada despesa.

Cortes de Lisboa do Sr D. Afonso 4º do anno de (13)49

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19.8.08

 
Problemas de há seis séculos
.
Cortes de Lisboa do Sr. D. Fernando. Era 1409
Ao que dizem ao vinte artigos que em tempo do vosso avô (h)aviam mais azémolas em duas villas de nossa terra que ora há em Portugal; e que isto era porque não (h)aviam aí tantos senhores e grandes homens que as tomassem pela nossa nosa tensação nem tam soltamente como ora tomam: e que porém os que as tinham desvastaram-nas e outras morreram e demais não hão vontade de as (h)aver; porque não hão prol dellas mais hão dapesso(?) assim dos que as tomam como dos anadeis(?) das vilas...

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A lavadura reabilitada

Os restos de comida até agora deitados no lixo (30% deste ) vão ser recolhidos e reciclados. Numa primeira fase, o sistema de recolha arrancará nos grandes produtores, como cantinas, hotéis e restaurantes. O Governo está a estudar a melhor forma de recolhê-los junto das famílias, tratá-los e aproveitá-los.
*É o fim das almôndegas.

Lavadura. s. f., água em que se lava a louça e que se dava como alimento a porcos.

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A explicação do intermediário

Entre o produtor e o consumidor, há alimentos que decuplicam o preço. A Confederação Nacional da Agricultura garante que há espe­culação. Expresso 15.8.2008
De quatro, aproveita-se um.

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18.8.08

 
O mercado não consegue melhorar a saúde pública
.
Entre o produtor e o consumidor, há alimentos que decuplicam o preço.
Cada quilo de carne de novilho é pago ao produtor a 2,8 euros, no entanto chega ao consumidor a um pre­ço mínimo de 10 euros/kg. No caso do leitão a diferença de preços entre a produção e o con­sumo é de 4 para 20 euros/kg, no vinho a granel de 50 cênti­mos para 5€ o litro e na ba­tata de 15 para 60 cêntimos/kg.
A Confederação Nacional da Agricultura garante que há espe­culação de preços. Expresso 15.8.2008

É o que acontece quando a distribuição dos bens essenciais foi entregue às forças do mercado sem as procurar governar. Elas bem tentam que os portugueses comam e bebam com moderação mas nem com preços proibitivos eles se emendam.

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17.8.08

 
Perspectivas olímpicas enviesadas

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JO, SA.
porque os consumidores e as empresas de todo o mundo estão dispostos a pagar

Os atletas, os Estados e as empresas beneficiaram com a dedicação a 100% dos atletas e remuneração transparente dos seus direitos como homens, profissionais e atletas. O COI maximizou os lucros provenientes do leilão mundial dos seus direitos de propriedade. As boas finanças do COI permitiram-lhe financiar comités olímpicos e atletas dos países mais pobres, canalizando novos meios financeiros, humanos e organizacionais.Ou seja, a economia dos jogos olímpicos permite extrair rendimentos monopolistas dos países e empresas mais ricos do mundo através do direito de propriedade dos jogos olímpicos e que ocupam o topo das competições desportivas de 28 modalidades desportivas. Esses rendimentos são da ordem dos 4 a 5 mil milhões de dólares, porque os consumidores e as empresas de todo o mundo estão dispostos a pagar para terem um espectáculo desportivo de qualidade absoluta. Fernando Tenreiro. Público 17.08.2008

* Como não devem ser os jogos olímpicos.

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O verdadeiro espírito olímpico

Marisa Barros viveu uma experiência "única" quando entrou no Estádio para o fim da maratona dos Jogos Olímpicos Pequim 2008 e correu lado a lado com a recordista mundial. A experiência foi "linda" e confessou que a entrada no "Ninho do Pássaro" a fez chorar: "senti um arrepio, foi uma sensação única".
* Feliz por ficar entre as melhores; foi a 32ª na maratona, apenas a 5% do melhor tempo dessa prova.
O modelo a promover: na escola, na investigação, no SNS, na vida.

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16.8.08

 
Os becos dos Jogos Olímpicos

Ela gosta de viver no seu hutong, estreito e florido, onde não faltam as gaiolas para se ouvir o cantar dos grilos – mas ...
Quarteirões inteiros de "hutongs", os típicos becos de Pequim, cuja origem remonta ao domínio mongol (séculos XII e XIII), foram arrasados. Alguns tinham pouco mais de dois metros de largura. Dezenas de famílias partilhavam a mesma casa de banho pública e o aquecimento era a carvão, mas as ruas conservaram uma atmosfera especial.
Há meio século, havia cerca de 4000 "hutongs", concentrados em torno do Palácio Imperial. Hoje restam apenas 350. Alguns foram, entretanto, recuperados e as suas acanhadas habitações substituídas por cafés, bares, restaurantes, lojas de design, galerias e boutiques.

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Paisagens

... nem reparou no vasto panorama que, nalguns pontos desse trajecto, o seu olhar podia varrer na passagem, desde as alturas de Estremoz até às de Marvão. À sua frente descia a espraiar-se uma densa floresta de carvalhos-negrais que depois se ia espaçando aos poucos, em leves declives pontuados por oliveiras e sobreiros, e dava lugar aos tons ocres e ondulantes de uma imensa planície quase rasa, re­matada, lá muito, muito ao longe, por uma fieira de relevos escuros a nascente. Vasco Graça Moura. O pequeno-almoço do sargento Beauchamp. Aletheia 2008

Nos oiteirinhos as árvores erguiam-se direitas e atlé­ticas, muito senhoras de si, nada essas árvores que parecem, batidas por um vento periódico, hordas a fugir com a trouxa às costas, nem aqueloutras a malucar, solitárias e absurdas, com o machado dos lenhadores.

A todo horizonte, lavados de ventos e coberto de res­tolho ou de centeal, consoante a maré de pousio; oiteiros após oiteiros sem altivez nenhuma; um car­valho com ares de extraviado; giesta e tojo; na Prima­vera manta de mil cores, no Outono tição; duas ove­lhas ranhosas, cem lobos: o planalto trancosano.
Aquilino Ribeiro. S. Banaboião, anacoreta e mártir. Bertrand Lisboa 1964 (terminado em 1937)

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Aquém de toda a dúvida razoável

'Graves Ingerências do Poder Político na Esfera do Poder Judicial', documento enviado por um grupo de juízes a Cavaco Silva.
1. "Na época presente, muitos juí­zes estão plenamente convenci­dos de que um numeroso núcleo de políticos profissionais preten­de levar a cabo uma formidável concentração de poderes sobera­nos do Estado, condicionando estreitamente o poder judicial, com vista à obtenção de um po­der político absoluto, incontrolá­vel".
2. Na nova lei do Centro de Estudos Judiciários foi in­troduzida a figura do exame psicológico aos candidatos com ca­rácter eliminatório. "O psicólo­go que procede ao exame é no­meado pelo ministro da Justiça que, como é evidente, lhe dará todas as instruções que enten­der". Conclusão: isto significa que "no futuro, os agentes políticos poderão escolher os futuros juízes, situação sem paralelo na nossa história".
3. "Há uma intenção clara de controlar os juízes. Em democracia não pode haver um esquema de con­trolo da independência dos juí­zes. Mas estes estão criados". Expresso 14-8-2008

* a) Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça "... para alem de toda a dúvida razoável...a decisão do Venerando Tribunal da Relação violou clara e frontalmente..." Os juízes do “Venerando Tribunal da Relação” também estariam “plenamente convencidos
b) Não seria mais ajuizado questionar o valor predictivo do exame psicológico (feito por qualquer psicólogo) que pôr em causa a intenção? Que não é nada evidente.
c) Preocupa-me vir a ser julgado por um destes juízes que argumentam com suspeições, vêem nebulosas intenções claras e, como é evidente, ficam plenamente convencidos com interpretação de factos muito aquém de toda a dúvida razoável.
Esperava que os juízes, tal como os cientistas, tivessem por segunda natureza submeter a ansiada miragem dos argumentos ao rigor dos factos. Afinal, para alguns, tal como "Em política, o que parece é."

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15.8.08

 
Jogos Olímpicos de Xian

Espectáculo de abertura, há 22 séculos.

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Contrastes chineses

No espectáculo inaugural dos JO há muitas cenas (admiráveis) compostas por indivíduos-peças.
No arranha-céus de Hong-Kong, dois operários limpam milhares de janelas. Notam-se bem.

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Abertura dos JO

Fantástico, deslumbrante.
Demasiado militar para o meu gosto; como se estes JO tivessem decorrido em Esparta, mas com uma encenação muito pouco espartana.

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Guerra dos Boxers

Agosto de 1900. As Legações estrangeiras em Pequim, cercadas pelos Boxers, camponeses chineses conhecido por este nome por pertenceram à Sociedade Harmoniosa dos Punhos, foram socorridos por uma força militar internacional.

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14.8.08

 
Inquérito às Despesas das Famílias 2005-2006 (INE)
..
. Se os valores estão correctos, descontadas as despesas o que sobra representa 1/5 (20.5%) do rendimento aos portugueses; este valor é de quase de ¼ (24.6%) na região de Lisboa (e pouco menos (23%) no Alentejo), pelo que se conclui que os residentes do resto do país disporão de uma percentagem do rendimento nitidamente inferior.
A taxa nacional de população em risco de pobreza, era 16% (12% na região de Lisboa, apesar de ser onde se regista a maior desigualdade social).

* É curioso que seja da região de Lisboa que mais se ouvem queixas pelo aumento do custo de vida e não são só dos desempregados. Provavelmente é por ali estarem instaladas as televisões ou por eu não perceber nada de finanças.

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Inquérito às Despesas das Famílias 2005-2006 (INE)

Quase 80% (75,8%) das famílias residiam em casa própria. Quase todos os alojamentos (99,7%) dispunham de electricidade, água canalizada (98,5%), sistema de esgotos (97,4%) e instalação sanitária (95,8%). A grande maioria (81%) tinha telemóvel.
O rendimento líquido total anual médio das famílias em Portugal era, em 2005, de 22.136 euros. A despesa média anual era de 17.607 euros por agregado familiar em 2005/2006.

* Se os valores estão correctos, descontadas as despesas o que sobra representa 1/5 (20.5%) do rendimento aos portugueses. De 2005 até agora o custo de vida subiu bastante; mas o 1/5 do rendimento disponível parece um amortecedor suficiente para absorver (fagocitar) o impacto. Não creio que o de Aljubarrota fosse tamanho.
Um problema diferente, muito diferente, é o dos que ficaram desempregados e não conseguem emprego.


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Inquérito às Despesas das Famílias 2005-2006 (INE)

A despesa média anual era de 17.607 euros por agregado familiar em 2005/2006, dos quais 26,6% eram gastos em habitação, incluindo despesas com água, gás e electricidade, 15,5% em bens alimentares e bebidas não alcoólicas e 12,9% em transportes. As despesas adicionais representavam quase metade (45%).
* De 2005 até agora o custo de vida subiu bastante; mas os 45% de despesas adicionais parecem um amortecedor suficiente para absorver (fagocitar) o impacto. Não creio que o de Aljubarrota fosse tamanho.

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Aljubarrota
Cruz de Aviz

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Sociobiologia atrevida
Aljubarrota; a fagocitose* dos castelhanos

Quan­do soou a trombeta castelhana, ouviu-se um brado geral de fim do mundo, de terra a abrir-se no horrendo de gente alucinada que deixara de ser gente. Franceses ao lado de castelhanos, com o espalhafato dos trons. Ingleses ao lado dos portugueses, com a cruz de S. Jorge ao peito.
Os castelhanos, entrando de golfão com impulso inusitado, romperam a frente dos portugueses. Coisa nunca vista em guerra alguma desde o tempo dos Roma­nos, que uma frente se quebrasse e logo se recompusesse, deixando a multidão de intrusos apertados numa bolsa, como garra de morte e extermínio.
Depois foi a debandada. O campo com os corpos em sementeira, na vastidão do Agosto tórrido. Lanças e flechas espetadas na terra. Os gritos dos moribundos e os últimos gemidos dos que vão morrer. Luis Rosa. O claustro do silêncio. Presença 2002

*A fagocitose é o englobamento e digestão de microorganismos por fagócitos que os englobam num vacúolo onde são eliminados por digestão.
Os fagócitos são células que participam na primeira linha de defesa contra elementos estranhos.

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13.8.08

 
China

Um país, duas culturas: Hong-Kong foi a experiência.

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China

Um país, dois sistemas: Hong-Kong foi a experiência.


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China

Um país, dois sistemas: Hong-Kong foi a experiência.

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12.8.08

 
El-Rei Quercus
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Dos danos dos fornos de vidro
Item: Pello grande danno, que se segue na terra, onde lavram fornos de vidro por se queimarem mui continuadamente as matas e matos das Comarcas a derredor, de que às tais Comarcas se segue grande danno; querendo prover defendemos e mandamos que aqueles que lavrarem os ditos vidros para si nem para outrem cortem nem mandem cortar nenhuma árvore por pé para fazerem seus vidros, nem a esmochem, somente poderão della cortar ramos e não em outra maneira sob pena de pagarem dois mil reys para a chancelaria por cada árvore que cortarem ou esmocharem.
Archivo Real e Portos. D.Manoel, Cortes de Lisboa de 1494, Capº 46º.

*Normas de defesa da floresta contra a indústria nascente, já predadora. Há cinco séculos a “ganância ainda não era considerada virtude pública”. É interessante que este assunto (item) tenha sido levado às Cortes - que tenha sido considerado de real interesse mas sem as prerrogativas de PIN.

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O mar

O seu sussurro cabia em dois búzios grandes.
Aquilino Ribeiro. S. Banaboião, anacoreta e mártir. Bertrand Lisboa 1964 (terminado em 1937)

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Fotões*

Numa festa no Palácio Fronteira, não pudera deixar de reparar na ternura intensa que transparecia dos olhos deles quando se encaravam por entre a cintilação dos cristais, o bri­lho das porcelanas e das pratas, a reverberação de lustres, candelabros e tocheiros, a miríade de reflexos caleidoscópicos de jóias, esmaltes, condecorações, atavios dourados, plumas coloridas, flores em profu­são esplendorosa, tons luminosos e macios de sedas, brocados e veludos. Vasco Graça Moura. O pequeno-almoço do sargento Beauchamp. Aletheia 2008
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Quando abalou dali ... o Sol afogava-se no mar. Parecia uma xí­cara de rúbida faiança, de borco sobre seu pires esmaltado a purpurina. E pelo mar fora, até o ponto irreal onde, dir-se-ia, o astro se afundava, ia uma estrada trémula de pedrarias e oiro, a estrada por onde acabara de passar Febo com seu carro de fogo. E a água era azul, azul, safira líquida polvilhada de oiro.
O mar luzia, violeta aqui, verde-alga além, ónix em grandes zonas longitudinais, jaspeado na faixa que era, por disposição especial das nuvens, regada pelo luar.
Aquilino Ribeiro. S. Banaboião, anacoreta e mártir. Bertrand Lisboa 1964 (terminado em 1937)

* Em alguns aspectos um fotão comporta-se como uma
partícula, noutras como uma onda. Segundo a dualidade partícula-onda da mecânica quântica, é natural que um fotão exiba os dois aspectos da sua natureza, de acordo com as circunstâncias em que se encontra.

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Chiníadas femininas
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Os Jogos Olímpicos, tal como "A maioria das revoluções que se fazem em seu nome", são o tempo dado ao povo para "mudar de ombro para suportar a costumada carga". (Goethe, citado por Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Dom Quixote 1978).

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Chiníadas femininas
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Os Jogos Olímpicos, tal como "A maioria das revoluções que se fazem em seu nome", são o tempo dado ao povo para "mudar de ombro para suportar a costumada carga". (Goethe, citado por Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Dom Quixote 1978).

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11.8.08

 
Chiníadas

Desde há muito que os chineses vêm preparando os jogos. Ensaio: só são permitidos veículos a bioenergia.

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Chiníadas

Desde há muito que os chineses vêm preparando os jogos. Taxis parados para manter a qualidade do ar.

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Chiníadas

Desde há muito que os chineses vêm preparando os jogos.

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