alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

30.9.22

 

Mas as crianças, senhores publicitários...

 

 
“We live in one of the richest countries. There is a huge obligation on us as a nation to improve child health outcomes and secure the future health of the nation.

 We are calling on the new PM to ensure children are at the centre of all upcoming policy making. 


As the government sets out to tackle the impact of covid-19 and the cost-of-living crisis—which are clearly exacerbating these issues—they must concurrently shift the dial on child health inequalities.”


Camilla Kingdon, president of the Royal College of Paediatrics and Child Health

https://www.bmj.com/content/379/bmj.o2286.full

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La cène

 ll est à table

Il ne mange pas
Il n'est pas dans son assiette
Et sa assiette se tient toute droite
Verticalement derrière sa tête.

Jacques Prévert

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22.9.22

 

A ir baixinha


 Já há duas pistas previstas:

* Rua da Sofia 

* Rua Direita

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21.9.22

 

Publicidade alienante

e.realidade virtual

Depois da praia, não basta água para saciar a sede; exige-se sumo com rodela de laranja.

Para saborear, já nem basta uma palhinha de plástico; há que ataviá-la com um berloque colorido


Em casa, que os dois amigos partilham com as camisas, o sorriso e os refrescos tropicais, esperam-nos duas cadeiras também iguais. Um deles exibe o comando da televisão 


... para continuar a irrealidade virtual.  Onde não há seca, incêndios, guerra, inflação, pandemia, ameaça climática ou nuclear.  

Que os investidores não sintam, os executivos não vejam ou os consumidores ambicionem não surpreende. Mas os publicitários... serão colaboradores criativos ou colaboracionistas embotados? 

Dormirão tranquilos? 



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20.9.22

 

Eleitores de pé quebrado

 

A leitora, tão cheia de graça, virou a página do jornal doloroso, e procurava noutra coluna, com um sorriso que lhe voltara, claro e sereno.... E, de repente, solta um grito, leva as mãos à cabeça:

Santo Deus!...

Todos nos erguemos num sobressalto. E ela, no seu espanto e terror, balbuciando:

Foi a Luísa Carneiro, da Bela Vista... Esta manhã! Desmanchou um pé!

Então a sala inteira se alvorotou num tumulto de surpresa e desgosto. (Eça 1907)

.
E logo agora que a Luisinha precisava tanto...

Dois mil javaneses sepultados no terramoto, a Hungria inundada, soldados matando crianças, um comboio esmigalhado numa ponte, fomes, pestes e guerras, tudo desaparecera – era sombra ligeira e remota. Mas o pé desmanchado da Luísa Carneiro esmagava os nossos corações.

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19.9.22

 

MITAS


Todos reconhecemos que a Rainha Elizabeth II teve o valor intrínseco da sua presença serena, constante e simbólica, alguém que atravessou o século sem perda de razão ou maneiras, observando o desconcerto do mundo e cruzando chefes de Estado e primeiros-ministros, observando a guerra e a paz, massacres e relâmpagos de glória.

 Clara Ferreira Alves, 2022

...Quando tanta coisa que parecia sagrada ou eterna se dispersa e dissolve no mar revolto que é o Mundo de hoje, faz bem atentar no valor de uma instituição que não atraiçoa o seu espírito nem se afasta da missão que lhe foi confiada.

… quem está diante de mim é o mesmo ser moral que vem afirmando-se desde séculos: quando estuda, quando ensina, quando se manifesta, é escusado perguntar, porque é Coimbra, é a Universidade.

Salazar, 1948

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18.9.22

 

Na cava da vaga dum tsunami

 Cinco razões para ter (muito) medo de 2023

Estamos em guerra. Energia cara, escassez de matérias-primas, cadeias de produção interrompidas. Estamos em crise. Inflação a bater recordes, juros a subir, crescimento a abrandar e pânico nos mercados. 

Tudo mau depois de dois anos de pandemia. Mas, se 2022 é assustador, 2023 poderá ser pior. Há, pelo menos, cinco boas razões para estar preocupado.       João Silvestre

* E toda a gente continua na praia exigindo que o cabo-do-mar os proteja, dado terem direito a lá estar. 

E, no mesmo semanário, a publicidade proclama que VOCÊ MERECE.


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17.9.22

 

Coroas

 Mulheres coroadas; todas reais, só uma ri.

Sec XXI

Isabel, Sec XX














Escola de Coimbra, Sec XVI











Nefertiti (Sec XIII A,C.)


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13.9.22

 

Homepage RTP1





* Notícias no intervalo da promoção do consumo e com promoção do consumo nos longos intervalos. 

Com o Inverno à porta, Putin agradece: É ou não é?


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9.9.22

 

A única marca que...

 ... foi autorizada a interromper o longo velório mediático da rainha do Reino Unido. 

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8.9.22

 

Gabinete de curiosidades. Coimbra

                                        


Fleur emblématique en Portugal

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Paz, paz, paz

PALCO PAZ
 No pós guerra, o noticiário da Emissora Nacional abria com um  editorial, elaborado pelos redactores; era a "Nota do Dia".

Era miúdo, mal os ouvia mas recordo um que se referia (criticamente, claro) à estratégia comunista - dizia-se "russa".

- Os russos, Paz, Paz, Paz, vêm por aí a baixo....


P.S. Agora os nostálgicos adoptaram o mantra que muitas vezes soa a Gás, Gás, Gás.


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7.9.22

 

Vem, cuidadosa

Álvaro de Campos

V - Vem, Noite antiquíssima e idêntica

 Vem, cuidadosa,

Vem, maternal,

Pé antepé enfermeira antiquíssima, que te sentaste

À cabeceira dos deuses das fés já perdidas,

E que viste nascer Jeová e Júpiter,

E sorriste porque tudo te é falso e inútil.

Vem, Noite silenciosa e extática,

Vem envolver na noite manto branco

O meu coração...

Serenamente como uma brisa na tarde leve,

Tranquilamente com um gesto materno afagando.

Com as estrelas luzindo nas tuas mãos

E a lua máscara misteriosa sobre a tua face.

Todos os sons soam de outra maneira

Quando tu vens.

Quando tu entras baixam todas as vozes,

Ninguém te vê entrar.

Ninguém sabe quando entraste,

Senão de repente, vendo que tudo se recolhe,

Que tudo perde as arestas e as cores,

E que no alto céu ainda claramente azul

Já crescente nítido, ou círculo branco, ou mera luz nova que vem,

A lua começa a ser real.

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6.9.22

 

Parábolas, alegorias e memórias

 

Pacotão ou pacotinho? Medidas são positivas, mas, mas, mas…

“Ilusão”, “fraude”, “truques”: oposição diz que não há reais aumentos de pensões.


Descia um velho campónio
Do seu monte ao povoado ;
Levava um neto que tinha,
No seu burrinho montado...


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Choveu esta noite

 As ervas da calçada rejubilam com a chuva da noite; para elas terminou a longa tortura. Nem todas tiveram a mesma sina. 

Não é inveja que sinto - é desejo de "poder ser tu, sendo eu!"

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Vem, dolorosa

 Álvaro de Campos

IV - Vem, Noite antiquíssima e idêntica,

Vem, dolorosa,

Mater-Dolorosa das Angústias dos Tímidos,

Turris-Eburnea das Tristezas dos Desprezados,

Mão fresca sobre a testa em febre dos humildes.

Sabor de água sobre os lábios secos dos Cansados.

Vem, lá do fundo

Do horizonte lívido,

Vem e arranca-me

Do solo de angústia e de inutilidade

Onde vicejo.

Apanha-me do meu solo, malmequer esquecido,

Folha a folha lê em mim não sei que sina

E desfolha-me para teu agrado,

Para teu agrado silencioso e fresco.

Uma folha de mim lança para o Norte,

Onde estão as cidades de Hoje que eu tanto amei;

Outra folha de mim lança para o Sul,

Onde estão os mares que os Navegadores abriram;

Outra folha minha atira ao Ocidente,

Onde arde ao rubro tudo o que talvez seja o Futuro,

Que eu sem conhecer adoro;

E a outra, as outras, o resto de mim

Atira ao Oriente,

Ao Oriente donde vem tudo, o dia e a fé,

Ao Oriente pomposo e fanático e quente,

Ao Oriente excessivo que eu nunca verei,

Ao Oriente budista, bramânico, sintoísta,

Ao Oriente que tudo o que nós não temos.

Que tudo o que nós não somos,

Ao Oriente onde — quem sabe? — Cristo talvez ainda hoje viva,

Onde Deus talvez exista realmente e mandando tudo...

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5.9.22

 

Vem soleníssima

 Álvaro de Campos

III - Vem, Noite antiquíssima e idêntica

Vem soleníssima,

Soleníssima e cheia

De uma oculta vontade de soluçar,

Talvez porque a alma é grande e a vida pequena.

E todos os gestos não saem do nosso corpo

E só alcançamos onde o nosso braço chega,

E só vemos até onde chega o nosso olhar.

Vem, dolorosa,

Mater-Dolorosa das Angústias dos Tímidos,

Turris-Eburnea das Tristezas dos Desprezados,

Mão fresca sobre a testa em febre dos humildes.

Sabor de água sobre os lábios secos dos Cansados.


4.9.22

 

Vem, noite Nossa Senhora

 Álvaro de Campos

II - Vem, Noite antiquíssima e idêntica

Nossa Senhora

Das coisas impossíveis que procuramos em vão,

Dos sonhos que vêm ter connosco ao crepúsculo, à janela.

Dos propósitos que nos acariciam

....

Vem, e embala-nos,

Vem e afaga-nos.

Beija-nos silenciosamente na fronte,

Tão levemente na fronte que não saibamos que nos beijam

Senão por uma diferença na alma.

E um vago soluço partindo melodiosamente

Do antiquíssimo de nós

Onde têm raiz todas essas árvores de maravilha

Cujos frutos são os sonhos que afagamos e amamos

Porque os sabemos fora de relação com o que há na vida.


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3.9.22

 

Vem, noite


Álvaro de Campos

I - Vem, Noite antiquíssima e idêntica

Vem, Noite antiquíssima e idêntica,

Noite Rainha nascida destronada,

Noite igual por dentro ao silêncio. Noite

Com as estrelas lantejoulas rápidas

No teu vestido franjado de Infinito.

Vem, vagamente,

Vem, levemente,

Vem sozinha, solene, com as mãos caídas

Ao teu lado, vem

E traz os montes longínquos para o pé das árvores próximas.

Funde num campo teu todos os campos que vejo,

Faze da montanha um bloco só do teu corpo,

Apaga-lhe todas as diferenças que de longe vejo.

Todas as estradas que a sobem,

Todas as várias árvores que a fazem verde-escuro ao longe.

Todas as casas brancas e com fumo entre as árvores,

E deixa só uma luz e outra luz e mais outra,

Na distância imprecisa e vagamente perturbadora.

Na distância subitamente impossível de percorrer.

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2.9.22

 

Necrófagos

 Com música e letra de Zeca Afonso


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Urronaldo é um meme

 O erro de ortografia contagia os susceptíveis como nas epidemias; a publicidade aproveita.




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1.9.22

 

Ovelhas modelo

 Cimabue, um dos maiores pintores europeus (Sec XIII), teria visto o jovem Giotto a desenhar uma ovelha e tomou-o como aprendiz. 

Foi uma ovelha que o principezinho pediu ao poeta que lhe desenhasse:  "S'il vous plaît... dessine-moi un mouton !"

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