alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

31.3.09

 
Entre belzebus e amuletos

A tempestade mundial de críticas ao que disse o Papa sobre o preservativo da SIDA (de que a distribuição de preservativos não é a resposta adequada para se ajudar a África a combater a SIDA) merece análise.
Uma opinião radical desencadeou outra igual e de sinal contrário; compreende-se (aceite-se ou rejeite-se) um radicalismo de base religiosa; não se pode aceitar uma tomada de posição racional sem provas sólidas. O editorial do Lancet foi a bênção científica do anátema laico; foi pena que não citasse provas sólidas.
Jorge Sampaio lamentou que a "discussão" sobre o uso do preservativo não evolua.

Com esse objectivo procurei algumas provas de fontes de confiança.
1. Comecei pela fonte limpa: The Cochrane Library -Using condoms consistently reduces sexual transmission of HIV infection, when used consistently. Os "always" users têm um risco 80% inferior aos "never" users .
O que é óbvio mas, tal como a moção papal, não se adequa ao problema concreto:
Se a sida se propaga sobretudo pelas relações sexuais, se estas só se efectuarem entre cada casal, um transmissor de sida só infectará o cônjuge: sim, a sida pararia se, havendo sexo, só fosse no casamento.
O porém está no facto de haver sexo fora do casamento e muito.
F.Fernandes


Mas, se a sida se propaga sobretudo pelas relações sexuais, se estas só se efectuarem com preservativo: sim, a sida pararia se, havendo sexo, fosse só com preservativo.
O porém está no facto de haver sexo sem preservativo e muito.

E este facto é crucial para estimar o risco que é exponencialmente proporcional ao número de falhas de protecção - usar o preservativo num terço dos casos não reduz o risco em um terço – e as falhas são muito frequentes : “... in settings where HIV infection is widespread, the use of condoms in primary partnerships remains low—representative surveys of women in 13 African countries found that fewer than 7% report condom use in the last sex act with their regular partner. Unless one partner knows they are HIV positive or feels substantially at risk, interventions generally have limited success at achieving consistent use of condoms in primary partnerships. " BMJ 2004
Mas mesmo se ninguém quisesse correr risco, tal não seria possível dada a escassez de recursos: "One analyst found that 24 billion condoms per year are the minimum requirement to protect sexually active people against HIV/AIDS, while only 6 to 9 billion are actually used
(1999). … the six African countries that currently provide the highest level of condoms per man per year ... provide an average of only 17 condoms per man per year (for men aged 15 to 59) (2001).

É por isso que são insensatas algumas reacções: "A posição do Papa Bento XVI é absolutamente criminosa. Ela contraria estudos científicos da ONUSIDA e da OMS que foram divulgados amplamente e que referem que mais de 90% das infecções pelo HIV podem ser travadas pelo preservativo", frisou Ana Filgueiras, especialista em programas de prevenção do HIV-Sida.
Poder, podem, o problema é a sua exequibilidade.
E isto não acontece só em África: mesmo com amplo acesso a meios contraceptivos, a experiência portuguesa é elucidativa: Entre os jovens sexualmente activos 35% têm sexo desprotegido. Instituto de Ciências Sociais. Público 30.09.2008
Em Portugal um sexto de gestações foram abortadas voluntariamente; 20% mais do que uma vez.
2.
Analisemos os “estudos científicos da ONUSIDA e da OMS” que fundamentam as decisões da OMS:
Condoms have played a decisive role in HIV prevention efforts in many countries.
Condoms have helped to reduce HIV infection rates where AIDS has already taken hold, curtailing the broader spread of HIV in settings where the epidemic is still concentrated in specific populations.
Recent analysis of the AIDS epidemic in Uganda has confirmed that increased condom use, in conjunction with delay in age of first sexual intercourse and reduction of sexual partners (the “ABC” campaign: “Abstinence, Be faithful, or use Condoms.”) was an important factor in the decline of HIV prevalence in the 1990s. Thailand’s efforts to… targeted condom promotion for sex workers and their clients dramatically reduced HIV infections in these populations and helped reduce the spread of the epidemic to the general population. A similar policy in Cambodia has helped stabilize national prevalence, while substantially decreasing prevalence among sex workers. In addition, Brazil’s early and vigorous condom promotion among the general population and vulnerable groups has successfully contributed to sustained control of the epidemic.
Em resumo:
O Uganda adoptou “the “ABC” campaign: “Abstinence, Be faithful, or use Condoms.”
A Thailand optou por “condom promotion for sex workers
O Cambodia verificou uma “decreasing prevalence among sex workers.”
O Brasil adoptou uma estratégia múltipla: Key targets were identified for the prevention of infection: the promotion of HIV testing; promotion and education on condom use; the provision of disposable syringes; increasing the availability and provision of incentives for pre-natal testing, and the prevention of other STD.
O exemplo de qualquer destes países dificilmente pode servir de base a generalizações: o Uganda e o Brasil adoptaram o método ABC; a Tailândia e o Camboja focaram “sex workers”. Por fim, o sucesso das campanhas no Brasil foi avaliado comparando os dados actuais com as previsões do Banco Mundial: In the early 1990s, the World Bank had predicted that 1.2 million people in Brazil would be living with HIV by the year 2000. Due to the effectiveness of prevention campaigns, though, the actual figure was around 600,000.

Nada destes factos questiona o papel do preservativo na prevenção da SIDA exactamente nas condições que a OMS sublinha “accessible to those who need them when they need them, and that people have the knowledge and skills to use them correctly and consistently.”WHO 2009

Se a sida se propaga sobretudo pelas relações sexuais, se estas só se efectuarem com preservativo: sim, a sida pararia se, havendo sexo, fosse só com preservativo.
O porém está no facto de haver sexo sem preservativo e muito. E não é provável que esta realidade se vá alterar muito em breve.

Tanto o Papa como os activistas da OMS tomam os seus desejos por realidades. Os factos aconselham a cuidado na interpretação e prudência nas propostas: a epidemia não se vence com mais do mesmo.

Perante estes factos, a reacção dos políticos e dos activistas foi disparatada.
Activistas, médicos e políticos criticaram a posição do Papa, afirmando ser perigosa, irreal e não científica.
La France exprime a sua viva preocupação quanto às consequências das declarações de Bento XVI”, disse hoje um porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros.
O Ministério da Saúde espanhol sublinha que “os preservativos são um elemento necessário na política de prevenção e uma barreira eficaz contra o vírus, atestam os estudos dos laboratórios”. E anunciou o envio de um milhão de preservativos para África.
Os ministérios da Saúde e da Ajuda ao Desenvolvimento alemães lembraram que “o uso do preservativo faz parte dos meios contraceptivos aos quais os países pobres devem ter acesso. Qualquer outra posição seria irresponsável”.

O Papa declarou que a distribuição de preservativos não é a resposta adequada para se ajudar a África a combater a SIDA. Não reconheço ao Vaticano particular autoridade para emitir opinião num tema tão específico. Esperava que ela fosse rebatida com argumentos sólidos; infelizmente vi demasiados políticos e activistas e poucos, muito poucos dados concretos.
Esperava que uma proclamação “ex-catedra” fosse contestada com outros argumentos que não apenas os de autoridade; mesmo a do editorial do Lancet.
A um credo (Não caias em tentação) não se responde com uma crença. (Não te prives de preservativos).

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Provedor de Justiça está de baixa médica

Terminaria hoje o prazo dado por Nascimento Rodrigues ao Governo para que resolvesse o impasse da nomeação de um novo provedor. Mas Nascimento Rodrigues não se pode demitir. Agora está de baixa, com um vírus que lhe provoca febre.

*Atestado complacente ou vírus oportunista?

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Coerência e ousadia

"Há pressões, mas não vou dizer quais nem quem as faz."
"Há situações que por serem explosivas têm de ser evitadas enquanto for possível.”

João Palma, presidente do o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, em entrevista à SICNotícias.

O presente e o singular
Como os Magistrados titulares do processo expressa e pessoalmente reconheceram, não existe qualquer pressão ou intimidação que os atinja ou impeça de exercerem a sua missão com completa e total serenidade, autonomia e segurança.
A existência de qualquer conduta ou intervenção de magistrado do Ministério Público... PGR

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Ministro admite portagens nas cidades

Coimbra sempre teve

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30.3.09

 
Pragmatismo tuga

Uma sondagem recente da Visão diz que os portugueses dão preferência aos serviços públicos
Os portugueses, lamenta-se a direita mais uma vez, não prezam a iniciativa individual, não gostam de correr riscos e preferem a dependência do Estado à liberdade no mercado. Partindo do princípio – ou do dogma de fé – de que uma sociedade privatizada seria naturalmente mais próspera, não resta senão aos defensores do mercado concluir que o nosso povo seria assim "culturalmente" estatista contra os seus próprios "interesses". É a conclusão possível para a teoria segundo a qual todos os humanos são "agentes racionais no mercado", pelos vistos com a excepção dos habitantes deste cantinho à beira-mar: os portugueses andam enganados.
A posição dos portugueses é, na minha interpretação, muito mais pragmática do que ideológica.
Rui Tavares. Público 30.03.2009

* Pragmáticos, os tugas querem que o Estado lhes pague com que gastar no mercado.

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O Estado são eles

“Mais Estado” desejarão os portugueses a crer na sondagem da Intercampus para a VISÃO de 26 de Março.
Não li o inquérito pelo que me baseio apenas nos resultados publicados.

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1. É estranho que enquanto 2/3 acham que o Estado não tem cumprido as suas obrigações, mais de 2/3 dos mesmos inquiridos diz ter confiança ou muita confiança em todas as instituições do Estado referidas (salvo, e por pouco, o governo); tanta ou mais confiança quanta a que lhes merecem as correspondentes instituições privadas (Universidades, hospitais, escolas, media).

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2. Sinal desta contradição é o facto de 1/5 da amostra não saber/dizer qual /quem representa o Estado. Mas todos entendem que deve ser um saco sem fundo.

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3. Toda a gente acha que o Estado deveria investir mais no Ensino (apesar de gastar mais que a EU) na Segurança Social, na Saúde, na Justiça, na Polícia e na Água-Gás-Electricidade; até nos Bancos 1/3 acha que se deve investir mais...

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4. Como seria óbvio, 2/3 acha que, quando há crise, o Estado “deve dar dinheiro” às pessoas e às empresas em dificuldades. É o Estado para quando “é o delas”.

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29.3.09

 
O desastre da ponte das barcas


Há 200 anos
Napoleão invadia Portugal pela segunda vez; o exército de Soult provocava o desastre da Ponte das Barcas.
Nascia Charles Darwin.
Lamark publicava Philosophie Zoologique.

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Estudantes portugueses portam-se bem

Aumentou o número de estudantes de 15 e 16 anos a beber muito em pouco tempo.
Título do Público 27.03.2009

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Superavit

Ministro considera défice positivo
Título do Expresso 28-3-2009

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Sociobiologia atrevida
30 A do SNS


PPP

Todo o sistema tem uma necessária coerência interna; todo o enxerto arrisca-a – por rejeição ou por GVHR. O NHS inglês (John Reid) e o sistema de saúde andaluz (Maria Jesús Montero, Consejera de Sanidad da Junta de Andalucia) garantem cuidados universais de saúde por contratos com empresas privadas mas assegurando o cumprimento dos objectivos fixados pela tutela.
Também os transplantes se mantêm mercê do uso criterioso de imunossupressores sob vigilância médica atenta. Quando se consegue uma coexistência pacífica de células geneticamente diferentes sem medicamentos chamamos-lhe uma quimera.

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28.3.09

 
Não havendo o SNS que os portugueses precisam
haja a Playboy que os tugas merecem

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30A do SNS

PS: O discurso do António Arnaut
Bem conseguido, foi uma lufada refrescante com o oxigénio necessário sem radicais livres que, por vezes, o comprometem.
Ouvia-o e pareceu-me ouvir na sua voz o eco de uma outra – mais áspera, mais dura, mas com algo semelhante; percebi – era como se ouvisse Torga.

Tem sentido, eram amigos de longa data, natural que tivessem falado sobre o SNS; quem sabe se o SNS português também tem alguns genes de Torga, do clínico geral e do poeta.

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30A do SNS
Sistema de Saúde Português 5

Uma pergunta crucial ficou sem resposta: Será socialmente mais justo um lucro de 10% (dos quais 4 irão para o Estado) ou os 25% de desperdício dos serviços públicos?
Era um Congresso mas, por vezes, o ambiente era comicieiro; alguns aplaudiam entusiasticamente sempre que alguém dizia “alguma coisa de esquerda” e defendia a gestão pública do SNS; pelo contrário, quando alguém expunha vantagens de serviços privados, outros (representantes dessas instituições?) compensavam o pequeno número com o vigor das palmas.
Análise tranquila, a do escocês John Reid, Secretary of State for Health do Reino Unido entre 2003 e 2005 (As reformas do NHS).

Este SN$ já não é o meu,
Esta não é a tarde que eu esperava
O
crepúsculo inicial inteiro e limpo ...

Falta o entusiasmo da primeira geração – o SMP voluntário -, o "optimismo indestrutível" de alguns, a procura de fazer o melhor com o mínimo de meios, a sustentabilidade social das medidas, o prazer de fazer bem o que se cria justo, de levar a ciência onde era necessária, o imperativo ético da discriminação positiva, a pulsão equitativa, a fruição do sucesso colectivo e da exponencial melhoria do desempenho dos mais novos, o sono tranquilo na certeza que os netos poderiam viver melhor. Foi a melhor herança que lhes deixámos.

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30A do SNS
Sistema de Saúde Português 4


Nenhum a referência a paradigmas médicos. As melhores normas de eficácia comprovada por critérios seguros, e destas, não apenas a de significância estatística com que as sereias subliminares nos seduzem mas, aquelas que têm também significado médico: Vale a pena? Para tão curta sobreviva (ou tão escassa melhoria) tão penosa a bula? Será indispensável? Não haverá alternativas?
A gestão sensata dos recursos pelo médico, melhor, pelas normas da Medicina, melhor ainda, das que passaram pelo crivo salutar do cepticismo mitigado do tempo.
.
Assume-se como inevitável o aumento exponencial dos custos, atribuído à longevidade, aos novos medicamentos e aos novos instrumentos.
Assim, o acento tónico recai no financiamento – como conseguir mais verbas que os jornalistas se apressaram a ressaltar; até Arnaut o admite, embora a título excepcional.
"Os economistas explicam que, por volta de 2014/2015, deixamos de ter dinheiro para pagar as nossas dívidas". JPP
.
Vital Moreira sublinhou bem a necessidade imperiosa de aumentar a eficiência e reduzir drasticamente o desperdício do SNS (25% segundo o Tribunal de Contas) e elogiou Correia de Campos pelo sucesso de estabilizar os gastos do SNS.
O objectivo é óptimo, o método administrativo foi desastrado – os médicos reagem à desastrada interferência; os utentes clamam contra o “economicismo” -- o pior defeito dos chefes iluminados é desacreditar as medidas necessárias.

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30A do SNS
Sistema de Saúde Português 3

Não se analisou a história do SNS para identificar problemas; muito estranho que médicos o não tenham feito quando é essa a sua clássica estratégia diagnóstica.
Preferiram-se atitudes voluntaristas, de iluminados em regime democrático que atenua pulsões pombalinas.
Não houve uma única referência a experiências de sucesso no SNS; nem uma alusão à reforma dos cuidados materno-infantis. Apesar dos criativos terem escolhido a imagem de um recém-nascido para ilustrar a mesa redonda “O FUTURO DA SAÚDE NUM CONTEXTO EUROPEU” não se falou da criança.
Ao comemorar os 30A do SNS, ninguém recordou que justamente há 20 anos se constituíra a
Comissão Nacional de Saúde Materna e Infantil (1989) cujo relatório, adoptado pelo MS de então (Leonor Beleza) fez com que os valores de mortalidade infantil e materna continuassem a melhorar e também os da perinatal e dos grandes prematuros, que mais dependem dos bons cuidados de saúde. A melhorar de tal maneira que são agora dos melhores do mundo.
Este sucesso mundial foi feito no estrito espírito do SNS, planeamento cuidado numa análise concreta da situação concreta, com recursos adicionais modestos e judiciosamente escolhidos e com as pessoas do SNS, bem formadas e entusiasmadas com o projecto em que se sentiram envolvidas e intervenientes. Entusiasmo e desempenho exemplares que se mantém até hoje, sem grandes atractivos financeiros e apesar das desilusões e da crise social actual.
Como se não falou, não foi possível avaliá-la; só se falou do enxerto de padrões “empresariais” e de mais do mesmo.

Dos membros dessa notável comissão
(Torrado da Silva, Octávio Cunha, Pereira Leite, Martins Palminha, Luís Carvalho, Dória Nóbrega, Purificação Araújo, Vicente Souto, Albino Aroso) apenas um foi homenageado e, porventura, por outras razões.

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30A do SNS
Sistema de Saúde Português 2

É curiosos que os médicos gestores assumam os novos instrumentos de poder com a fé dos convertidos; substituem a bata pelo fato escuro, a farda de executivo. Assumem que basta gerir os fluxos do dinheiro, os organigramas, os processos e tudo o resto virá por acréscimo.
Falou-se de reduzir os custos na perspectiva dos orçamentos…, de obter medicamentos ou de exames complementares mais baratos em vez dos necessários e de eficácia comprovada. A panaceia dos genéricos e das análises automatizadas.
Figura dos separadores.

Nada se falou de pessoas – de como estimular as profissionais do SNS, de como reconstituir o entusiasmo dos primeiros anos (só Paulo Mendo se referiu a essa matriz), como reconhecer o mérito e a dedicação. Não se falou de orgulho, de espírito de grupo, apenas, e de raspão, de retribuição diferenciada.
Apesar das boas intenções “Não faz sentido o desenvolvimento de organizações complexas e de grande dimensão na saúde se estas, ao crescerem e estruturarem-se, perderem de vista o interesse fundamental do cidadão e, enredadas nos seus próprios interesses, substituírem as necessidades do doente pelas da organização.” pouco se falou dos doentes; para as suas organizações foi reservado a última sessão e bem, para que a Ministra as ouvisse.
Como o PM resolveu vir encerrar o Congresso, tudo se alterou. Para não fazer esperar o PM e a sua corte, os cortesãos agitaram-se: encurtaram o tempo já escasso – 5 minutos a cada interveniente que o moderador fez questão de fazer cumprir. Significativo numa sessão cujo tema era "CIDADANIA O Doente no Centro."

Devido ao extraordinário interesse suscitado e ao elevado número de inscrições - efectuaram já o Check In 981 participantes a entrada é livre para todas as sessões de hoje
Preside ao Encerramento do CongressoSua Excelência o Senhor Primeiro MinistroJosé Socrates27 de Março às 17h30

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30A do SNS

O CA do HUC promoveu o Congresso sobre o “Sistema de Saúde Português”a propósito de comemoração dos 30 anos da lei do SNS.
Por razões compreensíveis, verificou-se um predomínio esmagador dos PCA, dos gestores, dos administradores. Consequentemente os temas dominantes eram gestão, financiamento, orçamentos, ... ; mesmo a eficiência foi analisada numa perspectiva fundamentalmente financeira.
A linguagem introdutória era a que seria de esperar nestas condições:
incerteza económica.
formas de financiamento
fortes clusters no sector da saúde
potencial de exportação de produtos e serviços.
Como decidir em Saúde para a melhoria contínua?
... especialistas nacionais e estrangeiros em avaliação económica para decisão em saúde.

Gestão hospitalar:
estatuto público administrativo
estatuto empresarial público,
sociedade anónima de capitais públicos.
No que ao financiamento se refere,
O sistema de preços administrativos permite uma boa gestão?
E de que espaço de liberdade dispõem (...) os gestores
Como funciona o mercado na saúde?
.
Não admira que, com tantos PCA, convidassem (ou aceitassem) o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, um economista, Diplomado em Administração Hospitalar, para falar sobre “Perspectivas do Sistema Nacional de Saúde nos 30 anos do SNS” na conferência inaugural.

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27.3.09

 
Marinho nega apoio a Sócrates

"Eu não estou a dar apoio a ninguém, nem 'desapoio'. Nós estamos a dar apoio à verdade. Isto são factos.”
Título com mensagem subliminar.

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O lugar da "essencialidade da palavra"

Apesar dos meios tecnológicos, o Parlamento é, por excelência, o lugar da "essencialidade da palavra". Luís Fazenda. Público 26.03.2009
Parlar, ant.,
palrar, falar.

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25.3.09

 
A reforma do Parlamento

A Assembleia da República tem, finalmente, telas para projecção de imagens.
Nada de novo; há cem anos a Câmara dos Deputados já tinha um, de que
Manuel Fernandes Tomás se servia. (Veloso Salgado)
Espera-se que a apresentação de dados seguros ajude a um maior rigor na exposição de ideias - a reformar o parlamento.

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Custa a acreditar

Casa da Acreditar não abre por falta de acessos
A Casa da Acreditar de Coimbra pretende acolher os pais e as crianças com cancro que se encontram internadas no Hospital Pediátrico. A casa está concluída desde Dezembro e equipada desde Fevereiro. Câmara continua sem dar resposta sobre quando terminará os acessos ao edifício.

Pobres crianças doentes; o Ministério da Saúde fez tudo para arrastar a construção do novo Hospital Pediátrico, o CHC sempre fez o que pode para o cercear e a ARS sempre fez o que a tutela esperava. A Câmara de Coimbra era a única instituição que ainda mostrava alguma simpatia; até esta claudicou?

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Coimbra,
quase capital da doença


No dia em que o Diabetic Bus chega, a taxa de doença disparata.

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La Liberté guidant le peuple



Fim dos exames nacionais, do regime de faltas e educação sexual.
.
.
E Delacroix contrafeito.

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24.3.09

 
Partilhas

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Dissipação insustentável

Lixo e gases
Por dia e por português, gerou-se 1Kg de lixo e dissiparam-se 22 Kg de gases com efeito de estufa.
Não admira que haja tantos obesos, endividados, queixosos e insatisfeitos.

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Geração opulenta
Nesta vida de pouca actividade e abundante fécula... Aquilino Ribeiro. Geografia Sentimental.

Diabetes já afecta um milhão de portugueses
De acordo com o estudo da prevalência da diabetes em Portugal já atingimos o número de casos esperados só para 2025. A continuar esta evolução, é possível que em 2025 "tenhamos 20% da população com a doença", calcula José Manuel Boavida, o coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes.

* Milhões de anos de fome crónica seleccionaram metabolismos frugais; a diabetes é a consequência fatal da súbita emergência de uma geração saciada. Saciada e insatisfeita.
Se a catastrófica previsão se não verificar, louvar-se-ão os salutares efeitos da crise.

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23.3.09

 
A crise

Hoje à tarde não havia um lugar vago no parque automóvel do Dolce Vita

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Eutanásia

Vale a pena chegar a velho para ver um filmes destes;
vale a pena chegar a velho para fazer este filme.
Vale a pena chegar a velho e poder escolher uma morte
que não seja apenas acabar,
mas um final redentor.
Eu estou em paz, padre.


Gran Torino, Clint Eastwood.

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Democracia e ciência

A democracia ainda não nos salva de cometer erros. Mas continua a ser ... a melhor maneira de os corrigir. Rui Tavares. Público 23-3-2009

*A democracia permite que os cidadãos substituam os governantes insatisfatórios sem ter de recorrer à violência. É o que sucede na investigação científica.

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Apenas 160 especialistas

Cirurgiões plásticos reconhecidos pela OM e que estão no activo são cerca de 160. Público 23-3-2009

* Apenas? O jornal acha pouco; para as necessidades ou para a cosmética?

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Por causa
À noite não consigo dormir porque tenho letras na cabeça e tenho que gravá-lasAna Free. DC 20.3.209

Portugueses são os que dormem pior por causa da crise

Dia Mundial do Sono. Um inquérito online, encomendado pelos laboratórios farmacêuticos Lundbeck ... para saber se o clima económico actual tinha afectado o sono dos inquiridos.
Cada português consumiu, em média, duas caixas de medicamentos para dormir em 2008, o que equivale a 80 milhões de euros. Os problemas de sono afectam 30% da população, com graves custos sociais e económicos.

1.Um em cada dez portugueses consome sedativos, tranquilizantes ou hipnóticos. (Primeiro Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoactivas na População Geral (dados de 2001).
2. Portugal é o segundo consumidor europeu de benzodiazepinas. Boletim de Farmacovigilância. Infarmed. 2001;5:2-3
3. Estima-se que 23% dos adultos portugueses recorra regularmente a estes medicamentos. O consumo aumentou mais do dobro ao longo da última década (Lusa, 7.2. 2004)
4. Circadin® (Lundbeck)

Circadin®, sustained-release melatonin, is a new treatment paradigm in the management of primary insomnia in patients aged 55 years or over. A novel sleep drug, the first in a new class, Circadin provides natural sleep for patients with insomnia, offering an effective and safe treatment for their sleep difficulties because it improves sleep quality, daytime function and quality of life combined with a far superior safety and tolerability profile.

* Os portugueses já dormem mal há muitos anos; há muito que a “crise” os afecta. Quando os tranquilizantes já não lhes resolvem os problemas, tentam-nos com melatonina, a droga do jet-set contra o jet-lag.


PS. “À noite não consigo dormir porque tenho letras na gaveta e tenho que pagá-las” Ana Tuga.

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22.3.09

 
Eutrofia

A água devia estar no topo de todas as agendas políticas nacionais
Daniel Zimmer, do Conselho Mundial da Água. Expresso 21-3-2009
.
*A produção intensiva levou à proliferação de algas parasitas que encobrem a água; os gafanhotos preparam a agenda e agradecem o suporte.

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Água amarga

A directora da Agência Europeia para o Ambiente (EEA), avisou que “mesmo a Europa está a ficar sem água doce”, e que a maioria dos países do Velho Continente gastavam “água bem acima das suas possibilidades”. Expresso 21-3-2009

Gastar acima das possibilidades - a crédito sem garantias - esteva na origem da actual crise financeira, com uma consequente falta de liquidez; os bancos centrais têm tido reservas para atenuar a crise mas não creio que os governos tenham reserva de água limpa suficiente para acudir à previsível falta.

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"Não suba o sapateiro acima da sandália

"Não vale a pena estar a 'investir' em indivíduos que, aos 20 ou aos 22 anos, apresentam características desfavoráveis no mercado de trabalho, porque estes já perderam capital dificilmente recuperável".
"Se queremos proteger os mais desfavorecidos, o que temos que fazer é colocar as crianças destas famílias em colónias de férias para que se possam misturar com crianças de famílias favorecidas e beneficiar desse 'caldo' social", preconizam os economistas Paulino Teixeira e Ana Sofia Lopes. Público 22-3-2009

*Sócio-economismo fatalista; quando os economistas extrapolam. Não há sociólogos na Faculdade de Economia?

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Pô-los a mexer

Quer dizer, o Governo quis tor­nar mais acessível a prática de exercício físico nos ginásios e o resultado foi este: o Estado dei­xou de cobrar uns milhões de euros em IVA e os pretensos be­neficiários nada beneficiaram. Para onde foi o dinheiro? Para os bolsos dos donos dos giná­sios. F. Madrinha. Expresso 21-3-2009

*É o que acontece quando se aceita o mito de que “a prática de exercício físico” exige “ginásios”. Em vez de por os tugas a mexer, o Estado resolveu baixar o IVA aos ginásios. O estado romano fazia o mesmo no Coliseu.

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Título enviesado
Smith entrega prova de suborno no Freeport

Charles Smith, ... entregou à Polícia ... um fax que comprovará uma tentativa de suborno no processo do outlet de Alcochete.

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21.3.09

 
As manifestações e os partidos

O PSD pediu hoje a demissão da direcção da Antena 1, devido ao "spot" publicitário de promoção à informação da rádio, que considera "atentar contra a liberdade de expressão e de manifestação".
Em causa está um anúncio da Antena 1, que está a ser emitido na RTP, em que a jornalista da rádio Eduarda Maio informa um condutor que está a decorrer uma manifestação. Quando este lhe pergunta contra quem é o protesto, Maio responde-lhe que é contra ele e "contra quem quer chegar a horas".
A jornalista Eduarda Maio é uma das principais vozes da rádio pública e autora do livro Sócrates: O Menino de Ouro do PS, a biografia autorizada do primeiro-ministro lançada em 2008.
Para o
PSD, o anúncio "divide os portugueses, coloca-os uns contra os outros".
RTP retira anúncio que critica manifestações.

* O anúncio é infeliz: assume que uma manifestação é "contra" o que, sendo pc, é enviesado. É óbvio que não é "contra quem quer chegar a horas" mas é claro que o impede.
A RTP fez bem em retirar o anúncio que, ao contrário do que titula o Público, não critica manifestações mas sim esta forma de manifestações que despreza os outros.
É curioso que o PSD se indigne porque o anúncio "divide os portugueses, coloca-os uns contra os outros". Não é esse o resultado necessário da actividade partidária em democracia?

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Paraísos fiscais consensuais

Não é normal defender, como ontem defendeu o primeiro-ministro José Sócrates, que os bancos europeus sejam proibidos de trabalhar com paraísos fiscais, mesmo que essa decisão não seja tomada a nível mundial durante a próxima reunião do G20. Uma coisa é defender uma maior transparência e regulação nos mercados financeiros - ... -, outra bem diferente é defender o suicídio do sistema financeiro europeu que, forçado a actuar em condições mais desfavoráveis que os outros sistemas bancários, só poderia definhar, agravando ainda mais a crise. JMF. Público 21.03.2009

* Os escravos também eram “forçados a actuar em condições mais desfavoráveis” e abolição da escravatura não foi tomada "a nível mundial".
A Revolução Francesa de 1789 aboliu a escravatura nas colónias por incompatível com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Napoleão restaurou-a mas em 1848 ela foi finalmente extinta. A abolição completa da escravatura nas colónias inglesas ocorreu em 1834. Seguiram-se a Holanda e os Estados Unidos da América em 1863 e Portugal em 1869. Entretanto a Inglaterra havia declarado guerra aberta ao tráfico. Nenhum barco negreiro poderia mais singrar os oceanos sem ser vistoriado (Aberdeen Act).
"Fica abolido o estado de escravidão em todos os territórios da monarquia portuguesa, desde o dia da publicação do presente decreto. Diário do Governo
, 27 de Fevereiro de 1869"

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"Ninguém me ouve!" é situação do passado

Ninguém me ama,
ninguém me quer,
ninguém me chama de meu amor.
A vida passa, e eu sem ninguém.
E quem me abraça não me quer bem

António Maria 1952

Ou seja, já não é só a TVI que a segue na alegada campanha contra Sócrates e a presidente deixou de poder dizer "Ninguém me ouve!" quando percorre o País, porque vá para onde for tem jornalistas na sua peugada.
Quando aparece na sala, o apresentador ordena: "
Levantem-se, batam palmas. Chegou uma senhora: a líder do PSD."

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O ciclo do azoto

Cante alentejano (Um lugar ao Sul)
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Eu sou devedor à terra;
a terra me está devendo.
A terra paga-me em vida;
eu pago à terra em morrendo.
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Évora-Monte

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20.3.09

 

Alegoria do Museu 2

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Estudantes mascarados reclamam que o Governo dê a cara
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"Não sei se algum dos que aqui estão corre o risco de deixar de estudar por razões económicas. De qualquer forma, nenhum dos que nos pediram ajuda se quis identificar perante a comunicação social - por alguma razão usamos máscaras, para simbolizar a vergonha desses alunos e a vergonha que é o Estado permitir que tal aconteça", disse o presidente da direcção-geral da Associação Académica de Coimbra. Público 20-3-2009
O sistema de
empréstimo bancário não é solução para os estudantes, mas sim o reforço das bolsas de estudo.

* Ler.

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Tortura

Comité de Prevenção da Tortura puxa as orelhas a Portugal
Sindicato de Guardas Prisionais nega prática de agressões directas a reclusos. Público 20.03.2009

* Puxar as orelhas não é considerado tortura; será considerado "agressão directa"?

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Citizen Moniz
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Moniz prometeu travar "um combate sem quartel" se os membros da ERC "alguma vez aceitassem ser cúmplices do amordaçamento da comunicação social ou servos do poder".
Moniz diz recusar-se a acreditar que os responsáveis da ERC assumam esse papel, mas afirma que se tal acontecer "seria gravíssimo". Público 20.03.2009

* Depois do “Jornal Nacional de sexta-feira da TVI" que arma mais funesta haverá no quartel?

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19.3.09

 

Alegoria do Museu
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A Diversidade da Vida, 300 anos de Lineu

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Ferreira Leite "segura" de que vai

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Egas Moniz, 60 anos do Nobel
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A proposta de retirar o prémio Nobel a Egas Moniz pelos efeitos secundários da leucotomia e excessos dos seus sucedâneos teria como consequência lógica a retirada a Colombo do título da descoberta da América; afinal, procurava uma coisa e encontrou outra e os efeitos secundários imediatos da descoberta não foram famosos para os sujeitos à intervenção (índios e negros).
Fernando Gomes advogou com clareza, expondo os actuais sucessos da psico-cirurgia, fruto do pioneirismo de Egas Moniz.
Por três vezes a Academia sueca menosprezou a descoberta da angiografia cerebral; o mérito da leucotomia só foi distinguido à segunda vez. Mesmo questionando o mérito desta, Egas Moniz mereceria o Nobel aos 75 anos, como acontece com os Óscares pela carreira.
E se se começar a retirar prémios Nobel pelos danos colaterais da descoberta acabar-se-ia a retirar o prémio ao seu intituidor, inventor da dinamite.

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Ao espelho






Sobre uma foto de Enric Vives-Rubio (Público)

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18.3.09

 
No dia do pai

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17.3.09

 
Magnífico retrato, magnífico comentário.

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A vitória do curto prazo

O sistema está todo virado para o curtíssimo prazo. Premeia o resultado imediato, ainda que no longo prazo isso dite a morte da empresa. Paulo Ferreira

* É bom sinal que um cronista de Público o admita; resta esperar que a empresa o ponha em prática.

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Notícias chochas de jornalistas e de deputados

1. O lugar cativo da jornalista.
Lugar à mesa de Sócrates. O episódio foi ontem contado pela própria, Dina Soares, uma jornalista da Rádio Renascença no seu blogue.
2. PSD tem dúvidas sobre perda de peso do Presidente.

Nuno Simas. Público 17.03.2009
3. Aluna que agrediu uma professora foi suspensa por dez dias.
Conselho Executivo da EB poderá levar à expulsão da aluna que também agrediu duas auxiliares
Manuela Caetano, vice-presidente do conselho executivo da escola apressou-se ainda a abrir um inquérito disciplinar que poderá redundar na expulsão da aluna, conforme admitiu ao PÚBLICO, fechando-se, porém, em copas quanto às razões que desencadearam a "fúria" da aluna.
Natália Faria. Público 17.03.2009
4.

09h52. Pais e autarquia falam em discriminação
10h36. Escola da Lagoa Negra: três partidos políticos pedem presença da ministra da Educação no Parlamento.
13h37. A alta-comissária para a Imigração afirmou hoje que a opção da Escola de Barqueiros de concentrar alunos ciganos numa única turma terá sido uma decisão tomada em conjunto com os pais.

* Não sei que mais me incomoda: se o blog da jornalista despeitada, se a exactidão da balança do Presidente, se se o léxico, o expedito processo de intenções da jornalista ou a política do curto prazo do jornal e dos "três partidos políticos". Não seria de esperar que se informassem antes de informar ou suspeitar?

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Notícias trágicas de crianças

1. Onda levou menino na praia da Quebrada
Momentos antes, dois homens brincavam com cinco crianças - três irmãos de sete anos, uma menina, e D, de quatro - junto à rebentação, quando uma onda "mais picada engoliu as crianças".
2.
Automóvel com dois meninos caiu de 18 metros de altura
Os irmãos, dois meninos de quatro e de sete anos, estariam a brincar e, no momento do sinistro, encontravam-se sozinhos no carro, no pátio da vivenda de férias dos pais. As crianças correm risco de vida.
3.
Bebé em coma após queda de um quinto andar
Uma criança de 19 meses caiu da janela do quinto andar de um prédio onde vive com os pais e a irmã. André caiu no terraço do segundo andar do prédio Impactus; o menino ainda chamou a mãe antes de entrar em coma. A criança ficou em cuidados intensivos do Hospital S. João.
Os pais estariam em casa quando a tragédia aconteceu. O pai e a mãe são vistos pelos vizinhos como pais carinhosos.


* Aqui acaba a utopia teleológica.

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Conta-nos como era
a sã doutrina

Ao tempo, na década de ses­senta, havia eu fundado em Penela um jornal que levava ao perto e ao longe os ecos da terra com a necessária doutrinação cristã. O jornal não se metia na política local mas não se coibia de lutar pelos valores e promo­ção social da comunidade. Neste sentido em certo número publi­cou um artigo com o título: "Quem olha pela pobre agricul­tura?", um escrito um pouco mordente que originou um ofício intimidatório da Comissão de Censura com a ameaça da sua suspensão. Tudo, porém, passou em nada!

O curioso é que a senhora Maria era assinante da 'Voz de Penela", recebendo-o mensal­mente com o endereço "D. Maria de Jesus Caetano: Palácio de S. Bento - Lisboa" e imaginávamos que o jornal lá em casa circulasse ao alcance de Salazar. A verdade é que, afinal, se bem o imaginámos assim acontecia. Um dia o amigo Engº Augusto Correia, dinâmico presidente da Câmara Municipal de Penela, atira-me à queima-roupa:
-Olhe que o senhor veja lá o que escreve na “Voz de Penela” ... saiba que o Salazar lê o seu jornal! Há dias o Engº Horácio de Moura, Governador Civil de Coimbra, falou-lhe numas reuni­ões com os presidentes das Câma­ras do distrito ao que ele respon­deu:- Já sei! Já li na "Voz de Penela"!
Claro está que não me atemori­zei e lá continuei a fazer o jornalzi­nho com a sã doutrina como me competia.
P. Adriano Simões Santo, Chão de Couce, Ansião. Diário de Coimbra 17-3-2009

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16.3.09

 
N'importe où hors du monde
Baudelaire

Cette vie est un hôpital où chaque malade est possédé du désir de changer de lit. Celui-ci voudrait souffrir en face du poêle, et celui-là croit qu’il guérirait à côté de la fenêtre.
Il me semble que je serais toujours bien là où je ne suis pas, et cette question de déménagement en est une que je discute sans cesse avec mon âme.
« Dis-moi, mon âme, pauvre âme refroidie, que penserais-tu d’habiter Lisbonne ?
Il doit y faire chaud, et tu t’y ragaillardirais comme un lézard.
Cette ville est au bord de l’eau ; on dit qu’elle est bâtie en marbre, et que le peuple y a une telle haine du végétal, qu’il arrache tous les arbres.
Voilà un paysage selon ton goût ; un paysage fait avec la lumière et le minéral, et le liquide pour les réfléchir ! »
Mon âme ne répond pas.

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Ces parents qu’on fabrique

Um pai deixou o seu bebé, durante três horas, fechado no carro. Ao que parece, na ansiedade de acudir a uma reunião profissional, em tempos de emprego funambulesco. Esquecida, a criança morreu. Oiço as vozes dos vigilantes de primeiro instinto pedindo castigo severo para o monstro. Mas pode haver castigo mais severo do que o homem ter de viver com o que fez, muito antes do que lhe for feito em nome de todos nós? Nuno Brederode Santos

Ces écoles qu’on demande
Ministra receptiva a pedido de pais para escolas abertas 12 horas .... 24?

Cette vie qu'on désire

Consumimos mais de um décimo acima daquilo que produzimos. O défice externo português equivalia a 0,4% do PIB em 1995; no ano passado chegou a 10,6% e continua a subir. A diferença tem sido coberta sobretudo com dívidas ao estrangeiro. Sarsfield Cabral. Público 16-3-2009



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Vida condor iatrogénica

A esperança média de vida de uma criança do sexo feminino que tenha nascido em Portugal, em 2006, era de 82,3 anos - o que supera a média da União Europeia. Já o tempo que este mesmo bebé português pode esperar viver sem qualquer incapacidade ou limitação por questões de saúde é de apenas 57,6 anos, segundo os cálculos do Eurostat. Menos 5,5 anos do que em 1995. Público 11-3-2009

* Valores estranhos que poderão se atribuídos às epidemias de doenças virtuais que os médicos criam e os media propagam.

Fibromialgia afecta cerca de 350 mil portugueses

Há cada vez mais crianças a sofrer de fibromialgia
"Se até há poucos anos o diagnóstico surgia sobretudo a mulheres com mais de 40 anos, hoje aparecem-nos muitas pessoas com 20 anos e até crianças": presidente da Myos - Associação Nacional Contra a Fibromialgia e a Fadiga Crónica.
Seguidas apenas por aquela associação são cerca de 10 crianças, no Porto, Lisboa e Torres Novas.

Nota: 1. A esperança média de vida de uma criança que tenha nascido em Portugal, em 2006, era de...
Já não é?
2. Título: Há cada vez mais crianças a sofrer de fibromialgia.
Facto: ... são cerca de 10 crianças, no Porto, Lisboa e Torres Novas.

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15.3.09

 
A chaga do Bom Jesus
Braga


O Santuário do Bom Jesus do Monte encontra-se no cimo do Monte Espinho ...
Conta a lenda que alguém colocou uma cruz no cimo do Monte Espinho e começaram a acontecer peregrinações naquele local.

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