alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

28.10.17

 

A rapariga afegã no Porto


http://www.porto.pt/noticias/o-porto-vai-poder-ver-o-mundo-de-steve-mccurry-a-partir-desta-semana

Não percam

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Um pouco de água na fervura


1. Depois dos fogos, todos usam e abusam das conclusões das Comissões -Técnica Independente (CTI) e Xavier Viegas - sublinhando apenas o que lhes convém, sem a necessária crítica à solidez destas. A opinião de peritos é indispensável mas não deixa de ser a mais fraca prova disponível.
a) A PJ e os técnicos das Comissões divergem na causa dos fogos; Xavier Viegas considera absurdas  “Algumas propostas dos técnicos”.

Esta discordância não põe em causa a competência dos peritos mas sim a dificuldade em interpretar dados excepcionais que é impossível replicar.

2. Os peritos baseiam as suas opiniões em experiências anteriores; aí são competentes. No caso de circunstâncias excepcionais, como estas, têm que extrapolar com todos os riscos que tal importa.
*

Há que ter isso em conta ao avaliar retrospectivamente as decisões tomadas a quente por quem nunca poderia ter tido experiências semelhantes. Os relatores tiveram quase sempre o cuidado em não afirmar o que teria acontecido se as decisões tivessem sido diferentes. Daí as expressões “é nosso parecer” “Estamos convencidos” “poderemos reconhecer que as decisões tomadas poderiam ter sido outras”…  “podiam ter sido tomadas decisões que não foram tomadas, mas não é possível ser taxativo ao ponto de dizer que teriam evitado as mortes.” Presidente da CTI.
Embora nem sempre.

“as consequências catastróficas do incêndio não são alheias às opções táticas e estratégicas que foram tomadas. CTI
É lícito concluir, portanto, que houve subavaliação e excesso de zelo na análise da fase inicial do incêndio de Pedrógão Grande, que contribuíram para que o ataque inicial não conseguisse debelar o avanço do fogo. CTI
Esta ausência de alerta precoce, por não ter sido feita a leitura do incêndio às 18h00 (e mesmo antes) não permitiu impedir a maioria das fatalidades. CTI

3. Ninguém poderá saber, sequer estimar, que consequências teria havido se se tivessem tomado outras decisões.
As comissões de peritos avaliam e julgam pela actuação havida ou não havida e não pelos resultados finais que ninguém sabe quais seriam. Os indicadores indirectos (instrumentais) são úteis em circunstâncias normais mas falíveis em circunstâncias excepcionais – e insuficientes quando se pretende atribuir culpas.

Seria plausível que os resultados finais tivessem sido muito diferentes se a estratégia tivesse sido outra? 
a)    Teria sido seguida a evacuação atempada das aldeias ameaçadas, ou medidas para que as pessoas não saíssem de casa”, p. ex?
**

b) Os resultados teriam sido muito diferentes? Quanto muito? Com que grau de probabilidade?
Nenhuma comissão de peritos poderá responder com segurança. 
Provavelmente não teriam morrido algumas destas vítimas; não teriam morrido outras?
***
Há que ter estes factos e pareceres em conta e evitar julgar a quente; e usar os mesmos critérios ao avaliar as nossas opiniões.
Com os resultados da autópsia todos teríamos sido excelentes médicos.

Referências:
*
a) O incêndio de Pedrógão Grande, é muito provavelmente aquele que, em Portugal, libertou mais energia e o fez mais rapidamente exibindo fenómenos extremos de vorticidade e de projeção de material incandescente a curta e a longa distância. CTI

b)    Nas situações de risco máximo – em que estavam 107 concelhos, sobretudo do interior norte e centro – estão criadas todas as condições para que um incêndio se torne incontrolável.   (Foram 520 nesse dia…) Perito do IPMA. Expresso 21-10-2017
**
Apenas a violência do fogo, o brutal ruído gerado pelo vento e as perigosas e assassinas projeções fizeram com que as pessoas optassem por sair de suas casas e procurar abrigo nas sedes de concelho. Note-se que 70% das vítimas mortais estava em fuga a partir das respetivas casas, que acabariam por não arder. Cerca de três quartos das vítimas faleceram no interior das respetivas viaturas ou na proximidade delas. CTI

8.4.2 A evacuação das populações
Apesar de terem existido iniciativas no sentido de evacuar algumas localidades, o rápido desenvolvimento do incêndio não permitiu uma antecipação do que iria acontecer de modo a conseguir salvar as vidas dos que pereceram no dia 17 de junho. CTI

***
Como refere o Relatório CTI, admite-se que, dadas as características particulares do incêndio, o seu impacto nas pessoas a ele expostas talvez não pudesse ter sido mitigado, mesmo admitindo que aquelas medidas de prevenção estrutural tivessem sido cabalmente cumpridas.



Não se pode pôr as culpas de Pedrógão e de 15/10 nos bombeiros e na Proteção Civil, porque o que falha é todo um sistema que está mal desenhado e esquece as pessoas.
Mas este ano, com as condições que ocorreram, nenhum país poderia ter feito muito melhor. Nestas alturas é fácil encontrar bodes expiatórios na Proteção Civil ou na ministra da Administração Interna.
Domingos Xavier Viegas. Expresso 21-10-2017

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24.10.17

 

Censura


A moção de censura foi uma espécie de manifestação dos PP contra os fogos. 

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CULPA E REDENÇÃO


Aquele grande discurso é o discurso de um católico; assenta na afetividade mas também na dureza visceral da fé.
A culpa é a chave. Marcelo disse com todas as letras que se sente culpado.
De onde vem esta culpa? A meu ver, vem logo do primeiro dia de Pedrógão. Marcelo foi até Pedrógão para deixar uma frase terrível: "Foi feito o que era possível fazer." ...
Marcelo sente-se culpado por isso. ... Ainda bem. Um político culpado é o maior ativo que a cidade de Deus pode ter na cidade dos homens. 
Henrique Raposo. Expresso 21-10-2017
* Um católico psicanalisa o comportamento de outro. “Um político culpado é o maior ativo que a cidade de Deus pode ter na cidade dos homens, diz”. Será?
Católico penitente tende a confundir culpa com responsabilidade. 
Estranho que elogie um assumido culpado que delegou noutrem a expiação dessa culpa; e chama a isso redenção - outro mistério.
Outrora, os mancebos fidalgos que, “nas sortes” ficavam apurados para o serviço militar, faziam-se substituir por um dos seus súbditos; mas recompensavam-no.

** Nunca deixo de ler a coluna de H. Raposo e assim continuarei.

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22.10.17

 

Responso


Aldeia de Bragança recorre à tradição de pedir chuva à Senhora da Serra 13 DE OUTUBRO DE 2017


Manifestações numa dezena de distritos contra os fogos 21 DE OUTUBRO DE 2017

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21.10.17

 

Expresso sem perdão


Os infógrafos desta Revista não lerão o Expresso?
Os jornalistas da Revista do Expresso não lerão o seu jornal?
Os directores não darão uma olhadela?

Se não tem perdão, porque exigir desculpa?


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“Ao cheiro desta canela o Reino se despovoa”


Os ALTOS da semana

Ao cheiro dos incêndios, Costa encavaca-se, Marcelo soarisa-se, o verniz estala enquanto o Expresso se tabloída.

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19.10.17

 

Como é inusitado era impensável


1. O furacão Ophelia, que fustigou há dias os Açores e foi subindo pelo Atlântico, foi tão raro que ficou cortado nos mapas. 
 Como é inusitado era impensável para os meteorologistas um furacão atingir latitudes tão elevadas, os mapas de previsão dos ventos do Centro Nacional de Furacões dos EUA não incluíam uma parte do Reino Unido e a área marítima envolvente.

2. Telejornal de 2017-10-19

Presidente Marcelo: "A Europa percebeu que esta é uma situação totalmente anormal e totalmente extraordinária no mau sentido do termo …"
* Cabe agora ao Presidente Marcelo comunicar ao país que um evento totalmente anormal e totalmente extraordinário é inusitado e portanto impensável. Se a Europa percebeu, Portugal também o fará.

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Uma magnífica aula de epidemiologia flogística









«Foi uma profunda demonstração de incompetência das pessoas que têm estas responsabilidade». 
Reitor da Universidade.

A tragédia dos incêndios que assolou a região Centro no passado fim-de-semana foi um dos temas centrais da sessão solene do Dia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, com o reitor João Gabriel Silva a considerar que se têm verificado situações de «inacreditável incompetência» e «incapacidade» em cargos de decisão da administração pública, que se traduziram, em quatro meses, na perda de mais de 100 vidas humanas.
Que é urgente que os cidadãos percebam que as alterações climáticas são uma realidade e que «nada foi feito para minimizar os estragos» não deixa dúvidas ao reitor da UC, mas importa reflectir que uma das razões principais da tragédia do passado fim-de-semana, conjugada com um conjunto de factores, tem origem no anúncio da chegada da chuva. Com esta previsão, sucederam--se as queimadas e aí começaram os problemas. «Quem tem responsabilidade de tratar destas matérias não teria muita dificuldade em identificar este perigo» e promover campanhas para chamar «a atenção das pessoas» para evitar este tipo de procedimento.
«Foi uma profunda demonstração de incompetência das pessoas que têm estas responsabilidade», reforçou João Gabriel Silva, sublinhando que se sucedem situações de pessoas que ocupam funções em lugares intermédios da administração pública «por tudo menos a competência».
* Quem mais ordena é inimputável. Q.E.D.

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Caza de horror e despotismo


Modos ímpios e atrozes que se empregavão na Inquizição para se extorquirê as confissões dos accuzados.




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18.10.17

 

Um país desculpas


O PR exigiu um pedido de desculpas públicas do governo; é compreensível mas discutível em especial quando o PR não deu o exemplo:
O Presidente da República deixou hoje uma palavra de ânimo e conforto aos que continuam a combater o incêndio de Pedrógão Grande, que provocou 19 mortos, e disse que “o que se fez foi o máximo que se podia fazer”. 18 jun 2017 01:27

* Estava com gravata preta do luto e não a corda penitencial de assumpção de culpa alheia.
Fez bem mas não foi coerente com Egas Moniz.


Se, como conclui o Presidente da Comissão Independente, somos todos culpados, viraremos um país a pedir perdão pelas culpas; culpas que rapidamente todos perdoaremos a nós mesmos para, depois de breve penitência, recomeçarmos como se nada tivesse acontecido.
Um país à procura de culpas para castigar em vez das causas para prevenir ou combater.
Um som crescendo de cabeças a rolar para gáudio  
PPopular Demagógico, como no Terror Brumário.


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É o que acontece quando se cede às vozes demagodíadas


Numa festa no palácio de Herodes Antipas, Salomé, sua sobrinha e enteada, dança para ele. 
Entusiasmado, Antipas (provavelmente embriagado) prometea dar-lhe a recompensa que ela escolher.
Herodias, mãe de Salomé, odeia João Batista que a acusa de adultério, por ter deixado o marido para juntar-se ao irmão dele, Antipas. Herodias instrui a filha para que peça a cabeça do profeta e ela assim o faz.  
* A corte ficou satisfeita. É preciso que algo mude que the show must go one.

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Reler



https://alcatruz.blogspot.pt/search?q=pinhais   2005

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17.10.17

 

A culpa, tal como os fogos, saltaram o rio Minho


Não é só cá
Exigem a demissão dos manda-chuva por falta dela
Em Ourense, cerca de quatro mil juntaram-se junto à delegação do governo regional e exigiram uma mudança na política florestal e a demissão da conselheira do Meio Rural e do presidente da Junta da Galiza.

Já morreram quatro pessoas na Galiza, como resultado dos incêndios, e o presidente da “xunta da Galicia” fala nas “piores condições que se viveram na última década”, sem chuva desde o verão.
O autarca galego transmitiu à sua ministra da Agricultura preocupação por Portugal não conseguir conter o “descontrolo” dos incêndios nas zonas próximas do Rio Minho, fronteira com Espanha. “Pela primeira vez, os fogos saltaram o rio Minho e atingiam as zonas de .... Porriño e outros locais”, afirmou o presidente da “Xunta”.
* O mitológico "Lethes", o rio do esquecimento, da dissimulação era o Lima, não o Minho.

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Incêndios. Portugal a arder, diz o pastor de báculo em riste


Arcebispo de Braga

"Portugal está a arder. Basta de discursos"

D. Jorge Ortiga apela à indignação dos portugueses face aos incêndios.
O PSD considera que António Costa "não tendo pedido desculpas aos portugueses é um primeiro-ministro sem desculpa".


*A culpa, a culpa, a culpa...
O bode expiatório. Agnus Deiqui tollis peccata mundi. Amen

“Vamos fazer sentir com a nossa presença a repulsa pelo que está a ocorrer e disso dar conta ao Presidente com a nossa presença. Chega de inação”.

O auto-de-fé ou o linchamento (virtual?).

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Incêndios - as folhas secas dos media


A culpa, a culpa, a culpa deles
Erros delesmá Fortunacalor ardente
em nossa perdição se conjuraram;
O calor e a Fortuna sobejaram,
que para nós bastavam os erros deles somente.

1Viver e deixar morrer, título do Expresso
2. A "gestão dos fogos não é uma brincadeira de crianças", título do Expresso
3. 100 mortos em quatro meses. E o Governo? É inimputável?
David Dinis (Público) [david-dinis-enquanto-dormia@publico.pt]


4. O cúmulo:
Cristina Esteves RTP 1

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14.10.17

 

“Fenómenos extremos de vorticidade” de Pedrógão atingiram o Expresso

1. Fenómenos extremos de vorticidade”
O relatório confirma o descontrolo, o amadorismo, o caos de comando, a barata-tontice, a incompetência naquele dia; subentende que, se a ação tivesse sido lesta entre as três e as cinco da tarde, vidas teriam sido salvas.
Viver e deixar morrer. Santos Guerreiro. Director do Expresso

2. Entrevista com João Guerreiro. Presidente da Comissão Técnica Independente
R. No Mediterrâneo, o fogo é inerente à floresta e não vai deixar de existir, mas para o controlo e a gestão do fogo há ciência e é isso que não está a ser devidamente utilizado.
P. Ao ponto de evitar mortes?
R. No período entre as 15h e as 17h podiam ter sido tomadas decisões que não foram tomadas, mas não é possível ser taxativo ao ponto de dizer que teriam evitado as mortes.
P. Este é um caso de tribunais?
R. Não tenho a certeza.

3. Do Relatório
a) O incêndio de Pedrógão Grande, é muito provavelmente aquele que, em Portugal, libertou mais energia e o fez mais rapidamente (com um máximo de 4459 ha ardidos numa só hora), exibindo fenómenos extremos de vorticidade e de projeção de material incandescente a curta e a longa distância.

b) O incêndio de Pedrógão Grande é um caso especial de superação do potencial previsível de propagação ao passar por duas alterações de comportamento, a primeira das quais possível (alteração de direção e evolução mais rápida) e previsível, havendo acompanhamento meteorológico; e a segunda muito improvável (colapso da coluna de convecção e downburst), tal como demonstrado pelas simulações de comportamento do fogo. O facto de tal ter sucedido antes do início do verão e à hora do dia em que normalmente diminui a severidade das condições meteorológicas presumivelmente afetou a perceção de risco por parte dos operacionais. A segunda modificação do comportamento do fogo não poderia ser prevista por nenhum serviço de emergências em Portugal ou na Europa.

c) O incêndio de Pedrógão Grande é, portanto, um exemplo e um aviso de como os sistemas atuais de combate a incêndios não estão preparados para enfrentar um novo problema com raiz nas alterações climáticas. Este incêndio tornou esse problema evidente, pelo que urge entender o fenómeno e adaptar as estruturas de proteção civil para adquirir capacidade de antecipação e planeamento face ao mesmo, substituindo a lógica de “mais meios” pela lógica do conhecimento e da próatividade.

d) Como refere o Relatório, admite-se que, dadas as características particulares do incêndio, o seu impacto nas pessoas a ele expostas talvez não pudesse ter sido mitigado, mesmo admitindo que aquelas medidas de prevenção estrutural tivessem sido cabalmente cumpridas.

e) a cabeça do incêndio deslocou-se à velocidade média de 3,8 km/h entre as 15h00 e as 17h00

f) 8.4.2 A evacuação das populações
Apesar de terem existido iniciativas no sentido de evacuar algumas localidades, o rápido desenvolvimento do incêndio não permitiu uma antecipação do que iria acontecer de modo a conseguir salvar as vidas dos que pereceram no dia 17 de junho.

g) 8.4.3 O que poderia ter sido diferente
Tendo em conta que as mortes na EN 236-1 ocorreram na sequência da fuga a partir das aldeias localizadas a este desta via, poderia ter-se colocado a hipótese de proceder ao corte das estradas de acesso à EN 236-1. O desfecho de tal atuação teria sido provavelmente ainda pior pois teria eventualmente implicado a ocorrência de mais vítimas, incluindo os próprios agentes da autoridade.

h) Excluída esta hipótese, duas medidas poderiam no entanto ter sido tomadas, ambas dependentes de informação que a GNR não dispunha. Poderia ter sido ordenada a evacuação atempada das aldeias ameaçadas, ou poderiam ter sido tomadas medidas para que as pessoas não saíssem de casa. Qualquer das decisões deveria ter resultado de uma análise adequada da situação, de modo a prever o comportamento potencial do incêndio iniciado há mais de cinco horas. Esta ausência de alerta precoce, por não ter sido feita a leitura do incêndio às 18h00 (e mesmo antes) não permitiu impedir a maioria das fatalidades.
(o título é "poderia" ter sido diferente)

i) Tal como é referido noutras partes do presente relatório, este trabalho de antecipação deveria ter sido feito no seio do comando e planeamento desta operação de socorro e deveria ter resultado na mobilização dos meios necessários, incluindo a GNR, para evitar que se tivesse verificado uma fuga para a morte, tal como veio a acontecer. Por sua vez, tal trabalho de antecipação só poderia ter sido feito com o apoio de analistas de incêndios e de meteorologistas especializados, que permitisse uma adequada avaliação da situação em tempo real. A verdade é que nenhuma destas competências existe na ANPC, apesar da enorme gravidade e frequência dos incêndios em Portugal.

Nota: Isto não é contraditório com o que se afirma em b) e c) ?

* Seria de esperar maior contenção ao analisar uma tragédia como esta; procurar causas e não culpa e sobretudo evitar "prognósticos no fim do jogo". 

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12.10.17

 

Se a Comissão, provavelmente não


1. Diz a comissão, que se as populações tivessem sido sensibilizadas, "provavelmente os dramas que aconteceram, não tinham acontecido". 

* Nada disto li no relatório.

2. Como refere o Relatório, admite-se que, dadas as características particulares do incêndio, o seu impacto nas pessoas a ele expostas talvez não pudesse ter sido mitigado, mesmo admitindo que aquelas medidas de prevenção estrutural tivessem sido cabalmente cumpridas.

se a atuação tivesse seguido os padrões em vigor, pouco teria aumentado a efetividade das operações de controlo do incêndio.

Contudo, não existem evidências que permitam associar as mortes ocorridas em espaço aberto ou dentro das viaturas ao não cumprimento das referidas medidas de gestão. 

Note-se que 70% das vítimas mortais estava em fuga a partir das respetivas casas, que acabariam por não arder. 

A este respeito importa salientar que não existem evidências que permitam associar as mortes ocorridas em espaço aberto ou dentro de viaturas, ao não cumprimento de medidas de gestão de combustíveis.

Tendo em conta que as mortes na EN 236-1 ocorreram na sequência da fuga a partir das aldeias localizadas a este desta via, poderia ter-se colocado a hipótese de proceder ao corte das estradas de acesso à EN 236-1. O desfecho de tal atuação teria sido provavelmente ainda pior pois teria eventualmente implicado a ocorrência de mais vítimas, incluindo os próprios agentes da autoridade. 

* Aqui deixei de ler, perplexo.
   Procurarei ler o Relatório do que aconteceu em Pearl Harbour em 1941 ou em Lisboa em 1755.

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Baixa Veterinária


DIREITOS DOS ANIMAIS
Tribunal italiano reconhece direito a baixa médica para cuidar de cão doente.
* A baixa deverá ser atestada pelo veterinário.

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11.10.17

 

Por um fio


Tudo suspenso, tudo pendente

A Generalitat suspende a declaração de independência à procura de apoios, isto é, de outras dependências - a única forma de independência que existe.

Madrid
Barcelona










A Cortes consideram ouvir o Conde Duque de Olivares - sempre se deu bem com os reis Filipe e conheceu bem a Catalunha.   


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10.10.17

 

Me parece inútil el pediros que penséis en España

En aquella fecha, aniversario del descubrimiento de América por Colón, en que se conmemoraba la “Fiesta de la Raza”, se celebró una ceremonia en el paraninfo de la Universidad de Salamanca. Allí estaban presentes el obispo de Salamanca, y el general Millán Astray, fundador de la legión extranjera, que por entonces era un asesor importante, aunque oficioso, de Franco. Su parche negro en un ojo, su único brazo y sus dedos mutilados le convertían en el héroe del momento. 
Presidía el acto Unamuno, el rector de la Universidad.
La ceremonia tenía lugar a un centenar de metros del cuartel general de Franco, instalado desde hacía poco tiempo en el palacio del obispo de Salamanca, por propia invitación del prelado. Después de las formalidades iniciales, vinieron los discursos del dominico Vicente Beltrán de Heredia y del escritor monárquico José María Pemán. Ambos discursos fueron muy apasionados. También lo fue el del profesor Francisco Maldonado, que atacó violentamente al nacionalismo catalán y al vasco, describiéndolos como “cánceres en el cuerpo de la nación”. El fascismo, el “sanador” de España, sabría cómo exterminarlos, “cortando en la carne viva como un cirujano resuelto, libre de falsos sentimentalismos”. Desde el fondo de la sala alguien gritó el himno de la legión extranjera: “¡Viva la muerte!” Millán Astray dio a continuación los gritos excitadores de multitudes que ahora eran ya habituales: “¡España!”, gritó. Automáticamente, una serie de personas gritaron: “¡Una!” 
“¡España!”, volvió a gritar Millán Astray. “¡Grande!”, contestó el auditorio. Y al grito final de “¡España!” de Millán Astray sus seguidores respondieron: “¡Libre!”
Varios falangistas, con sus camisas azules, hicieron el saludo fascista frente a la fotografía sepia de Franco que colgaba de la pared sobre el estrado. Todos los ojos se volvieron hacia Unamuno, cuya antipatía a Millán Astray era conocida, y que, al levantarse para cerrar el acto, dijo: “Estáis esperando mis palabras. Me conocéis bien y sabéis que soy incapaz de permanecer en silencio. A veces, quedarse callado equivale a mentir. Porque el silencio puede ser interpretado como aquiescencia. Quiero hacer algunos comentarios al discurso, por llamarlo de algún modo, del profesor Maldonado. Dejaré de lado la ofensa personal que supone su repentina explosión contra los vascos y los catalanes. Yo mismo, como sabéis, nací en Bilbao. El obispo, - y aquí Unamuno señaló hacia el tembloroso prelado que estaba sentado a su lado -, lo quiera o no o quiera, es catalán, nacido en Barcelona”.
Hizo una pausa. Se produjo un silencio cargado de temores. Nunca se había pronunciado un discurso como aquél en la España nacionalista. ¿Qué diría el rector a continuación? “Pero ahora - continuó Unamuno - acabo de oír el necrófilo e insensato grito: “¡Viva la muerte!”. Y yo, que he pasado mi vida componiendo paradojas que excitaban la ira de algunos que no las comprendían, he de deciros, como experto en la materia, que esta ridícula paradoja me parece repelente.
El general Millán Astray es un inválido. No es preciso que digamos esto con un tono más bajo. Es un inválido de guerra. También lo fue Cervantes. Pero, desgraciadamente, en España hay actualmente demasiados mutilados. Y, si Dios no nos ayuda, pronto habrá muchísimos más. Me atormenta pensar que el general Millán Astray pudiera dictar las normas de la psicología de la masa. Un mutilado que carezca de la grandeza espiritual de Cervantes, es de esperar que encuentre un terrible alivio viendo cómo se multiplican los mutilados a su alrededor.”
En este momento, Millán Astray ya no pudo contenerse por más tiempo . “¡Mueran los intelectuales!” - gritó -. “¡Viva la muerte!” Este grito fue coreado por los falangistas, con quienes el militar que era Millán Astray tenía muy poco en común. “¡Abajo los falsos intelectuales! ¡Traidores!”, gritó José María Pemán, deseoso de limar las aristas del frente nacionalista. 
Pero Unamuno continuó: “Éste es el templo de la inteligencia. Y yo soy su sumo sacerdote. Estáis profanando su sagrado recinto.  Venceréis, porque tenéis sobrada fuerza bruta. Pero no convenceréis. Para convencer hay que persuadir. Y para persuadir necesitaríais algo que os falta: razón y derecho en la lucha. Me parece inútil el pediros que penséis en España. He dicho.” 12/10/1936


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