alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

24.2.20

 

Morte a Venezia











Luchino Visconti  1971

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22.2.20

 

Eutanalogia


Depois de se ter aceitado que a “vontade da mulher” era razão suficiente para realizar o aborto é ilógico lutar contra a despenalização da eutanásia.
Se se aceitou extinguir uma vida a haver, que para isso não foi tida nem achada, que razão há agora para proibir a eutanásia a quem a pede com razões justificadas? Se se aceitou suprimir o futuro saudável que razão há para não o fazer ao presente envenenado?
Será lícito recusar a eutanásia a quem, em prolongado desespero, a implora para si quando aceitamos 40 abortos diários a pedido de outrem?

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21.2.20

 

Memória e história



Morreu Larry Tesler, inventor do “copy-paste”.

* Como foi possível viver sem "copy-paste"? Só o plágio tem saudade desse tempo.

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Memória e História



Julguei haver tropeçado num nganga diá quimbanda, ou sacerdote do sacrifício.
 Cumprimentei-o em quimbundo, tentando esconder o susto de o encontrar ali: um homem vestido de mulher, guardando aves mágicas. .... 
O homem disse chamar-se Samba N'Zila e ser uma das esposas do rei. 
- O rei, a Ginga.
Domingos Vaz havia-me dito que a rainha mantinha um serralho, à maneira dos sultões turcos, colecionando fidalgos da sua corte, aos quais obrigava a trajar como se fossem fêmeas. Na altura não lhe dei crédito. Samba N'Zila confirmou tudo o que o tandala me confidenciara.
José Eduardo Agualusa. A Rainha Ginga


Os validos da Rainha/Rei Jinga vestiam constrangidos, dizem e compreende-se - pagavam caro o privilégio; agora, desfilam com orgulho. Confirma-se que a história se repete: primeiro como tragédia, depois como farsa.



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Memória e história



Morreu “Jean Daniel, jornalista e escritor francês. Ponto Final”

Uma das maiores referências do jornalismo francês, fundador do Le Nouvel Observateur, morreu aos 99 anos.

* Le Nouvel Observateur era a minha revista quando estava em França (68/69).

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Memória e história



A história do avô luso-descendente de Sam Mendes que inspirou o filme “1917”.
Em Berlim, Catarina Vasconcelos conta a história da avó que nunca conheceu. A Metamorfose dos Pássaros.

9 março.  O cineasta de Mosquito inspirou-se na história do avô. 


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19.2.20

 

Fajão e N'Dongo


O Juiz de Fajão tinha uma audiência no Tribunal da Relação do Porto.

Quando entrou, ninguém lhe deu cadeira para se sentar. Ele não se desmanchou; pegou no capote, dobrou-o muito bem dobrado e sentou-se em cima dele.
 Terminada assim a audiência, o Juiz de Fajão levantou-se, despediu-se com todo o respeito e já ia a sair, quando o oficial de diligências lhe gritou lá do cimo da escada:

Então o senhor Juiz de Fajão não leva o capote?
O Juiz de Fajão nunca levantou cadeira donde se assentou.
 Contos de Fajão - Recolha de Monsenhor Nunes Pereira
Edição do Museu Antropológico de Coimbra

JINGA - A RAINHA AFRICANA

Texto de Maria Luísa V. de Paiva Boléo


1622Jinga que para ser respeitada se vestia de homem, com as habituais peles de animais… preparou um séquito numeroso e com todos os atributos da sua condição de princesa do N'Dongo faz-se anunciar em Luanda. Os portugueses vão recebê-la como uma verdadeira rainha, com tropas perfiladas e descargas de mosquetes, sendo-lhe dada hospedagem e casa condigna.
            No dia marcado para a audiência, Jinga, acompanhada do seu séquito, dirige-se à casa do governador. Entrou para a sala ... e percebe que na sala só havia uma cadeira e duas almofadas de veludo franjadas a ouro sobre um tapete.

            De imediato, a perspicaz Jinga percebe que pode ficar em desvantagem. Ficar de pé perante um homem sentado. Ordena a uma das suas escravas que se dobre e lhe sirva de assento e é assim sentada que vai encarar o governador — de igual para igual.
Escusado será dizer que esta atitude de Jinga deixou estupefactos todos os presentes…. 
            À despedida, o governador, reparando que a escrava se mantinha acocorada na posição de assento, perguntou à altiva Jinga porque não a manda levantar, ao que a sobranceira guerreira angolana terá respondido: “Já não preciso dela, nunca me sento duas vezes na mesma cadeira!

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14.2.20

 

Eutanásia. Maioria circunstancial, legitimidade vaga.



Os deputados portugueses consideram bastar uma maioria simples para legalizar a despenalização da eutanásia assim colocada ao nível do IVA das touradas.
Se se exige uma maioria de dois terços para aprovar uma norma considerada inconstitucional pelo Tribunal Constitucional, que legitimidade terá a despenalização da eutanásia - uma prática desde sempre considerada criminosa pela sociedade e interdita pela legis artis, a ética e a deontologia médicas - por maioria simples?
 O imbróglio do Brexit não deveria servir de aviso?

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Cuidados paliativos


Cuidados paliativos no topo das falhas do SNS
End-of-life care is one of the most neglected areas in Portugal's health systemLancet, FEBRUARY 15, 2020 
* Oportuna; a legalização da eutanásia como cuidado paliativo do SNS.
P.S. Para inglês ver.

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8.2.20

 

Promiscuidade promotora de contágio


Sociobiologia atrevida

“… relações públicas, privadas e familiares misturam-se todas na mesma nuvem cinzenta, feita não só de suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais e tráfico de influências, mas também de namoradas, réveillons, férias na neve e herdades no Alentejo.
Onde acaba a vida privada e começa a vida pública? 
Onde terminam as cumplicidades pessoais e começam as cumplicidades políticas, económicas e mediáticas? 
A linha de fronteira há muito que se esfumou."

*As pandemias acontecem quando os vírus atravessam a barreira da espécie o que a promiscuidade facilita.
 Acontece com os corona- e com os republica-vírus sempre que o meio de cultura (promiscuidade) e o fermento (a vã cobiça) em nossa perdição se conjurarem.

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7.2.20

 

Nós e os espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perdição das almas



1. O que esta senhora fez foi enorme. Conquistou o mais que era possível: empresas, bancos, técnicos, advogados, ministros, secretários de Estado, deputados e jornalistas. Deu trabalho. Distribuiu dividendos. Deu acções. Fez transferências. Pagou. Ficou a dever. Emprestou. Pediu emprestado. Investiu. Comprou acções, empresas, administradores, técnicos, corretores e advogados. Teve a seus pés quem quis e quem queria estar por ali.
Fez tudo sozinha? ... Certamente não. Nem em Angola, nem em Portugal. Nem, aliás, na Rússia ou nos Emiratos. Comprou quem estava à venda ... Soube encontrar, em Portugal, parceiros à altura, empreendedores, advogados, ministros e banqueiros disponíveis para uma verdadeira aventura de circulação e reciclagem de fortunas.
António Barreto

2. Isabel dos Santos foi um peão do mecanismo pelo qual o capitalismo internacional, com especial participação das antigas potências coloniais, encontra líderes corruptos locais para continuar a transferir riqueza e matérias-primas para o exterior, perpetuando a pobreza dos seus povos e a exploração externa dos seus recursos.  
Daniel Oliveira

3. O comunismo,  tende à subversão de tudo e na sua fúria destruidora não distingue o erro e a verdade, o bem e o mal, a justiça e a injustiça. Pouco se lhe dá da história e das experiências seculares da humanidade, da vida e da dignidade da inteligência, dos puríssimos afectos da família, da honra e pudor da mulher, da existência e grandeza das nações, contanto que da sua falsa concepção de humanidade tenha podido arrancar a escravidão do homem e a sua máxima abjecção.

4. São Miguel arcanjo, defendei-nos neste combate,
... precipitai no inferno a satanás e a todos os espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para a perdição das almas.
 Amém.
Catecismo da Igreja Católica afirma que «nesta petição, o Mal não é uma abstração, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe à Deus.
“... os missionários espanhóis procuravam extirpar os demónios da alma dos pagãos que queriam evangelizar”. Achille  Mbembe, autor da Crítica da Razão Negra.

* O Mal, o Maligno, Satanás, o Comunismo, o Capitalismo ou Estas Senhoras com quem estava à venda ...  parceiros à altura, empreendedores, advogados, ministros e banqueiros disponíveis ?

Erradicar os vírus malignos (Mal, Satanás, o Comunismo, o Capitalismoprecipitar no inferno Estas Senhoras) como se fez ao da varíola ou imunizar os susceptíveis contra a toxina como se faz contra o tétano cujos esporos pululam na terra com o estrume que serve de adubo?




4.2.20

 

Sentença do Juiz de Fajão


Como o juiz de Fajão trataria as provas obtidas de forma ilegal por Rui Pinto.

Um dia mataram um homem …, e o Juiz de Fajão, … viu quem o matou. 
No tribunal, as testemunhas juraram que tinha sido outrem o assassino.
O Juiz de Fajão tinha visto, mas não podia ser ao mesmo tempo testemunha e juiz. Tinha de julgar conforme a prova testemunhal, mas também não queria condenar um inocente e deixar em liberdade o assassino.

Então lavrou a seguinte sentença:
Julgo que bem julgo,
posto que bem mal julgado está!
Vi que não vi, morra que não morra!
dêem o nó na corda que não corra.

E, lida a sentença, aconselhou o réu a recorrer para a Relação.
Foi o processo para a Relação do Porto e de lá devolveram-no alegando que não entendiam os dizeres daquela sentença. Que era melhor lá ir.
Perguntaram-lhe então o que queria dizer a sentença, e ele explicou:
«Julgo que bem julgo,» porque julguei conforme a prova testemunhal.» «Posto que bem mal julgado está», porque eu vi que o réu está inocente».
«Vi, que não vi», porque vi quem matou mas não posso ser Juiz e testemunha.» Morra que não morra, dêem o nó na corda que não corra», porque ele não deve morrer visto que está inocente.

Contos de Fajão - Recolha de Monsenhor Nunes Pereira
Edição do Museu Antropológico de Coimbra

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3.2.20

 

Colar da Ordem do Caracol


Prima para desenrolar

Há uma nova maneira de usar gravata: é enrolada e o seu criador é um português.


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1.2.20

 

Saudades da terra



“Minha terra tem palmeiras/ Onde canta o Sabiá;
 As aves, que aqui gorjeiam/ Não gorjeiam como lá.”

Gonçalves Dias (1823- 1864)  estudante brasileiro em Coimbra

“Ouve-se a voz da rola em nossa terra,
 Soando com maior suavidade..."

Agostinho da Cruz, frade na Arrábida Sec XVI

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