Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt
A espiral é maneira mais fácil de chegar ao vértice dum cone.
Srª da Graça, Mondim de Basto
“Curva loxodrómica” Pedro Nunes
É também a maneira mais fácil de conseguir honras imerecidas.
Ambição,s.f. Desejo ardente e immoderado de conseguir honras, louvor, fama, empregos, fazenda, autoridade, poder etc. Mont. Art. 14.11.
"ambição vem da palavra ambire, que he o mesmo que correr, ou cercar em roda, como faziam antigamente os pretendentes de dignidades, e magistrados da república, que corrião toda a cidade, cortejando huns e outros, e ganhando a benevolência dos que podião ter voto" Lus. 9.93.
A. Morais e Silva. Diccionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro 1889
* Será por isso que espiral e esperar são palavras parecidas.
Em 1537 Pedro Nunes publicara um livro com resultados surpreendentes, que abriam perspectivas novas acerca da navegação. Discutira, pela primeira vez, as complexas propriedades geométricas das cartas náuticas e fizera propostas matemáticas relacionadas com as navegações de longa distância. .... Nunes chamou-lhe “linha de rumo”, e mais tarde ficaria conhecida por “curva loxodrómica”.
Tudo isto tinha potencialmente implicações na cosmografia, na cartografia e na navegação.
A publicação deste trabalho gerou uma polémica científica em Portugal. Um não identificado bacharel publicou uma crítica ao texto de Pedro Nunes, a que este se viu na necessidade de responder. Em parte por causa desta discussão, as novas ideias propagaram-se rapidamente para a Europa: em 1541, Mercator construiu um globo onde desenhou pela primeira vez as novas curvas da navegação.
Mesmo pessoas com escassos conhecimentos científicos não ficaram indiferentes. Em 1549, o português Diogo de Sá publicou em Paris um opúsculo onde, apesar de mostrar pouca compreensão das ideias de Nunes, prestou o serviço inestimável de traduzir para latim vários excertos da obra que este publicara em português em 1537. Em latim, esses textos chegaram a mãos mais competentes, que rapidamente perceberam o seu alcance. Henrique Leitão(parabéns)
* Indirectamente da asneira, directamente da dialética.
Não deixemos aviltar na mesquinhez
das lutas intestinas este povo tão dócil, tão bom e sempre tão sacrificado às
insuficiências e desvarios do seu escol dirigente! Não deixemos que um povo com tão grandes possibilidades, com
tão largas reservas de energia e de riqueza, com tantas qualidades de
sacrifício, dedicação e patriotismo tenha o aspecto triste dos que assistem às
grandes derrocadas históricas e desistem de construir o seu futuro! Dêmos à Nação optimismo, alegria, coragem, fé nos seus
destinos; retemperemos a sua alma forte ao calor dos grandes ideais, e tomemos
como nosso lema esta certeza inabalável: Portugal pode ser, se nós quisermos,
uma grande e próspera Nação. Sê-lo-á. «Elogio das virtudes
militares» - «Discursos» 1930
O bioco das algarvias foi proibido em finais do Sec XIX; em 1913, a República aboliu o capuz na penitenciária. Cem anos depois, um capuz semelhante é imposto às mulheres de muitos países; algumas ostentam-no como desafio me países onde essa imposição é proibida e o bioco tornou-se moda masculina. Disseram que era o fim da história. Dissemos que fascismo nunca mais. Dissemos que o povo unido, jamais ...
Substância ou tratamento … para alterar
a aparência, para embelezar ou realçar o atractivo da pessoa. A palavra
"cosmético" deriva da palavra grega kosmetikós, que significa "hábil em adornar".
Uma boa imagem para a notícia - uma figura de cabeça perdida (ou zonza de tanta ínsua ou diazepina) procura resolver um equação complexa com recurso a um gráfico. Mas um mau título: Professores acham? (acreditam? consideram? crêem? entendem? imaginam? julgam? pensam? presumem? reputam? supõem, suspeitam?) Consomem medicação ou tomam medicamentos? O bazar a guiar A Caneta que escreve e a que prescreve, deixa-nos a cabeça zonza.
* Ora até que enfim que um tribunal
considera que numa greve de professores às avaliações dos seus alunos não deve haver
serviços mínimos mas integrais.
Portugal em 11.º lugar no risco de pobreza ou exclusão social
numa lista de 26 Estados para os quais estão disponíveis dados relativos a 2017. * Porque será que os jornais gostam mais de fotos e de números que de gráficos?
No Jornal das 8 de TVI de ontem (15 de Outubro de 2018) o
comentador MST (cuja opinião procuro não perder) repetiu a mantra sobre a falta
de meios no combate aos fogos de há um ano:
“Falta de meios para combater os incêndios, sobretudo meios
aéreos”…
“Gastamos fortunas
com bombeiros e protecção civil e, na hora da verdade, as populações são
entregues a si mesmo…”
Curiosamente, minutos depois, o mesmo MST prognosticou que “por
mais dinheiro que a gente meta nos meios de combate aos incêndios não vamos
conseguir combatê-los” se se mantiver a floresta como está.
Cinco pátios da Universidade por segundo
* Há um ano critiquei o Relatório que me pareceu toldado também pelo fumo dos incêndios; parece que o ciclone do fim de semana também varreu o habitual lucidez de MST. Quando o senso falha, le naturel revient au galop. ** Apocalipse significa desvelar ... o que implica um véu.
As festas das colheitas são um património cultural desde há dez mil anos. A agricultura mecanizada e intensiva extinguiu-as, mas há vinha que ainda a isso resiste — no Douro em particular, Douro que é património da humanidade e que só se manterá assim enquanto for preservado, o que implica ser valorizado.
Travanca - Amarante
A escola poderá aí ter um papel importante ao mostrar aos jovens todos os aspetos da vindima (verdadeiro património cultural) — trabalho duro, a gesta e a festa do labor coletivo e a beleza do local e do processo. As escolas escolheriam uma “semana nas vindimas”. Com os professores, os alunos iriam para as vinhas — em horas e com tarefas adequadas (sesta incluída) —aproveitando parte dos intervalos para “aulas” interativas a cargo de agentes locais convidadas pelos professores. Isto não resolveria a crescente falta de mão de obra mas faria encarar a tarefa da vindima com outros olhos, verdadeiramente mais cultos.
Em 1964 cantava Dans le port d’Amsterdam Y a des marins qui chantent Les rêves qui les hantent ... https://www.youtube.com/watch?v=ZkZ_ihsn404
No prefácio da Utopia,
Thomas More diz que foi um marinheiro português chamado Rafael que, numa taberna
de Amesterdão, lhe falou dessa ilha perfeita. Onde ficava ele não disse.
Então Thomas More chamou-lhe Nusquama, palavra que, em
latim, significa “Em parte alguma”. Erasmo, que era amigo dele, aconselhou-o a
substituí-la pela palavra grega Utopos, que quer dizer a mesma coisa: “Em parte
alguma”.
Manuel AlegreExpresso 2002
Em 1975, depois de escala nos Açores no seu veleiro, Brel chega à baía de Atuona, na ilha Hiva’Oa no arquipélago das Ilhas
Marquesas, Polinésia Francesa, o mais longe possível de Paris, onde está enterrado.
A
maior parte do tempo, experimentamos o desencontro de Deus, o seu extenso
silêncio. Santo Agostinho conta isso num dos capítulos das Confissões:
“Perguntei à terra e ela disse-me: ‘eu não
sou’ — e tudo que nela existe respondeu-me o mesmo.
Interroguei o mar, os abismos, os répteis
animados e vivos e responderam-me: ‘não somos o teu Deus, busca-o acima de
nós’.
Perguntei
aos ventos que sopram, e o ar com os seus habitantes respondeu-me: ‘Anaxímenes
está enganado, eu não sou o teu Deus’.
Interroguei
o céu, o sol, a lua, as estrelas e disseram-me: ‘nós também não somos o Deus
que procuras’.
Disse
então a todos os seres que rodeiam as portas da carne: ‘já que não sois o meu
Deus falai-me do meu Deus, dizei-me ao menos alguma coisa dele’.”
Esta é a condição peregrinante da fé. Buscamos a Deus sem o ver,
escutamos a sua voz sem verdadeiramente o ouvir. Tateamos o seu rosto no vazio
e no silêncio
No
filme “Nostalgia”, de Andrei Tarkovski, há uma cena onde se vê uma multidão que
se move de um sítio para o outro, numa demanda sem resolução. Ouve-se então uma
voz que irrompe como um grito:
"... politizar sem primeiro instruir provoca a intervenção do mais grosseiro rosto dos desejos humanos.
Aparece a cupidez e a insolência e por aí adiante".
Agustina Bessa-Luís, Dicionário Imperfeito
1. O crédito está a aumentar a cada mês e situa-se no valor mais elevado dos últimos anos, revela o Jornal de
Negócios. Mais do que pedir dinheiro para comprar casas, o
endividamento cresce no crédito ao consumo.
2. Os sindicatos e os partidos de esquerda privilegiam
os rendimentos (dos seus associados) à melhoria dos serviços públicos. Ignoram
olimpicamente os portugueses, sua razão de ser.
3.
A DECO está a receber cada vez mais pedidos de ajuda de famílias que já não
conseguem pagar créditos contraídos no último ano, especialmente no crédito ao
consumo.
4. No
Dia Mundial da Obesidade
Portugal é um dos países
"com maior taxa de obesidade na União Europeia" (OMS)
Há 1,4 milhões de pessoas obesas em Portugal, seis milhões se se
contar as pessoas com pré-obesidade;ªum terço das crianças portuguesas
entre os 2 e os 10 anos têm excesso de peso, das quais 14,6% são obesas.
Faltam nutricionistas e há
longas listas de espera para cirurgias no serviço nacional de saúde.
* "Nesta
vida de pouca actividade e abundante fécula..." Aquilino Ribeiro. Geografia Sentimental
1951 … os tugas endividam-se, os sindicalistas reclamam ao governo melhores rendimentos para os FP e os representantes dos obesos pedem que o Estado comparticipe mais medicamentos e contrate mais nutricionistas no SNS.
Esta é uma boa experiência! Dinato, escreve isso bem:
- Todo-o-Mundo tem direito a tudo e Ninguém deveres a nada.