alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

28.2.06

 
Confirmadas previsões dos pró e preocupações e suspeitas dos contra
Os cépticos questionam a confirmação

O relatório da Comissão Científica Independente sobre a co-incineração de resíduos industriais perigosos «confirma absolutamente as previsões do Governo», ou seja, que a co-incineração é o melhor método para a queima destes resíduos.

Os resultados do estudo de prevalências patológicas na população da Região Centro-- SAÚDE CENTRO 2005, divulgados pela imprensa (AsBeiras, Diário de Coimbra 17-2-2006) “vieram legitimar as preocupações das pessoas" e «reforçam o que se suspeitava».

 
João César mina o veredicto dos jurados no tribunal, as medalhas da ginástica olímpica e a vitória de Cavaco Silva.
A maioria dos concursos modernos... baseiam-se numa das mais arbitrária das instituições: a opinião de um júri...o palpite de um grupo de pessoas a conversar. ... Muitos concursos actuais são simples coscuvilhice institucionalizada.
O problema central é que num concurso todos perdem... menos um. Ficar em segundo é quase pior que ficar em último. Só o vencedor entra na História, só o primeiro está satisfeito. Isto é sempre injusto, mesmo que o campeão seja esmagadoramente melhor, o que raramente acontece. Um campeonato cria necessariamente uma enorme desilusão e infelicidade geral, proporcional ao enorme esforço e dedicação que antes suscitou. Um concurso é mesmo uma coisa horrível!

27.2.06

 


Ferro velho
Instalação na rua

 
A ideia de que os homens preferem as louras poderá ter 11 mil anos. Segundo um novo estudo científico, a história remonta ao tempo das cavernas, numa altura em que a escassez de homens obrigou as mulheres do Norte da Europa a procurar conquistá-los...

Enquanto os homens caçavam bisontes, as louras tentavam caçar os sobreviventes – os mais aptos.
A caça prefere as caçadoras; cem séculos depois chamar-se-á sindroma de Estocolmo.

26.2.06

 

Movimento de Intervenção e Cidadania

Procura-se

 
respigo

Velhos no sótão
Levar a vida até aos idosos prisioneiros da solidão, da doença ou de casas nos últimos andares em prédios antigos não se realiza com dinheiro ou com mais "equipamentos". Faz-se com pessoas. Pessoas que, na frieza da nomenclatura economicista, prestam serviços. Helena Garrido

Dinheiro, equipamentos, funcionários, serviços. O único calor é o das refeições; morno.
A farmácia já vende carinho em comprimidos mas são difíceis de engolir.

 
respigo

Suicídio “termómetro da gerincúria”
Metade dos suicídios em Portugal ocorrem depois dos 65 anos .. uma "sociedade hedonista, onde cada vez mais é preciso ser esbelto, belo e poderoso", uma sociedade onde ser velho "já nem sequer é sinónimo de ser sábio mas sim de ser-se senil e inútil". Braz Saraiva
Descartável

 
respigo

"termómetro da homofobia do Porto"
... um casal de homossexuais -- sem complexos em assumir a sua relação e respectivas manifestações de carinho, comuns e aceites quando protagonizadas por casais heterossexuais - vai percorrer os espaços públicos da cidade, como cafés e restaurantes, enquanto elementos anónimos das Panteras Rosa vão registar os comentários dos cidadãos para aferir da aceitação dos cidadãos à sua orientação sexual. Esta acção ... se não pretende ser uma resposta directa à morte do transexual Gisberta, é uma "consequência da mesma", explicou um membro daquela frente de combate à homofobia.

* Um processo semelhante é utilizado para verificar se um doente é ainda alérgico – chama-se prova de provocação. Só os indivíduos de risco são avaliados tendo à mão meios adequados, caso surja uma reacção catastrófica, sempre possível. Pretende-se avaliar a tolerância e não faz parte de qualquer combate à alergia, processo que as provocações tendem a acentuar, em especial quando o intervalo é curto.
* Os cartoons dinamarqueses também pretenderiam “aferir da aceitação dos cidadãos” muçulmanos às caricaturas do profeta.
* A data da sondagem e a da notícia não podiam ter sido mais mal escolhidas -- Panteras Rosa na Invicta no dia do Benfica-Porto.

25.2.06

 

Chador no Carmelo de Coimbra

Única-Expresso 19-2-2006

 
"urbanizações funerárias"
Muita gente ambicionava a grande honra de um jazigo próprio e trabalhava a vida inteira para o vir a ter: com brasão, se possível ...
A vala comum para os muito pobres, sem nome ou distinção, e a campa rasa para a pequena burguesia conservavam na morte a hierarquia do mundo. VPV

 
Equidade na democracia
Quando a maioria do povo era pobre e o sufrágio universal lhe deu voz, o Estado-Providência avançou. Depois, o Estado-Providência foi capturado pelas classes médias, agora maioritárias. Em democracia, mandam as maiorias. A sorte das minorias excluídas está nas mãos das maiorias, às quais os políticos obedecem. Sarsfield Cabral


 

"Na prisão tinha muito tempo livre"

Na excelente tele-biografia (JÚLIO POMAR - O RISCO) , ontem na RTP2

24.2.06

 
Não se privem de nada, chegará a todos
São cada vez mais os idosos que chegam aos hospitais com problemas de saúde e ali são abandonados. Ficam a ocupar camas e a sofrer, nalguns casos até à morte.

 
Se tudo é permitido?
A associação Não Te Prives manifestou ontem a sua indignação face à notícia de que um travesti havia sido assassinado.

 
O sósia do “imã escondido
Na Mesquita Dourada de Samarra, o santuário xiita, está o mausoléu do décimo imã, Ali al-Hadi, e do décimo primeiro imã, Hassan al-Askari, o avô e o pai do "imã escondido", que voltará no fim do mundo, para restabelecer a justiça.
Até lá, a tarefa estará a cargo do exército dos EUA.

 
Erro da deriva tectónica

O território Brasil é uma parcela de África que, por óbvio erro de cisão, ficou ligado à América, empurrado pela torrente do Zaire e do Quanza.
Coube aos portugueses a tarefa ciclópica de corrigir a falha geológica; em vez de arrastar terra trouxeram povo.

23.2.06

 
Não admira que os Portugueses estejam pessimistas

 
Epidemia de alarmismo geneticamente mediado
Falhas graves : Uma em cada 500 pessoas corre teoricamente o risco de, sem aviso, ter uma falha grave do coração; pode parecer muito não é. Em cada escola com dois mil alunos, quatro podem ser casos de risco sério.
Identificam-se as alterações genéticas que podem fazer parar o coração de um jovem aparentemente saudável em famílias onde já ocorreu uma morte súbita. Numa família de risco, estatisticamente, metade dos seus elementos pode vir a sofrer uma morte súbita.

Uma em cada 500 pessoas corre teoricamente o risco; teoricamente !? mas qual o risco prático ?
... podem ser casos ...
... podem fazer parar o coração ...
... metade dos seus elementos pode vir a sofrer uma morte súbita.
Também 500 em cada 500 pessoas correm o risco de ser atropeladas e outras tantas o de ver propaganda na televisão.
Eu preciso saber qual o grau concreto de risco; comparado com o risco de acidente ou o de roubo ou o de serem assustadas com notícias alarmantes.
Que posso fazer para conhecer esse risco ? Correr para a Faculdade de Farmácia ?

 
Quem protege as crianças das Comissões de Protecção ?

"Quando a bebé nasceu, a Comissão de Protecção de Crianças decidiu que os pais não ofereciam condições para a criar e confiaram-na à avó. Um ano depois, o Ministério Público quer reabrir o processo e avança até com uma alternativa: entregar a bebé a uma instituição para, posteriormente, ser adoptada. A magistrada alega que, devido às limitações de saúde, idade (52 A) e baixa capacidade económica, a avó não reúne condições para educar a menina.
No acordo assinado com a avó, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens compromete-se a procurar apoio económico para a família. Uma promessa que nunca saiu do papel. No entanto, as carências têm vindo a ser ultrapassadas."

A avó replica que, devido às limitações, a Comissão não reúne condições e avança até com uma alternativa: entregá-la a uma instituição para, posteriormente, ser adoptada.

22.2.06

 
Cheias, modelo de intolerância

..........Do rio que tudo arrasta se diz ser violento
.............mas ninguém diz violentas as margens que o constrangem (Brecht)


Afinal as cheias não são só culpa do rio. “O Mondego tem sido maltratado”.
Afinal, a culpa das inundações em Coimbra não é só do rio mas também da impermeabilizações dos solos.
“Risco de Inundação em Coimbra – as inundações urbanas e as cheias do Mondego ” tese de mestrado Isabel Paiva, da Universidade de Coimbra.

Melhor que atribuir culpa é procurar a causa

 
As marés da nação. Fluxo e refluxo.

A população portuguesa é a resultante de miscigenização local de sucessivas vagas de imigrantes e do regresso de sucessivas vagas de emigrantes miscigenados “lá fora”.
Os bárbaros leste-europeus já cá encontraram romanos que, por sua vez, tinham esbarrado com os lusitanos, netos dos celtiberos leste-europeus que os tinham precedido.
Viriato
Nação porque reencarnaste,

Povo porque ressuscitou
ou tu, ou o de que eras a haste
- Assim se Portugal formou.

No Sec XV começou a diáspora para o Oriente, o Brasil, a África e, depois, para a América e, mais tarde, para a Europa, donde tinham vindo os seus enesidecavós e, mais tarde, os pais dos seus reis e nobres.
Conde D. Henrique
Todo começo é involuntário.

À espada em tuas mãos achada
teu olhar desce.
"Que farei eu com esta espada?"
Ergueste-a, e fez-se.

Mas a diáspora portuguesa terá começado muito antes -- no final da última glaciação que só poupou a Ibéria. Terá sido a partir daqui que se deu a re-colonização do continente, a fazer fé no cromossoma Y (IPATIMUP dixit), o padrão fálico dos descobrimentos portugueses.
O padrão
O esforço é grande e o homem é pequeno.

Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
este padrão ao pé do areal moreno.


Alguns vieram forçados e se fizeram portugueses pela linha materna: Um em cada 17 portugueses possui variantes africanas recentes de DNA mitocondrial.

Mesmo as famílias nobres toleravam a miscigenização plebeia, conscientes do risco da consanguinidade; serviria para “estrumar o sangue” e, consequentemente, para o melhorar, argumentavam eugénicos. (D. S. Menezes).
O meio milhão de retornados foi o último grande refluxo, que ainda não terminou. O tempo e o mar impediram o regresso de muitos e o refúgio de alguns -- cujo apelo rezado em português no cemitério de Stª Cruz, em Timor ouvimos graças a Max Stahl.
A eles se juntaram os eslavos do leste, icosidodecanetos dos daqui partiram há milénios quando o degelo o permitiu. E a eles poderão ainda juntar-se cinco milhões de netos de emigrantes no Brasil que a Lei da Nacionalidade acolhe.

1. F. Pessoa. Mensagem
2. Agostinho da Silva



 

1931
6L aos 100 por cem euros

 
turba
A multidão esfuziante depois da vitória do seu grupo desportivo é o equivalente radiante dos furiosos desacatos das torrentes de protesto contra as caricaturas blasfemas.

 
Formação em serviço

Oferta de emprego
Empresa internacional, líder no sector...
Entrada imediata: Responsável/ Gerente de Bar
Oferecemos: Formação adequada na cadeia, boas condições financeiras.

 
Os votos da saudade
Sodade
Dess nha terra Sâo Nicolau
O recém eleito Presidente de Cabo Verde recolheu “menos 54 votos nos círculos eleitorais existentes em território nacional e mais 3.336 votos nos círculos eleitorais da emigração.
Entendo que se possa questionar se é correcto que quem vive emigrado pode acabar por pesar tão significativamente, ao ponto de decidir o resultado das eleições em sentido contrário ao dos eleitores que vivem em Cabo Verde.”
Jorge Morbey. "Ponto Final", Macau 20 -2-2006

21.2.06

 
Fábula
A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada defendeu ontem a substituição do SNS por um outro que garanta a liberdade de escolha por parte de utente. A proposta surge na sequência das declarações do ministro da Saúde sobre a possibilidade de rever o modelo do financiamento do SNS.

 

Uma sociedade que sublimou as algemas em pulseiras de oiro ou electrónicas prepara-se implantar a certidão de nascimento e GPS em chips subcutâneos.
Os novos modelos europeus já serão produzidos com o sistema Galileu.

 

1984 Anilhas israelitas

Algumas maternidades adoptaram um sistema israelita de segurança - pulseiras equipadas com um chip que permite perceber se os recém-nascidos são levados para fora de um determinado "raio de segurança".

1. Primeiro hospitalizou-se o parto, uma acto fisiológico, a pretexto de evitar o risco que correrão 3% e de poupar a tarefa de os identificar
2. Depois vacinaram-se todos; a picada é o primeiro estímulo que os bebés recebem do mundo, depois de lhes terem “aspirado as fossas nasais”, uma liturgia que raramente é necessária. Também se enfaixavam todos os recém-nascidos, para evitar a hérnia...
3. Mais tarde, à pica da vacina, adicionaram a pica no “pèzinho” para rastreio precoce de doenças raras.
4. Por fim, algemam-nos à nascença para que algum não fuja, como os presos preventivos.

A perspectiva: todos os recém nascidos são doentes enquanto se não provar o contrário. Uma perspectiva pessimista.
Demitimo-nos de pesquisar os suspeitos de entre a esmagadora maioria de saudáveis.
Este é o espelho do mundo que os espera e que nós toleramos, cúmplices.

20.2.06

 

Anúncio da FIAT em O Ponney, 1931

Nove anos de fascismo em Itália
Cinco anos de Estado Novo em Portugal
A setenta anos dos SMS

"Sempre que precisardes pois, não vacileis..."

Telef nº 92 ........................... COIMBRA

 
respigo

Incendiários; descubra semelhanças
Mais de 90 % dos incendiários são homens. Apenas uma pequena parte tira algum benefício do fogo que coloca. Na generalidade, fazem-no por vingança ou fruto de perturbações psíquicas. Apresentam limitada capacidade inter-pessoal. Os alvos dos incêndios são pessoas e não uma propriedade. Muitas vezes bebem antes de atear o incêndio.
Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais.

 
respigo

Uma recusa politicamente correcta
Uma senhora doou 42 toneladas de "biscoitos para cão", para minorar a fome das crianças do Quénia. As autoridades locais , indignadas, recusaram a oferta alegando polidamente que "por nenhuma razão se pode permitir alimentar pessoas com comida para cães".

O biscoito para cão tem proteínas, lípidos , amido e vitaminas tal como os alimentos para crianças europeias.
Durante séculos os cães partilharam as refeições dos donos.
A recusa das autoridades quenianas foi fácil de tomar com o aplauso dos europeus bem pensantes mas sem ouvir os interessados; mais difícil terá sido encontrar alternativas . Quais foram ?


"Metade da população africana vive com menos de 1 dó­lar por dia. Só 58% da população tem acesso a água potável. A tanta pobreza, porém, juntam-se fabulo­sas riquezas ... de homens de Estado africanos: Abacha (Nigéria) 20 mil milhões de dólares; Houphouet Boigny (Costa do Marfim), 6; Babangida (Ni­géria), 5; Mobutu (Zai­re), 4; Traore (Mali), 2.... Por is­so, antes de dar mais dinheiro a África, conviria interromper a rou­balheira sistemática de fundos até agora consignados..... "
José Cutileiro. Expresso 30-7-2005

 
Fado

Fecha os olhos de mansinho
Não os abras para ver
Que a vida de olhos fechados
Custa menos a viver.

 
Liturgia fúnebre
A condução da cerimónia reservada a homens, de túnicas brancas.
As mulheres, de escuro, a cabeça coberta, oram e choram com uma alegria estranha. Chove.
Uma imagem de mulher, curvada ao peso de um manto, numa postura submissa e atitude compassiva.
Uma excessiva estátua masculina, doirada, resplandece num enorme pedestal.
A multidão ignora-a, polarizada num caixão que avança em diferido. Lenços.
A morte soberana, o tranquilo desespero desta vida e a esperança no Paraíso. Sinos.
Uma inesperada faixa verde na sotaina de um padre mediático.
Uma figura televisiva, de discurso afectado, exibe um anel de brasão no dedo mindinho.
Todas as cadeias televisivas nacionais. Em directo.
Toda a cerimónia, incluindo a viagem vista do céu.
As locutoras adoptam o tipo Al-Jazira, sem véu mas o decote discretamente generoso.
O comércio local e os Negócios Estrangeiros que não se viram.
Os magníficos grandes planos dos chapéus de chuva brilhando ao sol da tarde. Finalmente.

19.2.06

 
incontinência condicional como caricatura cultural
Para o editor de cultura do Jyllands-Posten, ceder à pressão para não publicar as caricaturas seria "incompatível com uma democracia secular".

 
"papás multibanco” no país de Ali Babá

Há 16 milhões de cartões a circular em Portugal (mais cartões que portugueses) onde se movimentam diariamente 115 mil euros. Conhecidos.
No bazar (“rica montra para fraca mercadoria” – Lúcio de Almeida) o dinheiro é o padrão do valor do indivíduo e da vida -- o poder de compra, o seguro de vida, a indemnização por morte ou aleijão.

Do Multibanco, donde o dinheiro jorra sem esforço; basta conhecer a senha da gruta de Ali Babá. Histórias de encantar das Mil e Uma Noites.
Seria estranho que os jovens não ficassem também encantados.

 
"papás multibanco"
uma definição de Victor Cerqueira. É professor e o que vê?
"Vejo alunos com telefones de última geração. Roupas de marca. Os pais demitem-se da sua função, que é definir regras, impor limites, exercer a autoridade. É mais difícil dizer 'não' do que 'sim'". Tende-se a substituir isso pelo multibanco, muitas vezes com sacrifício".
A sociedade evoluiu muito, "mas passou-se do 8 para 80, a todos o níveis. Passou-se de uma disciplina rígida para a ausência de disciplina".

Esta gente toda é de extremos
O P. Luís Gonçalves fora encarregado de introduzir a regra da Companhia de Jesus no Colégio de Coimbra. Dizia-lhe o P. Simão Rodrigues em 1547: "Esta gente toda é de extremos, como sabeis". Bem o sabia o P Luís Gonçalves: "Se nos queremos mortificar, matamo-nos; se ficamos vivos, mata-se a Religião... Enfim, que nós os portugueses sempre fomos demasiados em qualquer observância". E o reitor de Coimbra escreve ao P Geral, em 1573: "... es la gente de Portugal ser demasiadamente inclinada a extremos de manera que si a de hazer penitencia de veras, a de ser demasiada, o sino, a de hacer ninguna". Perdi a referência da citação; alvíssaras a quem a encontrar.

 
A liberdade de prescrição de antibióticos
Os antibióticos são armas poderosas. Foram um passo essencial na libertação do homem da fatalidade da doença; como qualquer descoberta, tem efeitos secundários que há que ter em conta. Eliminam as bactérias virulentas mas, se não forem selectivos, agredirão igualmente a flora bacteriana normal, perturbando um equilíbrio ecológico que levou milhões de anos a conseguir e é essencial para a nossa sobrevivência na luta contra as estirpes agressivas.
Apenas uma ínfima percentagem do medicamento atingirá a bactéria a que se destina; mais de um por cento -- a percentagem de pesticidas que atinge os insectos alvo?
A antibioterapia é ainda uma arma tosca; poderosa mas tosca – em especial se usada de modo insensato.
Os radicais tenderão a abusar destas armas, cada vez mais potentes e de forma cada vez menos discriminada.
O seu ideal é a esterilidade; o resultado é a emergência de estirpes resistentes aos antibióticos e a regressão à era pré-antibiótica.
Os prudentes usarão sensatamente os antibióticos – os mais adequados e apenas quando necessário.
O ideal é manter o milenar equilíbrio ecológico.

“Para que a utilização de antibióticos não seja equiparada ao bombardeamento extensivo do Vietname pelo Pentágono”

 

Concorde ou não com o singular, os moderados foram indispensáveis para levar Kissinger à China, Reagan a Moscovo e Sharon a negociar.

18.2.06

 
Liberdade de expressão duma "persona non grata

Ribeiro e Castro (CDS) invoca os valores da Europa, do Ocidente, da Democracia, da Liberdade e dos Direitos do Homem para incitar o governo a considerar “persona non grata” o embaixador do Irão.

* É animador ver com que ênfase estes valores são defendidos pelo partido mais à direita do Parlamento português.
* No entanto parece-me não haver razões para considerar “persona non grata” quem considera exagerado o número de mortos do holocausto judeu. O senhor embaixador baseou os seu cálculo em visitas que fez a Auschwitz e Birkenau quando esteve colocado na Polónia; não disse o número tolerado para um holocausto mas, afora isso, limitou-se a emitir uma opinião fundamentada que apenas pode ser criticada por erro de cálculo. Mas, se fossemos a considerar “persona non grata” quem erra contas e falha estimativas (e a pedir a sua expulsão, como também advoga Pereira Coutinho - Expresso 18-2-2006), poucos ficariam para contar.

 
Comentários para-médicos

1. Ressuscitação. Foram discutidas as novas normas de reanimação emitidas pelo Internatinal Liaison Committee on Resuscitation, um grupo internacional que engloba médicos de quase todo o mundo. Dos países árabes só os Emiratos Unidos.
Por que será que os países árabes se desinteressam da ressuscitação ?
2. Alergia; os alérgicos reagem de forma estranha em circunstâncias que a grande maioria aprecia ou fica indiferente – coçam-se sem cessar, espirram e tossem compulsivamente , ofegam de forma alarmante. Não só não trabalham como consomem lenços e outros tecidos; sofrem e fazem sofrer.
É difícil tratar estas reacções – não se podem constranger todos por razões de uma minoria. Mas se a sociedade “não pode "chamberlainizar-se", deve abster-se de fanfarronadas "mussolinianas”.
Rui Teixeira Motta. Diário Económico, 17-02-06
3. A genética é uma linguagem; em certas anomalias génicas, a expressão de uma molécula anómala origina uma doença mais grave que a causada pela ausência dessa molécula. Também é preferível ficar calado que dizer asneiras; é o gene da carica.

 
Férias de Carnaval na neve já estão esgotadas
No regresso, esperam que o SNS lhes trate o entorse do joelho poupando a carteira; não dá.

 
Despesa do SNS

* A OCDE calcula os gastos com cuidados de saúde. Para Portugal, a previsão é que dos actuais 6,9 % do PIB (em 2005) se passe para 13,1% em 2050. Mesmo que o país tome medidas de contenção da despesa, os cenários apontam para 10 % do PIB.
* Um aumento anual da despesa de 7 ou 9%, (como tivemos em anos anteriores) é
insustentável com a economia a crescer abaixo de 1%. O crescimento deverá situar-se nos 5,3% em 2005 e, segundo as previsões do Governo, rondará os 2,2% este ano.
* O grosso das receitas do SNS representa cerca de um quarto de todos os impostos cobrados pelo Estado. As
famílias já suportam 30% das despesas totais com a saúde.


17.2.06

 
A oferta em busca da procura

Qu’é das disfunções erécteis do meu país estranho,
Onde estão elas que não vêm consultar
?

2002. Disfunção eréctil. Simpósio satélite do Encontro de Clínica Geral, patrocinado pela Pfizer, produtora do Viagra®.

2005 «Onde é que eles estão
Segundo um estudo patrocinado pela Pfizer, haverá mais de 400 mil homens com disfunções sexuais.
«Se é verdade que há 300 ou 400 mil homens com disfunção eréctil, onde é que eles estão ?

Se a montanha não vem a Maomé, vai Maomé à montanha.



 
Adexo
O que poupam em alimentos não pagará a cirurgia ?

16.2.06

 
respigo

o principal problema
A cirurgia de tratamento da obesidade não está incluídas nas listas do Ministério da Saúde, denuncia a Associação de Doentes Obesos e Ex-Obesos (Adexo) pelo que não podem ser comparticipadas.
Para a Adexo este é o principal problema no combate à obesidade em Portugal.

 

caricaturas

"O Ponney" Coimbra 1931

 
Almedina, sec VIII

"Nas obras da “Coimbra Editora” junto ao Arco de Almedina, foram encontrados silos árabes do Sec VIII. No entulho encontrou-se parte de um alcatruz cerâmico de nora que testemunha a existência das azenhas que cronistas norte–africanos diziam existir no vale do Mondego."

O alcatruz terá vindo do entulho moçárabe, quando Coimbra integrava o Dar-al-Islam. O Alcatruz é um blog muito antigo.

Em Tomar, no Mouchão, ainda gira uma réplica; nos Verões de há meio século, ainda se usava uma nora dessas para regar as hortas frente ao Choupal.


 

A despensa higiénica ideal

Anúncio de 1931

15.2.06

 
Irão é o superlativo absoluto simples de ira.

 

Não Irão

Se me der na gana, posso atirar uma pedra ... mas as vespas não Irão distinguir entre quem atirou a pedra e quem estava ao lado.
É “a recusa do outro lado em entender o nosso mundo, os nossos valores.” Nicolau Santos. Expresso. Economia 11-2-2006.

 

Por um fio
O Parlamento Off Shore, visto do Norte.

 

Vale-nos a construção civil

 
Títulos do Público
Desemprego bate recorde de 20 anos
Local Centro:
Assaltantes trocam tiros com GNR de Mangualde
Fecho da Rohde é um "desastre económico e social" para Pinhel

Orgia em Coimbra
ORGIA, de Pier Paolo Pasolini, pelos Artistas Unidos, é a crónica das pobres emoções sadomasoquistas de dois cônjuges pequeno-burgueses no calor de uma desoladora Páscoa .
Hoje e amanhã noTAGV.

14.2.06

 
Liceu fechado a cadeado para protestar contra encerramento !
Em Teerão os jovens forçam a entrada; em Lisboa fecham a cadeado.
É o Próximo Oriente no Extremo Ocidente.

 


Madeira, costa Norte.

Um bilhete postal de Santana: colmo, barrete e esterlícia.

 

Madeira; Porto da Cruz.

O tempo. Deitou o isco e agora espera que o peixe pique: “da obra ousada, é minha a parte feita”

 
ilegais ou com ordem judicial de expulsão do território nacional

Espaço de Acolhimento de Estrangeiros e Apátridas no Porto. " um espaço modelar a nível europeu".
Uma cama de solteiro, uma pequena secretária, um espaço para depositar malas. O que distingue a ala masculina da feminina é a cor - os quartos delas têm tapete verde, cortinas em tons pastel com ramagens verdes; as deles têm tapete castanho, cortinas com ramagens a condizer. De resto, é igual - nem faltam mictórios nas casas de banho femininas. As duas alas têm lotação para 36 pessoas. São dois pisos com dormitórios, sala de visitas e divisão para a vigilância. No piso térreo, salas de convívio.
O Espaço ... é para ilegais que se encontram em território nacional com ordem judicial de expulsão.

Que pena que as crianças doentes do Hospital Pediátrico de Coimbra não possam ser consideradas “ilegais ou com ordem judicial de expulsão”.

 

A Armada e o cancro

A globalização competitiva... transformou a maior dimensão das empresas num “factor de perda, de dificuldades e de rigidez”.
Ernâni Lopes. Expresso. Economia 11-2-2006

Foi isso que perdeu a Armada Invencível; é por dentro que os cancros necrosam.

 
respigo

Sociobiologia atrevida
Se a liberdade de expressão fosse para nós um "valor sagrado", isso significaria que, em caso de conflito, todos os outros valores lhe deveriam ser sacrificados. Como o filósofo Isaiah Berlin afirmava, o regime que aceitasse um tal "valor sagrado" (esse ou outro) engendraria uma monstruosidade do mesmo tipo da que engendraram todos os regimes que acreditaram que o caminho da salvação se encontrava num único valor indisputável. A riqueza das democracias liberais provém, precisamente, do seu pluralismo de valores, valores não só diversos mas muitas vezes contraditórios, sempre em confronto, e que em cada momento vamos articulando, através do debate e da negociação, aos objectivos da sociedade.É da essência da nossa democracia que não tenhamos valores sagrados - o que não significa não levar a sério os nossos valores. Pelo contrário. José Vitor Malheiros

Tal como não é "sagrado" o valor dos músculos agonistas, dos constritores das artérias ou dos dilatadores dos brônquios .
A saúde é a resultante de sistemas antagónicos em equilíbrio dinâmico, cuja resultante é, em regra, adequada à necessidade e regida por esta. O objectivo final é fazer com que estes sistemas se adaptem rapidamente a necessidades variáveis; sempre que este equilíbrio dinâmico se perturba, podem surgir problemas de adaptação.

A hipertensão e a asma são a consequência dum desequilíbrio nestes sistemas. O tremor e a rigidez parkinsónica também.

13.2.06

 
maniqueísmo e dialéctica
Para colher os frutos há que trepar à árvore, um pé num ramo e o outro no outro.
É curioso que nos mantenhamos maniqueístas: Bem/Mal; nós/eles; preto/branco; direita/esquerda; Deus/ateu; crente/herege; cristão/maometano; cristão velho/novo; Reforma/Contra-Reforma.
Para subir à árvore tenho que usar pés e mãos, um de cada vez. De cada vez que me apoio no ramo direito, inclino-me para o outro lado e assim vou trepando para apanhar a fruta. Neste balanço, por vezes afasto-me do objectivo para melhor o atingir depois.

Um faccioso prefere ir a direito; detesta a espiral e rejeita a escada.
Se só houvesse um tronco seria muito mais difícil trepar – o pinheiro, o eucalipto, o pau de fio e, pior, se ensebado.
Depois escolherei a fruta bem madura e de bom sabor. A história mostra que há imensas maneiras de sobreviver; a regra universal é a variedade.
Há ainda quem se julgue no paraíso onde seria imperioso seguir à risca a chamada lei de Deus, na versão dos Profetas, interpretada pelo Clero.
Para c/sair terão de ser tentados pelo sabor amargo e doce do fruto do Bem e do Mal; é a serpente e não o sátiro que é fonte de progresso. A globalização fascina-os com o fruto mas são eles que terão que aprender a trepar.

No centenário de Agostinho da Silva

 

Projecção
A imagem no espelho

O direito tem sempre um avesso : “seja quais forem os resultados práticos”.
A imagem formada num espelho plano é virtual, direita, do mesmo tamanho mas invertida.

Vitalino Canas também tinha razão.

 
Caricaturas de deuses e de dogmas
Não foi fácil que a Europa se libertasse dos antigos enleios — da magia, dos ídolos, dos deuses. Para se libertar de uma teocracia absolutista por vezes caiu nas armadilhas da idolatria – crença em dogmas, deuses menores escritos com maiúsculas, tão alienantes quanto as crenças de que se cria livre – o bezerro de oiro do Mercado, a (sagrada) Liberdade, a (necessária ditadura) do Proletariado (interpretada pelo Partido), (a utopia pervertida) do Comunismo, (as verdades reveladas) dos Livros vermelho ou verde, a Democracia parlamentar, a Ciência, a Arte, idolatrados em vez de olhados como instrumentos humanos.
Humanos que continuam a ser objecto e, simultaneamente, sujeitos aos constrangimentos destas novas seitas laicas. De abelha da “Umma”, a colmeia da Comunidade de Crentes ou de célula do Corpo de Cristo a bichos transportados em carros abertos numa estrada de curvas, atraídos pelo sucesso, à mercê do condutor obcecado.
Só quis fazer um bom filme, não me preocupou que as carreiras dos actores ficassem arruinadas depois disso” Ang Lee, “O segredo do Quebra-Costas”. Única/Expresso 11-2-2006
O cancro age do mesmo modo; o empresário ganancioso também, tal como os que defendem, não apenas a liberdade de expressão, mas até o direito à sátira,
seja quais forem os resultados práticos.

 
Pobreza sem fome
Timor pertence ao grupo dos países mais pobres do mundo. Todavia, viajando pelo país por caminhos apenas próprios para os pequenos e robustos cavalos autóctones, não se verificam indícios de fome ou de pobreza extrema. Afastado o tempo da violência dos indonésios e das milícias, a agricultura de subsistência, os porcos e as galinhas (que coexistem com as pessoas, mesmo nas cidades) e a exuberância da vegetação garantem o essencial.
Todos os bens habituais de consumo podem ser encontrados no comércio, ainda que a preços inacessíveis para a generalidade do povo, enquanto uma surpreendente quantidade de restaurantes e hotéis matizam a cidade de Díli. Ali, um enorme mercado tradicional fervilha de gente, noite já entrada.

Neste mercado são os produtores que vendem.


 
Como um corrida de bicicletas; é só para quem tem pernas.

O mundo, todo o mundo, é muito mais rico do que era em 1945, mas a disparidade também aumentou.
O nível de vida (PIB per capita) médio quase triplicou nestes 60 anos . Mas a África subsariana aumentou o seu valor em 50%, mais que em qualquer época anterior, e a América Latina 230%.
Entretanto, os EUA subiram 2,5 vezes, a Europa quatro, o Japão cresceu 11 vezes, a China seis e o resto da Ásia Oriental uns impressionantes 19.
Isto significa que, tendo todos melhorado, aumentou bastante a distância entre a região mais rica (sempre os EUA) e a mais pobre (que em 1950 era a China e hoje é a África). J. César das Neves.

Não se fala do Médio Oriente nem do Próximo. Muito menos do "próximo como a nós mesmos".

 
respigo

Em vinho-d’alhos
Um quarto dos condutores que morreram em acidente de viação conduzia com uma alcoolémia superior a 1.2g/L; mais de um quarto (29%) dos peões que morreram atropelados tinha uma alcoolémia ilegal (> 0,5 g/L) revelou o Instituto Nacional de Medicina Legal.

O lema Se beber não conduza foi ineficaz; deve ser alterado para Se beber não saia.
Como efeito dissuasor, proponho que a alcoolémia dos condutores inveterados seja medida em litros aos cem.





12.2.06

 
O direito à sátira, seja quais forem os resultados práticos
É como a pedrada – posso atirá-la ao ar... desde que me assegure que ela não caia na cabeça de alguém (ou na minha) , não parta uma telha...
Se tal suceder há a possibilidade de recurso ao tribunal; o juiz pode mandar-me substituir o vidro quebrado mas quem pode reparar a dor da cabeça partida ?

Desculpa, eu não queria magoar-te mas segui o impulso de exercer a minha liberdade.
Porto da Lage, 1957

 
A responsabilidade da liberdade de expressão
A "ética da responsabilidade", preconizada por Jean Daniel, tendo em conta as previsíveis consequências políticas, aparece em flagrante conflito com a "ética da convicção" dos que defendem, não diria apenas a liberdade de expressão, mas até o direito à sátira, seja quais forem os resultados práticos.
Neste universo, há que gerir com prudência o balanceamento entre a convicção e a responsabilidade
.
Mário Mesquita

 
Com o título "Brutal"
O semanário britânico "News of the World", publica uma fotografia que mostra vários militares britânicos a agredir jovens iraquianos com cacetes e a ponta-pé.

* A filmagem foi feita em 2004; o que levou o semanário a publicar a notícia nesta semana ?
* Quem beneficiou desta oportunidade ? Os jovens iraquianos, a opinião pública inglesa, europeia, iraquiana ou islamita, a tiragem do semanário ou a de Ben Laden ?

 
Xária “pueril e pacóvia"
Fátima Felgueiras foi hoje ao Santuário de Fátima, com 3500 Felgueirenses. A viagem foi tida como uma forma de agradecer a vitória nas últimas autárquicas, mas a presidente da Câmara nega qualquer motivação política: "Não lembraria a ninguém com um palmo de inteligência encontrar uma motivação dessas para vir ao Santuário de Fátima uns quantos meses depois das eleições".
Para o movimento "Sempre Presente": a peregrinação "não é, de todo, uma forma de agradecimento colectivo pela vitória eleitoral", o que "seria pueril e pacóvio".
NB: “de todo” quer dizer “de maneira nenhuma”

 
Xária
"Os povos do império otomano foram governados pelo Sultão-Califa, que juntava ao poder político absoluto, o poder religioso de liderança da Umma, a “comunidade dos crentes” segundo um sistema fundado na Xária, a lei islâmica, com vocação para regular todas as esferas da vida humana." A ler tudo.
JP Teixeira Fernandes. A Europa e o Islão. Actual/Expresso 11-2-2006

 
respigo
Guarda nacional
"Um carro-patrulha da GNR foi alvejado ... os guardas aceleraram para fugir aos atacantes."


11.2.06

 
A escada

Nem sempre a linha recta é o caminho mais curto entre dois pontos; por vezes o comprimento dum cateto é igual à soma do do outro com a da hipotenusa.
Pitágoras não teve em conta a força da gravidade; quem fez o corrimão teve.
Subimos por pequenos degraus -- a dimensão humana do esforço; a do sucesso é o patamar. Por vezes os degraus desfazem-se; há que recomeçar de novo --Penélope, Sísifo, o pastor Jacob, o agricultor, o investigador.

Reflexões sobre a liberdade de expressão e sobre a guerra de civilizações.


 
Não há melhor temperamento que o sanguíneo, por confissão de todos os Médicos; porque nos biliosos e melancólicos as veias são grandes, e largas: mas em um temperamento sanguíneo, o suco nutritício é cheio de um óleo doce, que se prende facilmente às paredes das membranas, e da mesma carne, e fazendo-se numa mesma substância com elas, as aumenta; o que não sucede nos melancólicos, e nos biliosos, porque o sangue abundante em bílis ou em pituita é cheio de partículas acres, e amargosos, que não podem facilmente converter-se em nutrição, antes destroiem, ou ao menos diminuem, o bom estado de saúde.
Arte de conservar a saúde dos príncipes e das pessoas da primeira qualidade, como também das nossas religiosas, por Bernardino Ramazino, traduzido por Silva e Azevedo. Lisboa MDCCLIII

10.2.06

 
O edifício da circular interna
O administrador do Finibanco – patrocinador da equipa de futebol profissional da Académica – diz-se «perplexo» com embargo da moradia de que é dono e garante que o vereador do urbanismo conhece o processo «desde o princípio» e esteve na empreitada «mais que uma vez» com JES, ex-director do urbanismo e presidente da Briosa.

 
O pardal morto por acidente

Haverá poucas coisas que melhor definam o chamado “Ocidente” do que a liberdade de expressão.

BOCAS!
Envia bocas à vontade. Tens Olás, Engate, Insultos, Caricaturas.
As bocas mais originais estão aqui no SAPO Messenger - imagens animadas para partilhares com os teus amigos!

 
Sociobiologia atrevida

Intolerância democrática. António Vitorino
1. ....uma leitura estrita da autonomia das comunidades muçulmanas nos países europeus ... eximia a lei e o Estado de se debruçarem sobre a concreta forma de organização dessas comunidades.
... a política de integração dos imigrantes nas sociedades de acolhimento tem zonas de tolerância e zonas de intolerância em relação às especificidades dessas comunidades de imigrantes (incluindo no plano religioso) e ... cabe à lei definir a linha de separação entre essas duas zonas.
Um estudo feito há menos de um ano revelava que em muitos casos os imãs eram oriundos de escolas religiosas radicais e vários deles nem sequer dominavam o idioma do próprio país de acolhimento. Estes casos funcionavam não como factor de enquadramento e de integração das comunidades muçulmanas nos países europeus mas antes como factores de segregação e de radicalização dessas comunidades, sobretudo das suas camadas mais jovens.

Criam-se metástases em vez de colónias; células cancerosas e não transplantes.

Graft-versus-host reaction" como as que originaram o Brasil, os EUA, o Canadá e todos os outros países da América, a Austrália e a Nova Zelândia, entre outros.

2.... é entre nós, desde logo, que importa definir os limites da tolerância e a clareza das regras do respeito que a todos deve ser exigido pelos valores fundamentais das democracias pluralistas que somos e que queremos continuar a ser.

Uma deficiente vigilância imunitária susceptibiliza a infecções oportunistas, leva à eclosão de doenças auto-imunes e neoplasias. Bons muros fazem bons vizinhos.

 
respigo

Se não justa pelo menos oportuna
A Universidade de Évora confere o grau de Doutor Honoris Causa a Aga Khan, o 49º Imam hereditário (líder espiritual) dos Muçulmanos Shia Imami Ismaili e descendente directo do profeta Maomé. Tem o beneplácito do Ministro dos Negócios Estrangeiros.

O grau foi concedido pela Faculdade da Graça Descendente; a Universidade de Silves teria sido mais adequada.

 
As caricaturas e o “O Poder da Arte” na Assembleia da República
Imunidade parlamentar e artística.

«... caricaturistas irresponsáveis e fundamentalistas violentos estão bem uns para os outros». Vitalino Canas, vice-presidente da bancada parlamentar socialista .
Augusto Cid considera que qualquer artista deve ter liberdade para se exprimir como entender.

A caricatura da equação de Vitalino Canas, pelo PS:
caricaturistas irresponsáveis - fundamentalistas violentos = 0

 
A teta do SNS
Diagnóstico clínico por imagem

Chegou a Portugal a mais moderna tecnologia na área do diagnóstico clínico por imagem.
O TVC custou mais de um milhão de euros e é, por enquanto, o único no país. Os exames neste novo aparelho custam entre 200 e 300 euros e não são comparticipados pelo SNS.


A imagem é aliciante tal como a expectativa. A linguagem “neoriquista”: “a mais moderna tecnologia”, “único no país” e coitadinha: “exames ... não são comparticipados pelo SNS”.“Fui ao Hospital com dor de cabeça e nem um TAC me fizeram...” (agora, anseiam por um TVC) .
Diagnóstico clínico: procurar a razão da notícia. Quem beneficia ? Os raríssimos doentes que disso necessitam ou o capital ansioso pelo lucro do investimento ?
A melhor utilização dos recursos existentes não é notícia...

Os gastos com cuidados de saúde deverão duplicar até 2050 nos países da OCDE. Portugal não foge à tendência. O aumento da procura destes serviços e a subida dos preços das novas tecnologias explicam, em parte, uma tendência que deverá fazer com que os custos com saúde passem da média actual de 6,7 % do PIB de cada país para 13%. Q.E.D.


9.2.06

 
As caricaturas; do Parlamento na Madeira
A fúria contra a liberdade de expressão fez as primeiras vítimas na Madeira.
O rastilho da contestação parece imparável. Nas ruas, como nos gabinetes governamentais. O Irão vai suspender as suas relações comerciais com a Dinamarca. A Jordânia poderá rever os acordos com todos os países que publicaram as caricaturas.

Mais moderado, o PSD-Madeira solicitou "a avaliação das faculdades mentais" dum deputado que, no Parlamento regional, denunciou a situação política local, considerando que a região "está transformada, por inacção do poder judicial, num verdadeiro paraíso criminal".
O deputado salientou que "a negligência, o laxismo, o favorecimento e a cobardia, a cobardia de alguns magistrados do Ministério Público, permitiram e permitem que, através dos actos do governo e dos actos das câmaras, uma minoria, criminosa e oligárquica, mantenha um controlo total sobre as instituições autonómicas e detenha o monopólio político, na região, há cerca de 30 anos".

8.2.06

 


O passeio e a via pública como estaleiro privado
há meses


Coimbra tem estado à mercê dos interesses da construção civil, com grande conivência da câmara.
Boaventura Sousa Santos

há anos à mercê; há mercê ?

 
A crítica
A crítica é como um antibiótico; quando não é bem prescrito, poupa o micróbio e prejudica o doente.
Pior, quando a crítica sabe a comida requentada.

 
Não quero ofender ninguém, mas desde o princípio que as façanhas de Alegre me cheiram desgraçadamente a Coimbra, à Coimbra da capa e da batina, da serenata, da caça ao caloiro, do folclore de "república". A essa Coimbra de que Junqueiro disse que só daria luz se lhe deitassem fogo. Ao coração das trevas. O Movimento "Intervenção e Cidadania" é uma trova que está a pedir guitarra. VPV

a) VPV é um historiador regrado; quando não sabe, socorre-se de idóneas fontes - para analisar Coimbra actual recorreu a Guerra Junqueiro (1850-1923).
b) VPV atribui a Coimbra o que Junqueiro terá dito da Universidade; uma extrapolação semelhante à que o levou a tomar a cabeça (da guitarra) de Coimbra pela de Lisboa.
c) Ao referir-se a Coimbra, VPV enganou-se: escreveu “Ao coração das trevas” citando mal um dos seus mais brilhantes blogs (http://www.anaturezadomal.blogspot.com/)

 
Tragédia

A fúria contra os cartoons satirizando o profeta Maomé causou a morte de manifestantes.

Foram os mexilhões que, em fúria, provocaram as ondas que lhes causaram a morte.

 
O direito e o avesso
Proeminentes ulemas, mulás, taliban e aiatolás proclamam os mandamentos de Deus prescritos pelo profeta como a verdade absoluta, sendo sacrilégio discordar. Óbvio.
Distintos jornalistas e intelectuais defendem a liberdade de expressão como direito absoluto e universal, incluindo o direito de "desafiar, blasfemar e humilhar". Claro.
Os empresários e os analistas defendem o mercado como padrão global. Lógico.
Num país apático como Portugal... Que viva o mercado!
O autor possui acções da Sonae.com e da Sonae SGPS.

No meio de todos estes direitos e liberdades, o mexilhão lixa-se; o mexilhão presumido propósito de todos estes direitos e liberdades.

7.2.06

 

A edição iraniana
do jornal dinamarquês

 

OPA
A opa é a capa que os membros das irmandades envergam nas ocasiões solenes. Vermelhas ou brancas, a cada uma estão reservadas cerimónias do culto -- levar as velas, a caldeirinha e o hissope, suportar os andores dos padroeiros, pegar no pálio que abriga o deus comum.
Por fim, jogam aos dados e lançam opas uns aos outros.

 
A Sonae
Belmiro de Azevedo trocou a indústria pelo comércio; agora passou dos alimentos para as telecomunicações.
O estômago pode saciar-se de vez em quando; a coscuvilhice portuguesa, nunca.
Belmiro vai explorar dois nichos de mercado insaciáveis. A boca e o ouvido.

 
OPA 2

De tão gordos, ficam redondos.
É por isso que se chama globalização

 
A OPA
A Sonae lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Portugal Telecom, o que levaria a Sonae a desembolsar 11 mil milhões de euros (mil por português).
E há quem veja esta OPA como uma forma de a France Télécom reforçar na Península Ibérica. Assim sendo, estaremos num cenário que pode levar a uma batalha pela PT entre a France Télécom e a Telefónica que pode não ficar parada e lançar uma contra-OPA.
Com as espécies pequenas em risco de extinção, os tubarões lançam-se uns sobre os outros. Ai dos vencidos.

6.2.06

 
A Madeira de JoB 4

A vivenda do dono, no meio do jardim, está rodeada de uma espécie de montras em fila como nos Centros Comerciais; ali estão expostas colecções de porcelana Companhia das Índias; serviços inteiros armoriados – Compª de Jesus, família real inglesa ("Honny soit qui mal y pense") – espreitam-nos por detrás dos vidros.
O povo de Paris ia a Versailles assistir ao almoço de Maria Antonieta . «Honny soit qui mal y pense».
Estátuas femininas de mármore branco em jazigos transparentes servem de poiso a um casal de pavões reais e vivos. «Honny soit qui mal y pense».

 
A Madeira de JoB 3

Entre os painéis novos destaco um que ilustra as relações dos portugueses com o Japão, num curiosa história em quadrinhos de azulejos. Como nas tábuas medievais, Jo B é ali retratado como capitão da Nau do Trato.
A profusão de painéis de azulejos lembra o que se passa na Avenida Monumental , a gigantesca muralha de hotéis impede que o indígena veja o mar, como que reservado ao turista de cinco estrelas.
Um dos pavilhões da Jardim Tropical mostra uma enorme colecção de escultura africana actual de uma escola do Zimbabué; a maioria dos artistas são casais, moçambicanos ou angolanos. Como a escola é a mesma, o estilo é semelhante, algo adaptado ao gosto ocidental actual.

O cenário tem magníficas fotos de África mas as peças expostas são tantas que perturbam a fruição de cada uma delas, tida como banal. Como que toda a produção tivesse sido arrematada. Uma vez mais surge o sinal de uma como que compulsão predadora e ostensiva, passe o exagero.

 
A Madeira de JoB 2

Jo Berardo comprou a quinta, forrou-a de azulejos e abriu-a ao público com quem quis partilhar a sua colecção de arte. Painéis novos contam a história de Portugal enquanto velhos painéis de antigos conventos foram transladados em bloco para aqui.
Um sistema económico que permitia a acumulação de tanta riqueza nos antigos conventos era tão injusto quanto o que agora permite que alguém enriqueça tão extraordinariamente em tão pouco tempo; felizmente que alguns se encaram como mecenas.

 
A Madeira de JoB 1

Acima do Funchal, o Monte, altitude tida como benéfica para a cura da tuberculose; séculos antes, os jesuítas criaram ali uma casa de repouso. Na estreita garganta criaram um jardim que aclimatava espécies tropicais aproveitando a água que ali corre todo o ano. Os artesãos locais criaram levadas, cascatas e outras formas inocentes de deleite.
Fizeram às árvores o que queriam fazer às almas pagãs – convertê-las em euro-cristãs.


O que para a tutela considerou um “grave problema orográfico” que atrasou a construção do novo Hospital Pediátrico, foi uma oportunidade para os irmãos de Fr. Xavier .


 
suor
Aqueles que facilmente transpiram são naturalmente mais fracos; porem mais sadios do que os outros e saram mais facilmente de suas moléstias; pelo contrário os que têm as transpiração mais difícil, antes de serem doentes, são muito fortes e mais robustos que os primeiros, mas com grande trabalho saram quando adoecem.
Hipócrates. de Elementis

 
Fúria
Os juizes portugueses, os ulemas muçulmanos e o livro único de Organização Política e Administração da Nação de há 50 anos.
1. Há "guerra" entre as magistraturas e o Ministério da Justiça ... uma "atitude de revolta" contra o Governo ... ao alterar o seu regime de férias.
Em Portugal, a "
nova cultura" dos magistrados faz com que todos os portugueses fiquem reféns na "guerra" entre as magistraturas e o Ministério da Justiça.
.. o maior prejudicado pela "guerra" entre magistratura e Governo é o cidadão, o que a corporação minimiza: também “prejudica a mim que o mecânico esteja fechado ao domingo e que as Finanças fechem depois das 16.00". Explicado "como se eu fosse muito estúpido"


2.Também os ulemas muçulmanos não hesitaram em estimular a fúria dos crentes contra os cartoons de Maomé que o jornal dinamarquês de maior tiragem publicara há seis meses. Fúria não contra o sacrílego jornal, mas contra o governo do país, a “Dinamarca é inimiga do mundo islâmico”, a Europa, o Ocidente, todos considerados inimigos.


3. Também o antigo livro único de OPAN ensinava que “Na sua fúria destruidora o Comunismo não distingue o Bem do Mal, o justo do injusto...”

2.2.06

 

O que perde quem embarca no TGV

 
Banhos, principalmente no Verão

O uso dos banhos também é excelente, principalmente no Verão, no qual tempo a atrabílis persegue mais os estudiosos; desta forma se tempera a acrimónia e as entranhas um pouco esquálidas se abrandam. O tempo do banho mais oportuno e próprio é de tarde ou junto à noite e depois de cear e ir recolher-se.
Dissertação de conservar a saúde dos letrados, por Bernardino Ramazino, traduzido por Silva e Azevedo. Lisboa MDCCLIII

1.2.06

 
O HUC no "Portugal em Directo" (RTP1). Conclusão
O espectáculo no Hospital

Não sei se o objectivo – melhorar a confiança no SNS — foi conseguido; temo que se tenha acentuado a tentação de vir ao HUC resolver qualquer problema de saúde . A mensagem subliminar é a de ali tudo se resolve desde que lá chegue. Temo que se acentue a pressão a que o Clínicos Gerais estão sujeitos, sobretudo pelos hipocondríacos e os influentes. São aqueles que terão que suportar a vaga de pedidos para ir “à fonte limpa”, cheia de especialistas e da “tecnologia mais avançada que existe” capaz de mostrar o tumor antes que ele apareça. Como é que os CG poderão resistir ?

Uma nota positiva – não foi necessário retirar a bala, para desencanto dos locutores; esperavam poder mostrar o momento em que a bala cairia na bacia, com o som metálico habitual dos filmes pioneiros do faroeste com a banda sonora em crescendo.
-me dos seus êx
Os HUC foram o Hospital onde me formei e que ajudei a dirigir num período crucial; orgulhoitos e sofro com as suas falhas. Admiro o talento; critico o espectáculo.

 
O HUC no "Portugal em Directo" (RTP1) "2ª parte
O espectáculo no Hospital

1. Os doentes graves e sérios foram exibidos com muito pouco cuidado; não sei se foi obtido o prévio consentimento informado mas, mesmo que o tivesse sido, que valor teria, constrangidos como estavam ?

2. Salvo excepção, a linguagem das jornalistas foi totalmente inadequada:- gritada, ansiogénica, arrastando vogais até à exaustão – dIIIiiiiiiiiiiiiirectamente /semanAAAaaaaaanalmente.
As expressões eram as habituais “tenda dos milagres”, “do mais avançado que existe...”

3. O que se mostrou foram alguns meios sofisticados para uso sensato em casos graves, felizmente excepcionais. Mas, mais importante são os resultados e o que custa consegui-los.

Só que isso não é mediático enquanto o não souberem mostrar.

 
O HUC no "Portugal em Directo" (RTP1).
O espectáculo no Hospital


É útil que o país saiba o que o SNS faz; mas é discutível a forma como se mostra.
O impacto da TV e o talento de alguns jornalistas é enorme; mas a lógica mediática é perpendicular à dum SNS e dum Hospital. É muito difícil conciliar, mas há que evitar que a lógica mediática domine. Há que saber usar o fogo (a roda, a água, a electricidade, a energia atómica, a automóvel, a TV, a net) sem nos queimarmos.
O programa parecia talhado para a TV; a bala na coluna do GNR não podia ter sido mais bem escolhida.
Surpreende que médicos seniores, talentosos e de créditos formados tenham aceitado falar para as câmaras “durante” intervenções cirúrgicas minuciosas, interrompendo (por breves momentos) a sua delicada tarefa para dizer o que poderia ser dito antes, depois ou por alguém da equipa.
Surpreende que, numa sala asséptica – onde, obviamente, até o microscópio cirúrgico vestia bata – se tenha permitido um microfone na campo operatório. Das duas, uma: ou poderia estar contaminado e não deveria ali estar; ou era estéril e, portanto, supérfluo.
O espectáculo da cirurgia como o da psiquiatria sempre atraíram os leigos:-
O estilo teatral das consultas de
Charcot na Salpêtrière atraía público.
No H. Stª Maria havia galerias envidraçadas para assistir a intervenções cirúrgicas
.

A TV não faz mais que explorar o voyeurismo do público e o exibicionismo do artista.
A regie interrompeu uma visita ao S. de “Reanimação” para mostrar o helicóptero que ia pousar; suspeita-se que não hesitaria interromper uma reanimação por “compromissos editoriais”. The show must go on
O heli, para transporte urgente de doentes graves, cuja chegada estava anunciada às 18.30, desde a véspera...
O VEMER, uma UCI automóvel para casos graves, chegou, oportuna, a tempo da emissão. Dela saiu o “doente”, um jovem de bom aspecto e a andar normalmente.


 
o vinho puro louvamos

Pelo que respeita às bebidas, o vinho se deve preferir a todas; o puro louvamos, com tanto que seja com regra...
Finalmente os homens sábios, que costumam ser vexados com a gota, cólicas ou com alguma afecção hipocondríaca, os quais afectos se geram de um ácido morboso e tem dele o seu princípio de nenhuma sorte devem usar destes vinhos (brancos ligeiros e delgados ... que, principalmente no Verão, adquirem um certo azedo. ...têm pouco de vinho e muito de vinagre... como escreveu Helmoncio) por conta dos ácidos, senão daquelas cousas que os dissipam, o que se vê claramente.
Dissertação de conservar a saúde dos letrados, por Bernardino Ramazino, traduzido por Silva e Azevedo. Lisboa MDCCLIII

 
respigo

Uma "naçom" Joaquim Fidalgo
Vai uma sarrabulhada das antigas entre os espanhóis, só porque os catalães, resolveram proclamar que "a Catalunha é uma nação"! Eles que até têm uma comunidade autónoma, eles que até têm uma língua própria, eles que até têm um governo, uma televisão regional de categoria, uma capital fantástica como Barcelona...Foi o bom e o bonito quando, por esmagadora maioria de votos no Parlamento autonómico, os deputados catalães decidiram inscrever no seu novo Estatuto que "a Catalunha é uma nação"!

Imaginem que tinha sido a Madeira.


 
O número de Dunbar
Não se conseguiriam estabelecer relações estáveis com mais de 150 indivíduos (Dunbar). Curioso; era o número de militares duma "Companhia".
Nas escolas e Faculdades, cada curso deveria ter menos de 150 alunos; informar as Faculdades e o Ministério da Educação. O meu tinha 120 alunos e foi o melhor daquele ano.

O número máximo de trabalhadores por Serviço/Departamento e de habitantes por bloco de prédios não deveria exceder 150.

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