alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

30.9.10

 

Friso duma platibanda
Algoz 2010

29.9.10

 

Chaminés
Algoz 2010
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Clássicas e de pagode (1953).

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28.9.10

 

Portas em ruinas
Algoz 2010

Ombreiras cariadas.

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Porta e janela antigas
Algoz 2010


* Um dos batentes ainda (ou já) está ao Sol - a sombra desliza pela porta abaixo; metade da divisa (foice ou crescente) já (ou ainda) está ao Sol. É a hora.

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27.9.10

 

Mãos de cal 2
Algoz 2010
(prima para ampliar)

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Mãos de cal 1
Algoz 2010
Todos os anos era necessário tornar a caiar - dar uma demão; depois do Inverno, pela Páscoa, era o costume.
Cansados do branco tentaram cores vivas; quando se enfadavam do vermelho mudavam para amarelo.
Por baixo, paciente, persiste a cor original.

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Conserto

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Diálogo vs consulta informatizada-SA

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.....................................................................Where Speech Could Have Been Transcribed,
......................................................................de Julião Sarmento.
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* O médico de cabeça perdida com a informática e o doente com a situação.

26.9.10

 
Alcoutim 8

Uma tarde muito bem passada que terminou no “Ti Afonso” com um memorável coelho à caçadora.

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Alcoutim 7

A Misericórdia terá tido obras em 1628 a cargo de Afonso Madeira Corvo, "famial do S. Ofísio" (familiar do Stº Ofício); não se sabe se arrependido ou por ostentação. Um agente da Inquisição a fazer obras na Misericórdia compreende-se; obras de misericórdia já não. O que é facto é que a cheia do Guadiana quase afogou esta legenda em 1876.
A reconstrução da vila foi rápida.



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25.9.10

 
Alcoutim 6

Há três séculos e meio fortificou-se a vila perante a ameaça de Espanha. Regia Luisa de Gusmão que, meses depois, abdicaria no filho Afonso (VI) e António Vieira ficaria sem apoio.
O escudo nacional no muro do cais voltado para Castela indica a data (1661) e o rei que ainda o não era.
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À beira d’água o monumento aos contrabandistas, sucedâneos das forças castelhanas; também elas foram prejudicados pela Restauração das fronteiras.

Ao lado, o marco quilométrico a zero – ali começava Portugal.

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Alcoutim 5


Do castelo de Alcoutim vê-se a vila, o Guadiana e Sanlúcar com o seu castelo. A menos de um quilómetro cada terra com seu castelo e seu médico, separados pela fronteira e os guardas; cada uma com seu cemitério.
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Há meio século outro colega nosso (MB) foi médico em Martim Longo e a mulher (OB), notária em Alcoutim – a 40km.

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Sociobiologia atrevida

Os sentimentos destes ocidentais
Fernanda Câncio

* Conflitos do transplante étnico; a não perder.

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Remédio por medida

Farmácias rejeitam a venda de remédios à dose
Felizmente começa a ser corrente nalguma restauração nacional ter vinho a copo nas cartas.
Pedir vinho a copo começa a fazer parte dos nossos hábitos culturais.
Seja prático, seja racional… e exija vinho a copo
!

Os doentes vão poder escolher a marca do medicamento que compram. “A ideia é atribuir ao cidadão a capacidade de escolher os medicamentos mais baratos dentro da terapêutica que o médico prescreveu

*O cliente bebe a copo e escolhe a marca, desde que seja vinho.
"Até pode escolher a cor, desde que seja preta": dizia Ford do seu modelo T.

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24.9.10

 
Alcoutim 4



Em recordação deste romântico contrabando convidam jovens andaluzas para as festas anuais da vila.

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No cais, uma placa alusiva aos precursores do mercado único europeu.


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Errata: onde se lê tremer na guerra, deve ler-se morrer na guerra.

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Alcoutim 3

O filho do médico da vila namorava a filha do colega de Sanlúcar do Guadiana, do outro lado do rio; o pai da noiva, usando de cautela, só permitia namoro até à meia-noite.
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Teria feito constar que dera ordens aos carabineiros para atirarem a partir dessa hora; o Juanito era perito a remar forte para chegar a meio do rio ao bater da 12ª badalada.

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Pegada pedagógica

1. Balada do barro mole em Beja

Encontraram um tijolo da construção dum templo a César Augusto (Sec I AC). Enquanto o limpavam do pó e a terra notaram uma pegada de criança impressa no que fora barro fresco, quem sabe, num dia de calor abrasador.

2. Balada da neve na Guarda

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudade, Deus meu!

Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...

... e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
de uns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
...
Augusto Gil - Luar de Janeiro, 1909


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23.9.10

 
Alcoutim 2


A vila estava em festa. Ao final da tarde, muita juventude bem bebida; uma espécie de Queima das Fitas duma Universidade de Alco...
O muro de acesso ao adro serviria de leito aos noctívagos; de manhã ainda lá os encontrei, de cerveja na mão para mata-bicho. Explica a cor do rio.

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Alcoutim 1

Pela margem direita do Guadiana acima vêem-se muitos barcos de recreio. A água do rio é castanha; ia a dizer barrenta quando dei conta de outra causa – a cerveja ou o vidro que a contém. Se na margem é o que se vê, imagina-se como estará o leito do rio.
Ao fundo, Alcoutim à esquerda e Sanlúcar à direita.

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"Assalariar" a pobreza, psicanalisar o chumbo

Centenas de escolas arrancam sem psicólogos deixando alunos sem apoio.
"A ministra fala do aumento do trabalho com as famílias, na redução do insucesso e abandono escolar, que são tarefas feitas pelos psicólogos e depois o concurso para a sua colocação está atrasado", critica a Confederação Nacional das Associações de Pais.

"Assalariar" a pobreza

A pobreza é um fenómeno complexo, radica em causas muito diversas e não se compadece com abordagens simplistas, metodologias rígidas ou procedimentos uniformes que constituem um álibi para o fracasso dos resultados.
É muito mais desgastante trabalhar com uma família pobre para construir com ela as alternativas possíveis do que lançá-la nos meandros da burocracia social.

* Os psicólogos nas escolas estão para a redução do insucesso e abandono escolar como os meandros da burocracia social para a pobreza.

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Ter razão antes de tempo e outro mártir do Sec III

O candelabro iluminado pelo sol poente distraía-me da homilia do padre que falava de amor aos noivos na Capela da Universidade.
Do candelabro saltei ao púlpito onde o P. António Vieira exortou os universitários em 1663.
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Vieira era uma personalidade cuja integridade e desassombro fazia muitos inimigos que esperavam a oportunidade. Do seu Brasil já fora afastado pelos senhores dos engenhos; em Portugal, os fariseus-velhos e a Inquisição não lhe perdoavam as relações com intelectuais europeus, tidas como heréticas ou subversivas. Valia-lhe o apoio da rainha regente e, creio, a da sua Compª de Jesus (SJ).
Quando a rainha se viu obrigada a abdicar no seu triste filho, o santo Ofício aproveitou para o desterrar para Coimbra, sede da SJ, a aguardar processo.
Foi neste contexto que fez o sermão no dia de Stª Catarina de Alexandria, padroeira da Universidade (de Paris) cuja imagem Cipriano da Cruz iria talhar para o altar próximo.
Catarina fora martirizada no Sec. III por manter a fé e a defender os seus pontos de vista de tal maneira que convencia os seus adversários, intelectuais escolhidos para a contraditar entre o escol de Alexandria. Bela escolha para exemplo dos universitários temerosos; tal como ela, ele lutava sozinho.
Apesar disso foi acusado, preso e sujeito a um penosos processo. Foi apoiado pelo Papa e pela rainha da Suécia que o convidou para confessor.
Regressou ao Brasil onde morreu, após o que a sua efígie foi queimada num simbólico auto-de.fé póstumo no Pátio da Universidade.
A imagem de N. Srª da Luz, padroeira dos estudantes, no altar lateral oposto, não estava iluminada; preparava-me para ironizar sobre o facto quando me lembrei que estávamos em férias.

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22.9.10

 
Átilas

O jardim e o relvado fronteiros à Torre de Belém ficaram irremediavelmente danificados na sequência da cerimónia realizada numa tenda gigante que ali acolheu os chefes de Estado e de Governo, durante a Cimeira Ibero-Americana em Dezembro de 2009; o que era verde é agora um deserto.
* Apesar do que choveu este Inverno...

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Castro Verde 10

Cabeça-Relicário de São Fabião
O pequeno museu de arte sacra da Basílica é muito interessante; o objecto principal é a Cabeça-Relicário de São Fabião que foi Papa entre 236 e 250. Terá sido decapitado e a sua cabeça teria sido trazida para aqui por uma princesa grega...
A peça é constituída por um crânio masculino que se provou ter vivido no Sec II; está envolvido por uma máscara de folha de cobre prateada, algo entre as esculturas românicas e os caretos de Lazarim.
Se tivesse nascido meio século depois não teria sido torturado; a igreja teria ganho um Papa PC mas perdido um mártir. Também nós, se não tivéssemos que antecipar a viagem, não teríamos encontrado Castro Verde em festa e a basílica aberta.

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Queer Tibães


No Cadeiral do coro do Mosteiro, de António de Andrade (1666-1668).

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16.9.10

 
Castro Verde 9



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O passado presente: saudade mourisca, arquitectura ecológica, civilizações da orla dos desertos.

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Castro Verde 8



O passado presente: casa de pasto, anúncio caiado da GoodYear; de azulejo, que os anúncios eram para durar.

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Custo de vida mal colocado

Numa lista de 73 cidades mundiais, Lisboa ocupa o 31.º lugar no ranking do poder de compra. Porém, no que respeita ao custo de vida, a capital portuguesa está mais mal posicionada, em 41.º lugar.

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15.9.10

 
Castro Verde 7



Na vila em festa ninguém parece preocupado com o passado nem com o futuro.

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Castro Verde 6


As "mouras" como anzol para o dragão diabólico; mouros e mouras, os grandes perigos.

Aviso inúmeras vezes repetido nos azulejos da Basílica Real e nas fachadas das casas - na falta de um muezin.

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Castro Verde 5

O mesmo tema na igreja dos Remédios, no outro extremo da Praça; felizmente que só reparei depois do concerto das campaniças.



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Castro Verde 4


Antes do rei magnânimo, já aqui tinha estado D. Sebastião. Donde a insistência no mito do milagre e na indulgência da guerra contra os mouros infiéis, que este era couto da Ordem de Sant'Iago da Espada.

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14.9.10

 
Castro Verde 3
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A missa na basílica era celebrada pelo bispo (de mitra, na faustosa capela mor) que ali viera apresentar o novo padre; o anterior tivera conflitos sérios com os paroquianos, pelo que fora substituído.

As paredes da basílica estão forradas de azulejos historiados do Sec XVIII; os quadrinhos relatam cenas da batalha de Ourique onde Afonso Henriques teria vencido seis reis mouros, cujas cabeças, perdidas mas ainda coroadas, jazem no chão. Naquele tempo os conflitos resolviam-se assim.
(prima para ampliar, se não acredita).

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Castro Verde 2

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O mesmo rei mandou construir aqui uma sumptuosa "basílica" em memória do "milagre" de Ourique.


Em festa, Castro Verde, homenageia Saramago com o Memorial do Convento na rua e concerto de violas campaniças.

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Descobrir Castro Verde

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13.9.10

 
Três histórias de vida
Graça Barbosa Ribeiro

* Um modelo de reportagem; a não perder.

 
Ao Sol

Na praia os bebés nórdicos brincam vestidos e de chapéu na cabeça; expostos ao Sol, apenas a carita, as mãos e o os pèzitos molhados*. Os portuguesitos brincam nus, confiados na melanina e no creme 50 anti UV.

Há 40 anos era o inverso: os pequenitos portugueses sempre de chapéu em contraste com os estrangeiros, todos nus e de cabecita ao Sol -- esses filhos da geração de 60 são agora quem tanto protege os filhotes.
Em primeiro plano, barcos dos pingalhetes, pescadores de antes da era do turismo.

* Basta expor à luz solar durante dez minutos diários a superfície de pele equivalente à da face e do dorso das mãos dos bebés para evitar o raquitismo

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9.9.10

 
À boleia no Tibete
Na estrada mais perigosa do mundo...
Ao quilómetro sessenta, devidamente assinalado na berma por um marco de cimento pintado de branco com uma faixa amarela, o eixo de transmissão partiu-se.
Na estrada passavam Jianshengs verdes e azuis, rumo ao Xinjiang, em marcha lenta, como se fizessem parte de uma caravana cujos participantes andavam distanciados entre si por uma questão de horas. Naquele momento nós representávamos um elo quebrado nessa cadeia, algo que me preocupava, porque se o camião de Resmet não desse conta do recado ficaríamos sem qualquer transporte alternativo.

E os nevões estavam a poucos dias de distância.
Na pradaria em nosso redor, os únicos sinais de vida eram cavaleiros e rebanhos. O motorista, nada atrapalhado, com a ajuda dos seus companheiros, meteu-se debaixo do chassis e, em menos de uma hora substituiu engenhosamente a peça que faltava... com um pedaço de borracha que cortou do chinelo! Não sei como conseguiu tal proeza, o certo é que o improviso resultou e lá pudemos seguir viagem, agora mais lentamente, se bem que nas descidas chegássemos a atingir 100 km/h, pois o inconsciente do uigur entregava-se ao perigo e deixava o camião em ponto morto. Aterrorizados, sempre à espera do momento em que nos despistássemos, arrependemo-nos, pela segunda vez no mesmo dia, por nos termos mantido fiéis à nossa escolha inicial. Aquela correria fez-nos antever que o sistema de direcção, que com dificuldade obedecia às mãos que controlavam o volante, seria, muito provavelmente, a próxima parte do veículo a dar de si.
Chegámos a Rutok, a primeira paragem nessa jornada, era já noite cerrada. Uma rápida vistoria aos quatro pneus, que nós fizemos questão de acompanhar e que, muito atentamente, revelou muitos parafusos das jantes em falta, deixou-nos ainda mais preocupados.
Joaquim Magalhães de Castro. Viagem ao tecto do mundo, Presença 2010

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8.9.10

 
Portugal-Tibet Sec XX

Todas as casas têm um curral no rés-do-chão que serve de aquecedor natural para os aposentos situados no primeiro andar, à semelhança do que acontece nas nossas aldeias do interior. Dali podia ver-se a cozinha, com potes de três pés (como nas aldeias portuguesas) e colheres suspensas da parede.
A par dos animais, alguns camponeses iam malhando o cereal com bastões presos por uma corda a outros bastões, como se faz entre nós.
As medas, estranhamente similares às da Beira Alta...
Os correios centrais de Xigatse tinham, ao balcão, um boião com cola para os selos...


Joaquim Magalhães de Castro.
Viagem ao tecto do mundo, Presença 2010

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7.9.10

 
Portugal-Tibet Sec XVII

Quanto às caravanas, essenciais para a economia local, Azevedo socorreu-se das referências trazidas de Portugal: «Depois que pas­samos as trapeiras demos com uma cáfila de carneiros que vinham do Tibete carregadas de sal, aonde tinham levado arroz, como bur­rinhos de Castela e Setúbal que trazem trigo e levam sardinhas e sal.»

Cabral enumerava as similaridades geográficas do local que visitava e Portugal, dizendo que «o reino que se chama Uzangue [...] estas terras têm grandes campinas de trigo e não via terra mais parecida com o Alentejo em Portugal».

São vários, aliás, os tre­chos das cartas de Andrade onde se estabelecem paralelos entre a fé dos budistas e a fé dos padres aventureiros. As mãos juntas em ora­ção, o ajoelhar, a prostração e a vénia dos fiéis e peregrinos tibe­tanos.... Também a parafernália religiosa local sugeria um parentesco entre o lamaísmo e o catolicismo: os terços, as contas, a sineta sagrada, terminada pela trisula, símbolo das Três Jóias do Budismo ou tri­ratna, e, sobretudo, o dorjé ou vajra, formado pela união de duas trisula, emblema do raio, ou seja, a essência das divindades.
Segundo Almeida, «os tibetanos possuem muitas igrejas ricamente ornamentadas com retábulos e imagens de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Nossa Senhora e dos santos Apóstolos. Há entre eles muitos padres que observam a lei do celibato, como os nossos; também se lhes assemelham pelos hábitos e a única diferença é raparem completamente a cabeça. Têm um bispo a que chamam lamão
Andrade: os tibetanos têm “
casas de oração como as nossas igrejas, pintadas pelos tectos e paredes”.

António de Andrade. Novo descobrimento do Gram Catayo ou reino do Tibet, Lisboa, 1626.
João Cabral. Relaçam copiosa dos trabalhos grandes que padeceo na Missão do Tibeth, perdida num qualquer arquivo de Portugal. Restam-nos as cartas que enviou aos seus superiores
Joaquim Magalhães de Castro.
Viagem ao tecto do mundo, Presença 2010

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6.9.10

 
Pastrana, só até 12 de Setembro

A conquista de Arzila era uma OPA hostil daquele tempo; fora decidida pelo rei que detinha a “golden share” e sancionada pelos grandes accionistas que delegaram no rei, no herdeiro e nos grandes accionistas da corte a empresa a que se vincularam muitos peões, cada um com apenas a sua acção individual. A empresa estava cotada a Bolsa da família Mendes, de Lisboa, mais tarde deslocalizada para Antuérpia por razões conhecidas.
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Diogo ensinou-me ainda as regras do comércio em Antuérpia. «O comércio, Juan», dizia-me ele, «não é apenas para a nossa família um meio de viver bem, nem sequer o único instrumento graças ao qual podemos salvar os nossos irmãos; o comércio, filho, é uma balestra apontada ao coração dos reis. Não te esqueças
Diogo Mendes. O pai, Henrique Nunes de seu nome marrano, descendia da ilustre família Benveniste, que contava nas suas glórias o rabino da coroa de Aragão. Henrique Nunes ocupara-se primeiro apenas do comércio de pedras preciosas; só mais tarde vieram as especiarias. Quando morreu, os dois irmãos partilharam entre si o império: para Francisco as pedras, para Diogo o encaminhamento das especiarias dos portos até às feiras. A isso se juntava o banco de depósito, as letras de crédito, as passagens de dinheiro através das fronteiras. Com as letras de crédito, Diogo Mendes tinha os príncipes na mão, e sobretudo o Habsburgo.
Todos os poderosos se assemelham; querem mais terras e dinheiro para guerras. O rei de França, Francisco I, queria tudo o que tinha o Habsburgo e batia-se contra Carlos V; o Habsburgo queria alargar o império e invadia a França; o Papa queria reduzir o poder dos príncipes e o rei de Inglaterra queria repudiar a mulher. Tudo isto custava muito dinheiro; o banco Mendes tinha, pois, os príncipes na mão.
C. Clément. A Senhora. ASA 2002

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5.9.10

 
Alimentação mundial
Faltam alimentos para não passarmos fome em 2050

1. A alternativa é começar agora à procura de novas variedades, de plantas selvagens que sejam parentes das culturas que produzimos e que vivam naturalmente em zonas extremas, onde já estão habituadas à seca e ao calor.
Em 1950, quando Fowler (director executivo da Global Crop Diversity Trust ) nasceu, a população mundial ainda não tinha chegado aos três mil milhões. Mas, desde aí, apesar da terra cultivada só ter aumentado 10%, a comida por pessoa aumentou 23%, mesmo que a população seja hoje mais do dobro. As desigualdades na distribuição fazem com que um sétimo da humanidade passe fome e outro sétimo tenha comida a mais.

* Num mundo globalizado onde 1/7 tem fome e 1/7 tem demais e na véspera de anos de vacas magras, cientistas procuram remédios para os gordos (30%) das sociedades opulentas : uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra concluiu que a
vildagliptina - um fármaco utilizado actualmente na diabetes - também produz efeitos a regular a formação de gordura no organismo ...
e tem potencial para
poder vir a ser um fármaco eficaz no combate à obesidade.
Apesar de ser ainda cedo
resultados preliminares da
o fármaco pode ajudar a prevenir a obesidade,
"Ainda é muito cedo para tirar todas as conclusões
poderemos estar na presença de um novo
o fármaco poderá vir a ser útil
"Mas neste momento ainda não sabemos se
No entanto, há ainda várias etapas por cumprir:
"depois teremos que usar modelos animais para testar o fármaco,
cabe à indústria farmacêutica testar o fármaco em pessoas ou não"...

O medicamento-bula,
Em demanda da indulgência pela pílula, cuja toma diária absolverá qualquer barrigada, sem distinção de género.
Mesmo que ainda conjugado no futuro do condicional, a expectativa tem honras de notícia.

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