alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

30.12.18

 

A fronteira da dignidade



Presidente Trump
Agora ameaça encerrar totalmente a fronteira com o México. O Presidente americano não tem limites, o que é um sério problema, e parece revelar alguma dificuldade em perceber a realidade. Nos jornais, ensinam-se métodos para que os funcionários públicos que estão sem receber salário consigam superar as dificuldades inerentes. Mas isso não impede que centenas de milhares de famílias paguem por uma guerra que não é a deles e vivam o Natal com a ansiedade de quem não sabe o que acontecerá ao seu salário no dia de amanhã.

Bastonária dos Enfermeiros
Agora ameaça encerrar totalmente os blocos operatórios. A Bastonária das Enfermeiras não tem limites, o que é um sério problema, e parece revelar alguma dificuldade em perceber a realidade. Nos jornais, ensinam-se métodos para que os doentes que ficaram sem operação consigam superar as dificuldades inerentes. Mas isso não impede que centenas de milhares de doentes paguem por uma guerra que não é a deles e vivam o Natal com a ansiedade de quem não sabe o que acontecerá à sua doença no dia de amanhã.
"Vieram e fizeram reféns entre os doentes...
Eu não fiz nada, que não estava doente"


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Embrulhos



Do plástico que tudo embala
se diz ser perigoso.
Mas ninguém se quer privar
do supérfluo embalado.
Brecht do consumo

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26.12.18

 

Tributo da tribo



O biogeógrafo Miguel Bastos Araújo venceu o Prémio Pessoa 2018.
Dedica-se ao estudo do efeito das alterações climáticas na biodiversidade. É investigador e professor em Évora, Madrid e Copenhaga.
Sinto-me português, mas já vivi mais anos fora de Portugal do que em Portugal e nasci fora de Portugal. 

Já tinha recebido vários prémios em Espanha, na Dinamarca, no Reino Unido. Receber um prémio “em casa” tem outro sabor?
- É difícil explicar o que se sente quando se tem o reconhecimento pelo nosso trabalho na nossa ‘casa’. É o que o biólogo Edward Wilson chama de “monkey troop”, que podemos traduzir como tribo, fazendo a analogia com a evolução biológica. Todos os humanos têm a sua tribo e gostamos de ser reconhecidos nela. Há diferentes ordens de identidade: a tribo europeia, a dos cientistas e que é a nossa casa, neste caso a portuguesa, onde ainda não tinha recebido nenhum prémio. O afagar do ego é bom e serve de estímulo para continuar a trabalhar, sobretudo quando as outras coisas falham. Mas também há o perigo de se perder a clarividência.

PROVÍNCIA
Se eu tivesse nascido
No seio da província, era fatal
que o meu sonho maior, o mais sentido
seria triunfar na capital.
E depois de tê-lo conseguido,
voltar à terra natal
e ser pelos conterrâneos recebido
com palmas e foguetes,
fanfarras, vivas e banquetes
na Câmara Municipal.
Carlos Queirós  (1907-49)

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24.12.18

 

Ó vício de consumo


Portugueses estimam gastar 372 euros nas compras de Natal

* Portugueses "estimam gastar" e os media chamam-lhe economia.

Comprar o supérfluo é ser conivente com o remoinho* que leva à bancarrota.
Remoinho : « massa de água, de ar, etc. em movimento espiralado; voragem; sorvedouro».

P.S. Estimaram e provaram: 
As compras de Natal de última hora bateram recordes. Foram feitos mais de 280 pagamentos por segundo só no dia de ontem, 24 de dezembro de 2018.
Arménio Carlos pergunta... onde estão os aumentos salariais que não existem há dez anos.




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Tsunami no Natal na Indonésia


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23.12.18

 

No limite, pode não


No limite, pode nem ter havido um drone em Gatwick

Um ano antes:
"No limite, pode não ter havido furto nenhum". Em Tancos.


22.12.18

 

Amarelo a oriente do oriente



Os “perdedores da globalização”, as camadas (operários, empregados, pequenos trabalhadores autónomos, camponeses, funcionários) que antes formavam a base da classe média vêm sendo sacrificadas por um modelo económico globalizado

* Sentem-se centrifugadas para a periferia do mundo. O seu espaço na espiral da economia em expansão foi ocupado pela antiga periferia.  Agora estão desorientados - sentem-se a oriente do oriente.

É simbólico que tenham adoptado coletes amarelos como emblema, fabricados justamente por aqueles que os substituíram.  Se bem que o amarelo esteja na modaem termos de luta de classes, a cor amarela tem conotações mais conciliadoras do que de rebelião basista. 

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Danos colaterais do fiasco



COLETES AMARELOS

Queriam parar o país, mas não chegaram a pô-lo em marcha

O “Vamos parar Portugal” não falhou por falta de propaganda, falhou por falta de pessoas.

* A operação "Natal Tranquilo" arrancou sexta-feira em todo o país. Já houve 319 acidentes que provocaram 5 mortos e 10 feridos graves.


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21.12.18

 

O sultão e os seus janízaros



Quando o sultão fica refém dos janízaros

Como por acaso, a partir do dia seguinte ressoou o sinistro barulho do bater das colheres contra os caldeirões virados ao contrário pelos janízaros. 
Nada é mais medonho para um sultão do que ouvir esse sinal da revolta do seu exército. E aquilo batia como um coração a palpitar, cada vez com mais força...

- As normas a respeitar quando se acede ao trono não deviam ser ignoradas, Vossa Senhoria... - disse Sokolli calmamente.
- O dinheiro, Sokolli! Depressa! - gritou Selim transtornado.
- Oh! não, agora já, não. Deixai-os esfalfarem-se um pouco, depois cedereis. É simples.  

                                                                                                C. Clément. A Senhora. ASA 2002
* Não sei a cor dos janízaros, se vermelho, verde ou amarelo 
mas também eles só se calariam se lhes pagassem bem.
Pouco lhes importava quem iria suportar a chantagem.

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Cólera e Febre Amarela


Sociobiologia atrevida
Epidemias de cólera e febre amarela provocaram, entre 1856 e 1857, a morte de seis mil lisboetas, levando à transformação urbana de Lisboa.

A cidade de Lisboa, principalmente em 1857, apresentava um aspecto tristíssimo. Na baixa, viam-se encerrados numerosos estabelecimentos; uns, por seus proprietários terem falecido, outros por terem saído de Lisboa fugindo ao terrível contagio. O terror geral era indescritível; por ordem do governo foram os jornais proibidos de darem longas noticias sobre os falecimentos, e o número e nomes das vítimas, que chegavam a ocupar diariamente muitas colunas; os enterros passaram a fazer-se de noite, observando-se a maior simplicidade, não sendo permitidas as pompas fúnebres, apenas uma sege conduzindo o morto e o padre para o acompanhar. Não sendo suficientes os hospitais que existiam, para abrigarem o número enorme de atacados, organizaram-se alguns provisórios em certos pontos da cidade; numerosas procissões de penitência percorriam as ruas, e nas igrejas todos os dias se entoavam preces. Os teatros e outros divertimentos públicos fecharam. A consternação era geral; as ruas viam-se desertas, o terror via-se estampado em todas as fisionomias. Abandonaram a cidade, indo viver para os arredores e para outras terras distantes, altos funcionários e outros empregados públicos, capitalistas, negociantes, o próprio patriarca, e no meio desta pavorosa e angustiosa situação sobressaía a figura do jovem monarca que, apesar dos conselhos de quantos o rodeavam, não quis abandonar Lisboa, e qual outro apóstolo do bem e da resignação, se dirigia aos hospitais, sentando-se junto dos leitos dos enfermos, a quem dirigia palavras de conforto e de esperança. Quando os ajudantes que o acompanhavam nestas piedosas visitas lhe pediam que não se expusesse assim tão temerariamente ao terrível contágio, respondia secamente que se tinham medo o deixassem, que ele podia ali estar só. Este acto de abnegação e caridade causou a maior impressão em toda a gente e a admiração até dos estrangeiros. Um rapaz que apenas contava 20 anos de idade, dando um exemplo tão grandioso de amor pelos que sofriam, procurando suavizar-lhes o sofrimento, ao menos animando-os com a sua presença. 

A pandemia de cólera atingiu Portugal pela primeira vez em 1833. Chegou com o navio que trouxe o general francês Jean-Baptiste Solignac, comcerca de 200 militares, que vinham integrar as fileiras do exército liberal na Guerra Civil Portuguesa.
* Daquela vez foi a cólera que veio de França; agora foi a febre amarela. 
As forças liberais também queriam que os portugueses fossem livres à força.

Fumo. Ca

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16.12.18

 

Coletes de forças


Copy-paste requentado 



“Coletes amarelos” querem bloquear acessos a Lisboa

Vários movimentos criados nas redes sociais estão a convocar protestos em todo o país para a próxima sexta feira. 
Camionistas participam na contestação que, entre outras coisas, pode bloquear os acessos à capital.
Reprenant Hegel, Marx affirme: « tous les grands événements et personnages historiques se répètent pour ainsi dire deux fois […] la première fois comme tragédie, la seconde fois comme farce ».

*A primeira vez em França, depois em Portugal. A citação (Marx) tem sempre menos valor que o original (Hegel). Uma fotocópia duma fotocópia fica borratada; não trás nada de novo - ficar o resto do país isolado de Lisboa é a farsa habitual.
Nota: a primeira vez não é repetição.

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15.12.18

 

Anjos da Guarda de serviço




Acidente com eléctrico em Lisboa:

junta dá apoio psicológico a dez pessoas


* Deverá ser a Junto dos Anjos; é a única que os terá de serviço.

ALMA  Anjo que sois minha guarda, olhai por minha fraqueza terreal!
Cercai-me sempre ò redor porque vou mui temerosa de contenda.
Tende sempre mão em mim, porque hei medo de empeçar, e de cair
ANJO Pera isso sam e a isso vim
Gil Vicente.

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E la rave va


Prima para ampliar



BE quer cannabis para fins recreativos vendida em lojas licenciadas

* Esquerda recreativa, cannabizada, rendida à sociedade de consumo, do hedonismo exógeno – de exorfinas (mor-, coca-, anfet-) compradas em vez de endorfinas produzidas. Um admirável mundo novo alucinado comparticipado pelo Estado Social.
                   Ah um partido que, enfim, 
Muito à esquerda não fosse um rave party já
Opiário
E eu vou buscar ao ópio que consola
Um Oriente ao oriente do Oriente. 
Fumo. Canso. Ah uma terra aonde, enfim,
Muito a leste não fosse o oeste já!
Álvaro de Campos
(No Canal de Suez, a bordo)

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12.12.18

 

Flor de Outono


Cogumelo

No pinhalito do Alto do Rolão,
Coimbra.

Chapéu-leitoso (Lactarius torminosus)

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11.12.18

 

Chantagem mais agressiva ainda


Enfermeiros querem greve mais "agressiva"

Nova greve visa abranger mais hospitais e ser mais "agressiva e expressiva", avisa o movimento que organizou protesto que levou ao cancelamento de cerca de "seis mil cirurgias".
* "Vieram e levaram os judeus; 
não me admirei, era o habitual...."
   Reféns acordai enquanto é tempo. 



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Reféns a confirmar


Art #*
Os médicos não têm direito de fazer reféns dos seus doentes.

* a confirmar

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10.12.18

 

Parto a pedido


Taxa de cesarianas no privado é mais do dobro da do SNS 


Portugal passou de uma taxa de 35,6% de cesarianas em 2013 para 33% em 2016. Contudo, nos hospitais do SNS a taxa de cesarianas  era de 27,6% em 2016.
Nos hospitais privados, aquela era de 65,5% em 2016, ano em que as unidades privadas realizaram quase 12.500 dos mais de 85 mil partos em Portugal.
O documento, divulgado no site da DGS, recorda que "as cesarianas clinicamente desnecessárias são motivo de preocupação médica e económica".

* Num país onde o aborto a pedido é legal (apesar da contracepção ser comparticipada) porque não há de ser permitido escolher o dia/hora do parto?

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Aprender a andar no SNS



SNS Consulta das 9 às 12

SNS vai ter consultas de actividade física 

* "Num país em que a ocupação geral é estar quieto, o maior serviço patriótico é incontestavelmente ensinar a andar"
Eça (1888) agora
Ou que se inscrevam num sindicato da função pública – ali mobilizam os aderentes.

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Greve - Função Pública



Greves não param. Há 47 pré-avisos até final do ano

 Até fim de Dezembro não haverá um único dia sem paralisações previstas

Continuarão, assim, as greves sectoriais dos registos e notariado, dos educadores de infância e ensino básico e secundário (à componente não lectiva), dos trabalhadores dos hospitais E.P.E., enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, guardas prisionais (15 de Dezembro a 6 de Janeiro), funcionários judiciais, bombeiros de 23 autarquias (desde Lisboa, Porto a Funchal ou Faro) e trabalhadores da Câmara de Oeiras. Alguns sindicatos fazem avisos de greve para vários dias, outros fazem avisos dia a dia, daí o número total de 47 pré-avisos.

* "Num país em que a ocupação geral é fazer greve, o melhor serviço é incontestavelmente o público"
Eça de Queiroz  (Os Maias - 1888) agora.

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9.12.18

 

EU-Lisboa-Constantinopla



BruxEUlas
Entretanto, a elite europeia parece anestesiada. Em Bruxelas, os eurocratas preocupam-se com uma situação de excepção que leve Paris a não cumprir as regras do Pacto de Estabilidade. Um amigo contou-me que participou há três dias numa conferência em Bruxelas sobre a “autonomia estratégica” da Europa. O que se passa em Paris não constou de nenhuma das intervenções. 

São Bento à Lisboa
Enquanto o PAN se preocupa em não atirar o pau ao gato em Cascais há pelo menos meia centena de cães perigosos à solta. São cães que nasceram na rua e que não estão habituados ao contacto com pessoas, havendo relatos de vários ataques. 
Num deles morreu um cão que passeava com a dona a quem ainda morderam.

 

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8.12.18

 

Angola quer reaver as suas bonecas


Prima para ampliar
Lá ficamos sem ministra da Justiça.

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Coletes de todas as eras


Uma lição de evolução da vítima: ontem eram mortas, hoje são reféns.












Só a estiva não faz reféns

2001: A Space Odyssey - The Dawn of Man

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Menor risco de pobres crianças



Risco de pobreza de crianças entre 2014 e 2017 diminuiu mais (76.2%) que a percentagem de crianças na população (95.9%) (Pordata).

% -15 A % risco 
2014 14.5 24.8
2017 13.9 18.9

Para o INE, a taxa de risco de pobreza em 2017 corresponde à proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos inferiores a 468 euros por mês 
(após as transferências sociais, como abonos e subsídios.

* Quando a pobreza é medida em "rendimentos monetários"  não admira que as crianças sejam pobres; mesmo assim, melhoraram.

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RemorSociologia


É preciso devolver património, 

mas antes há que admitir o erro da colonização

*Em vez da causa, a culpa; em vez da solução, o castigo.
A confissão pública dos pecados antepassados, o desfile sanbenito penitencial para o auto-de-fé expurgatório. Um tribunal do Santo Ofício laico virtual e p.c.
A culpabilização do passado colonial mas a assumpção da custódia dos forros... arvorados  Anjos da Guarda daquelas pobres almas.*
Em vez do futuro, o passado; em vez da história, a narrativa (ou uma narrativa a substituir a outra); em vez da partilha, a devolução.

Ó tempo, volta pra trás.

ALMA 
Anjo que sois minha guarda, olhai por minha fraqueza terreal! 
de toda a parte haja resguarda, 
que não arda a minha preciosa riqueza principal. 
Cercai-me sempre ò redor porque vou mui temerosa de contenda. 
Ó precioso defensor meu favor! 
Vossa espada lumiosa me defenda! 
Tende sempre mão em mim, porque hei medo de empeçar, e de cair
ANJO 
Pera isso sam e a isso vim;                                                      

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5.12.18

 

Greves com reféns que não poupam crianças nem doentes graves.









Os primeiros reféns já começaram a protestar; os coletes amarelos são ainda fardas às riscas e xailes pretos.

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Racismo luso e chinês no Sec XVI


Mapa "de" Cantino  1502
1. Os descobrimentos .. Tiraram-nos muitas ignorâncias e mostraram-nos ser a terra maior do que o mar, e haver antípodas, do que até os santos duvidavam, e que não há região que nem por quente nem por fria se deixe de habitar. E que, em um mesmo clima e a igual distância do Equador há homens brancos e pretos e de mui diferentes qualidades. 
Pedro Nunes. Tratado em defensam da carta de marear. 1537 


2. As primeiras imagens chinesas dos portugueses, no início do século XVI, já os identificavam “como uma espécie de demónios com apenas leves semelhanças com seres humanos e com ascendência canibalesca”.
“Dizia-se que os portugueses eram grandes apreciadores de carne de criança e que, como no seu país apenas o rei tinha acesso a esta raridade, quando chegaram à China, compravam um grande número de crianças para este efeito”, conta o historiador Fok Kai Cheon.

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4.12.18

 

Chantagem



A Fenprof acusa o Governo de “fazer chantagem sobre os professores, ameaçando com um ‘ou isto ou nada’

* Mas é a Fenprof que vem fazendo chantagem sobre o governo e o país, tomando os seus alunos como reféns, exigindo “a recuperação total do tempo de serviço congelado (9 A, 4 M, 2 D)” sem alternativa.

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3.12.18

 

Greve de juízes

                                                            
Como é possível que juízes não encontrem processo mais adequado para reivindicar o que entendem justo? Muito menos por razões salariais.

   Para o Zé António
Como é tantos não entendem ser eticamente intolerável fazer reféns entre os mais frágeis dos seus concidadãos (acusados e testemunhas reféns de juízes; doentes, dos seus médicos e enfermeiras; alunos, dos seus professores…), justamente aqueles que constituem a razão de ser da sua profissão e do inerente estatuto.
Desde há anos que manifesto o meu protesto, na revista do Sindicato (1991), na da Ordem e no Público (2002), sem obter resultado nem resposta.
Presumo que a noção de deontologia, de ética e o senso de um médico e professor universitário aposentado sejam insuficientes para compreender a “legitimidade decorrente da natureza sindical” de uma greve de juízes.
Admito ser mais sensível a legitimidade que a legalidade.
https://stream.publico.pt/epaper/Publico-Lisboa-20181203/

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Agnus delas


Agnus Dei, Qui tollis peccata portucale, Miserere nobis.

Os pecado de Portugal em África foram tema em Guadalajara
Lídia Jorge, Isabela Figueiredo e Dulce Maria Cardoso levaram à maior feira do livro de um continente com um negro historial de colonização relatos da difícil relação de um país com as suas ex-colónias.
Lídia Jorge: “A Costa dos Murmúrios, fala de uma culpa, da minha culpa. O livro da Isabela Figueiredo, através da figura do seu pai, culpa os colonos, culpa os brancos, culpa-nos. E a Dulce Maria Cardoso, em O Retorno, dá conta do seu grande ressentimento contra os portugueses concretos que não souberam acolher os que chegaram, o que vê como uma traição.” 
Unidos por esse "sentimento profundo de culpabilização", os três livros são para Lídia Jorge “actos de contrição” dos pecados dos portugueses, que “se safaram” deixando para trás os muitos mortos da Guerra Colonial que até hoje "não sabemos sequer honrar".

Viagem ao cabo das Tormentas

Para dobrar o Cabo das Tormentas, as naus faziam um desvio que as afastava de África e as aproximava da América; assim evitavam as calmarias da Guiné e as correntes contrárias.
Desta vez as três naus perderam o rumo e foram parar ao México à contra costa, no Pacífico.

1. A roupa suja lava-se em casa. No cesto há mais de meio século há de ser difícil, de tão encardida. Pior ainda se for com água salgada.
"Uma das sessões acabou em lágrimas."
Assim não se chega ao cabo das tormentas nem ao cabo das lágrimas que, vertidas no Pacífico nunca chegarão a Portugal tal como as dos companheiros de Magalhães.

2. O México não é um bom local para estrangeiros lavarem roupa suja do seu país; Trotsky que o diga.

3. A sessão terminou sem perguntas, quer dos portugueses presentes na plateia, convidados do evento, quer do público mexicano.
Sem surpresa; os portugueses terão ficado constrangidos com o psico-drama de catarse colectiva de arqueoculpa alheia; sentiram-se a assistir a um auto-de-fé inquisitorial de réus acusados pelos seus familiares perante um júri presidido por um “professor da Universidade de Salamanca que tentou moderar” mas em vão. 
O público mexicano nem queria acreditar no que ouvira mas julgava ter percebido mal o que diziam as portuguesas.
    Em suma: um Mexerico
4. É mais útil analisar o passado com relações de causa-efeito do que de culpa-expiação. O futuro constrói-se com soluções e não com soluços.

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