"Trezentos mortos por dia envergonham qualquer governante.
Envergonha-me a mim, enquanto cidadão”.
«Pois
quem vos matou? Matou-vos o Presidente, matou-vos o ministro,
matou-vos a ministra, matou-vos o grande, matou-vos o
baixo, matou-vos o povo, matámo-los todos, quantos somos…".
Sermão de Luís Álvares nas exéquias de Desejado. J. Hermano Saraiva. História de Portugal. Alfa 1983
* 15 mil novos casos por dia envergonham qualquer português.
Respigos
Querem …“a pandemia controlada, querem crescimento, querem uma perspectiva de futuro efectivo, uma presidência da UE que fortaleça a imagem de Portugal, querem fundos europeus geridos com transparência e eficácia, querem uma reconstrução que vá para além da mera recuperação, querem combate à pobreza e um sistema político sustentável, para que a sensação de vazio não convide a desesperos e aventuras, querem uma democracia que seja democrática e não uma democracia iliberal, não democrática”. PR
Todo-o-Mundo tuga
-… e mais queria o paraíso / sem mo ninguém estorvar.
Ninguém
- E eu ponho-me a fazer quanto posso para isso.
Etiquetas: pandemia, política, tuga
Etiquetas: cheias, mortalidade, pandemia, SNS
Primeiro cobre-se a nudez crua da realidade com um manto fofo de afectos.
Depois espreme-se.
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As pessoas não são de extrema-direita; estão extremamente frustradas com a situação que atribuem à “esquerda-torta”. |
Lá
vem a Nau
Catrineta,
que
tem muito que contar!
Ouvide,
agora, senhores,
Uma
história de pasmar."
Passava
mais de ano e dia,
que
iam na volta do mar.
Já
não tinham que comer,
Já
não tinham que manjar.
Deitaram
sola de molho,
para
o outro dia jantar.
Mas
a sola era tão rija,
que
a não puderam tragar."
"Deitaram
sortes à Ventura,
em
quem haviam de votar.
Logo
a sorte foi cair
no
capitão general"
-
"Arriba,
arriba, gageiro,
arriba
ao mastro real,
vê
se vês terras de Espanha,
areias
de
Portugal."
-
"Não vejo terras de Espanha,
nem
praias de Portugal.
Vejo
sete espadas nuas,
que
estão para te matar."
…
Almeida
Garret
Etiquetas: política, realidade
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E a vessada continuava, alheia.... |
- Parece que ouço sinais...
- É um anjo / velho.
E a vessada continuava, alheia às
enterites / Covid da primavera que dizimavam a infância / velhada da freguesia.
- Anda Deus a fazer a sua colheita.”
Miguel Torga. A criação do mundo (O terceiro dia) Coimbra 1952.
Curioso contraste epidémico: nesta época de tremenda incidência de infecção pelo SARS-Cov2 a afluência ao Serviço de Urgência do Hospital Pediátrico de Coimbra tem sido metade da habitual e as Unidades de Internamento de Curta Duração (SO) estão também pouco lotadas quando nos invernos anteriores estavam a abarrotar com casos de bronquiolite e de crise asmática, agora raros.
Dado ser improvável uma competição entre coronavírus e outros vírus respiratórios, esta anomalia será explicada pelo uso de máscaras; como as crianças as não usam, tal deve ser um feliz efeito secundário das máscaras que os pais e cuidadores usam para protecção do Covid-19. A epidemia sazonal de bronquiolite foi debelada pela neutralização dos vectores.
Foi também assim que se erradicou a malária ou paludismo (dos pauis). O plasmodium não vagueava pelo ar (não era um miasma -mal ária) mas o seu vector sim. Tal como os perdigotos que veiculam o Covid-19. Erradicado o vector, extinguiu-se o mal.
Por
isso, Merckel talvez não tenha razão; a malária parafactual (conspirativa, fake-news) exigirá drenar os charcos electrónicos
que as propagam. A liberdade dos mosquitos tem limites.
P.S. Corrijo - Merkel tem razão ao restringir a decisão de drenar os charcos ao poder público.
Da mesma forma, a erradicação da pandemia do consumo
não pode ignorar os vectores do vício – a publicidade enganadora que também usa
máscara para atingir os seus fins - os anúncios apetitosos com que embrulham a veniaga supérflua.
Curiosamente as vacinas contra o Covid-19 também têm um vector – não falo da seringa –; vêm envolvidas (mascaradas) de um veículo atraente – uma gota de gordura ou um vírus inócuo.
Etiquetas: consumo, media, pandemia, publicidade, vacina, vector
Em 2050
O teórico político Benjamín Arditi descreve o populista como o convidado bêbado que, no jantar da democracia, desrespeita todas as regras de boa educação, trazendo para cima da mesa as falhas e hipocrisias do sistema. Porém, isso não o qualifica para governante.
"avô bêbado que a gente tem em casa que, a partir de um certo momento, começa a não achar graça às piadas”
Etiquetas: bêbedo, democracia, política
O velho, o rapaz e o burro
O mundo ralha de tudo,tenha ou não tenha razão:A ministra, a
vacina e as opiniões
Etiquetas: opiniões, pandemia, vacina, víés
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