Olha homem, pode ser que Deus Nosso Senhor se amerceie da gente. Chamemo-nos a Santo Antão, se até às sortes o nosso Quim enrijar e estiver em condições de deitar as correias às costas, prometemos-lhe... prometemos-lhe o quê? - Dize lá tu?
- Prometemos-lhe a cera que se possa comprar com o dinheiro duma vaca, a melhor vaca, que a essa altura, a gente tenha na loja. Combinado?
- Caramba, o Santo Antão tem para se alumiar à tripa forra uns dois ou três anos! Será muito prometer, mulher! - foi proferindo ele.
- Deixa lá. É para quem quer. Pode ser que com um voto assim taludo Santo Antão mexa todos os pauzinhos...
Capeia (Sabugal) |
Etiquetas: força, liturgia, profano, sagrado
Comeunismo
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Breton. O amor louco |
A aproximação do movimento surrealista ao comunismo foi, numa certa fase, bem forte — o escritor Aragon, depois de uma fase conturbada, disse, como outros, que “já não sabia o que significava a palavra ‘eu’”, e inscreveu-se no partido comunista.
Etiquetas: Comeunismo., comunismo, surrealismo
Respigos
“Nem há ninguém, além do Presidente da República, que possa garantir o que ele acaba de dizer. ...”
Adivinhe qual PR teria dito isto.
Etiquetas: disparate, media, ozono
Em 1521, Sá de Miranda, depois de seis anos em Itália, afastou-se da corte para ir viver em Amares.
O sol é grande, caem
co’a calma as aves,
do tempo em tal sazão, que sói ser fria;
esta água que d’alto cai acordar-m’-ia
do sono não, mas de cuidados graves.
Etiquetas: aquecimento global, calma
Fiquei feliz com o apoio do Presidente da República à luta pela independência da Ucrânia e a repulsa pelas atrocidades dos pretensos libertadores, mas surpreendido com a tolerância com o estranho comportamento que se vem banalizando em Portugal, onde os funcionários públicos sindicalizados tomam como reféns os mais necessitados de entre os utentes – a razão de ser da sua função –, os seus doentes, os seus alunos, os seus concidadãos em busca de justiça…
Além de nunca lhe ter ouvido uma palavra de censura, exige agora que o Governo ceda às greves chantagistas dos professores. Estranho esta discrepância de critérios de quem declarou que “… a nossa fronteira, a fronteira portuguesa, é a fronteira da Ucrânia", mas também pode significar que a Ucrânia e Portugal estão separados por uma fronteira comum…
Temo não tardar que o Presidente da República proponha que a Ucrânia ceda a Crimeia à Rússia para que haja paz; é claro que a cedência seria faseada… Outra tolerância ao crime.
HCM, como se fora um ucraniano a viver em Portugal
Etiquetas: crime, greve, política, professor, Ucrânia
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Uma perspectiva ónica |
Colette Magny - Les gens de la moyenne
Etiquetas: mediocracia, política
Respigos
O diálogo entre cristãos e marxistas na Jornada Mundial da Juventude
neste tempo de catástrofe climática, a nossa resposta ao grito da Terra tem que ir de mão dada com a nossa resposta ao grito dos pobres, porque ambos têm a mesma origem numa economia que mata tanto as pessoas como a natureza. José Manuel Pureza
* Um complacente absurdo semântico chamar economia a um sistema que se baseia no consumo. Consequentemente a sua unidade padrão - PIB (Produto Interno Bruto) - depende quer da produção quer do consumo; o consumo pesa 80% no PIB português.
Consumam, portugueses, consumam! Olhem que não há mais economia no mundo senão consumir.
A tabuada publicitária do consumo:
ganhe, compras, poupa, poupa |
compra, poupa, poupa |
Etiquetas: chocolate, consumo, economia, mercado, publicidade
Altar palco vs Alter palco |
Etiquetas: altar, alter, arquitectura, clero, Igreja, palco
O altar palco parece um berço de recém-nascido banhado de luz azul para tratar a icterícia. Não lembra o kernicterus...
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Etiquetas: altar, icterícia, kernicterus, Papa
Etiquetas: altar, juventude, Papa, touca
Etiquetas: calor, fogo, meteo, milagre, responso
Respigos (trocar o j pelo g)
Conta Sloterdijk, no seu “Reflexos Primitivos”, como, certo dia, o orador Górgias entrou no teatro de Atenas, a abarrotar, e gritou ao público: “Proballete!”, ou seja, “deem-me um tema qualquer!”, pronto a provar o seu virtuosismo na produção de um discurso sugestivo sobre qualquer assunto.
A inteligência artificial na política poderá ser um tipo de sofismo para o povo. Isso não é necessariamente mau. A inteligência artificial compila e interpreta, não se limita a difundir factos ou notícias. Relaciona, avalia, relativiza e acentua, de acordo com critérios que podem até ser pessoais, ou seja, próprios a cada cidadão eleitor. Passamos da mera explosão de factos e informação, nas redes, para o tratamento e interpretação dessa informação, na inteligência artificial. A informação multiplicou-se, a nossa capacidade de a relacionar não se alterou. De certa maneira, a inteligência artificial pode recuperar a ponderação e a reflexão da escrita, agora acelerada e democratizada.
INFORMAÇÃO, ESCRUTÍNIO E VERDADE
Já existe uma inteligência a guiar o povo, aliás duas, chamam-se imprensa e redes sociais. A primeira trabalha melhor as relações e a narrativa, as redes trabalham muito os impulsos e os sentimentos. José Tavares
“Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá; as aves, que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá.” Gonçalves Dias (1823- 1864) estudante brasileiro na Universidade de Coimbra.
Etiquetas: Górgias, gorjear, inteligência artificial, poesia
H. Carmona da Mota, médico pediatra, professor (aposentado) da Universidade de Coimbra.
UNIVERSIDADE DE COIMBRAEtiquetas: alunos, greve, professores, reféns
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