Etiquetas: asneiras
Cartas ao director dum jornal
1. Desigualdade e democracia
Um editorial e uma capa de revista:
“A desigualdade que augura uma catástrofe”
“1% da população detém 38% da riqueza e 50% sobrevivem com 2%”
“Os grandes milionários são uma ameaça à democracia?”
Courrier Internacional Jan 2023
“O poder cada vez mais desmesurado de Elon Musk e de outros magnatas de empresas tecnológicas começa a inquietar políticos e governos.”
Meu nome é Todo-o-Mundo / E meu tempo todo inteiro
Sempre é buscar dinheiro / E sempre nisto me (a) fundo.
Gil Vicente 1560
Eu quero ganhar, ganhar perdidamente!
Ganhar só por ganhar: aqui… além…
Mais isto e aquilo, ao Outro e a toda a
gente…
Ganhar!
Ganhar! E não ganhar ninguém!
Florbela
2. Aflige-nos...
... o vício – a adição ou a ilusória miragem de querer ganhar de repente muito dinheiro é a finalidade das “raspadinhas” que estão compulsivamente a levar à pré-ruína muita gente.
Aflige ver os mais vulneráveis num exagero em apostar sem freio em várias “raspadinhas”, sendo algumas de elevado preço, e quanto mais frágil e com pouco dinheiro, mais se fica compelido a jogar/gastar… num consumo desenfreado, até lhes entorpecer a vontade e arruinar quem é exacerbadamente gastador.
É a Santa (santa?) Casa da Misericórdia de Lisboa detentora do negócio, que lucra com estes jogos de muito pouca sorte e de elevado azar; fica mal nesta fotografia.
Vítor Colaço Santos, São João das Lampas
"Ó glória de ganhar! Ó vã cobiça /Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça / C'uma aura popular, que honra se chama! ....
Nomes com quem se o povo néscio engana! / Chamam-te Fama e Glória soberana...
Velho (Camões)
Estranho país este onde se come o dobro do recomendado, pelo que, obviamente, mais de metade dos adultos tem excesso de peso, mais de 1/5 é mesmo obeso — e onde esta situação é ainda mais grave nas classes socioeconómicas mais desfavorecidas — e que também, para agravar, consome quatro vezes mais carne do que o recomendado, o Governo tenha decidido eliminar o IVA dos “produtos mais consumidos”, incluindo a carne e a manteiga.
Esta deliberação contou com o beneplácito da Direcção-Geral da Saúde e o apoio da Confederação dos Agricultores de Portugal, da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição e de todos os partidos da oposição, que só lamentam ser pouco e tardio.
Da lista não faz parte o siso, provavelmente por não ser dos “produtos mais consumidos”.
Etiquetas: alimentação, obesidade, política
Etiquetas: história., manif, professor
Etiquetas: banca, economia, fidúcia, finança
“Os otomanos foram apagados da história do Ocidente”
Marc David Baer
Foram?
Istambul.(Sec
XVI) O
sistema de devchirme otomano ("tributo de filhos"), permitia retirar a todas as
famílias cristãs uma criança do sexo masculino para fazer dela um janízaro muçulmano.
(criados para servir o sultão)
Conheci janízaros que nutriam o ódio nos corações, não pelos raptores, mas pelas próprias famílias que os haviam entregado sem luta; jamais vi muçulmanos mais fanaticamente dedicados à fé do que aqueles antigos cristãozinhos que haviam sido brutalmente forçados a uma camaradagem viril, casta, orgulhosa e rica. De espírito temperado a fogo, eram capazes de morrer pelo sultão ou de o derrubar fomentando a revolta. A força do Império estava neles; neles residia também a sua fraqueza os janízaros podiam fazer e desfazer sultões como os soldados romanos faziam com os imperadores… C. Clément. A Senhora. ASA 2002
O devshirme cria uma elite totalmente leal ao sultão. Os janíçaros recebem a última tecnologia bélica, tornam-se guerreiros terríveis com armas de tiro. Pega-se num miúdo de dez anos que é afastado da sua casa, dá-se-lhe uma nova maneira de vestir, uma nova maneira de viver, e explica-se-lhe: foi aquela pessoa (o sultão) que te deu tudo isto. Eles ficam completamente leais. E resulta. Resultou durante três séculos,
Havia os
janíçaros, ministros, funcionários do governo... Todos eles eram escravos. O
sultão estava no centro e era servido por administradores e guerreiros que eram
seus escravos. Escravos privilegiados, financeiramente e não só, mas em última
análise escravos, com o que isso implicava. Por exemplo, Solimão tinha um
ministro chamado Ibrahim, que era um amigo de infância. Ibrahim acumulou muito
poder e isso subiu-lhe à cabeça. Uma noite, depois de jantar com ele, Solimão
mandou estrangulá-lo. Podia fazê-lo porque se tratava de um escravo.
O que parece ser único da história otomana é a prática institucionalizada
de matar os irmãos para eliminar eventuais obstáculos à sucessão.
Marc David Baer “Os otomanos foram
apagados da história do Ocidente”
O Império é pérfido, Nasi! Escutai a gente que cochicha e suspira naquela concha vazia. O amo ausentou-se, foi matar, e todos os que vivem apenas em função dele, eunucos brancos ou negros, icoglãs, janízaros, cadinas e almeias, escravos e cozinheiros, palafreneiros, criados, esses não sabem mais nada da vida, a vida simplesmente... Não esqueçais o mundo onde nascestes, senhor. O Império tolera mas assassina; é liberal, mas cego.» C. Clément. A Senhora.
Errata:
Onde se lê … pode ler-se …
Sultão …. $ultão
Império …. mercado
Escravo …. feitor devotado
Janízaro ..... Eichmanito
espírito temperado a
fogo … espírito temperado a boa
remuneração
forçados a uma camaradagem orgulhosa e rica …. atraídos a campus concentracionários de
Economia financiado pela banca do $ultão
Os janíçaros recebem a última tecnologia bélica, tornam-se guerreiros terríveis com armas de tiro
bélica, …. financeira
armas de tiro … estratégias de lucro
Nota: O maior triunfo da finança foi o de conseguir transformar proletários
(e cidadãos) em consumidores, graças a publicitários mercenários, janízaros do
$ultão.
Etiquetas: economia, eichmanito, finança, janízaros, mercado, Universidade
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Prima para ampliar ainda mais |
Etiquetas: economia, riqueza, social
Homeostase mercantil
Foi a partir dos anos 80 do século passado que os nossos padrões de alimentação se começaram a alterar, "passámos de um extremo a outro".Promover o excesso |
Etiquetas: alimentação, especulação, homeostase, inflação, obesidade
Etiquetas: morte
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