alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

25.2.21

 

Miasmas

 Pandemia

O contágio tem os morcegos como fonte e os gafanhotos como veículo. 

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Explicações enviresadas

 

Covid-19. Professores podem ter papel central na transmissão nas escolas

* As explicações que, por vezes, seriam enviesadas, agora também poderão estar enviresadas. 

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24.2.21

 

Modelo de equidade


“Dez países administraram mais de 75% de todas as vacinas contra a covid-19. Guterres, The Guardian.

Ao mesmo tempo, mais de 130 países não receberam uma única dose".


* A soma das populações da China, India, UE, USA, Canadá, Brasil, Rússia e Japão é 60% da população mundial.
Um modelo de equidade.

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Portugal bipolar


19 janeiro. Portugal é o pior país do mundo em casos e mortes por milhão de habitantes.

22 Janeiro. Portugal é o pior país do mundo nas taxas de infeção e de mortalidade

25 de JaneiroCovid-19: Portugal continua a ser o país do mundo com mais novos casos e mortes.

Entretanto

17 fevereiro. "Casos positivos a nível mundial caíram 16% na última semana, diz a OMS Na Europa, a queda foi de 18%."...

E em Portugal foi de 55% (mais de metade).

22 fevereiro. Covid-19: Portugal tem o índice de contágio mais baixo da Europa

Portugal tem neste momento o valor de R(t) abaixo de 1 em todas as regiões do país e é o mais baixo da Europa.

João Abel Manta
4 março 1573. E o reitor de Coimbra escreve ao P Geral:  ... es la gente de Portugal ser demasiadamente inclinada a extremos de manera que si a de hazer penitencia de veras, a de ser demasiada, o sino, a de hacer ninguna".

Agustina Bessa Luis  O Mosteiro.

* Portugal foi sempre bipolar.  Um polo na Europa, outro na metade do Mundo que lhe coube em Tordesilhas.

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23.2.21

 

Uma amostra da pobreza em Portugal

 

O mercado garante oferta não faltará.



Os nutricionistas aconselham alternativa acessível.

Não seria melhor ir ver o que se passa 
no regime dos 2.5% dessa amostra de pobreza? 



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Uma amostra da pobreza em Portugal






1. Será possível que com 1/5 em risco de pobreza só 2.5% passem um dia sem carne ou peixe?
2. Passar um dia sem carne ou peixe será um bom índice de carência? Em Portugal, não no Burkina.
3. Passar de 2.3% para 2.5% numa amostra significará  MAIS?

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Uma amostra da pobreza em Portugal



 

                                                     
1. Será possível que com 1/5 em risco de pobreza só 4% das famílias não possam ter carro?

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21.2.21

 

Sobreviver só?

 

O coordenador do plano nacional de vacinação contra a covid-19 informou que 90% das vacinas disponíveis destinam-se agora a “salvar vidas” a pessoas com 80 ou mais anos e às com mais de 50 anos com doenças de maior risco para a covid-19 e apenas 10% a “ir reforçando a resiliência do Estado em período de pandemia”.

Sustida a violenta investida inimiga, o chefe da caravana atacada, condoído, distribuiu as escassas couraças que havia pelos mais frágeis, que haviam ficado com as crianças.

O último guerreiro e o último atacante morreram no último combate; os velhos e as crianças sobreviveram mas ficaram sós.

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18.2.21

 

Países milagre na primeira vaga

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Extratégia

 

Reunião de políticos e peritos no Infarmed.

O PR e o governo, com os partidos e outros VIP, ouvem os peritos.

Os peritos expõem os dados e cada um dá o seu parecer.

duas pessoas sérias com a mesma informação têm de concordar”.

Cavaco Silva

Havia pareceres muito diferentes e, sem consenso, houve que decidir naquelas condições.

«Se soubesses o que custa mandar, preferias toda a vida obedecer…».

Salazar

Decidiu-se sob o lema do mal menor, do menor constrangimento possível … e, obviamente, muitos ficaram insatisfeitos, ora por ser escasso ora por ser demasiado e fizeram-no saber; os media sublinharam as divergências e é assim que se forma a opinião “pública” …

Se os resultados forem bons os críticos calam-se, esperando que piorem e o povo esquece.

Se forem maus – são-no muitas vezes – os críticos recordarão que “eu bem tinha avisado.”

Novas medidas são tomadas, o que é considerada “incongruências, indecisão, mau fundamento, zig-zags…” pelos colunistas e outros feitores de opinião…. que tiveram sempre razão. E os media empolam.

Da reunião no Infarmed para organizar a luta contra a pandemia passou-se para um pandemónio num InferMed. 

Mas...

   Portugal não é caso único. Os holandeses também “se sentem traídos e ameaçados pelos senhores que governam, tanto mais que desde que a pandemia começou esses têm dado fraca conta do recado, ora hesitando nas decisões para depois se mostrarem autoritá­rios, ora impondo e contrapondo, prometendo que o lockdown quase tudo irá solucionar, para de seguida decidir que o bom caminho está no recolher obrigatório.”  Rentes de Carvalho

A Suécia e o UK também mudaram de estratégia.

Disse-se que se não ouviu “a ciência” mas " os cientistas".

Não é um processo idóneo de aconselhamento científico aquele em que, a seguir à audição individual de cientistas, pese a sua competência e capacidade em comunicar, o Presidente, o governo e os partidos políticos fazem a suas próprias sínteses, tomando-as como base legítima para tomarem as decisões que lhes competem. Mas é isto que tem acontecido.  https://www.dn.pt/opiniao/pandemia-hoje-com-o-coracao-apertado-e-a-razao-inquieta-13268306.html

Nos países em que a ciência está bem enraizada, os políticos ouvem os cientistas por mecanismos institucionais: existem conselhos colegiais para que a melhor resposta da ciência chegue a quem tem de decidir.

https://www.publico.pt/2021/02/04/opiniao/opiniao/portugal-cuidados-intensivos-1949125

Mas

a) O parecer de uma Comissão Científica Independente não evitou a acesa controvérsia entre cientistas reputados e que ainda persiste 20 anos depois.

Co-incineração e Iliteracia
J. Cavalheiro Público, 16 de Agosto de 2001

Depois da apresentação das conclusões da 1º relatório da Comissão Científica Independente (CCI), a estratégia seguida pelos detractores da co-incineração foi a de tentar desacreditar o trabalho da CCI.

Na falta de argumentos lançaram-se as mais vis suspeições quanto á idoneidade dos membros da CCI.

 

b) Nos países em que a estratégia do combate à pandemia foi da responsabilidade da Saúde – Suécia e UK – a evolução não foi exemplar.

Clama-se que o governo não promoveu um “conselho científico” de peritos que o aconselhem com o seu parecer… mas este não é o papel da DGS? 

E os que dela não fazem parte ou dela discordam nunca tiveram a iniciativa de o constituir… Preferiu cada um falar por si.

 Como é possível que “os cientistas de áreas da saúde, que os temos com méritos indiscutíveis” não tenham constituído um grupo de trabalho sem esperar pela chamado do governo (salvo a ENSP) donde pudessem emanar pareceres sensatos sólidos. Mas cada um falou para seu lado, quais estrelas mediáticas com bolas de cristal.

Já não tinha visto tanto desconcerto entre os “cientistas” desde a co-incineração em Souselas.

Apenas houve grupos constituídos “ad hoc” para manifestar a sua opinião sempre reactiva (“atrás do prejuízo”), em forma de carta aberta ao PR e ao PM, em vez de conselho oportuno (quando seria útil) e em privado.

Claro que esta partilha aberta de opiniões críticas de peritos escolhidos perante factos passados são pérolas para os media e os feitores de opinião (a pandemedia) e fermento para o descrédito dos decisores e descrença do sentimento público.

Por fim,

Quando António Costa se ligou pelo computador à reunião desta semana no Infarmed, viu-se no pior cenário político possível: a perspetiva de pelo menos mais um mês de confinamento pela frente, uma evidente demarcação dos partidos e uma vaga de críticas dos comentadores como ainda não se tinha visto (há até quem já lhe anuncie o fim político).

Costa pede consenso a cientistas e patrões

https://leitor.expresso.pt/semanario/semanario2520/html/primeiro-caderno/em-destaque/costa-pede-consenso-a-cientistas-e-patroesuando

A procura dos três consensos com os parceiros sociais, mas sobretudo com especialistas, seria uma tábua de salvação para o Governo, que tem visto acentuar-se o cerco, até científico, às decisões tomadas

A tensão entre Executivo e técnicos não é nova (o primeiro-ministro chegou a queixar-se da falta de consenso entre eles para definir medidas de restrição), mas acentuou-se após o alívio de Natal.

Nos bastidores, há membros do Governo que anotam razões de queixa: seja pelas falhas nas previsões, pois ninguém, nem Manuel Carmo Gomes, foi perentório a sugerir um fecho do país no Natal; seja porque não houve consenso entre os técnicos quando foi preciso definir se as escolas teriam de encerrar.


We made accurate guesses.

A epidemiologia é a área da Saúde pública mais próxima da meteorologia, da economia e da sociologia.

Aprendemos também que a epidemiologia é também um vício contagioso, um jogo de dados para o que basta uma calculadora.

Escolhem-se os dados, submetem-se a torturas estatísticas até que deles se extraiam resultados que “suportem” prévias convicções; um processo belief-based com chancela científica.

Cada um com sua opinião, seu parecer cientista, que “gritando espalharei por toda a parte” com a fé dos iniciados “se a tanto me ajudar, engenho e arte” contaminados pelo meme mediático. 
Não agem por dolo mas, pior, por crença; são como os cegos a descrever um elefante na alegoria indiana. É a pandemedia.

Depois de décadas a gozar com os economistas, os cientistas descobrem que, quando fazem previsões que envolvam a sociedade, mesmo que relativas a contágios de um vírus, disparatam à grande.

 E, como muitos economistas, depois de errarem continuam a defender o que defendiam antes. Luis Aguiar-Conraria

https://leitor.expresso.pt/semanario/semanario2520/html/primeiro-caderno/opiniao/farto-de-negacionistas

A fadiga pandémica turva os colunistas; mesmo os que muito aprecio estão desesperados e exigem demissão do governo.

https://www.publico.pt/2021/02/05/politica/noticia/ideia-governo-salvacao-nacional-nao-convence-iniciativa-presidencial-menos-1949273

Estamos a enlouquecer, não será de um dia para o outro. Será aquilo que os pós-modernos chamam “um processo”. Uma lenta divagação contraída pela fadiga e o tédio, confessa Clara Ferreira Alves, chocando ovos de chegalinhas revoltados. A propósito desta tragédia pandémica evoca geniais lucubrações de T. Mann em circunstâncias semelhantes e termina, cassandro que no fim deste mundo já não haverá génios como aquele: “E não haverá, na era digital, um grande romance sobre a loucura dos homens entregues aos factos.”

https://leitor.expresso.pt/semanario/semanario2520/html/revista-e/pluma-caprichosa/a-loucura-devagar

…. de xaile negro e acordes de fado.

Desaparecidos Bloom, Steiner, Strauss ou Scruton, onde estão os grandes pensadores, os grandes intelectuais do século XXI? E em Portugal, onde encontramos cabeças que nos orientem?  Adenda Fátima Bonifácio. https://www.publico.pt/2021/02/11/opiniao/opiniao/portugal-salvase-europa-salvar-eduardo-lourenco-1949567

Outra, extrapola de uma consoada onde não houve contágios e da experiência pessoal – uma amostra de n=1. (??)

Pior, em Inglaterra, acusam as autoridades de crimes contra a humanidade.

Social murder, they wrote — elected, unaccountable, and unrepentant…

BMJ 2021; 372 doi: https://doi.org/10.1136/bmj.n314

…policies that will save lives are deliberately avoided, delayed, or mishandled.

public health malpractice “to account for the administration of public health during pandemics.”In that case, public health malpractice might become a crime against humanity, for leaders who intentionally unleash an infectious disease on their citizens or foreigners. Others have argued similarly for environmental crimes.

If not murder or a crime against humanity, are we seeing involuntary manslaughter, misconduct in public office, or criminal negligence? Laws on political misconduct or negligence.

https://www.bmj.com/content/372/bmj.n314?ijkey=9a2bd23c7626e20afd5818f8354d78109cfa4f87&keytype2=tf_ipsecsha

Falar de culpa perante uma pandemia é insensato. Falar de culpa institucional misturando governos que a ignoraram com os que a enfrentaram é absurdo.

Atingiu todos os países europeus, uns mais do que outros; uns antes dos outros mas o padrão não diferiu muito.


Entretanto em Portugal - um dos países milagre da primeira vaga e o último a ser atingido pela terceira - a curva não se achata, despenha-se.

 

Dia D

Tudo estava preparado para o desembarque na Normandia. Era Junho, bom tempo que uma tempestade inesperada perturbou.

Os nazis sabiam que iria haver um desembarque mas não sabiam quando nem onde. Os aliados sabiam o onde e o quando... mas o mau tempo tudo perturbou e o quando não se podia adiar muito lua cheia e maré baixa, homens e material a postos…

Os meteorologistas dos dois lados eram competentes e estavam de acordo --- mau tempo que duraria dias mas os decisores tomaram resoluções diferentes.

Rommel, que organizara e comandava a defesa da costa francesa ocupada – a muralha do Atlântico - entendeu não ser possível o ataque inimigo naquelas condições e foi a Berlim festejar os anos da mulher.

Eisenhower (Ike), com idêntica informação, adiou o desembarque por um dia apenas esperando uma melhoria que se não verificava. 

“duas pessoas sérias com a mesma informação têm de concordar”.

Cavaco Silva

 

Até que o meteorologista chefe dos aliados previu uma aberta de horas e Ike mandou avançar.

«Se soubesses o que custa mandar, preferias toda a vida obedecer…».

Salazar

Os aliados venceram; Ike foi louvado.

Havia duas equipas de meteorologia nas forças aliadas – inglesa e americana – ambas competentes mas os pareceres eram muito diferentes; o chefe era inglês e desempatou – estava em risco o sucesso da operação.

“duas pessoas sérias com a mesma informação têm de concordar”.

Cavaco Silva

Se a invasão se tivesse dado a 5 de Julho, como insistiram os meteorologistas americanos, a invasão teria sido um desastre.

Acontece que Churchill se opunha com vigor a toda aquela estratégia – desembarcar numa costa, a mais bem protegida do mundo, preparada havia meses pela máquina de guerra prussiana dirigida por Rommel.

Era uma insensatez; tinha razão e a experiência funesta de Galípoli na I G. Guerra:

Galípoli é uma península nos Dardanelos que franceses, ingleses, neozelandeses e australianos tentaram tomar para atingir o poder turco-otomano em 1915. Um dos estrategas dessa operação fora  Churchill.

A resistência de turcos e alemães foi bem-sucedida e resultou num dos maiores massacres da I G. Guerra.

Até ao último dia tentou persuadir Ike a desistir… e a atacar pelo Sul, pelo “ventre mole da Europa”. Não conseguiu, Ike manteve a sua estratégia - era o Cmdt- chefe dos aliados e tinha o apoio de Roosevelt.

Aproveitou a única oportunidade e teve sorte…. Porque a tentou e tinha tudo bem preparado.

Não tendo convencido Ike, Churchill, o PM inglês que derrotara os nazis, foi pessoalmente encorajar as tropas à partida.

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17.2.21

 

Refluxo da vaga pandémica

 

O número de novos "Casos positivos no mundo caiu 16% na última semana, diz a OMS. Na Europa, a queda foi de 18%."...

* E em Portugal foi de 55% (mais de metade); era só fazer contas...

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16.2.21

 

A vez de vacinar os velhos


Motivados por um “imperativo ético e uma preocupação científica”, um grupo de cidadãos de grande prestígio escreveu que “o fator idade (devia ser) elemento essencial das prioridades da vacinação” numa carta que o Público divulgou apesar de dirigida ao PM e PR. https://www.publico.pt/2021/01/26/sociedade/opiniao/carta-aberta-criterios-vacinacao-prioritaria-plano-vacinacao-covid19-1947843

Não sei se ouviram a opinião dos alvos desta distinção.

Imagino um casal de velhos a comentar este critério: Ela tem quase 80 anos e ele, achacado, mais de 80, pelo que depende muito dela. Irão ao Centro de Saúde quando couber a vez ao marido mas só ele será vacinado; que lhe acontecerá se ela adoecer?

Sobreviverá mas com que qualidade de vida?

Acrescentaram-lhe anos à vida mas será viver o tempo que ainda lhe resta? Terá dado consentimento informado? Poderá ceder o lugar à mulher?

Outro casal, com semelhante diferença etária mas em que é a mulher que está doente, conversa sobre os critérios de prioridade da vacina. O marido pergunta quem ela escolheria para vacinar lá em casa havendo uma só dose disponível.                       - Tu, respondeu, generosa mas sensata. Depois, matutaram e escolheram a empregada. De que nos serve sobreviver se nos faltar quem nos ajuda?

Uma velha viúva vivia isolada na sua casa de onde raramente saía; era apoiada por jovens do SS que a visitavam diariamente. Um dia faltaram; ficaram em isolamento profilático por contacto de risco…

Depois de vacinados os médicos / enfermeiras e participantes das unidades Covid e dos lares (utentes e funcionários) creio que estes velhos escolheriam os cuidadores (informais e formais). Por cada um que se imunizasse proteger-se-iam muitos cujos apoios (e única fonte de contágio) são estes.

No fundo, transpunham para a unidade familiar o critério usado nos lares de idosos.

Estranho que as normas internacionais (que o grupo usa como padrão) privilegie a sobrevida de indivíduos isolados (profissionais de saúde e maiores de 80 anos) em detrimento das “famílias com velhos >80A”.  O grupo defende que a prioridade terá de ser conferida à vacinação dos grupos mais em risco e daqueles que os podem proteger”, mas nestes não inclui as famílias.

Tentam combater o incêndio dirigindo a água para as chamas e não para as brasas.

Claro que é mais fácil a logística em função dos indivíduos e da idade mas a facilidade será critério aceitável quando ignora a família nuclear, a unidade social?

2. O grupo é constituído por personalidade de prestígio que não terão dificuldade em se fazer ouvir no MS, na DGS e pelos seus colegas da task-force.

Presumo que o terão feito sem sucesso pelo que, em recurso, apelaram ao PM e o PR; já não compreendo que o tenham publicado.

Toda a deliberação estratégica numa situação pandémica é difícil e discutível; mediatizar uma crítica destas fragiliza ainda mais a confiança pública que consideramnecessária à eficácia de todo o processo de vacinação.”

O velho que estava feliz por finalmente haver uma vacina a que ele terá acesso em breve – a única boa notícia depois de um ano de angústia -  ficará agora na dúvida se não terá sido menosprezado.

3. Felizmente que a grande maioria é sensata; preferirão ser dos últimos a ser vacinados este mês do que os primeiros do mês que vem.

Velho com “Vício de Pensar” (de JM Ramos de Almeida)

 P.S. Afinal valeu a pena a “fuga de informação”:            Todas as pessoas com mais de 80 anos vão ser incluídas na primeira fase de vacinação

Tapemos a boca ao mundo, o velho disse:                                                  Rapaz, desce do burro, que eu monto,                                                           e vem caminhando atrás.

Curvo Semedo 

 

ANJO Que andais aqui fazendo?                                                         ALMA Faço o que vejo fazer polo mundo.

ANJO Ó Alma, is-vos perdendo! Correndo vos is meter no profundo!   Quanto caminhais avante, tanto vos tornais atrás e através.         Tomastes, ante com ante por mercante, o cossairo Satanás, porque creis

Auto da Alma.

Tapemos a boca ao mundo, disse o PM ao Tiago                                 fechemos as escolas já antes que faça nos mais estrago.

Torto Semedo 

 

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A história repete-se: a primeira vez como facto, a segunda como alegoria.

Em memória do meu amigo Ezequiel Poças Gomes, último alcaide de Porto de Mós. 

D. Fuas Roupinho e a lenda da Nazaré.

Em 1182, o alcaide de Porto de Mós perseguia um veado quando o animal se dirigiu para uma falésia não se tendo D. Fuas apercebido do precipício, devido ao nevoeiro. Quando o cavalo já com as patas da frente no ar estava prestes a cair ao mar D. Fuas Roupinho apelou à Virgem e o cavalo estacou de forma miraculosa com as patas traseiras bem firmes no solo, salvando-se a si e ao cavaleiro.

No entanto a história de D. Fuas Roupinho não termina aqui. Após a conquista de Lisboa os mouros tentaram durante vários anos a reconquista; não o conseguindo, passaram a realizar ataques (razias) nas suas redondezas.

D. Afonso Henriques tinha encarregado D. Fuas Roupinho de organizar a armada portuguesa. Foi após uma daquelas razias mouras de particular importância, sob o comando do almirante Gamimben Mardanis proveniente de Sevilha, que D. Fuas Roupinho reuniu uma armada e retaliou subindo o rio Guadalquivir até às proximidades de Sevilha e destruindo a armada muçulmana.

No ano seguinte foi a vez de Gamimben Mardanis retaliar e regressou à costa portuguesa tendo feito os habituais saques na zona de Lisboa e desembarcando em S. Martinho do Porto para atacar D. Fuas Roupinho em Porto de Mós. Bem avisado, D. Fuas reuniu homens e foi dar batalha aos mouros tendo-os derrotado e morto o almirante Gamim.

De seguida reuniu navios para dar caça aos dos mouros que entretanto fugiam para Sul. O recontro deu-se em frente ao Cabo Espichel e saldou-se com a vitória portuguesa e o apresamento de navios e homens que se renderam e foram trazidos para Lisboa.

A batalha do Cabo Espichel foi a primeira batalha naval portuguesa e D. Fuas Roupinho o nosso primeiro Almirante.

De: A História Melhor que o Mito, JP. Craveiro. Diário de Coimbra 15 Fev 2021

A história repete-se: a alegoria.

Os actuais vírus Covid são o equivalente dos mouros de há oito séculos e as vaga pandémicas o das razias que eles faziam.  O refúgio que os cristãos procuravam nos castelos equivale ao que agora se procura com o confinamento “fique em casa”.  As razias aconteciam quando os portugueses se descuidavam.


A subida do Guadalquivir para destruir a armada sarracena no seu refúgio (santuário) é o equivalente do rastreio para descobrir os nichos de fontes de contágio e evitar novas vagas.

Bem fez o rei em não deixar cair Fuas Roupinho daquela vez que ele se não terá apercebido do precipício devido ao inesperado nevoeiro; o tempo mostrou merecer o título de Almirante. 

O tempo provará se a actual ministra é uma nova contra-almirante Fuas Roupinha.


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15.2.21

 

Velocidade de vacinação Covid

 
Países escolhidos

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Vagas do tsunami

As vagas atingiram muitos países; uns mais tarde que outros.

Nós fomos os últimos... até agora.

E a queda foi bem veloz...até agora.


No fim se farão as contas.
 

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13.2.21

 

Ps!



90% emocionalmente fragilizados.
70% pensaram em desistir.
20% tiveram, pelo menos, um pensamento suicida.

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5.2.21

 

Dicionário etimológico

 

Contentores são enormes recipientes de ferro que revolucionaram a circulação de mercadorias… que contentam os consumidores.....

Por isso se tornaram um símbolo da globalização.

Sobre ... a importância dos contentores vazios”
Título de uma notícia do Público, 2/2/2021


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4.2.21

 

O argueiro

 O argueiro milesimal

“Neste momento, em cada mil vacinas que foram administradas, há uma vacina que ainda não foi clarificado como é que decorreu”. 

"... as vacinas que chegam ao país são inoculadas em menos de uma semana”.



2.2.21

 

Períodos críticos

 

JP quer demissão de Francisco Ramos e militares a coordenar vacinação

Há quem diga que não se pode mudar generais a meio de uma batalha. Chegou o momento de o Presidente da República reflectir a sério se este Governo não deve ser substituído. MST


O período critico da pandemia.


1. A evolução das epidemias segue um padrão conhecido – agravamento rápido até a um pico a que se segue uma regressão suave; a ansiedade social segue o mesmo modelo potenciado pelos media.

2. A história natural de muitas doenças agudas tem um perfil semelhante; a situação do doente ia-se agravando rapidamente até um momento em que se tudo resolvia subitamente (em crise) – numa cura rápida ou na morte; outras doenças cediam mais lentamente, em lise, dizia-se.

Naquele período crítico pouco havia a fazer; a eficácia dos medicamentos, já limitada, era nula naquela situação.

3. A evolução das batalhas é do mesmo tipo. No auge da batalha não se mudam os generais; dizia-se que a batalha de Alcácer – Quibir se perdera por uma contra-ordem (ter, ter) no momento crítico.

4. Era natural que, face ao agravamento rápido do doente na fase inicial, a família procurasse outro médico. E das duas, uma: ou o doente curava e a esse médico era atribuído o sucesso ou o doente morria … e lamentava-se não se ter mudado mais cedo.

Na próxima doença sucederia o inverso e o resultado seria o mesmo.

5. No auge da batalha de Inglaterra, Churchill manteve o comando da força aérea; apesar das críticas e da contínua destruição de Londres, a RAF ia aguentando bem – perdia menos aviões que os nazis - e a população compreendia.

Hitler acabaria por desistir; não sabia que a RAF só suportaria mais uns dias de luta…

6. O SNS é a nossa defesa; as suas UCI são a nossa RAF. Resta-nos aguentar nos abrigos, que falta pouco e as vacinas (os “americanos”) estão a chegar. 

Crise. (do grego krisis, sentença). A mudança para melhor que a certos períodos fazem as doenças agudas, esforçando-se a natureza para expelir as causas delas, por suores ou outras evacuações.

S. fig :O estado e circunstâncias arriscadas e perigosas em que alguém se acha, como os doentes nos dias críticos, em que escapa ou morre.

Diccionário Morais 1889


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Arte

Filosofeta confinada

1. Arte não é o queé o como.

Oh subalimentados do sonho
a poesia é para comer!
Natália Correia (1970)

2. A arte abstracta é o como sem o que.

É como que o OMO.


 

Medo


(Penso no que o medo vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)

O'Neil

* Penso no medo que vou ter
e tenho medo
que é justamente o que o medo é
.

HCM


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