alcatruz
Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt
27.8.11
Sociobiologia atrevida
Um exemplo para reflectir
Um modelo para ultrapassar a crise; a folha de figueira do fundo do saguão adaptou-se à pouca energia solar de que dispõe - sem reclamar, expandiu a superfície colectora e orientou-a para recolher tanto a luz directa como a reflectida.
Etiquetas: sociobiologia folha figueira energia ecologia
Il Gattopardo
(versione restaurata)
Warren Buffett como Príncipe de Salina
"Se vogliamo che tutto rimanga come è, bisogna che tutto cambi"
* Na versione restaurata, Buffett diz: "bisogna che alcuna cosa cambi".
Etiquetas: Gattopardp Salina Buffett
É este tipo de segredos que a Wiki leaks?
“Se queres um amigo em Washington, arranja um Cão de Água” português, aconselha a embaixada norte-americana em Lisboa, num telegrama de março de 2009, tornado público pela WikiLeaks.
* A vantagem do “Cão de Água” português é que se não baba.
Etiquetas: jornal Wikileaks Cão de água
26.8.11
Economia de casino
Ataque a casino no México faz pelo menos 53 mortos
* Danos colaterais da luta pelo controle da economia de casino.
Etiquetas: economia casino droga
Contra o desperdício no SNS
Há que ter em consideração as características específicas do sector da saúde. Por exemplo, nos Centros de Saúde, não é possível tomar medidas sem envolver os médicos de família prescritores, visto que as duas principais rubricas de custo - custo com prescrição de medicamentos (39%) e o custo com prescrição de análises (MCDTs) (16%) - representam 55% do custo total dos actuais Centros de Saúde (ACSS, 2010), dependem dos próprios médicos de família e não dos gestores.
Isto é, não se pode cortar de forma cega nem insensível. É fundamental envolver todas as partes e tentar evitar ao máximo que a qualidade dos cuidados de saúde se degrade.
Se esta noção for perdida, perdemo-nos todos e perdemos o melhor que o SNS tem, a universalidade.
João Rodrigues, médico de família, Lousã. Diário de Coimbra 25.8.2011
E a motivação.
Etiquetas: motivação, SNS CS médico de família
Mimo falhado
Warren Buffett invectivou o Congresso dos EUA “Stop Coddling the Super Rich”. A maioria dos jornais portugueses traduziu coddling por mimar o que permite um trocadilho significativo.
1. mimar - (mimo, carinho + -ar)
Tratar com mimo. = Acarinhar, Mimosear
2. mimar - ((mimo, representação + -ar)
Representar com mímica. (imitar, macaquear)
* O que os governos de Portugal e muitos portugueses (tuga) fizeram durante estes últimos anos foi mimar os ricos (fizeram de conta que o eram); e o resultado está á vista.
Está na hora de toda a gente fazer contas em vez de fazer de conta.
Desde há muito que os velhos avisavam; Ernâni Lopes em 22 de janeiro de 2000 dizia: "Os portugueses estão convencidos de que deixaram de ser pobres. É uma ilusão perigosa". E esclarecia: "O consumo privado é o fator de sustentação da atividade económica corrente. Agora convém que esse consumo se projete na criação de atividade económica e de emprego local, e não o estamos a fazer por insuficiência da economia. Estamos a financiar a atividade económica noutras áreas".
Responsáveis? "Alguns bancos têm o papel fundamental na geração da situação. Basta ver a publicidade, incentivando ao consumo". Ernâni Lopes Expresso 4-12-2010
Etiquetas: Tuga rico mimo Buffett
25.8.11
Talismã. F.S.A. e mais iguais nº 13
Etiquetas: mercado medicamento farmacolização talismã
Regresso à caligrafia
Escola Profissional e Tecnológica de Sicó substitui livros por "pens".
Etiquetas: livro
Duquesa de Alba casa-se aos 85 anos.
*
Tendo o Duque de Alba invadido Portugal em 1580, não imaginava que a duquesa fosse tão nova.
Etiquetas: Alba
Manifesto viciado
"Ricos de todo o mundo, impostai-vos"
Um grupo de 15 multimilionários franceses decidiu seguir o exemplo de Warren Buffett e pediu ao seu governo que lhes exija uma "contribuição especial" para a consolidação das finanças públicas. Para estas personalidades, o que está em causa é a devolução à França e à Europa de parte dos benefícios que obtiveram nos seus negócios. O que na aparência pode ser um simples gesto de generosidade, é também, como notou o cínico mas lúcido George Soros, um gesto de defesa do interesse próprio.
* Há viciados no jogo; os ricos, kilo-ricos, mega-ricos são os viciados no jogo de ganhar dinheiro que sobreviveram - os que ganharam muitas vezes e se mantêm ricos.
Tanto que, como qualquer jogador que se preza, já não acham piada a um jogo em que ganham sempre. Por isso reclamam pagar mais impostos; não por generosidade, sentimento de equidade ou por táctica oportunista. Sobretudo para, finalmente, voltarem a sentir o gozo do risco.
Pedem ao croupier que não vicie tanto a roleta.
Quando "Passos "não descarta" criar imposto especial sobre os mais ricos" usa o calão adequado ao ambiente de casino em que giram os negócios.
Etiquetas: ricos jogo manifesto imposto roleta
24.8.11
Ministério das finanças do medicamento
Segundo o documento "Auditoria ao Infarmed, um relatório do Tribunal de Contas , em 2008 o peso dos gastos em medicamentos nas despesas totais com a saúde em Portugal era de 21,8%, apenas ultrapassado pela Grécia numa comparação com outros países da OCDE. Além disso, este rácio correspondia a mais do dobro do registado em países como a Noruega e a Dinamarca e era (29%) superior à média dos países da UE (16,9%).
* Seria de esperar que os responsáveis pela política de saúde questionassem a razão de tão desproporcionado “peso dos gastos em medicamentos nas despesas totais com a saúde” em Portugal. Acontece que a “política” será outra:
2. Alterações na política do medicamento
O ministro da Saúde anunciou alterações “muito substanciais” na política do medicamento para reduzir os custos nesta área, apontando como exemplos a revisão da tabela de comparticipações e a diminuição do preço dos genéricos.
*Custos, comparticipações, preço; é o que acontece quando se entrega a “política do medicamento” a um ex- director-geral dos impostos. É o que acontece quando ninguém (médicos, administradores, directores gerais, ministros da Saúde) conseguiu evitar esta deriva da farmacolização da saúde.
Etiquetas: saúde SNS farmacolização medicamento
Facturas do que se não deve
"As facturas foram descobertas por acaso, estavam numa sala fechada...".
* Abre-se um armário, caem esqueletos; abre-se uma sala, saltam facturas...
O que é estranho é que estas facturas se referem a dívidas de factos que se não devem.
fatura (àt) (Dicionário PRIBERAM)
fatura (latim factura, -ae, obra, formação) s. f.
1. Conta das mercadorias que se entregam e das despesas acessórias.
2. Acto. Ato ou maneira de fazer algo. = FEITURA
3. Espécie de rede de pescar.
♦ Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: fatura
Etiquetas: Factura dívida
23.8.11
Um em cada sete portugueses não consegue pagar dívidas
Entre o primeiro e o segundo trimestre do ano, 14,3% dos particulares não conseguiram pagar as dívidas. A maior dificuldade é o crédito ao consumo.
* A notícia daria para fazer chacota se não fosse trágica; "entre o primeiro e o segundo trimestre do ano" cai no primeiro de Abril.
Etiquetas: dívidas jornal
Malhas que o mercado tece
Escândalo de trabalho escravo no Brasil envolve marcas de roupa famosas
A conhecida marca Zara, bem como as
Billabong, Ecko, Gregory, Brooksfield, Cobra d'Água e Tyrol, estão envolvidas num escândalo no Brasil, depois de se saber que estas marcas compravam peças de vestuário a fabricantes que recorriam a mão-de-obra escrava no interior de São Paulo.
China: Produtos tóxicos no vestuário de 14 grandes marcas.
Vestígios de substâncias químicas tóxicas foram detetados em produtos de catorze grandes fabricantes de vestuário, anunciou a Greenpeace. Entre as marcas em causa figuram a Adidas, a Uniqlo, a Calvin Klein, a Li Ning, a H&M, a Abercrombie & Fitch, a Lacoste, a Converse e a Ralph Lauren.
Etiquetas: mercado
Memorial do Gulag de Mafra

Etiquetas: Mafra Memorial Gulag
22.8.11
O resto volta-se contra si.
Valerá a pena?
Etiquetas: mercado banca
O silêncio português sobre a Líbia
... não sabemos o valor dos bens líbios congelado
s.
* Um dedo líbio em lábios lusos
Um dedo tíbio em lábios líbios
Um dedo luso em sábios usos
Etiquetas: silêncio
A selva
Indispensável ler Daniel Oliveira; ler e discutir – quando se concorda e quando se não mas, sobretudo, olhar com atenção os argumentos; é o caso do artigo de hoje. O raciocínio é lógico e plausível mas há um “E por isso” cuja relação não está demonstrada, o que contamina toda a sequência; associação não implica causalidade.
Socorro-me, mais uma vez, de "O espírito da igualdade" (Editorial Presença) para fazer um brevíssimo retrato do Reino Unido.
Apesar de ter um rendimento per capita muitíssimo confortável, o fosso entre os rendimentos dos dez por cento mais ricos e dos dez por cento mais pobres é dos maiores da Europa - entre os países europeus estudados, só Portugal é pior.
E por isso tem dos piores índices sociais e de saúde. Tem os piores indicadores de bem-estar das crianças. É o pior em doenças mentais, no consumo de droga e na gravidez adolescente. Tem o maior índice de conflitos entre jovens. Tem a maior percentagem de presos. E tem dado fundamental para aquilo a que estamos a assistir, das mais baixas taxas de mobilidade social. O fosso entre ricos e pobres acentuou-se muito na década de 80, durante o mandato de Margaret Thatcher, atingiu o ponto mais alto em 1992 e ficou 40% mais alto do que em 1970. Daniel Oliveira.
Etiquetas: causa associação
A força centrífuga
Nouriel Roubini ao "Wall Street Journal": Ao mesmo tempo que chamava a atenção para o processo em curso de autodestruição do capitalismo, o economista que 'previu' a crise do subprime, sublinhava que estamos a assistir a uma redistribuição maciça do trabalho para o capital, dos salários para os lucros, o que tem gerado aumento das desigualdade de rendimentos. Pedro Adão e Silva (www.expresso.pt)
* É o que seria de esperar num modelo de sistema centrífugo; um sistema que idolatra o dinheiro e só considera o trabalho como fonte geradora de dinheiro e quando, pela acumulação excessiva o dinheiro esgota o seu valor de troca transmuta-o em valor em si – um feitiço. Não admira que este sistema de valores centrifugue o trabalho (e o lixo) para a periferia – tanto mais quanto menos qualificado na geração de dinheiro (menos remunerado) – ficando no centro do vórtice o capital financeiro das bolsas que tive a menor massa física (m) – fictício, naked, vazio.
Tal como a força centrífuga, a do capitalismo desaparece se o sistema deixar de girar ou se girar muito depressa - desaparece na voragem que desencadeou – o buraco negro.
A força centrífuga consiste numa força aparente (de inércia) que se manifesta nos corpos em rotação e cujo efeito é o afastamento dos corpos do centro de rotação....., dando origem a uma aceleração que pode ser interpretada como uma força de inércia que o empurra para fora. O seu valor é: Fc = mw2r, onde m é a massa do corpo, w a velocidade angular e r o raio do movimento.
Etiquetas: capitalismo centrífuga
21.8.11
Da Madeira ao Porto Santo a pé
"Madeira necessita urgentemente de liquidez"
Uma maré baixa gigante é prenúncio de tsunami .
Praia do Zavial evacuada devido à presença de tubarões
A Praia do Zavial é a mais próxima da Madeira.
Etiquetas: Madeira tsunami défice tubarões
Sociobiologia atrevida
Metástases
Dezanove dos vinte grupos que constituem o principal índice da bolsa lisboeta têm, no total, 74 sociedades com sedes em países que oferecem vantagens fiscais em relação a Portugal ou são paraísos fiscais. ... não deixa de impressionar e de obrigar a reflectir sobre as razões de uma opção em que a Holanda, Luxemburgo e Irlanda se destacam como destinos para a indústria e serviços nacionais, enquanto os bancos demonstram preferir paraísos fiscais, sobretudo as ilhas Caimão.
* É outro dos muitos argumentos para o paradigma canceroso do sistema financeiro que nos atingiu; também algumas células cancerosas metastisam predominantemente o fígado, outras o pulmão ou a medula óssea.
Etiquetas: finanças sociobiologia cancro metástases
20.8.11
Discriminação positiva no acesso à Universidade?
* Um quarto (24,3%) da população portuguesa estaria em risco de pobreza se não existissem apoios sociais estatais; já depois da intervenção de apoios estatais, esse risco passou para 17,9% . INE, Eurostat 2009
Etiquetas: Universidade social
Tragédia antiga
Pena máxima por um ordenado mínimo
Suicidou-se o alegado autor de um desvio de 600 euros.
Etiquetas: suicídio
19.8.11
Bento XVI cruza Porta de Alcalá.
Modo cruzado de dizer que o papa entrou pela Porta de Alcalá (cidadela em árabe).
Adenda: Em Portugal isso não seria notícia; S.Bento tem sempre a Porta Aberta.
Etiquetas: Papa cruzado Alcalá árabe
Não havia necessidade
1. Ao que um príncipe se obriga para se não ajoelhar.
2. Só dois calçam sapatos vermelhos; Papa ataca os que se crêem deuses, indicando ser importante não sucumbir a estas tentações.
Etiquetas: Para deus ajoelhar
Espécies em vias de extinção
Etiquetas: espécies protegidas ecologia
Artista português passa três dias numa gaiola com
sete galinhas
Notícia seria uma galinha passar três dias num andar com sete artistas portugueses.
Notícia seria um artista português passar três dias um aviário;
Notícia seria um artista português passar três dias e pernoitar três vezes num aviário; portugueses (e outros) que passam muitos dias em aviários, só saindo à noite, há muitos.
O projecto, explicou fonte do certame, pretende "assumir uma vivência com uma realidade precária"; esta experiência "de uma dissolução da dicotomia entre a natureza e a cultura, a natureza e o homem", há muito está feita, sem “apoio médico se for necessário”. Bastaria analisá-la.
O circo está aberto entre hoje e domingo durante a 16 ª edição da Bienal de Cerveira; há churrasqueiras no recinto.
Nota: uma gaiola com galinhas é um galinheiro. Cerveira é outra coisa.
Etiquetas: artistas galinha Cerveira aviário
Crónicas da Papua 1
O Carlos da história de Estarreja de ontem foi para Timor onde esteve sete anos em cooperação; depois, “senti-me “perigosamente confortável” devido às fortes relações que estabeleci e às ligações históricas e culturais...” pelo que emigrou para a Papua/Nova Guiné (PNG).
“Timor-Leste faz parte da minha história e, espero, que eu tenha contribuído um bocadito para a história de Timor. Foi muito bom para mim e família viver em Timor mas, profissionalmente, precisava de sair de lá.
Em “Desenvolvimento” é importante ser-se “independente” e livre de preconceitos...
Ironicamente, o meu primeiro amigo Papuense, motorista, ensinou-me que um português chamado Jorge de Menezes passou pela sua aldeia, no século XVI...”
* Para um português que havia decidido mudar de Timor por “ali se sentir “perigosamente confortável” devido às fortes relações que estabeleci e às ligações históricas e culturais”, deve ter sentido um calafrio ao saber que também ali se não livrava das “ligações históricas e culturais”.
Da Papua Nova Guiné, confesso que quando cheguei cá, há um ano, estava (e ainda estou) completamente ignorante sobre a sua História...
Quando chegámos, pela primeira vez em Julho de 2010, no meio do ano lectivo austral reparámos que não havia lugares no autocarro da escola para as nossas filhas - a escola está situada em dois locais, a 7 km de distância...
Com os conselhos iniciais e os constrangimentos da segurança - ... não andar a pé pela cidade e nunca usar transportes públicos– a logística não foi simples pelo fomos à procura de um motorista.
O Anthony, “tio” da nossa vizinha, foi-nos recomendado por ela: “...ele teve um passado complicado, mas hoje é um bom homem, religioso activo, adventista...”.
Graças à pontualidade e profissionalismo do Anthony tudo funcionou muito bem.
Ficamos a saber conhecer o melhor o passado do Anthony: veio cedo para a capital e que se tornou num jovem rebelde, fez muitas asneiras, foi detido, julgado e foi parar à prisão. Ele disse-nos que “foi homem mau...”. Um dos grupos missionários que tinha actividades na prisão, converteu-o e, a partir daí, passou os restantes dias a ler muito e a dedicar-se actividades religiosas ajudando outros criminosos na sua reintegração, trabalho que continua a fazer...
* Mais uma vez o Carlos se vê guiado por protestantes: para a pesca em Estarreja, para o trabalho na Papua.
Quando soube que éramos portugueses, Anthony disse-nos que um português chamado Jorge de Menezes passou pela sua aldeia no século XVI. Disse-nos que ele parou o seu barco na Nova Guiné (norte da Papua/Nova Guiné) durante a época das chuvas, período de 4 meses em que não era aconselhável navegar nestes mares... Enquanto esperava pelo melhor tempo para continuar a sua viagem, Menezes decidiu ir com a sua tripulação até ao interior. Passou então pela aldeia dos antepassados de Anthony. O pessoal da aldeia viu o primeiro homem branco (europeu) e, um deles correu para o Jorge que, prontamente, lhe deu um tiro com uma arma e matou-o...
* Percebo bem o que o Carlos terá sentido quando ouviu essa história: “Só espero que o problema tenha sido resolvido nessa altura e que não tenham subsistido ressentimentos, registou”. Imagino o que o Anthony terá sentido: “Um português! Será dos antigos? O melhor será não me aproximar demasiado depressa”. Ainda não sabia que o Carlos preferia a pesca à caça.
Anthony disse-nos que esta história é conhecida dos “antigos” do seu clã e que sempre o fascinou. Durante o tempo na prisão, pediu ajuda a uns missionários ingleses para que o ajudassem a saber mais sobre esta história e leu dois livros com referências a Jorge de Menezes e outros europeus.
Papua Nova-Guiné é a terceira maior ilha do planeta e foi descoberta pelo português Jorge de Menezes em 1526, que lhe terá dado
o nome de Ilhas dos Papuas (que deriva da palavra malaia papuwah, que quer dizer “cabelos enrolados”). Notem como, em cinco séculos, os cabelos se desenrolaram. (foto)
Saber mais em: a), b), c).
* É útil recordar que este incidente se deu seis anos depois de Fernão de Magalhães ter sido morto por um “indígena” nas circunstâncias que se conhecem.
O Carlos, meu primo, promete continuar a mandar crónicas destas; chamar-lhe-ei “Crónicas da Papua”.
Etiquetas: Papua Menezes
Saias e vestidos compridos
* A moda a estimular a indústria têxtil.
Etiquetas: moda têxtil
18.8.11
A nova bandeira da UE
Sarkozy declarou que a limitação da dívida pública era a "regra de ouro" de todos os países do Euro. Nesse sentido, comprometeu-se a seguir o bom exemplo da Lei Fundamental alemã e inserir essa norma na Constituição da República francesa. Mais, anunciou que a França e a Alemanha propunham aos seus parceiros do Euro que fizessem o mesmo nos próximos meses.
Etiquetas: Europa défice constituição
O arquipélago de pedra
Jacques Delors: Moeda única e Europa estão "à beira do precipício".
George Soros: "A Europa e o euro correm perigo"
O financeiro americano de origem húngara, George Soros afirma que "é necessário dar à zona euro uma legitimidade política", no sentido de uma governação económica europeia.
"Quando Joana Carda riscou o chão com a vara de negrilho, todos os cães de Cerbère começaram a ladrar, lançando em pânico e terror os habitantes, pois desde os tempos mais antigos se acreditava que, ladrando ali animais caninos que sempre tinham sido mudos, estaria o mundo universal próximo de extinguir-se."
"A primeira fenda apareceu numa grande laje natural, lisa como a mesa dos ventos..."
"Em Paris (um francês de origem húngara) riram-se muito das súplicas do maire ..."
José Saramago, Jangada de Pedra.
Etiquetas: europa jangada Saramago
Sempre houve paraíso; passei lá belos dias quando era pequeno.
A Vitória está de férias em Estarreja e apareceu lá em casa para nos visitare mostrar o DN de 1 de Agosto que o irmão tinha feito questão emcomprar quando viu o seu amigo Carlos na primeira página anunciada na TV.Tivemos o nosso bate-papo (algumas horas) do costume. Na conversa ela contou-me esta história: Quando tinha 6 ou 7 anos tinha poucas crianças com quem brincar. Os irmãos eram rapazes e suficientemente mais velhos para não gostarem muito debrincar com ela. No verão costumavam ir para a casa em frente da dela uns "meninos da cidade" (dois meninos e duas meninas) quase da idade dela (nasceu em Março de 1968).
O portão da casa da frente estava sempre aberto e ela via-os a brincar no quintal. Então, sentava-se numa reentrância que o muro dela tinha e ficava a vê-los brincar. Passava lá horas ! ... E os meninos riam e corriam e gritavam e ... até tinham bicicleta!!! Um dia, estava ela em casa a ajudar a mãe, bateram ao portão da casadela. Foram ver; era a “Sr.ª D. Isabel” (nossa tia-avó madrinha) que pediu para falar com a mãe dela - pediu-lhe que deixasse a filha ir brincar com os meninos da casa da frente! Como era a Sr.ª D. Isabel a pedir a mãe não teve coragem de dizer que não. ... E foi pela mão da Sr.ª D. Isabel que ela atravessou a rua e foi brincar com os "meninos da cidade". Passou a ir quase todos os dias e só depois é que os irmãos começaram a ir também. Um dos irmãos da Vitória, o Adílio, tornou-se um grande amigo do Carlos. Foram e, quando as circunstâncias o permitem, ainda são bons companheiros de pesca. Acontece que os pais da Vitória eram protestantes (uma estranheza, na época); a “Sr.ª D. Isabel”, católica, conhecia este facto e sabia que, por isso, aquelas crianças estavam muito isoladas. (História contada pela Conceição).
* Assim se compreende melhor a história; era a crença que impedia o convívio que não a classe. A Quinta “do Ti
o Licínio” é outro dos meus paraísos na Terra; uma quinta murada, casa nobre com bela capela privativa dedicada a Nª Srª da Conceição, com portão armoriado, sempre aberto, cuja jardim de prolongava pelo prado onde pastavam vacas. Se bem me recordo, naquele tempo, aquela casa não tinha portas nem lugar certo à mesa. Entrava-se pela cozinha, uma sala enorme com uma grande mesa que me parecia sempre posta; ali almoçavam – não me lembro do jantar – os donos da casa – o tio Licínio (Licínio Elísio de Abreu Freire, médico e ainda primo do Prof. “Egas Moniz”) e a sua mulher – a tia Genita -, o irmão padre (o “tio Reitor”) e uma irmã (Ana Rosa, a governanta da quinta) e todos os criados da lavoura.
Só um cisma religioso poderia explicar o apartheid da Vitória, com relutância de parte a parte, que a tia Isabel, outra nossa rainha santa, resolveu; mais outro dos seus muitos milagres que só nós conhecemos.
Etiquetas: Paraíso Estarreja erva
17.8.11
Multiculturalidade.
Uma referência descritiva;outra é a prescritiva,
Também o multiculturalismo, vem em dois sabores principais.
A um deles chamarei "compartimental"; é vincadamente conservador.
Outro é o multiculturalismo a que chamarei "extenso", e que é essencialmente cosmopolita.
*Vamos a exemplos; onde se enquadra a comunidade cigana?
Etiquetas: multiculturalidade cigano
Merkel, Sarkozy e os mercados
Pressionados pelos mercados e pelos números decepcionantes de crescimento económico, os líderes da França e da Alemanha ... concordaram em apresentar uma proposta de "verdadeiro governo económico" da EU.
Mercados estão descontentes com reunião.
O velho, o rapaz e o burro
Partia um velho campónio
/ Do seu monte ao povoado,
Levava um neto que tinha /No seu burrinho montado:
Encontra uns homens que dizem: "Olha aquela que tal é
Montado o rapaz que é forte, /E o velho trôpego a pé."
...
Por mais qu'a gente se mate /Nunca tapa a boca ao mundo.
Rapaz, vamos como dantes, / Sirvam-nos estas lições;
É mais que tolo quem dá /Ao mundo satisfações."
Curvo Semedo
Etiquetas: mercado euro
Sempre há paraíso; passei por lá há dias. 5
No regresso, entre Louriçal e Soure, outra surpresa sublime: um belo milharal com as “bandeiras” cortadas, ostenta espigas descamisadas, ainda com barba.
As pesadas espigas, inclinadas ora
para a direita ora para a esquerda, recordam o momento da Festa dos Tabuleiros em que, simultaneamente, todos se erguem à terceira ba
dalada do sin
o (foto da Mena);
também aqui, uns se inclinam para um lado, outros para o outro, até que todos se mantêm direitos, prontos para o desfile da saída.
Etiquetas: Tabuleiros Milho Paraíso
Saúde pública, 123 anos depois
"Num país em que a ocupação geral é estar doente...”
Eça de Queiroz. Os Maias (1888).
800 baixas médicas por dia num só mês
Em Junho deste ano, mais de 117 mil trabalhadores encontravam-se em situação de baixa.
* É o que acontece quando se leva a sério a utopia da OMS (1945): “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social ...”
Etiquetas: saúde
16.8.11
Fado Deng Xiaoping
"China, por favor abranda. Não vás tão depressa e não deixes as almas das pessoas para trás", foi o desabafo em directo de Qiu Qiming, pivot da televisão estatal. (2011)
Fado Rezende
Ao morrer, os olhos dizem:
- «Pára Morte, espera aí!
Vida não vás tão depressa
Que eu inda te não vivi...»
E a Vida vai-se e a Morte
É que responde em vez dela:
- «Mas que culpa tem a vida
De que não saibam vivê-la?»
Coimbra; ca. 1912-1913
Etiquetas: Fado China Coimbra Morte Vida
Sempre há paraíso.4; vim de lá há dias.
Era à beira-mar, numa praia modesta, irrepreensivelmente limpa, da costa ocidental, de bandeira azul mas com bandeira vermelha, que o paraíso também está sujeita a marés vivas. Na calçada à beira-mar, uma data - 1937.
A tarde estava soberba, sem vento nem calor; para compensar a proibição de mergulhos, o mar criou um como que regato na areia, paralelo à praia, que as ondas iam mantendo cheio e corrido; uma maravilha para a miudagem que se regalava com esta alternativa ao mar agitado, apesar da água fria. Todos se molhavam até à barriga, muitos tentavam nadar, alguns conseguiam mesmo mergulhar em “vagas” de um palmo; uma festa para todos mais ou menos atrevidos.
No dia seguinte, a cena repetiu-se; já com algum vento, um rapazito mantinha um “papagaio” lá no alto, quieto
com cerca de 50 metros de guita (agora nylon).
Ainda persiste a arte da xávega; vi dois barcos mas as fotos são de há 16 anos. Não sei se os banhistas ainda ajudam a puxar as redes ou se os tractores justificaram a dispensa.
Lamento não ter visto a saída dos barcos, mas o sol só abriu tarde. 
A saída dos barcos evoca a pega de toiros - os pescadores como forcados; o mar como toiro, só não encontro equivalente para o barco, o que desvaloriza a imagem; talvez o forcão da extrema-Beira.
Ao almoço, sardinhas frescas bem assadas prenunciavam o milagre do dia seguinte – peixe "ao sal” no restaurante do Sr. Victor; era um robalo, pescado à linha nessa manhã, nas rochas xistosas (Pedrógão) da praia. O robalo fora cozinhado numa espessa crosta de sal, qual sarcófago aberto no acto de trinchar, com a solenidade que a liturgia desse acto singular exige. Como numa intervenção cirúrgica, vem um instrumentista dispor os talheres de que se servirá o Sr. Victor, apressado e de poucas falas como habitual.
O resultado é surpreendente; o peixe muito bem preparado com um teor de sal adequado. Servido com legumes exemplarmente cozidos, é um manjar de deuses, com prémio da “Panela ao Lume” de Torgal ; só servido de encomenda e para clientes escolhidos.
Etiquetas: Paraíso Pedrógão xávega peixe ao sal
15.8.11
Sempre há paraíso; passei por lá há dias. 3
Era véspera da festa anual do Louriçal (de Nª Srª da Bo
a Morte – só João V se lembraria de celebrar a boa morte a 15 de Agosto).
Na zona das visitas do convento duas noviças vendiam doces conventuais. Surpreende que o site seja .com; esperava que fosse .céu que os “biscoitos de canela” eram
divinais.
Etiquetas: Paraíso Louriçal biscoito
Sempre há paraíso; passei por lá há dias. 2.
Convento do Louriçal; o ambiente é surpreendente; custa a crer que haja este mundo.
A decoração é barroca e excessiva; os azulejos são historiados com cenas da vida de S. Francisco e de Soror Maria do Lado, onde figuras de petizes e de cães esque
léticos dão uma nota de realismo profano.
Curiosa a imagem da fundadora, Soror Maria do Lado (do lado?), cuja história desconheço mas imagino a partir do que os azulejos sugerem.
(prima para conferir)
Etiquetas: paraíso Louriçal Lado
Sempre há paraíso; passei por lá há dias. 1.
No regresso da praia do Pedrógão, pinhal fora, pela nova Estrada Atlântica ladeada por uma bela ciclovia acabada de inaugurar, chega-se facilmente ao Louriçal.
No Convento a porta da igreja do cenóbio está sempre encostada – as freiras de clausura revezam-se em permanente oração; há anos, uma de cada vez mantinha-se imóvel sob um manto azul claro, separada do espaço comum por uma bela grade de f
erro forjado.
Agora, a liturgia mudou; entra-se e ouve-se música sacra acompanhando as rezas de freiras que mal se vêem dos dois lados do altar.
O ambiente é surpreendente; custa a crer que haja este mundo.
A pia de água benta da entrada, ago
ra vazia por razões bacteriologicamente correctas, merece reparo pelo entalhe semicircular que facilitava o acesso.
Etiquetas: Paraíso Louriçal
14.8.11
Arte efémera
Ruas ornamentadas 9
Be
leza efémera e eterna.
............................................................................................................Foto do Óscar
Etiquetas: tabuleiros ruas arte
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