alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

31.7.08

 
Feira em Penafiel
Tenda: pão, rosca,vinho, pipa, pipo.

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Feira em Penafiel
Cavalos

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Feira em Penafiel
Cavalo e cigano

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28.7.08

 
Carreira N 18
... um eléctrico que aconteceu passar.

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... uma velhinha que aconteceu pas­sar

A voz de Iluminata, ao dar estas ordens, era branda, embora dominiosa, e as suas pes­tanas longas deixavam cair mais nostalgia dos olhos pretos do que um entardecer de Maio.

Sen­tada num almadraque de frouxel, Iluminata cantou, e a sua garganta modulava de tal sorte que o mundo todo, seres e coisas, uma velhinha que aconteceu pas­sar, as nuvens que o vento empurrava, pareciam sus­pensos a ouvir. Calava-se e nos ouvidos e nos reque­bros do ar permanecia por muito tempo a cascata da doce melodia.
Aquilino Ribeiro. S. Banaboião, anacoreta e mártir. Bertrand Lisboa 1964

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27.7.08

 
O silêncio e a aura terminal

Antigamente engana­vam-se os doentes e diziam-lhes que es­tavam óptimos quando estavam para morrer. Agora dizem-lhes a doença que têm, o tratamento a fazer e o núme­ro de meses que têm pela frente. Eu não sou capaz de fazer doutra forma. Manuela Ferreira Leite. Expresso 27-7-2008
* Entre duas caricaturas simplistas, MFL diz não ser capaz de fazer doutra forma. Quebrou o silêncio e a aura.
Ao escolher o modelo médico deveria ter tido cuidado em evitar modas e reter a estratégia fundamental - qualquer intervenção tem a sua oportunidade. É o que distingue o médico experiente.

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Inocência

E apesar de garantida a sua inocência nunca serão inocentes... Daniel Oliveira. Expresso 27-7-2008
Alguém poderá “garantir”?

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26.7.08

 
Com o Tribunal Universitário Judicial Europeu
regressa a liturgia à profanada capela da Trindade em Coimbra

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Tribunais de comarca nas Universidades,
Tribunal Universitário Judicial Europeu na de Coimbra.

No antigo Colégio da Trindade - um tribunal colectivo mas a sentença será una.

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Tribunais de comarca instalados nas Universidades.

*Antes tribunais na Universidade que Universidades no tribunal

 
Evolução semântica em 75 anos
Economia em 2008.


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Evolução semântica em 75 anos

Em 1933, ensinava-se a jantar por 3 escudos (0.015€).
Mas a Vida Económica já morava na Rua da Era.
VIDA ECONÓMICA
3ª edição 1933
Emprêsa Literária Universal
15 - Rua da Era – 17 Lisboa

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25.7.08

 

Sombra amarela

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Sociobiologia atrevida

Excessive NO production” como modelo biológico da “inovação financeira”
Mas já é consensual que se levou a desregulamentação longe de mais, que a supervisão não existiu onde devia estar atenta e que a chamada “inovação financeira” – que permitiu que um simples crédito hipotecário fosse vendido sucessivamente de mão em mão, gerando um fluxo financeiro centenas de vezes superior ao activo, a casa que lhe servia de garantia original – não pode ser deixada à solta. Paulo Ferreira. Público 24-7-2008
.
... failure of neutrophils to migrate to an infection focus during severe sepsis is associated with excessive NO production.

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Sobrevida

A esperança média de vida dos doentes de sida aumentou 13 anos na última década.
Os gelos do Árctico com petróleo suficiente para satisfazer a procura mundial durante três anos. Público 25-7-2008
*Importa avaliar a qualidade dessa sobrevida.

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Se cá nevasse praticava-se cá ski

Depoimentos de 1200 casais residentes em Portugal (25 - 45 anos) sobre equipamentos ao ar livre para exercício físico e actividades em família nas suas cidades. Todas as avaliações responsabilizam as autarquias.
Dos entrevistados, 83% garantem que se tivessem um espaço por perto tenderiam a praticar mais actividades de ar livre.
Com a amostra a incluir pais e mães, há uma percentagem que refere a necessidade de criar parques infantis.

* Garantem que... tenderiam ...
Uma percentagem ...
Todas as avaliações responsabilizam as autarquias.

Eis o tipo de “estudo” redundante -- demonstrou o óbvio. O critério jornalístico é equivalente e a redacção é tão murcha quanto o inquérito e o critério. Salvam-se os comentários.

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24.7.08

 
CPLP
P de petróleo

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Viver a prazo; pagar a horas.

O tribunal decidiu manter Esmeralda à guarda dos pais afectivos. Provisoriamente.
Luís Gomes vai ter que pagar 32 mil euros de indemnização que foi condenado a pagar a Baltazar Nunes.

* Um homem e uma mulher decidiram jogar na lotaria. O homem desapareceu e a mulher ficou sozinha com o bilhete. Veio a saber, sozinha, que lhe coubera o prémio; o prémio era uma boneca viva. Como a mãe a não podia criar, entregou-a a um casal que a afilhou.
Mais tarde, o jogador consorte foi informado do que acontecera ao bilhete para que havia contribuído e veio reclamar a sua parte.
A posse da boneca ainda está em tribunal mas este já condenou quem, há seis anos, a menina chama pais, a pagar 32 mil euros de indemnização ao jogador consorte -- os juros do património que o casal usufrui há seis anos.("que a vitimizou ao longo dos anos", disse José Luís Martins, advogado de Baltazar Nunes.)

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Contra a produção supérflua

E se, em vez de dizermos que gastamos acima das nossas posses, sublinhássemos antes que produzimos abaixo das nossas capacidades? Contra o pensamento ocioso
Produzir para quê? essa é a questão básica. Há que “colocar os interesses da economia real acima dos interesses da finança». E os interesses da cada consumidor esclarecido acima dos da economia real.

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A palha
bio-isolante, bio-condutor, bio-memória.

Como seria de esperar de um constituintes das paredes celulares das plantas, a celulose é um bom isolante térmico—os chapéus de palha protegem da irradiação solar; no Inverno, os ciclistas protegiam-se do vento frio com jornais ao peito.
Uma simples folha de papel, que serve de suporte físico do raciocínio e da comunicação escrita, serve agora de suporte físico de um transístor.
As cartas são feitas de papel; para que não guardem memória, rasgamo-las e deitamo-las fora depois de lidas. Por isso se diz que os transístores de papel são descartáveis – para usar e deitar fora, como as cartas depois delidas. Mas, como se vê, nem a palha convém deitar fora.

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23.7.08

 

A escada

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Carências artificiais 2
Factos e crenças


Continuo a analisar a tese da falta de médicos em Portugal:
3. Não é por acaso que em Portugal, apesar do menor poder de compra comparado, os preços dos serviços de saúde privados, a começar nas consultas, são mais elevados do que em vários outros países mais ricos. A explicação está principalmente na escassez da oferta e na míngua de concorrência. Vital Moreira. Público 15.07.2008 (ainda sem hiperligação)

* Mudamos agora para a clínica privada cujos preços elevados preocupam quem a eles tem de ou quer recorrer. Para VM, a escassez da oferta e a míngua de concorrência na medicina privada seria uma razão para aumentar o numerus clausus.
Vejamos os factos: Enquanto no interior do país a taxa de cobertura (de médicos de família nos Centros de Saúde) é total, ou é muito baixa a percentagem de utentes sem médico assistente, na Sub-Região de Saúde de Setúbal, Porto e Lisboa, 26,7%, 14,2% e 13 % das pessoas inscritas não dispõem de médico de família. (Instituto de Gestão Informática e Financeira de Dezembro de 2005).
É na região de Lisboa que há mais médicos e mais consultas por habitante (INE "Um retrato territorial de Portugal") e onde mais faltam clínicos gerais no SNS («Compreender os recursos humanos do Serviço Nacional de Saúde» Instituto Nacional de Administração).
Numa região cujo rendimento per capita é dos maiores da Ibéria, não é de esperar que os médicos optem pelos consultórios privados (com preços 30% superiores aos europeus -- OECD Economic Surveys, Portugal 1998) abandonando os Centros de Saúde?
Um dos objectivos do SNS -- a distribuição equitativa dos cuidados de saúde -- convive mal com o mercado. Temo que este possa ser o resultado dum aumento do número de médicos – continuarem mal distribuídos.
Não creio que a inflação de licenciados em Direito tenha feito baixar os preços da Justiça ou da advocacia; o que realmente desencadeou foi a “formação”, que o bastoná­rio da Ordem dos Advogados apelidou “cancro» da instituição e que o Conselho Distrital de Coimbra da Ordem justifica: «A formação surgiu (...) como meio de dotar os jovens advoga­dos das mesmas qualificações técnicas de outros profissionais do foro, numa altura em que qual­quer licenciado em Direito acedia à Ordem”. Diário de Coimbra 17-7-2008

4....com níveis de produtividade e de eficiência em muitos casos bem abaixo dos melhores exemplos . Vital Moreira. Público 15.07.2008 (ainda sem hiperligação)
* Agora que entramos em terrenos sólidos, baseemo-nos em pareceres insuspeitos: A OCDE atribuiu a baixa produtividade dos serviços de saúde portugueses, à má gestão dos recursos e à falta de autonomia e de responsabilização dos profissionais. OECD Economic Surveys, Portugal 1998.
A OCDE atribuiu responsabilidades à gestão dos Serviços; nunca falou de falta de médicos.

5. Todavia, nada autoriza o Estado a vedar o acesso a esses cursos (Medicina) a quem tenha condições para o fazer ...Não se compreende a espécie de tabu, ou simples preconceito, que existe entre nós contra a admissão de cursos privados de Medicina. É certo que há alguns anos uma comissão ad hoc reprovou todas as candidaturas então existentes, por alegada falta de qualidade. No entanto, independentemente de saber se não foi utilizada uma grelha demasiado exigente...
Não há nenhuma razão para pensar que não existe uma única instituição privada em condições de criar e sustentar um curso decente de Medicina.
Vital Moreira. Público 15.07.2008 (ainda sem hiperligação)
* À insinuação de que a comissão ad hoc reprovou todas as candidaturas então existentes por alegada falta de qualidade... ou por ter sido utilizada uma grelha demasiado exigente... que responda a Comissão. Ou quem conheça o processo. Não há nenhuma razão para pensar que sim.

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Nova lei da adopção

...o tempo de espera dos candidatos a pais é, em média, quatro a cinco anos desde o início do processo.
Apesar de haver mais candidatos que crianças "há centenas de miúdos disponíveis que não encontram pais, por serem mais velhos... " que o desejado pela maioria dos candidatos.

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"Façam melhor!"

... para que nas reuniões de trabalho entre Estados-membros não tenhamos novamente de ouvir nenhum colega de outro país dizer com alguma arrogância, mas muita razão à mistura: "Do better!" Luís Faria. Público 23.07.2008
* Da próxima vez, perguntem-lhes qual é a mortalidade infantil ou perinatal do seu país.

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Roubo no tempo de trabalho

Os roubos nos supermercados e hipermercados em Portugal estão a aumentar; os furtos "são cometidos em partes iguais, por trabalhadores e por consumidores". Público 23-7-2008

*A tentação é proporcional ao tempo de exposição; razão para reduzir o horário dos trabalhadores.

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Quem sabe fazer, faz; quem não sabe, explica

Pessoas que falharam reciclarem-se em especialistas é uma especialidade nacional. Ferreira Fernandes

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O sms contra o Acordo Ortográfico

... se está perante um verdadeiro crime contra a língua portuguesa.A sociedade civil não pode cruzar os braços. Tem de insistir no seu protesto. Tem de começar a enviar sms para todos os lados, dizendo que o Acordo Ortográfico é uma vergonha nacional. Vasco Graça Moura. NÃO!

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Ciganos, pretos, crianças enjeitadas et al.

O Estado que trata de igual forma ciganos, pretos e crianças enjeitadas, independentemente da origem, cor ou etnia, não pode ser considerado racista.

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Asilos e bairros sociais

1. Aparato que visa "protegê-los" como se fossem menores.
Já muita gente perguntou se essa "integração", ao cultivar a dependência do Estado, não acaba por prender famílias e indivíduos no gueto e na marginalidade donde é de esperar estarem a ser resgatadas. Mas os procuradores do Estado Social recusam qualquer alternativa que exija esforço e responsabilidade pessoal aos "seus" pobres. Convém-lhes mantê-los com o estatuto de puras "vítimas", sem culpa nem consciência. É assim mais fácil ... justificar o aparato que visa "protegê-los" como se fossem menores. Rui Ramos. Público 23.07.2008
2. O projecto de vida definido pelo Estado.
O tempo de espera dos candidatos a pais é, em média, quatro a cinco anos desde o início do processo. Para a deputada socialista Maria José Gamboa, "continua a perder-se muito tempo na definição do projecto de vida da criança". Ou seja, há muitas crianças asiladas que não podem voltar para a família mas que não estão disponíveis para adopção porque o seu projecto de vida não é definido pelo tribunal.
3. Entretanto,
num jardim de Loures (asilos), uma meia centena de famílias (dez mil crianças) espera que o Estado, que as tem por conta, resolva o que vai ser a vida delas. Rui Ramos. Público 23.07.2008

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22.7.08

 
Carências artificiais
Factos e crenças

1. Vital Moreira volta ao tema da alegada carência de médicos:
Parece provado que o SNS padece de escassez de médicos em diversas áreas...
... há que desconfiar da dimensão da escassez, tal como é apresentada. Os rácios de médicos no SNS são comparativamente razoáveis...
a história da escassez de médicos, embora real, é propositadamente exagerada em alguns casos, nem sempre sem segundas intenções.

Quanto ao real défice de médicos, estamos a pagar há vários anos a malvada contingentação das vagas nos cursos de Medicina nos anos 80 e 90, que ministros e universidades irresponsavelmente conceberam e executaram. Público 15.07.2008
No entanto, VM rematava, há dias, que “a história da falta de médicos no SNS é muito exagerada, para dizer o menos."

* Tentando concluir algo deste emaranhado de adjectivadas afirmações não fundamentadas e contraditórias:
a) As carências são artificiais, tal como o título indica.
b) “A contingentação” não foi malfadada;
c) Não foi irresponsavelmente que os ministros e universidades a conceberam e executaram;
d) Se alguma coisa estamos a pagar é o juro do exagero que em alguns casos, alguns propositadamente apregoaram nem sempre sem segundas intenções. Também aqui “chegou a altura de os feitores de opinião pagarem pelo crédito que, consecutivamente, têm pedido ao leitor”.


2. VM continua:
... as vagas continuam a ser comprovadamente insuficientes para as futuras necessidades do sector.
Apesar da evidência funesta da contingentação artificial dos cursos médicos e afins, há quem continue a defendê-la, aliás, sempre os mesmos. Público 15.07.2008

* Apesar da contingentação ter sido já absolvida, é de novo acusada de artificial e funesta: as vagas que, afinal, haviam sido suficientes, são agora acusadas de serem comprovadamente insuficientes para as futuras necessidades do sector.
Não sei em que dados se baseia VM para tão catastrofista previsão que os dados e o parecer de peritos contradizem: O numerus clausus que foi de 735 em 2000 e de 1175 em 2004 o que, segundo Alberto Amaral, bastará para evitar a anunciada diminuição do número de médicos. “As vagas dos cursos de Medicina deverão ser revistos a partir de 2011 para evitar que no futuro haja demasiados médicos”. Plano Estratégico para a Formação nas Áreas da Saúde. 2001.
Sempre os mesmos” incluirá também Alberto Amaral, ex-Reitor da UP, do Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior?
Um pouco mais de rigor, sff
Cont.


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Facilitismo subliminar

Para quê maçar-me a estudar se, para "ganhar fantásticas ofertas" que o mercado apregoa, basta reponder a perguntas destas?

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Os ET do Mar Vermelho estão a “agitar a comunidade científica mundial”.

Os cientistas recolheram organismos do fundo das fossas pelágicas do Mar Vermelho, a 1 500 metros de profundidade, onde não há luz nem oxigénio.
Um dos micróbios é designado por E.T. (Haloplasma contractile); apresenta uma “morfologia estranhíssima e diferente de tudo o que é conhecido”:“os tentáculos encolhem e estendem-se, mexem-se de forma estranha” o que está a “agitar a comunidade científica mundial”.

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Portugal acima das suas possibilidades

Apesar do pessimismo dos portugueses e de ser mais caro, o crédito ao consumo aumenta a mais de 10% ao ano. O enorme endividamento das famílias, das empresas, dos bancos e do Estado leva o FMI a dizer o óbvio: "Portugal vive acima das suas possibilidades há muitos anos." Sarsfield Cabral. Público 21.07.2008.

*Há muitos anos que os portuguesitos também nascem acima das possibilidades do país, mercê do SNS.

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Tremendo SNS
.
Apesar dos índices de saúde das crianças portuguesas serem excelentes, continuam a melhorar de ano para ano. Estes dados referem-se a todos os portuguesitos; a todos – brancos, negros, loiros e mulatos, vivam no interior ou no litoral, nas aldeias ou nas cidades, em condomínios fechados ou nas Quintas das Fontes. De famílias portuguesas de há séculos – ciganas ou não – ou filhos de emigrantes de primeira ou segunda geração, africanas, asiáticas ou leste-europeias.
Todos estes novos portugueses foram muito bem recebidos; dificilmente poderiam ter sido melhor. Não apenas como cidadãos com direitos iguais mas olhando às suas necessidades individuais – discriminando positivamente os que mais precisavam – todos os que nasceram muito antes do tempo, p.ex. Apenas aqueles que disso precisavam -- tendo em conta as suas famílias e a sua etnia, mas por esta ordem. Interessado no bem estar desse novo primito, sem complexos de culpa colectiva.
O SNS poderia e deveria ser muito melhor; com o que gasta poderia ter resultados muito melhores em todos os campos. No que se refere aos cuidados aos mais pequenitos que mais precisam, dificilmente poderia ser feito melhor.
Se o SNS, com todos os seus defeitos, continua a ser o melhor serviço público português, os cuidados aos pequenitos continuam a ser a jóia da coroa do SNS.
Estes resultados não dependem apenas de mais recursos; é na zona Centro que os valores da mortalidade infantil são melhores.
É um enorme orgulho ter pertencido à geração que edificou o SNS em Portugal.

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21.7.08

 
Ciganos e filhos de emigrantes africanos
A causa e a culpa; explicar e justificar, factos e crenças.


1... que as segundas e tercei­ras gerações de imigrantes ... tendem a devolver em ressentimento o desrespeito com que a sociedade tratou os seus pais e os seus avós. Daniel Oliveira. Expresso 19-7-2008
2. Há quem se adapte a uma posição de dependência e adopte uma postura de permanente reivindicação face ao Estado. É verdade.
Mas de onde vem essa atitude? Não terá nada a ver com a falta de oportunidades, sentidas como verdadeiras alternativas, de inserção via trabalho - um trabalho que seja digno, minimamente estável e economicamente viável?
Carla Machado. Público 21.07.2008

3. “Os filhos dos imigrantes africanos têm tantas dificuldades em sair deste ciclo como qualquer outro jovem na mesma situação". Aquele cenário não é muito diferente do que pode ser encontrado numa família portuguesa de classe social igualmente desfavorecida.
"Há sempre um factor que pode ter peso e que é o da discriminação racial, mas é uma minoria (31%) que diz haver racismo no local de trabalho". Uma percentagem que aumenta para 70% quando se trata de procurar um emprego.

Em consequência da sua condição social, e não do facto de serem filhos de imigrantes africanos, "aqueles jovens mudam com mais frequência de emprego, têm uma maior precariedade laboral e são mais atingidos pelo desemprego". "Filhos de imigrantes africanos: acessos, perfis e trajectos", Fernando Luís Machado, Migrações 2008

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Ciganos e filhos de emigrantes africanos
A causa e a culpa; explicar e justificar, factos e crenças.


... este multisse­cular percurso de construção da privacidade e da sua dialéctica com a sociabilidade, o paralelo ca­minho do alargamento da interde­pendência do que é social e colec­tivo com o pessoal e individual.
A conclusão mais importante a retirar desse percurso é que, sen­do indiscutível que a necessida­de gregária antecede a progres­siva individualização, esta jamais elimina aquela, pelo contrá­rio: a afirmação individual da idade moderna vai requerendo e tornando mais complexa e exi­gente a complexa teia de facto­res sociais indispensáveis à vida, e que vão desde a progressiva so­fisticação da pura unidade pes­soal e domiciliária à estrutura económica ou tecnológica de tu­do quanto nos rodeia
.
Ruben de Carvalho. Expresso 19-7-2008

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Ciganos e filhos de emigrantes africanos
A causa e a culpa; explicar e justificar, factos e crenças politicamente correctas

... o politicamente correcto é um racismo cor-de-rosa. Isto porque os negros e os ciganos são tratados como crianças em ponto grande; crianças que nunca são responsabilizadas pelos seus actos. Balas esvoaçaram no meio da rua, mas a culpa é da Câmara de Loures!
Este pa­ternalismo que infantiliza o 'outro' só pode ser descrito com uma palavra: ra­cismo. O politicamente correcto veste uma fatiota cor-de-rosa, mas não deixa de ser racista.
... defen­der a tolerância implica tratar as pes­soas como indivíduos - passíveis de serem responsabilizados - e não co­mo índios a viver na impunidade de uma reserva cultural.
Henrique Raposo. Expresso 19-7-2008

A dita­dura do politicamente incorrecto que, recentemente se abateu sobre o debate político tem uma lei sagrada: explicar é justificar; como não se pode explicar, não se pode compreender. Como não se pode compreender, não se pode pre­venir ou resolver.
Daniel Oliveira. Expresso 19-7-2008

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Ciganos e filhos de emigrantes africanos
A causa e a culpa; explicar e justificar, factos e crenças.


Os multiculturalistas consideram que a comunidade é mais importante do que liberdade de escolha do indivíduo. Ora, os indivíduos não merecem a opressão do hifen multiculturalista: uma criança é uma criança, e não uma criança-cigana. Na verdade, a nova esquerda multiculturalista é tão reaccionária como a velha direita nacionalista. O multiculturalismo é uma espécie de nacionalismo regurgi­tado para as minorias. Henrique Raposo. Expresso 19-7-2008

Uma democracia liberal é habitada por indivíduos e não por comunidades.
Henrique Raposo. Expresso 19-7-2008
.
* O problema é que 0 indivíduo humano sem comunidade não existe, é uma abstracção; pode ser que, à nascença, um ciganito ainda o não seja, mas bastam dois ou três anos para que já o seja. Não se nasce cigano (ou mulher); vai-se fazendo e torna-se cigano (ou mulher).
O que assemelha aguardente a cognac é um mero soluto alcoólico; é a essência que os distingue. Tal como a lágrima e o ser humano, definem-se pela essência, aquilo que os distingue do banal menor múltiplo comum.

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Ciganos e filhos de emigrantes africanos
A causa e a culpa; explicar e justificar, factos e crenças.
.
O estilo de vida dos ciganos foi destruído pelas novas reali­dades económicas e que eles ficaram sem lugar numa terra que é também sua e que há cinco séculos os trata com desconfiança. Daniel Oliveira. Expresso 19-7-2008

* O estilo de vida dos ciganos foi sempre o de negociar de feira em feira; de cavalos e burros mais ou menos mascarados (em Inglaterra negoceiam carros) para roupa e CDs mais ou menos contrafeitos. Além de outras mercadorias proibidas e traficadas às claras. Em que é que as “novas reali­dades económicas destruíram” o “estilo de vida dos ciganos”?

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20.7.08

 
Valores com largos intervalos de desconfiança
.
1. (O FMI) adiantou outros valores que assustam mesmo os que têm nervos de aço. A situação é grave, muito garve. Luis Marques. Expresso 19-7-2008.
2. Por outras palavras: o cenário é negro. Mas no meio da escuridão, há algumas luzes que brilham. E não convém ignorá-las, sob pena de desesperarmos. Nicolau Santos. Expresso 19-7-2008
3. Dito isto, o abrandamento económico está já a arrefecer os preços do crude e, na Europa, a inflação voltará aos 2% nos próximos 18 meses, com a correspondente descida das taxas de juro. Por outras palavras, em 2010 volta a bonança. Nicolau Santos. Expresso 19-7-2008

4. A única função das previsões económicas é fazer a astrologia parecer respeitável. J K Galbright. Expresso 19-7-2008

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Os novos pobres

1. Pedem esmola por 'e-mail'
São pessoas que viveram durante algum tempo acima das suas possibilidades, se endividaram em grande escala e estão agora aflitas com a subida das taxas de juro, do preço dos combustíveis e do custo dos alimentos. Isabel Jonett responsável pela Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
"Não estamos a falar de idosos, dos típicos desempregados, mas de pessoas com menos de 40 ou 45 anos que se calhar não deixam de pagar a netcabo nem desmarcam as férias na agência de viagens mas passam fome". Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas.

2. Cerca de 38% dos funcionários da Câmara de Sintra têm o vencimento par­cialmente penhorado por incumprimento fiscal (dívidas ao Estado) e execução judicial (falta de pagamento de créditos à habitação e consumo e da prestação alimentar para os filhos). Expresso 19-7-2008
3. 35% dos pobres são pessoas que trabalham (Bruto da Costa) mas que se sentem incapazes de
satisfazer de forma regular todas as necessidades básicas, assim consideradas numa sociedade como a nossa” ou “não ter recursos para participar nos hábitos e costumes da sociedade”.

* Os funcionários da Câmara de Sintra farão parte desses pobres que trabalham; “viveram acima das suas possibilidades, endividaram-se em grande escala e estão agora aflitas” tanto que não pagam impostos nem créditos à habitação e consumo nem prestação alimentar para os filhos ... mas “que se calhar não deixam de pagar a netcabo nem desmarcam as férias na agência de viagens”.
É o que alegam as famílias ciganas da Quinta da Fonte que há meses não pagam renda: "Deixámos de pagar em protesto porque as casas não prestam, as paredes são de pladur e estão a cair, as portas da rua não são seguras e a câmara não arranja nada. No dia em que fizerem obras, pagamos as rendas todas."

*Na verdade, com tal carestia como é possível arranjar 4€ (quatro euros) para pagar a renda mensal quanto mais consertar as casas que a Câmara lhes cedeu?
Toda a gente sabe que "As facturas que alguns clientes não pagam são sempre pagas pelos bem-comportados. Sempre foi assim." Paulo Ferreira. Público 20.07.2008. Não há razão para que os ciganos sejam discriminados.

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A pior alternativa salvo todas as outras

... absolutamente legítimo e inquestionável, a possibilidade de os casais homosexuais terem mais ou menos os mesmos direitos do que os outros casais. ... (mas) ... há um direito que eu sei que eles não devem ter: o de adoptar crianças.
De resto, a discriminação que sofreria uma criança entregue a um casal homosexual é, a meu entender, muito mais condenável do que
...
H. Monteiro. Expresso 19-7-2008
* O problema é que a alternativa não parece melhor: uma criança/jovem que permanece num asilo, anos a fio, não estará e se sentirá terrivelmente discriminada? A discriminação que efectivamente sofre por estar asilada será menor do que a “que sofreria” por ser adoptada por um casal homosexual?

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18.7.08

 
Genérico sem autorização

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) vai instaurar um processo à RTP, bem como à Generis Farmacêutica, por causa da inclusão de um patrocínio no final do programa "As escolhas de Marcelo".
Marcelo Rebelo de Sousa já esclareceu que desconhecia que o programa fosse patrocinado, pelo que estaria "melindrado" com a RTP.
A ERC alega não fazer sentido esta distinção pois o conceito é idêntico.

* Se Marcelo desconhecia, tem razão para ficar melindrado; apesar de se tratar de um genérico -- um produto idêntico --, só poderá ser fornecido com autorização do médico.

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Estilos de Vida

Impacto da obesidade em Portugal
Se tivesse que fazer alguma coisa contra a sua obesidade o que é que não estaria disposto a fazer?
Para 1/6 (16,8%) dos inquiridos, a principal resposta foi ... tudo, menos deixar de comer doces.
A seguir na lista de sacrifícios estaria o ter que fazer mais actividade física - 12%.
Público 17.07.2008

* Se tivesse que deixar de fazer alguma coisa para impedir uma gravidez indesejada...

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O tremendo SNS

Em Portugal, a sobrevivência ao cancro está a níveis europeus. The Lancet Oncology.
... Quando tanta coisa que parecia sagrada ou eterna se dispersa e dissolve no mar revolto que é o Mundo de hoje, faz bem atentar no valor de uma instituição que não atraiçoa o seu espírito nem se afasta da missão que lhe foi confiada.
Salazar, 1948.

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respigo

Vã cobiça
O Velho do Restelo devia ser o nosso exemplo e paradigma, ele que foi sendo injustiçado durante séculos como o símbolo da descrença e do desânimo, quando não era mais do que uma voz sensata e equilibrada, a avisar que não vale a pena fugir à realidade, mas antes tentar mudá-la, aqui. José Miguel Júdice. Público 18.07.2008

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Mete água à menor agitação da ria
.
"A deterioração do ambiente económico global está a limitar a retoma portuguesa, mas os problemas fundamentais da economia são domésticos: défice externo e público elevados, endividamento muito alto das famílias, empresas e Estado e uma muito menor competitividade". FMI. Público 18-7-2008

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O impulso do lacrau

Os bancos endividados emprestam dinheiro para gastos supérfluos a portugueses insolventes.
É da natureza dos bancos, independentemente da dos banqueiros.

 
a febre do crédito ao consumo

Os portugueses não estão a comprar mais casas porque não podem. Os portugueses continuam alegremente a comprar mais carros, férias, iPhones e plasmas porque ainda lhes emprestam dinheiro.

* Os portugueses estão consumados (≈ viciados, drogados)
- Os portugueses?
- Alguns portugueses.
- Quais? E porquê?

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17.7.08

 
Energia bioquímica

Coimbra prepara-se para o futuro com o ciclo de Krebs.

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Energia eólica

Coimbra prepara-se para o futuro com a barca serrana.

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No prego

Em 2009, os agentes económicos portugueses - bancos, famílias, empresas, Estado - vão pedir emprestado ao exterior o equivalente a 11% do que vamos produzir.
Esta é a medida da nossa crise estrutural e dos nossos excessos do passado recente: de cada 100 euros que hoje gastamos só conseguimos pagar 89. O resto é obtido a crédito. Paulo Ferreira. Público 17.07.2008

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Festas

Para a Expo 98. Ciganos e africanos
Construído há 14 anos para realojar no máximo 130 famílias, a Quinta da Fonte acolhe mais de 500 famílias oriundas de bairros de barracas. O realojamento foi feito de forma atabalhoada ignorando as preferências dos novos moradores.
No bairro não existem creches nem centros de Actividades de Tempos Livres; é na rua que os mais novos passam o tempo enquanto os pais estão a trabalhar.

Para um festival de rock. Outros portugueses
Um grupo de imigrantes portugueses foi atraído a um trabalho temporário de limpeza num festival de rock na Irlanda, e confrontado com condições desumanas, incluindo dormir num estábulo para cavalos em sistema de "cama quente", sem comida digna desse nome.

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Fundação Saramago na Casa dos Bicos

Muito adequada para a obra de Saramago. O magnífico primeiro piso que resistiu ao terramoto e a discutível obra posterior.

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Fundação Saramago na Casa dos Bicos

Muito adequada Casa para Saramago. Bicos para uns; diamantes para outros.

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16.7.08

 
Gastaram tudo em álcool

Estado vai apoiar cura de alcoólicos no privado.
Os alcoólicos que necessitem de tratamentos prolongados passarão a ter o acesso mais facilitado a comunidades terapêuticas privadas, graças à possibilidade agora aberta de o SNS estabelecer convenções com unidades do sector privado para esse fim.
Governo recusa assumir erros dos médicos e das enfermeiras
A tutela garante que, em caso de haver lugar a indemnizações por erros clínicos, é a instituição hospitalar que assume a responsabilidade. Mas ... "Sempre que seja provada culpa do agente, que pode passar pela negligência grosseira, este tem de compensar a unidade".
* O que se poupa no seguro do risco vai-se a tratar o vício.

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Prémio Centro Genética Clínica 2008

1º Prémio. Dr.ª Letícia Ribeiro e Dr.ª Celeste Bento - Departamento de Hematologia do Centro Hospitalar de Coimbra.
2º Prémio. Dr.ª Susana Maia-Lopes, Dr. Eduardo Silva e Dr. Miguel Castelo-Branco - Serviço de Oftalmologia do HUC e do IBILI (Coimbra)
3º Prémio. Dr.ª Fátima Vaz e Dr.ª Patrícia Machado - Centro de Investigação em Patobiologia Molecular do IPO de Lisboa.
www.cgcgenetics.com

* Parabéns a todos; um abraço especial ao Gabriel Tamagnini que revolucionou a Hematologia em Coimbra e outro à Letícia, que mantém a aceleração tranquila.

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Portugal deve

Portugal, endividado face ao estrangeiro vai registar, durante este ano e o próximo, taxas de crescimento próximas de 1%.No entanto, é o facto de o país estar tão endividado face ao estrangeiro e as famílias e empresas portuguesas face aos bancos que faz com que a economia continue a ser tão afectada pela difícil conjuntura externa e a crescer menos que os seus parceiros europeus.

Segundo o Banco de Portugal, o défice externo português deverá superar os 10% do PIB, algo que nunca aconteceu desde 1995. Em particular, o défice da balança de rendimentos vai chegar aos 6,5 % do PIB, o valor mais alto de sempre é um sinal claro de que chegou a altura de os portugueses pagarem pelo crédito que vêm pedindo ao estrangeiro.
Assim, não é de espantar que as famílias e as empresas se vejam forçadas a travar o consumo.
Sérgio Aníbal. Público 16.07.2008

Previsões surpreendentes
* Apesar de endividado como nunca, Portugal irá crescer cerca de 1%, apesar da tremenda crise económica mundial; uma agradável surpresa.

Como era de esperar, chegou a altura de os portugueses começarem a pagar o crédito que vinham pedindo ao estrangeiro; não é de espantar que as famílias e as empresas se vejam forçadas a travar o consumo.
Só é pena que as famílias e as empresas que se endividaram para além do razoável, só forçadas travem o consumo insensato. E se lamentem por isso.

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o Estado deve

tirar aos ricos para dar aos pobres para que estes paguem as dívidas...Fernando Madrinha
intervir sob o ponto de vista da "regulação e da regulamentação"
corrigir esta situação. O presidente da Confecoop
conceder apoios financeiros aos donos
dos prédios devolutos para a realização de obras...
preocupar-se especialmente com
a classe média e os mais pobres
garantir a igualdade de oportunidades e corrigir as desigualdades social gritantes. JPP
injectar capital.
determinar um preço máximo .
desempenhar...
financiar os cuidados de saúde...
dinheiro a quase todas as Câmaras...

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Zé do Telhado

Constâncio aconselha a tirar a ricos para dar aos pobres.

 
Opção nuclear

A política energética terá de ser discutida de novo, "incluindo a opção nuclear".Vítor Constâncio.
* Constâncio foi mal interpretado; quando falou em opção nuclear não se referia ao núcleo do átomo mas ao núcleo do problema – o esbanjamento e a ineficiência da utilização.
Calcula-se que poderíamos reduzir em cerca de 40% a nossa factura petrolífera se conseguíssemos ter uma eficiência energética semelhante à dos países europeus de referência. É, assim, imperativo... aumentar drasticamente a eficácia com que utilizamos a energia. F. Sarsfield Cabral Público. 07.07.2008

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15.7.08

 
A causa e a culpa

"Trinta e cinco por cento dos pobres são pessoas que trabalham", afirmou Alfredo Bruto da Costa.
Questionado sobre se considera que o Estado é "conivente" com
a pobreza, o presidente do Conselho Económico e Social considerou que "o grande conivente para com a pobreza é a sociedade".
"Cada um participa nessa conivência à sua maneira", sublinhou, considerando que as medidas que o Estado pode tomar para fazer face a situações de emergência são "medidas de redistribuição".

*O Estado pode não ser conivente com a pobreza mas a LUSA é conivente com a pobreza de isenção desta pergunta do/a jornalista.

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A polémica capa da New Yorker mostra
que se deve defender sempre a liberdade de expressão e o direito à sátira, mesmo a de mau gosto, e lembra-nos que os cidadãos não têm de ser tratados como tolos.
José Manuel Fernandes. Público 15.07.2008.

A Capa mostra mas o Público online comentou mas não mostrou; os cidadãos não têm de ser tratados como tolos

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Sociobiologia atrevida

O moliço no belíssimo Parque Verde de Coimbra.
Com a tranquilidade da água e a abundância de adubo, o Mondego imita a Ria de Aveiro.
É ao superavit de adubo que se atribui a eutrofização — o crescimento desmedido do moliço que asfixia a lagoa das Sete Cidades.
É também “Nesta vida de pouca actividade e abundante fécula...” (Aquilino Ribeiro) que medra – eutrófico - o “mau colesterol” que leva ao enfarte do miocárdio.
Pela amostra, o moliço do Parque Verde melhor deveria chamar-se molixo, o mau moliço.

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Sociobiologia atrevida

A febre do trânsito

Paludismo, febre dos pântanos (pauis), malária.
Um dos aspectos principais da virulência de P. falciparum é que ele consegue operar uma remodelação radical dos glóbulos vermelhos que parasita. Antes de mais, torna-os mais rígidos, dificultando a circulação sanguínea. Mas não se fica por aí: uma vez dentro destas células, fabrica umas moléculas pegajosas que fazem com que os glóbulos vermelhos adiram à parede interna dos vasos sanguíneos, como se fossem autênticas bolinhas de velcro. Este fenómeno é responsável por uma série de graves complicações associadas à malária, como tromboses e hemorragias - e talvez ainda pela forma cerebral da malária, que pode ser mortal em poucos dias, se não for tratada. Público 15.07.2008.

* O que o Plasmodium faz aos glóbulos vermelhos, fazemos nós com os automóveis. Com tantos a circular, congestionamos o trânsito; estacionados no passeio ou em fila dupla (como se fossem bolinhas de velcro), impedimo-lo – as tromboses.
* Tal como o paludismo é a febre dos pântanos (pauis), o trânsito é a malária (mala aria) das cidades; a alta do preço do petróleo é a vacina contra esta endemia.

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14.7.08

 
A bolsa e a vida

Foi assim que chegaram à China; foi assim que lá ficaram cinco séculos.

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A bolsa e a vida

Bolsa. O investidor português tem iliteracia financeira e comportamentos de risco.
Um terço dos portugueses que investe na Bolsa é reformado ou desempregado, só tem a 4ª classe ou menos e admite que tem pouco conhecimento sobre a bolsa. "São dados que preocupam. (...) Se os investidores particulares (...) reconhecem possuir conhecimentos insuficientes (...), não se percebe porque investem em produtos de maior complexidade", conclui, surpreendida, a CMVM no Relatório Anual de 2007.

Euromilhões
Os portugueses são os europeus que, per capita, mais apostam no Euromilhões.

Peregrinação
* Era assim que embarcavam para a Índia sem saber nadar ou navegar. É assim que arriscam a vida na estrada, à mesa, ao balcão, na cama, na roleta russa.
Oxalá cheguem, regressem, ganhem, acertem, descubram, se safem.

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Saúde 24 com 125 mil horas de atendimento

Os casos pediátricos continuam a representar metade das chamadas para a Saúde 24, cujo director se orgulha de ter evitado a presença desnecessária de milhares de utentes nas urgências hospitalares. LUSA. Público 14.07.2008
* Uma vez mais a Saúde 24 anuncia resultados que não prova -- redução do número de urgências hospitalares; a LUSA também aceita sem questionar - serve apenas de microfone. Por sua vez o Público titula com o número de horas de atendimento...

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Mudança de rumo
.
(Atitude da Ministra da Saúde) emblemática da mudança de rumo que também está determinada em imprimir na política para o sector: Se tiver um acidente grave, a senhora deputada vai a um hospital privado? Eu não.
O fim do encerramento das
urgências hospitalares é paradigmático: só prosseguirá quando estiverem garantidas no terreno alternativas à população.

*Um facto incontroverso e uma medida óbvia; se é isto uma mudança de rumo, ainda bem que aconteceu.

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13.7.08

 
Processo de intenções

Vital Moreira desde há muito vem criticando severamente o numerus clausus em Medicina que diz ser “ditada por um propósito expresso de malthusianismo profissional, para assegurar o lugar e as altas remunerações dos médicos existentes.”
O número de médicos portugueses tem sido, até há pouco, equivalente ao da média europeia; onde sempre houve uma enorme carência foi de clínicos gerais/médicos de família (um para cada três médicos hospitalares quando a relação desejável seria a inversa).
Acontece que a atribuição de vagas para as especialidades médicas é da exclusiva responsabilidade do Ministério da Saúde, tal como o numerus clausus o tem sido dos Ministérios da Educação/Ensino Superior. Se os responsáveis pelas estratégias ministeriais – políticos, juristas, universitários, gestores, economistas - se demitiram das suas funções, é a eles que há que pedir responsabilidades do que se classifica de “criminosa política”.
Se a razão desta distorção ou desta carência fosse uma “manobra malthusiana para evitar a concorrência”(As Coutadas Profissionais, Público 19 de Janeiro 1999 ou 2000) seria de esperar que ele fosse mais acentuada nos lugares de topo; se o modelo fosse o da luta pela sobrevivência dos mais aptos, seria de esperar que se procurasse diminuir o número dos candidatos à posição alfa da alcateia. Acontece que o excesso de médicos hospitalares se deve precisamente ao pedido insistente dos directores de Serviços hospitalares à abertura de mais vagas nas suas especialidades, o que implicará a médio prazo, mais concorrentes especializados, jovens e bem preparados, no mesmo “nicho de mercado”; mais consultórios para uma clientela que não é elástica, justamente o oposto da tese que VM defende. Dr. Maquiavel não trocaria um benefício imediato por uma ameaça crescente a médio prazo. Entretanto a situação atenuou-se mas a inversão persiste *.
Também se Vital Moreira tivesse razão, seria de esperar que as Faculdades de Medicina tendessem a manter reduzido o número de docentes. Quem vê na vida uma selva onde há que "lutar pela sobrevivência" sabe que o risco de competição advém dos "mais aptos".
Acontece que o número de docentes da Faculdade de Medicina de Coimbra era (dados de 2000) quase três vezes (2.8) superior aquela onde Vital Moreira é Professor e que tem um número de alunos muito superior.
O processo de intenção é um perigo mesmo quando manuseado por quem de direito.
"Grande parte do País está gravemente carenciado" ..de médicos... " pelo menos na medicina privada, essas carências só serão colmatadas se se verificar uma saturação dos grandes centros. É o que se está á verificar, por exemplo, com a cobertura do território por advogados" escreveu há anos (As Coutadas Profissionais) apelando a um aumento de vagas para estudantes de Medicina.
Teria sido utilíssimo que Vital Moreira, com a sua autoridade e perspicácia, tivesse ajudado a corrigir anomalias do SNS, sem desvirtuar o seu espírito.
É claro que o SNS tem muitos defeitos: os cuidados de saúde não são eficientes nem distribuídos com equidade. Infelizmente o mesmo se poderá dizer dos outros serviços públicos; não creio que a Justiça portuguesa, apesar da "cobertura do território por advogados", seja um modelo a apresentar. Não creio que para colmatar a falta de areia das praias seja sensato despejá-la a jorros na Serra de Estrela.
Os médicos, a Ordem, o SNS e as Faculdades de Medicina têm muitos defeitos que merecem críticas certeiras o que não foi o caso; nada pior para uma boa causa que um argumento enviesado.
Declaração de interesses: sou médico sem consultório, amigo de Vital Moreira e fui Professor da Faculdade de Medicina de Coimbra.

*
Em 2008, 25% das vagas para especialidades foram atribuídas à Clínica Geral; em 2005 eram 15%.
* "Nos outros países, as vagas são pensadas a dez anos, de acordo com a demografia médica e as necessidades das populações"... "...em Portugal, esta decisão vai sendo feita ao sabor das carências do momento e da capacidade de lobby de algumas especialidades". Rui Guimarães, do Conselho Nacional do Médico Interno. Público 12.12.2007

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Horta urbana
Arregaça, Coimbra


O preço deste feijão e desta couve é independente do do petróleo.

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Refluxo

A Steiff, que fabrica ursinhos de peluche, fez regressar a Portugal parte da produção deslocalizada para a China, devido ao aumento do preço do petróleo.

A Steiff também acha que não vale a pena ter ido ... à China.
Alvaro de Campos, Opiário, 1915

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Respigo
A República Popular do Consumo

A casa tem 105 metros quadrados, mas o pequeno Wang Zhe, apesar do seu curto ano e meio, tem brinquedos suficientes para cobrir o chão todo. No tempo do pai não era assim. Mas agora a família ganha o suficiente para ter comprado um apartamento, um carro e satisfazer os desejos do seu único filho. A mãe "Está sempre a comprar-lhe roupa."
A classe média chinesa - entre 100 e 150 milhões de pessoas - é uma novidade com uma década, o tempo de várias mudanças na China que no Ocidente levaram 50 anos. Francisca Gorjão Henriques, em Pequim. Público 13.07.2008
*É o fim da árvore das patacas e o começo da República dos Filhos Únicos Mimados.

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Um carente da Quinta da Fonte

"São pessoas com carências sociais e económicas", muitas no desemprego ou a viver do Rendimento Mínimo Garantido. Público 13.07.2008.

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