Sociobiologia atrevida
O tratamento duma queimadura – por fogo ou por cáusticos
– é sempre delicado. Outrora tentava-se tratar uma queimadura por um ácido (pH
baixo) com produtos alcalinos (pH alto), segundo o paradigma químico da
neutralização. Resultado: à cáustica lesão ácida juntava-se a lesão alcalina –
uma dupla lesão.
É o que agora acontece na tentativa de combater o
racismo com o anti-racismo.
Sabe-se hoje que, nas queimaduras graves, a água
corrente durante 20 minutos diminui a necessidade de enxerto.
Etiquetas: racismo
Políticos foram apanhados em estudo sobre a mentira
Uma “grande e significativa” proporção de políticos espanhóis mentiu.(PNAS)
Mantra (do sânscrito Man, mente e Tra, controle ou proteção), significando "instrumento para conduzir a mente"
Etiquetas: mentira
Estamos a viver um momento em que as economias afundam e as bolsas regozijam.
* Os fidalgos cativos, enquanto esperam o seu resgate, são alojados nas casas dos judeus de Fez, onde vivem com mais luxo do que nos seus solares de Portugal. Pagam com assinados as tapeçarias e a comida fina, gozam de liberdade pela cidade; outros pedem por letras dinheiro de Portugal, e assim gastam no jogo e nos jantares o resto da honra que lhes sobrou dessa empresa ruinosa em que as lágrimas se secaram com os negócios e a vergonha se abafou numa espécie de comunidade festiva em que todos eram cúmplices numa renúncia. Eles festejam, na verdade, a entrada triunfal no seu século, ainda que à custa duma catástrofe. ...
Porque folgavam os
fidalgos no cativeiro é coisa que aquele núncio apostólico soube explicar
quando disse de Portugal: "Estranha terra onde os cativos riem e os livres
choram!"
O MOSTEIRO Agustina 1980
Etiquetas: história
Etiquetas: utopia
Num município pequeno e com recursos limitados, onde tudo depende da
câmara e passa pela câmara, é da natureza humana que um presidente com este
poder ganhe um estatuto semelhante ao dos velhos coronéis brasileiros.
Se a câmara é do PS,
se todas as juntas de freguesia são do PS, se a segurança social é do PS, se a
Administração Regional de Saúde do Alentejo é do PS e se na administração da
Fundação Maria Inácia Silva só há gente do PS, é óbvio que a escolha dos altos quadros da região não é
decidida por competência, mas sim por fidelidade partidária.
Reguengo
1. Relativo ou pertencente ao rei.
3. Terra que, por conquista ou por confiscação, era incorporada no património real.
4. Foros, direitos que em qualquer localidade pertenciam à Coroa.
Etiquetas: reguengo
Marlow,
o narrador, descreve um grupo de africanos como “uma massa de corpos nus, cor
de bronze, que respiram, vibrantes. À frente, três homens revestidos de terra
vermelho-viva, da cabeça aos pés. Olhavam para o rio, batiam com os pés,
abanavam as cabeças chifrudas, baloiçavam os corpos escarlate; agitavam na
direção do feroz demónio do rio uma braçada de penas pretas, uma pele sarnenta
com a cauda pendurada” — qualquer coisa semelhante a uma cabaça ressequida; a
espaços, entoavam juntos uns cânticos impressionantes que em nada se
assemelhavam aos sons da linguagem humana; e os seus murmúrios profundos,
subitamente interrompidos, pareciam-se com as reações de uma litania satânica.
Joseph Conrad. Coração das Trevas
Etiquetas: religião
Estão em vias de se
aproximar: Em Portugal, as causas fracturantes estão a ser o equivalente tuga da
fragmentação do povo do Líbano:
O Líbano é um país dividido e comandado
por clãs, fações, tribos, credos, famílias, milionários e milícias. O lugar
onde as religiões do Oriente e do Ocidente se encontraram para fazer a guerra,
esquecendo o credo em benefício do fanatismo protetor da filiação.
“Depois da guerra civil, a pertença confessional determina as identidades”, diz a escritora libanesa Dominique Edde.
Resumindo de forma simplificada: (Em Portugal) a nação não conta, a religião não conta, a origem social não conta, a condição social não conta, a classe social conta cada vez menos, mas a raça, a cor, o sexo e o género contam muito, quase tudo. É a política de “identidades” . J. Pacheco Pereira
O nitrato de amónio também parece ter chegado a Lisboa,
uma antiga escala fenícia; tal como as palavras, o que é um adubo pode também
ser material explosivo.
Etiquetas: racismo classismo desigualdade, racismo paranóia paralógica socioparalogia
O apelo à união para combater o crescimento da extrema-direita em Portugal foi dos mais repetidos pelas dezenas de pessoas que usaram o microfone aberto para exprimir a sua opinião.
1. Nós somos muitos mais dos que aqueles
que se manifestaram em frente ao SOS Racismo.
2. “uma vergonha” serem “só estes” na manifestação.
* Quando tantos “antifas” clamam que
“Portugal é um país racista” seria de esperar que se não surpreendessem por “só
estes” se manifestarem contra “os que se manifestaram em frente ao SOS Racismo.”
Eu
explico: muitos que não são racistas e condenam as suas acções recusam
misturar-se com quem os insulta.
Outros
discordam do valor das manifs, quais procissões laicas com sermões, ladainhas,
pendões, promessas e tudo.
Etiquetas: racismo
2021 - NÃO HAVIA FESTA COMO ESTA
2022 - Não havia festa como aquela
Etiquetas: Pandemia sensibilidade, política tuga
A China incorporou a economia de mercado no sistema comunista e gerou uma estranha síntese entre capitalismo de Estado e ditadura digital que se transformou numa espécie de neocomunismo.
A esquerda ficou sem causas, todo o globo rendido ao capitalismo – privado, “corporate” ou partidário-estatal - o que resta do operariado e a pequena burguesia rendida ao consumo, os quadros aliciados pelo estatuto e domesticados pelo poder de compra, os artistas pagos para publicitários e o capital rendido à finança predatória, restam-lhe causas marginais, fracturantes – géneros, raça e outras espécies em vias de extinção…
Deixa a ecologia para os Verdes, dado que a sobriedade, a frugalidade não se adequa a uma sociedade viciada em consumo que rejeita a palavra austeridade.
Na escala de prioridades da esquerda
portuguesa, o aumento do salário precede a melhoria dos serviços. públicos.
Etiquetas: consumo publicidade mercado tuga
1. Não estou a falar dos poderosos. Isso é conversa para quem procura inimigos fáceis. Já quase não há poderosos desses. Há um poder sem limites de uma massa anónima a que chamamos finança, constituída por meia dúzia de fundosgigantescos. Foi esse poder que transformou o crime em legalidade, tecendo uma malha que torna risível qualquer regulação.
Estou a generalizar, dizendo que a banca se dedica hoje ao crime? Estou. Não há bancos bons. E não é porque os banqueiros sejam maus. É porque permitimos que se erguessem gigantes opacos impossíveis de controlar. E sem controlo e limites qualquer um se torna monstro. Henry Ford terá dito que se as pessoas soubessem como funciona a banca haveria uma revolução. Daniel Oliveira
2. Na sua existência normal, diz o Abade de Baçal, trata-se de "um homem como os outros, mas de cor tipicamente pálida, olhos massados e mãos extraordinariamente calosas, em razão do fadário de todas as sextas-feiras, ao dar a meia-noite, quer chova, neva ou faça o mau tempo que fizer, sair de casa, transformar-se no primeiro animal cujo rasto pisa na rua, e durante três horas correr à toa por montes e vales atacando tudo, até chegar o momento preciso em que termina o fadário e regressa a casa já em forma humana, extenuado pela fadiga, sem consciência da transformação sofrida" (Alves, 1934, vol. IX, 326-327)
Alexandre Parafita. O Maravilhoso Popular. Plátano 2000.
3. A licantropia era uma
doença mental; uma mania. O doente julgava que era um lobisomem; que podia
transformar-se em lobo. Nas noites de quinta para sexta-feira, à meia-noite, os
lobisomens vão espojar-se nos sítios onde aqueles animais se espojam e
transformam-se num animal igual. É o seu fado, não é por maldade. Porque os
lobisomens são muito infelizes, sofrem muito.
João Aguiar. A Encomendação das Almas. Finisterra, 1997
Etiquetas: Família poder paternal Engels, Farmacêutica Novas Oportunidades mulher, finanças, licantro, lobiomem, lobisomem, lobomem, poder dinheiro finança banca licantropia lobisomem
Etiquetas: Prakistão política, Praxe
O American Business Forum, que reúne os executivos de topo das maiores empresas nos Estados Unidos, tomou uma posição manifestando que durante 30 anos tinham dito que o propósito das empresas era gerar lucros para os acionistas e que agora queriam reconhecer que isso não estava certo, é uma falsa discrição do propósito das empresas. As empresas existem, sim, para servir todos os seus stakeholders: força de trabalho, clientes, fornecedores, comunidades e também acionistas. Os acionistas têm direito a um retorno razoável de longo prazo, e é tudo. Foi uma mudança notável. Se será real, ou apenas intenções, não sei.
Na esfera dos negócios, precisamos de recuar desta excessiva financeirização de curto prazo. É preciso restabelecer que as empresas existem para encontrar soluções lucrativas para problemas sociais. É valioso encontrar soluções lucrativas, porque se são lucrativas são sustentáveis. Mas o propósito das empresas não é o lucro.
Paul Collier, Economista e professor da Universidade de Oxford
Etiquetas: finança
1. Onde
estão os portugueses que enxergam que o país reproduz, constantemente, racismo
e xenofobia?
*... "o país"? constantemente?
2. Sempre
foram “nós
e eles”, ouço-vos dizer frases como “foi um preto que disse tal coisa”, “era uma brasileira vestida de tal jeito”, antes de nos verem como seres humanos
enxergam a nossa etnia.
* ..., ouço dizer frases
como “foi
um velho que
disse tal coisa”, “era
uma criança vestida
de tal jeito”, para melhor nos identificar indicam a nossa idade.
3. Procurem conhecer e compreender culturas e realidades que não a vossa, libertem-se da generalização e não insistam no erro.
* Procurem conhecer e compreender
culturas e realidades que não a vossa – onde vós escolhestes
viver -, libertem-se do
egotismo e não insistam no erro.
4. Eu vejo que quando nos posicionamos, incomodamos, e esse é justamente o primeiro passo: incomodar. Negar e silenciar é confirmar o racismo.
* Temo que essa não seja a maneira de melhorar a situação mas de a agravar.
5. Companheiros, estamos a ser ouvidos e eu tenho fé de que isto é só o início.
*Soa a luta de classes: “Proletários…”
Investigadores das universidades de Bocconi e Munique cruzaram dados da remuneração de executivos de topo, com a evolução do valor de mercado das empresas que lideram para concluir que a sorte conta mais para a progressão na carreira e para remuneração do que as suas decisões de gestão.
Vieira Lopes foi defender junto do Presidente da República soluções para impulsionar a procura. “Vemos necessidade de haver um choque de consumo”.
João Vieira Lopes (CCP) assinalou que “há uma parte significativa da população que não está motivada para voltar ao consumo”, pelo que apelou a um “choque de consumo”. O responsável assinalou a necessidade de “haver um conjunto de medidas que favoreçam [condições] para queos portugueses voltem a consumir mais”.
* Comei chocolates, portugueses; comei chocolates!
Olhai que não há mais economia no mundo senão consumo.
Etiquetas: alergia, sosciobiologia. racismo
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