Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt
A Nossa Europa Comumpara a coexistência de muçulmanos e não muçulmanos na Europa.A descrição do objectivo é significativa: uma análise da Nossa Europa centrada numa religião (muçulmano deriva da palavra árabe muslim, "aquele que se submete" ao islão) com que os outros deverão coexistir.
1. O relatório e os comentários recuperam o mito do fardo do homem branco, agora na versão culpada.
Berço de uma cultura de tolerância, a Europa tem muitas vezes dificuldade em aceitar o outro.
O referendo suíço é o resultado de uma crise de identidade que começa em nós e não no outro.
“...estamos à procura de alguém para odiar." (Martin Rose, director do projecto A Nossa Europa Comum, para a coexistência de muçulmanos e não muçulmanos na Europa.) Mas o “fardo” deve ser assumido pelos líderes (“líderes locais, nacionais e europeus”), não por nós.
2. Quando os tempos são maus, a competição por habitação social, desemprego e assistência é maior, há um "nós" e um "eles", que agora se tornou muçulmanos e não muçulmanos." Focar a análise no factor islâmico (“ouvidos 2200 muçulmanos e não muçulmanos”; “para a coexistência de muçulmanos e não muçulmanos na Europa”) sem integrar o factor imigrante – e neste, o factor nível de formação – e ignorando ou culpabilizando as comunidades autóctones, como se tivessem o dever de aceitar todos os imigrantes que ali desejem instalar-se, ("de forma a que os muçulmanos não sejam limitados pela discriminação quando escolhem onde vivem.") não me parece uma boa solução.
Os problemas identificados são os dos imigrantes em geral. (a)
3. O capítulo final das recomendações dirige-se a líderes locais, nacionais e europeus para que contrariem a segregação nas escolas, na habitação, na política. (b) (O fardo é dos lideres, não nosso).
4. Nesta procura de soluções, não há que envolver também os imigrantes, neste caso os muçulmanos? Mas veja-se como as prioridades são atribuídas: Mas não é tarefa que cabe ou cumpre apenas aos muçulmanos, e sim a todos os cidadãos comprometidos...Abdool Karim Vakil
Bastantes (61%) dos muçulmanos inquiridos dizem ter “forte sentido de pertença ao país” revela o estudo Muçulmanos na Europa - Um Relatório em 11 Cidades Europeias; o que significa que mais de 1/3 (39%) dizem que não; dizem e provam-no: Nove detidos por aplicar lei islâmica em Espanha.
5. Em qualquer circunstância, seria de esperar uma reacção reticente à chegada de vagas de imigrantes etnicamente diferentes; o mesmo acontece a qualquer migração. Mesmo os retornados se queixavam e eram portugueses que regressaram condicionados por políticas portuguesas que lhes não davam outra opção. O que me surpreende, num caso e noutro, foi a tolerância do acolhimento.
6. Não se pode minimizar a associação que os europeus fazem de islão com terrorismo islâmico tão estreitas as ligações que os terroristas ostentam ao islão e têm com mesquitas, algumas delas campos de recrutamento e treino camuflados e santuários de terroristas suicidas cujo objectivo declarado é a eliminação do modo de vida da sociedade para onde imigraram e onde vivem aparentemente bem integrados. E sem que tenha havido resistência notada dos outros 61% de muçulmanos integrados.
6. Tratar assassinos fanáticos como “gente que se diz muçulmana a fazer-se explodir,” e dizer que “os muçulmanos são um alvo óptimo, quando estamos à procura de alguém para odiar." (Martin Rose) é uma perspectiva enviesada; culpabilizar o enxertado por reagir ao enxerto não ajuda a resolver o problema.
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(a) Não é que todos os imigrantes desejam? " Melhor educação, melhor habitação, ruas mais limpas, crime e comportamentos anti-sociais. ..." viver em bairros mistos", "se preocupam com o impacto da segregação nos filhos, e com a discriminação no acesso a habitação".
A discriminação sente-se, em geral, no acesso à política, educação, habitação e emprego - "muitos muçulmanos têm trabalhos marginais e mal pagos, o que conduz a vidas laborais segregadas" e "têm três vezes mais hipóteses de estarem desempregados": 19,8% para muçulmanos, 6,8 para não muçulmanos.
A forma como a polícia trata os muçulmanos e a forma como os muçulmanos são tratados nos órgãos de comunicação social também são sentidas como discriminatórias - e a cobertura mediática multiplica estereótipos e preconceitos.
A saúde é a excepção; as respostas dos inquiridos revelam "altos níveis de satisfação".
(b) Os líderes locais devem desenvolver "políticas urbanas que assegurem acesso à habitação em todos os bairros com uma boa mistura" étnica e religiosa, "de forma a que os muçulmanos não sejam limitados pela discriminação quando escolhem onde vivem".
Os líderes europeus devem encorajar princípios antidiscriminatórios na educação, habitação, transportes, bens e serviços, e conseguir apoio popular para estas medidas.”Etiquetas: Europa islão culpa migração