Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt
A educação do PSD
«Enganou os portugueses»O ME procedeu a uma avaliação intercalar das medidas que introduziu para tentar melhorar as condições de ensino e aprendizagem nos primeiros quatro anos de escolaridade obrigatória. Solicitou o parecer dum grupo de peritos internacionais cujo relatório foi prefaciado pela Chefe da Divisão das Políticas de Educação e Formação Direcção para a Educação da OCDE. O relatório e o prefácio não podiam ter sido mais elogiosos.
«Isto não é um relatório da OCDE», acusou o líder parlamentar social-democrata, dizendo que foi encomendado pelo Governo, para efeitos de propaganda, usando um texto de uma especialista da OCDE, mas apenas como prefácio ao estudo. «Enganou os portugueses», disse Paulo Rangel.
"Induziu em erro os portugueses", acusando o primeiro-ministro e os seu gabinete de fazerem "passar a impressão de que era um relatório da OCDE" - "Isto só tem uma palavra, faltar à verdade aos portugueses".
"Se o estudo é tão credível porque é que teve necessidade de mentir e dizer que é da OCDE? Se fosse tão válido não precisava de propaganda". Paulo Rangel.
Líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, desmontou no plenário falsa imputação da autoria do estudo à OCDE, acusando o primeiro-ministro de "encenação e propaganda". Público 29-1-2009
O estudo estrangeiro que diz bem do nosso Governo... propaganda encomendada por vários governos de Portugal. Helena Matos. Público 29.01.2009
...dia de Rangel, passado a arrasar a patranha do Primeiro-Ministro a propósito do suposto estudo da OCDE. *Alguém que presumo perito português também não concordou e deu conta disso no 31 da Armada.
Analisemos as críticas:
A. Sucede que nem o relatório é da OCDE, como diz Sócrates ...
O envolvimento da OCDE no relatório fica-se pelo prefácio.
1. O título do documento é: "Relatório para o Ministério da Educação", Portugal; o prefácio é de Deborah Roseveare, Chefe da Divisão das Políticas de Educação e Formação Direcção para a Educação da OCDE. Este prefácio é uma análise da metodologia e dos resultados relatados pelo grupo de peritos internacionais. (ver)
Não será um relatório “da” OCDE mas um relatório do qual a Chefe da Divisão das Políticas de Educação e Formação Direcção para a Educação da OCDE diz que “segue de perto a metodologia e abordagem que a OCDE tem utilizado para avaliar as políticas educativas em muitos países-membros ao longo dos anos” e que “constituirá uma fonte valiosa para a OCDE ter em consideração no trabalho a realizar para apoiar outros países nos seus esforços para reformular políticas educativas que promovam a melhoria dos resultados dos alunos”. Será apenas "encenação e propaganda" e “... propaganda encomendada por vários governos de Portugal.”?
B. ...e a base bibliográfica do "alegado estudo da OCDE" resume-se a um conjunto de publicações do próprio Ministério.
2. Se o objectivo era avaliar as medidas que o ME introduziu em Portugal, não seria de esperar que o ME preparasse um relatório abrangente com a descrição da implementação de cada uma das medidas, fornecendo uma avaliação interna das mudanças efectuadas, e incluindo muita informação e dados com base num conjunto de publicações do próprio Ministério?
Os peritos são gente experiente e a avaliação não se limitou à análise destes documentos.
C. O 31 da Armada minimiza a crédito do relatório: O Governo, que encomendou o Estudo e escolheu os peritos, convidou também a "Deborah" da OCDE para assinar o prefácio. E ...nem todos os peritos me parecem "independentes" ...
3. O perito português não poupa em suspeições (encomendou, escolheu, convidou). Mas é a própria “Deborah" da OCDE” que considera independentes os peritos internacionais, cujos CV estão disponíveis (pg 90-93)
Peter Matthews, Consultor de Educação e Professor Visitante no Instituto de Educação, Universidade de Londres
Elisabeth Klaver, ex. Inspectora na Inspecção Nacional de Educação da Holanda
Judit Lannert, Directora-Geral do Tárki.-Tudok, o Centro de Gestão do Conhecimento e Investigação para o Ensino de Budapeste
Gearóid Ó Conluain, Inspector-Geral Adjunto do Departamento de Educação e Ciência da Irlanda
Alexandre Ventura, Presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores (CCAP) .
Não “parecem” “independentes” no critério do perito do 31 da Armada que lá terá as suas razões .... que não explicitou.
Provavelmente não gostou de ver o Presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores nesse painel por ter sido nomeado por Silva Pereira e Maria de Lurdes Rodrigues.
D. Também o relatório preliminar incomodou o 31 da Armada: "A avaliação teve na base um relatório abrangente, preparado pelo Ministério da Educação, com a descrição da implementação de cada uma das medidas, fornecendo uma avaliação interna das mudanças efectuadas, e incluindo muita informação e dados. O relatório foi estudado antes de uma visita de seis dias a Portugal de uma equipa internacional para entrevistar os principais actores educativos e visitar um pequeno número de escolas".
4. Tem-se como suspeito que o ME elaborasse um relatório abrangente, que foi estudado antes de uma visita de seis dias a Portugal de uma equipa internacional para entrevistar os principais actores educativos e visitar um pequeno número de escolas".
O que o perito do 31 da Armada considera suspeito, os peritos e a “Deborath da OCDE” acham adequado para “avaliações intermédias, durante a fase de implementação das reformas, que lhes permitam identificar se as medidas levadas a cabo estão a conduzir aos resultados previstos e em que medida as estratégias adoptadas devem ser ajustadas em função da experiência.”
E. O 31 da Armada sublinha tratar-se apenas de “indícios”: "(...) Existem indícios de que [as reformas] estão a contribuir para aumentar os níveis de qualidade do ensino básico em Portugal (...) de que desconfia.
5. Como seria de esperar de avaliações intermédias, ainda não há resultados sólidos; mas a “Deborath da OCDE” não hesita em declarar que: "Estes desenvolvimentos estão ainda em curso, mas não são por isso menos impressionantes.
As maiores mudanças na infra-estrutura foram já concretizadas. Muito foi alcançado num curto
período, o que representa uma história de sucesso, ainda incompleta. Existem indícios de que
os níveis de resultados no primeiro ciclo do ensino básico estão a aumentar e que as crianças
têm acesso a um currículo mais rico e de melhor qualidade."
F. Comentários finais do relatórioA partir de uma perspectiva global da reorganização do primeiro ciclo do ensino básico, consideramos que as metas alcançadas nos últimos três anos são notáveis, reflectindo um programa ambicioso, bem concebido e largamente conseguido através de uma combinação de iniciativa central e local. Estão a emergir estruturas e programas que têm o potencial para assegurar o fornecimento de melhores serviços às crianças e aos seus pais.
6. Não será um “
relatório da OCDE” mas um relatório de peritos internacionais independentes, analisado, prefaciado e elogiado pela Chefe da Divisão das Políticas de Educação e Formação Direcção para a Educação da OCDE. Será "encenação e propaganda"?

G. Lista de entidades contactadas pelos peritos.
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