alcatruz
Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt9.12.06
Hospitais emagrecem doentes.
Ficar internado mais de quatro dias num hospital público português é sinónimo de perda de peso.
1. Quase metade (40%) dos doentes chegam desnutridos aos hospitais. A grande maioria (75%) destes vai ainda continuar a perder peso durante o internamento. A denúncia é feita por nutricionistas da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.
Os hospitais são instituições para doentes graves, muitas vezes crónicos; é natural que cheguem emagrecidos – é um sinal da gravidade da sua doença. Se ficam internados mais de quatro dias é sinal que a doença é séria; terão de ser observados, realizar exames, intervenções e esperar algum tempo – dias, semanas ou meses – para que, tratados, possam ter alta. Seria de esperar que só tivessem alta quando recuperassem o peso perdido?
2. Os auxiliares entregam e recolhem os tabuleiros deixando o doente à sua sorte, que perante as dificuldades opta muitas vezes por não comer. E a recusa em alimentar-se também não é valorizada. Aliás, nem mesmo o peso é tido em conta.
Esta é uma das poucas informações pertinentes mas não creio que a solução passe pelo contrato de nutricionistas.
3. "Tive muitos casos em que se via perfeitamente que o doente estava desnutrido e não chamavam a equipa de nutricionistas".
Como se perante um caso de desnutrição fosse necessário “chamar a equipa de nutricionistas”…
4. O bastonário da Ordem dos Médicos classifica o reparo dos nutricionistas como "disparates", mas os dados contradizem-no.
O bastonário apenas diz que as interpretações dos dados são um disparate; a classificação apenas peca por benevolente. Os dados podem estar correctos; disparatadas são as interpretações.
Trata-se de um péssimo trabalho; um problema sério é analisado de uma forma enviesada e as propostas de solução são estreitamente corporativas. “É mais barato contratar um nutricionista do que prolongar um internamento”. "No distrito de Lisboa apenas seis nutricionistas estão na carreira de técnicos superiores de saúde exercendo as suas funções em hospitais públicos". E não ponho em causa a boa-fé dos autores.
O título que a jornalista escolheu está de acordo com a qualidade do “estudo”.
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