Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt
Sombras que as flores fazem
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Travessa do Arco, Tomar |
Etiquetas: janelas sombra
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Travessa do Arco. Tomar |
Sombras que os fios fazem
Etiquetas: sombras janela
Nos últimos 52 anos,
o físico John Mainstone zelou por uma experiência que nos faz sorrir de ternura
quando a descrevemos: um pedaço de betume, ou alcatrão natural, que parece
sólido à temperatura ambiente mas é na realidade um fluido, foi deixado dentro
de um funil de vidro. O que acontece nos anos seguintes — sim, anos — é a
formação de uma gota, que cai ao ritmo médio de uma vez por década.
* Um débito ainda mais moroso que os dos golos do futebol.
Etiquetas: gota guardar aguardar
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Xisto abespinhado |
Geometria ideológica
“Trocar o curvo pelo recto não é
só uma questão estética - é ideológica. A natureza não tem ângulos rectos, só
curvas. O ângulo recto é racional, construído, imposto."
Etiquetas: Natureza geometria, xisto
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Tomar, 1952.
Domingos Arouca foi eleito presidente da Comissão de finalistas do CNA |
Os
habitantes dos bairros periféricos da cidade, onde nasceu Eusébio em 1942,
trabalhavam nas indústrias locais, nos portos e nos caminhos-de-ferro, nos
serviços domésticos, em actividades ditas informais, dependendo de pequenas
lavras, ou faziam parte da forte emigração para o país vizinho, controlada e
taxada pelo estado colonial. Esta estrutura laboral era fortemente racializada,
pertencia a um sistema onde a cor da pele mostrava os contornos da organização
social. Na grande sociedade portuguesa de 60, o lugar dessa maioria africana,
mesmo depois do fim do indigenato, continuava a revelar a herança de um
colonialismo predador e racista, não muito diferente dos outros colonialismos
nos seus propósitos e objectivos, nos meios e nas estratégias, e absolutamente
nada excepcional.
*Será indispensável
comparar o que se passava, na mesma época nos bairros periféricos das grandes
cidades portuguesas metropolitanas.
Etiquetas: racismo classe
Estudo da Universidade do Michigan
concluiu que quantas mais vezes uma pessoa utiliza o Facebook, maior é a
probabilidade de ficar deprimida.
*
Pela mesma razão, ir ao centro
de desemprego prolonga-o; quanto mais vezes se vai, mais tempo se fica
desempregado.
O melhor é não ir, não vos faça mal.
Etiquetas: estatística reverse causality desemprego tristeza
Hoje, o último livro.
O
que levou ao fim dos Maias
Ao contrário das civilizações do
Mediterrâneo ou da Ásia, os Maias dependiam completamente das plantações de
milho e de outras culturas, porque não tinham animais domésticos de grande
porte e, por isso, os carros nunca foram inventados, tal como a roda, só encontrada
pelos arqueólogos em brinquedos.
Não havendo rodas nunca foram também
inventadas roldanas, engrenagens, moinhos de água e outros instrumentos de
engenharia “concebidos para tornar o mundo menos vulnerável às imprevisíveis forças
da Natureza”.
Tinham metais macios em abundância, como ouro, prata e cobre, usados apenas
para fins ornamentais e religiosos, mas nunca aprenderam a fundir ferro. Por
isso, os seus magníficos templos e pirâmides foram construídos com a tecnologia
da idade da Pedra.
“O seu ambiente, embora apresentasse alguns problemas
relacionados com as características do solo e uma precipitação com flutuações
imprevisíveis, não se pode classificar como particularmente frágil”, reconhece
Jared Diamond. Assim, a civilização Maia durou mais de mil anos, mas entrou em
declínio por volta do ano (1)900. “Os Maias constituem um aviso de que os
colapsos também acontecem às sociedades mais avançadas e criativas”, sublinha o
investigador.
Eles prejudicaram o ambiente, sobretudo através da desflorestação
e da erosão dos solos provocadas pelas suas práticas agrícolas e pelo excesso
de população: as alterações climáticas (secas) contribuíram também para o
colapso, provavelmente de forma repetida; e a competição entre reis e nobres
conduziu a uma ênfase crónica na guerra, na opulência e na construção de
monumentos. Revista Expresso 10-8-2013
Etiquetas: Eça Maias
O restauro do Ramalhete
S. Ex. mandava: — e, como esse inverno ia seco, as obras
começaram logo, sob a direcção dum Esteves, arquitecto, político, e compadre de
Vilaça. Este artista entusiasmara o procurador com um projecto de escada
aparatosa, flanqueada por duas figuras simbolizando as conquistas da Guiné e da
Índia. E estava ideando também uma cascata de louça na sala de jantar — quando,
inesperadamente, Carlos apareceu em Lisboa com um arquitecto-decorador de
Londres e, depois de estudar com ele à pressa algumas ornamentações e alguns
tons de estofos, entregou-lhe as quatro paredes do Ramalhete, para ele ali
criar, exercendo o seu gosto, um interior confortável, de luxo inteligente e
sóbrio.
Vilaça ressentiu amargamente esta desconsideração pelo artista
nacional: Esteves foi berrar ao seu Centro político que isto era um país
perdido. E Afonso lamentou também que se tivesse despedido o Esteves, exigiu
mesmo que o encarregassem da construção das cocheiras. O artista ia aceitar - quando
foi nomeado governador civil..
Eça de Queirós. Os Maias.
Mais refinada
A maior preocupação dos dois amantes fora sempre Rosa, a
filha que Maria tivera, anos antes, resultado da efémera ligação a um jovem
irlandês, morto em combate contra os alemães, na batalha de Saint Privat.
...
Aos dezasseis, era já uma mulher belíssima, alta e elegante,
com uma cabeleira longa, de um loiro puro, como uma versão mais nórdica, e mais
refinada, de Maria.
José Eduardo Agualusa. Os Novos Maias.
Etiquetas: Eça Maias preconceito
Foram colocados à venda três mil bilhetes, com preço único de 50 euros.
Etiquetas: economia tuga
"Vá à Índia cá dentro"
Amanhã, dia 14 de Agosto, a mágica procissão da Srª Aparecida (Aparecida, Lousada).
Não perca se nunca participou.
Etiquetas: Aparecida religião magia Índia
É o que seria de esperar acontecesse quando todos querem usar a mesma sanita ao mesmo tempo.
PARVO Hou daquesta!
DIABO Quem é?
PARVO Eu soo.
É esta a naviarra
nossa?
DIABO De quem?
PARVO Dos tolos.
DIABO Vossa.
Entra!
PARVO De pulo ou de voo?
Hou! Pesar de meu
avô!
Soma, vim adoecer
e fui má-hora morrer,
e nela, pera mi só.
DIABO De que morreste?
PARVO De quê?
Samicas de caganeira.
DIABO De quê?
PARVO De caga merdeira!
Má rabugem que te dê!
DIABO Entra! Põe aqui o pé!
PARVO Houlá! Nom tombe o zambuco!
DIABO Entra, tolaço eunuco,
que se nos vai a
maré!
PARVO Aguardai, aguardai, houlá!
E onde havemos nós
d'ir ter?
DIABO Ao porto de Lucifer.
PARVO Ha-á-a...
DIABO Ó Inferno! Entra cá!
PARVO Ò Inferno?... Eramá
Hiu! Hiu! Barca do cornudo.
Pêro Vinagre,
beiçudo,
rachador d'Alverca,
huhá!
Sapateiro da Candosa!
Antrecosto de
carrapato!
Hiu! Hiu! Caga no
sapato,
filho da grande
aleivosa!
Tua mulher é tinhosa
e há-de parir um sapo
chantado no
guardanapo!
Neto de cagarrinhosa!
Furta cebolas! Hiu!
Hiu!
Excomungado nas
erguejas!
Burrela, cornudo
sejas!
Toma o pão que te
caiu!
A mulher que te fugiu
per'a Ilha da
Madeira!
Cornudo atá
mangueira,
toma o pão que te
caiu!
Hiu! Hiu! Lanço-te üa
pulha!
Dê-dê! Pica nàquela!
Hump! Hump! Caga na
vela!
Hio, cabeça de
grulha!
Perna de cigarra
velha,
caganita de coelha,
pelourinho da
Pampulha!
Mija n'agulha, mija
n'agulha!
Etiquetas: auto Algarve esgoto caganeira
"Um cravo vermelho e a bandeira do meu Partido
hão-de acompanhar-me e tudo será luz."
"Bem-aventurados os que crêem sem ver”
"Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor.
Mas ele
disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo
no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o
crerei.
E oito
dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé.
Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz
seja convosco.
Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê
as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo,
mas crente.
E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e
Deus meu!
Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste;
bem-aventurados os que não viram e creram."
João,
20
Etiquetas: política crença religião Pc
O equivalente banal do tráfico dos swaps.
no rosto do Diário de Coimbra desta semana.
O camião tombou
O atrelado solta-se
Tudo na forma passiva. Mesmo a peregrina foi atropelada e morreu.
Na forma activa só o condutor que atropelou e fugiu e o que evitou o pior.
Etiquetas: desleixo tuga
“Não há dúvida. Somos indestrutíveis Porque a
providência assim o destina e na Terra assim o quereis”. Salazar, após o
atentado a que sobreviveu ileso (4-VII-1937):
Revista Expresso 3-8-2013
* Errata: onde se lê “quereis” deveria perceber-se “creis” (por credes).
Etiquetas: fé ortografia
Moimento da Rainha Santa, em Stª Clara a Velha tem 400 anos
Em 1613 reinava Filipe II; Filipe de Brito conquistou o Pegu (Actual Birmânia). No ano anterior foi decretada uma Reforma da Universidade. No ano seguinte foi editada a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, que morrera em 1583. (História de Portugal em Datas, de Antº Rodrigues Simões).
Etiquetas: Rainha Santa Stª Clara a Velha
Nos deploráveis retratos que as
organizações internacionais traçam sobre Portugal há uma excepção que resiste à crise: a avaliação do desempenho das universidades e do sistema científico.
* Só haverá uma excepção que resiste à crise?
E cujos resultados ombreiam com os melhores do mundo e assim se mantêm apesar da crise.
Etiquetas: saúde SNS crias UNICEF equidade
Fará amanhã 400 anos que foi colocada a primeira pedra do moimento para o túmulo da Rainha Santa em Stª Clara -a-Velha.
Etiquetas: morte Rainha santa
Os caniços de Vilarinho do Souto (entre Arcos de Vale de Vez e Lindoso).
Os precursores dos espigueiros /canastros, para conservar o milho ao abrigo da chuva, dos ratos e dos pássaros. Espero que ainda existam.

A mesa de pedra para armar a parede cilíndrica; apoiada numa base de menor diâmetro, os ratos não conseguem trepar.
Etiquetas: agri etno milho
Contradição?
Mas nunca
esquecer que os acionistas do Estado são os portugueses e que o Estado não é
uma empresa.
Ricardo Costa
Expresso 3-8-2013
accionista (àç)
2. Pessoa que é possuidora de acções de alguma empresa.
Etiquetas: opinião Estado
aconselhando seus membros a aumentar a vigilância contra ataques dos Al Caidas.
Etiquetas: SNS mercado global
O poder pode
1. “Não há nenhuma
exigência especial que faça com que o trabalho não possa ser realizado com o
trabalhador (escolher o tipo de trabalho) a pensar no que quiser, com ar mais satisfeito
ou carrancudo, mais lúcido ou, pelo contrário, um pouco tonto”.
“... o público servido até pode
achar que aquele trabalhador (escolher o tipo de trabalho) alegre é muito
produtivo e um excelente e rápido removedor de electrodomésticos (escolher o tipo
de trabalho)”.
* É por isso que Portugal é o
mais consumidor de tranquilizantes.
2. Não há qualquer indício de
que o homem estivesse a recolher o lixo “aos tombos e aos pontapés aos
resíduos, murmurando palavras em língua incompreensível”.
* E
mesmo assim, seria de ter em conta que seria eslava a sua língua materna.
Etiquetas: juiz lei álcool
Probabilidade vs possibilidade
"Temos situações como tivemos no início de Julho com a vaga de calor que é uma possibilidade,
temos as situações de nortada com a brisa na costa ocidental (...),
as situações de neblina ou nevoeiro na faixa costeira ocidental que depois durante a manhã vai dissipando
e também os episódios de trovoada que muitas vezes ocorrem durante o verão e são fenómenos mais prováveis nas regiões do interior",
disse.
* A franqueza é a característica que distingue as previsões meteorológicas das económicas; a que as aproxima é a fiabilidade.
Etiquetas: meteo economia