alcatruz
Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt
31.5.10
O ardósia da escola primária elementar e as gravuras do Côa 1
No meu tempo de escola todos os rascunhos das redacções e contas eram feitos numa pedra de lousa negra, escritos com um “lápis” do mesmo material; os algarismos e as letras iam surgindo a branco no fundo negro da “pedra”; apagavam-se facilmente com água ou com cuspo, numa emergência.
O nervosismo e a pressa iam deixando riscos permanentes na pedra que se acumulavam, sobrepostos como hoje as gravuras rupestres nas faces das rochas do Côa, também de xisto, aqui de cor de ferrugem.
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Quem sabe se as rochas do Côa com tantas gravuras sobrepostas não serão vestígios de uma escola paleolítica onde os alunos caçadores, em vez de redacções e contas, se treinassem no desenho das almejadas presas? DE acordo com a luz do sol, metade dos alunos teria aulas à tarde (Canada do Inferno) e os outros de manhã (Penascosa).
Os mestres druidas do tempo iriam corrigindo a técnica, as forma e as cores dos animais.
Milénios depois, desaparecidas as cores que as figuras teriam que ter tido, restam os perfis delineados dos bichos sobrepostos, sem o significado que lhes daria a cor.
Tal como os riscos das velhas pedras da escola do meu tempo. (Prima para ampliar)Etiquetas: Coa gravura riscos pedras escola
Velhice
Na mesma semana reuni com os meus companheiros de escola primária, depois com os meus companheiros do colégio e, no sábado, com os meus condiscípulos da Faculdade, 51 anos depois da Queima das Fitas.
Na primeira ouvia-se: Está cada vez mais parecido com o pai..
Na últi
ma: O teu neto parece-se tanto contigo...
Envelhecer dá-nos a oportunidade de assistir ao crescimento das árvores genealógicas – a nossa e outras; assistir à magia aleatória da genética. Einstein, que argumentava que “Deus não joga aos dados”, não terá tido netos.
Etiquetas: genética velho curso
Aposta em ortografia e gramáticaSegundo teste para Portugal! Vencemos os Camarões? - BetClica) Não sabia que Portugal não tinha um dos testes.
b) Não sabia que Portugal já tinha jogado com os Camarões.
c) Nem que o futuro se escrevia com o tempo passado.Etiquetas: jornal português
De causas sociais a causas de costumes
As presidenciais que dividem a esquerda e a direita
por , Hoje O casamento 'gay' provocou uma inesperada fractura no eleitorado de Cavaco Silva. Surgiram ameaças falando na possibilidade de surgir uma candidatura conotada com a direita mais conservadora. 
*Temas fracturantes têm sido as causas mediáticas do BE que tem arrastado outros partidos de esquerda; e agora também a direita mais ortodoxa.
As causas fracturantes - sexuais, genéricas, comportamentais - são o que divide direita e esquerd
a, hoje. Os costumes são o ópio dos partidos de agora. Enfadados de separar os gomos das laranjas, optam por cortá-las às rodelas. O Príncipe de Salina teria aprovado desde que usassem garfo e faca.
Etiquetas: costumes política fracturante
27.5.10
Portugal, um país europeu
"A União Europeia não está preparada para o mau tempo".
A falta de liderança na UE na resolução da presente crise é gritante, pois agiu tarde e sem convicção, por razões de política doméstica, permitindo o alastramento da crise e abrindo feridas profundas de confiança política entre os parceiros europeus.
Deste modo, o maior projecto político da História Europeia, que permitiu 60 anos de paz na Europa Ocidental em 2000 de guerra, permitiu uma prosperidade sem precedentes, permitiu uma moeda única e um espaço único sem fronteiras de Portugal aos Balcãs, vê-se seriamente ameaçado pela falta de grandeza política e de líderes visionários. Domingos FerreiraEtiquetas: Europa Portugal Nau frota tempestade
Aproveitar o ensejo para adoptar boas normasRacionalizar sensatamente para evitar o racionamento bruto Na mesma semana em que o Ministério da Saúde apresentou dez medidas para poupar 50 milhões de euros, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) denunciou ontem que as dívidas dos hospitais aos laboratórios já ultrapassam os 788 milhões de euros, um crescimento de 97% face a Dezembro de 2008.
*Bastaria adoptar as normas terapêuticas de países de referência: o consumo per capita de antibióticos (doses) na Suíça e na Holanda é metade do de Portugal. Os doentes que precisam não serão prejudicados.
Antibióticos DDD per capita em 1007: Portugal (22) ; max Grécia e França (32,29) Média OCDE (20); mínimos Suíça e Holanda (9, 10)Etiquetas: farmácia antibiótico SNS
26.5.10
SupérfluoCreme de baba de caracolA baba de caracol é um regenerador e suavizante da pele, elimina as suas manchas e activa a microcirculação.
A recompensa vê-se e sente-se numa pele mais homogénea, delicada e suave, uma pele mais jovem.
Composição: 30 % de extracto de baba de caracol (Helix Aspersa), 10% de Rosa Mosqueta (Rosa Moschata Oil – vitaminas A, C, E, complexo B e minerais).
* Quantas horas de trabalho serão necessárias para produzir/comprar um boião desta baba para "sentir uma pele mais jovem"?
Quantos caracóis será necessário sacrificar para manter a pele com a aparência do mês anterior? Qual a vantagem sobre a clássica banha da cobra?Etiquetas: banha cobra baba caracol consumo
Atitude de súbditoUm problema que começou com Cavaco e com Guterres.
O dr. Cavaco encheu o País de betão inútil. Confundiu tudo.
O eng.º Guterres ... Fugiu e escancarou as portas à direita mais abstrusa.
Se o nosso presente está ameaçado..., deve-se a estes senhores, e a muitos mais outros...
Tudo o que foi ministro da Economia e das Finanças ...
A lista de cúmplices desta barbaridade é enorme. Andam todos por aí... os economistas que nos afundaram tratam da vidinha ...
Impuseram-nos modos de viver, crenças (a mais sinistra das quais: a da magnitude do "mercado").
O carácter relacional do poder estabelece-se entre quem domina e quem é dominado - ou quem não se importa de o ser.
Fomos os "alunos exemplares" de Bruxelas: aceitámos a destruição do nosso tecido produtivo com a submissão de quem não foi habituado a expor questões e a enumerar perguntas. Baptista-Bastos* Dos políticos que nos governam se diz serem responsáveis, mas ninguém diz co-responsáveis o povo que os elegeu (por prometerem o que o povo queria)Etiquetas: culpa causa política povo
Cortar 4 feriados para aumentar o PIB
Projecto de eliminar 4 feriados e a deslocar outros com o propósito de aumentar a produtividade.
* De acordo com a medida se o objectivo for aumentar a produção; para aumentar a produtividade seria mais adequado trabalhar melhor – programar as tarefas e fazê-las bem logo à primeira.*Poderíamos começar por cumprir horários: chegar a horas. * Derrocada no Algarve magoou uma criança.
Etiquetas: produtividade eficiência feriados
25.5.10
Adeganha 
Portal da igreja e da cardanha.
(Prima para ampliar)
Etiquetas: porta igreja
SNS das crianças até 5 anos
Eficiência, eficacidade, produtividade.
Um país europeu ocidental de low income com índices de mortalidade infantil dos melhores entre os melhores países de high income. The Lancet. Ou este SNS não está preparado para adultos ou vice-versa; tem trinta anos de resultados exemplares em portuguesitos.
(Prima p'rampliar)
Etiquetas: SNS morte cria
24.5.10
Frescos na Adeganha.
António na versão grafitti. (Prima p'rampliar)
Etiquetas: arte grafitti mudejar teocracia
Alugue um amigo local
MIZ de aluguer A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai lançar uma campanha de acolhimento familiar para pessoas idosas ou adultos com deficiência que vivam sós. 622€ para 'adoptar' um idoso em Lisboa Etiquetas: Miz velho aluguer
21.5.10
Moncorvo 7
É claro o objectivo do lanternim; menos clara é a razão da Sé de Moncorvo ter a fachada virada a nascente.
Etiquetas: Sé fachada lanternim
20.5.10

Eclipse
Sombras do sentido proibido
Etiquetas: sentido trânsito
Naked short-selling em D. Chama Playboy estranha afastamento de mestra que posou nua.
* A Playboy ignora que a negociação de naked short-selling - prática que consiste em vender títulos que não se tem em carteira nem se pediram emprestados, esperando recomprá-los a um preço mais baixo - está proibida em Portugal e na Grécia.
A recente decisão alemã de proibir o naked short-selling gerou uma queda violenta nas bolsas. As bolsas não têm preconceitos - não olham a meios para atingir os fins.
Etiquetas: bolsas preconceitos
Crise financeiraSubsídio gigantesco às famílias
Temos todos de mudar de vida, avisam os banqueiros. "O crédito vai ser um recurso escasso, mais difícil de obter e mais caro", afirmou o presidente executivo do Banco BPI. "Os bancos estão a fazer um subsídio gigantesco às famílias".
"Alguma coisa não está bem na vida de todos nós, algo é necessário alterar", referiu Carlos Santos Ferreira, presidente do Millennium bcp, sublinhando que é absolutamente "indispensável uma poupança nacional sólida". Vender pós para respirarComo tudo se aproveita nestas ocasiões para explorar a ignorância do povo, já apareceram á venda em Lisboa uns pós para respirar se porventura se der o choque da terra com a cauda do cometa e o ar se torne nocivo pela decomposição das matérias de que se compõe a cauda! "Notícias de Coimbra", 7 de Maio de 1910 (No DC 19-5-2010)Etiquetas: banca banha
O cometa Halley e o aquecimento global
As notícias que inconvenientemente atiraram para a imprensa quando se principiou a falar do cometa Halley, fazendo ver que a aparição deste astro podia produzir efeitos terríveis no planeta que habitamos, tem já causado consequências lamentáveis em alguns espíritos fracos. Assim é que há dias, segundo lemos num jornal do norte, aconteceu no Porto uma cena que teve seus efeitos cómicos de mistura com uma grande perturbação e inquietação de dezenas de pessoas que, vendo apagar-se subitamente a luz eléctrica por avaria nos fios condutores, supuseram logo que esse facto não era mais nem menos do que uma consequência do cometa!
"Notícias de Coimbra" 12 de Março de 1910 Etiquetas: aquecimento global
19.5.10
Despedida do SaborHá anos fomos ver as gravuras do Côa quando ainda decorriam as obras da barragem; tempos depois pararam.
Agora fomo-nos despedir do Sabor, o rio do meu avô, onde a maquinaria pesada já trabalha há tempos.
No caminho, pela bela EN 102, rectas de Marialva et al, o escasso trânsito só era perturbado pelas máquinas das construtoras do IP2 – que ora se aproxima ora se afasta da estrada.
...............Já na região do Douro Interior, até 2011, serão construídos os lanços do IP2 entre ..............Valebenfeito e Celorico da Beira (IP5); o troço do IP 2 entre Trancoso e Celorico da Beira,
...............no IP5, dado ao volume de tráfego esperado, terá perfil de auto-estrada.
Em Trás-os-Montes o reduzido trânsito também só era perturbado pelas viaturas das obras do IP2 e dos estaleiros da barragem; como estes estavam logicamente instalados nos acessos ao Sabor, não foi fácil lá chegar para o ver ainda livre – o último da Europa. 
Mas as tentativas valeram a pena; mesmo desistindo a viagem valeria a pena. A Primavera em toda a sua pujança, o orografia primordial, as estevas, as formas e as cores ferruginosas do xisto próximo da maior jazida de minério de ferro da Europa.
Por fim, conseguimos chegar à beira-rio em Stº Antão da Barca, um santuário à beira d’água num local mágico sob a protecção dum estranho guardador de porcos.
O local está anunciado salvo onde era mais necessário - a saída da N 315 - a construtora do novo piso esqueceu a placa; o estradão é de terra batida sulcada pelos regueiros da invernia. Mas v
aleu bem a pena.
A água do Sabor é límpida e fria e corre veloz; poder-se-ia passar a vau. A terra em volta está encharcada; imensas rãs, passarada. Passou um tractor agrícola. Salvo a água, tudo é verde, azul, amarelo, vermelho, roxo. Silêncio; restos da última festa nos copos de um pau de fio. Na outra margem uma estrada sinuosa como esta.
Ali chegará a água da albufeira pelo que a ermida e os quartéis serão trasladados para o morro acima. É das maiores romarias de Trás-os-Montes; este ano será a última vez no local original. 
Tudo isto desaparecerá para apenas se aproveitar a força da corrente. Energia que irá ser consumida à beira-mar, muitos quilómetros abaixo, desbaratada por quem nunca aqui veio, nunca imaginou esta praia fluvial com uma ermida que tem por orago Stº Antão da Barca, barca que só terá serventia com a albufeira que a vai fazer varar num monte. Etiquetas: Sabor Antão
Prémio Nobel alertaOs países periféricos da zona euro, como Portugal, Grécia e a Espanha, precisam de passar por uma redução relativa dos seus salários face aos parceiros do centro da Europa, situada entre 20 e 30%. Paul Krugman.*Porque não 20 a 30% dos rendimentos em certificados de aforro?
E porque não reduzir de 20 a 30% o volume de publicidade nos media?
e reduzir de 20 a 30% o desperdício?
e reduzir de 20 a 30% o suborno?e reduzir de 20 a 30% a redundância?
e reduzir de 20 a 30% o queixume?
e reduzir de 20 a 30% a duração dos noticiários da TV e das entrevistas desportivas?ou reduzir de 20 a 30% as opiniões não fundamentadas?Etiquetas: salário poupar consumo
CDS-PP critica cobrança retroactiva de impostos Haverá cobrança de impostos que não seja retroactiva?Etiquetas: jornal impostos
Os jornalistas entrevistosO que se passa com estes bons jornalistas que tão mal entrevistam Sócrates? Já é a segunda vez. A jornalista foi um desastre zangado; em vez de perguntar, insinuava; perdia-se com chavões mediáticos em vez de problemas sérios; não ouvia as respostas pelo que repetia as perguntas sem sequer mudar a forma; impertinente, interrompia constantemente; a face crispada revelava a irritação que a TV expunha.
Desta vez Sócrates conteve-se e conseguiu não se irritar.
O resultado pode ser desastroso mas os argumentos foram claros e lógicos e expostos de forma convicta.
Os comentadores disseram não ter trazido novidades; se as tivesse trazido, o que diriam?
Recordo a cena do abade de Baçal na linha do Tua.
Etiquetas: política jornal zanga
A entrevista de SócratesNada mais útil à imagem de Sócrates que a crítica vesga da oposição.
Nada mais útil à imagem de Sócrates que as atitudes pesporrentes dos comentadores.
Nada mais útil à imagem do PM numa entrevista que a impertinência dos jornalistas.
Nada menos útil à imagem se Sócrates que os argumentos de apoio do PS.
Etiquetas: política Sócrates
18.5.10
Para combater o défice
Penacho de uma fogaça nas festas das sementeiras na capela de Seiça, Paião. Etiquetas: défice fogaça Seiça religião
Impossibilidade física"Portugal está no fundo" e "desemprego vai continuar a aumentar", alerta UGT *Um fundo falso?Etiquetas: política
Sociobiologia atrevidaH1N1 da finançaO sector financeiro é o meio de transmissão mais eficaz da turbulência financeira. Foi assim que a crise do subprime (crédito hipotecário de alto risco), dos Estados Unidos, contagiou rapidamente a Europa. João Silvestre. Expresso 15.5.2010 
*A Bolsa como fonte da epidemia, a banca como fomite.
A dívida como vírus. A ambição como factor de susceptibilidade potenciada pela publicidade.
Prevenção: Lavar as mãos à saída e à entrada dos bancos, como na gripe. Etiquetas: gripe banca finança
17.5.10
Moncorvo 6 
Os pináculos do adro da Sé projectam-se sobre as casas em redor.
Etiquetas: pináculos
Moncorvo 5
Os pináculos
Em Moncorvo há a Sé; mais que o edifício e o recheio – excelentes - sobressai o adro lajeado e, acima de tudo, os pináculos com as bolas.Etiquetas: pináculos
Sociogeologia política atrevida
Tensão das placas tectónicas
Há uma questão que é fundamental perceber-se: o modelo social em que vivemos não é sustentável financeiramente. Na Europa e em Portugal.
E quando um determinado modelo social não é sustentável é necessário renegociar o contrato social, é isso que tem de ser feito! E é desejável que isso seja feito de forma concertada, que as várias partes envolvidas acertem a melhor forma de encontrar um novo equilíbrio, tendo em conta que esse equilíbrio não é uma solução técnica. A componente técnica pode contribuir para indicar quais as consequências das várias escolhas, mas a escolha que vier a ser feita é sempre política por parte dos vários intervenientes, dos parceiros sociais e dos partidos políticos, que no fundo representam
componentes da sociedade. Vítor Bento
. * É o que se esperaria de duas placas tectónicas inteligentes em subdução induzida por forças brutas a que não podem esquivar-se; a alternativa é o terramoto.
Etiquetas: economia políttica sociogeologia subducção
Males que vêm por bens“Bens” supérfluos pagos com empréstimos não serão, antes, “males”? Etiquetas: consumo publicidade mercado bens males droga
Consumo supérfluoPortugal gasta mais de 10% do que produz, pedindo emprestado para cobrir a diferença. Sarsfield Cabral. * Se um dos problemas fulcrais da actual crise financeira é o excessivo consumo de “bens” (muitos deles supérfluos) que levou ao actual aperto que nos aflige, surpreende que se mantenha o actual cenário de absurdo incentivo ao consumo que a publicidade apresenta com exemplar astúcia. 
Não sendo possível proibir estas iniciativas, não seria sensato intercalar os blocos publicitários nos media de comentários que chamassem a atenção para as aldrabices, alegações não confirmadas, exageros, riscos e alternativas?
Poder-se-ia aproveitar a experiência que, nesse campo, terá o Instituto da Droga e da Toxicodependência.
Para começar poder-se-ia ser mais exigente com a propaganda subliminar que inunda as telenovelas. Etiquetas: consumo publicidade mercado bens males droga
15.5.10
Moncorvo 4 
Fabrico artesanal da amêndoa coberta com açúcar em ponto; pontas dos dedos protegidas por dedais.
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A forma da amêndoa coberta lembra a amora; a folha da amoreira era o alimento do bicho-da-seda de que a região foi grande produtora.
Etiquetas: amêndoa coberta arte
Crónica dos passeiosAtitude dos tugas, chico-espertos e Cia 
1. Gastam o que não têm para comprar o que não precisam.
2. Produzem pouco e mal mas endividam-se para adquirir o supérfluo, que o que ganham mal dá para o essencial; essencial que importam porque deixaram de produzir.
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3. Adquirem produtos embrulhados – pagam caro tanto o conteúdo quanto o continente que depois deitam fora para a rua como os pombos incontinentes.
4. Depois, sentem-se vítimas, que realmente são; vítimas dos primos chico-espertos que invejam e de

si mesmo que aceitam as regras do jogo deles - sem pêlos nas axilas nem nada.
Etiquetas: tuga consumo lixo
A parábola da semanaAo Papa o que é de Deus; a Merckel o que é do Kaiser.
O Papa veio a Portugal mas Sócrates teve que ir a Bruxelas.
Só a Moody's não se moveu;
a Moody’s e a atitude dos tugas.Etiquetas: política tuga
14.5.10
Uma última ceia.
Se o Papa tivesse ido connosco teria visto uma última ceia rural portuguesa na Srª da Teixeira; tem menos um século que a de Leonardo (1584) mas foi mantida até hoje ao ar livre e sem restauro.
Aqui a mesa é redonda e a ementa incluía coelho, peixe, pão, bananas (?) e vinho. Haverá um pimenteiro?
Os treze convivas servem-se de uma terrina comum; comuns são também o copo de vinho e o de água e uma longa faca. Dois discípulos usam óculos; C
risto afaga Madalena. A bolsa de moedas de Judas está em primeiro plano. Ter-lhe-íamos também mostrado um Senhor do mundo em muito maior magestade e beleza que o de Almada.
Etiquetas: última ceia Teixeira fresco arte
respigos Estado-providência
"Esperar tudo do Estado como se ele fosse a providência constante e absoluta, presente a todas as necessidades, é um erro e uma grande ilusão. Não foi nem podia ser, para isso que se fez a Revolução Nacional". Diário de Coimbra 1937Etiquetas: Estado providência
Portugal africanistaNa sequência da descolonização muitas famílias africanas rumaram à ex-metrópole na esteira do êxodo dos colonos (retornados) contra os quais lutaram os movimentos independentistas, muito embora alguns deles sublinhassem lutar contra o colonialismo português e não contra os portugueses.
Os filhos destes imigrantes africanos, já nascidos em Portugal, recusaram os valores e a postura dos pais e adoptaram o modelo emergente – o do consumis
mo irresponsável dos jovens tugas, que a geração dos filhos dos retornados exibiam............A todos os concelhos de Portugal chegaram retornados. Muitos ...........transportaram para Portugal o espírito de auto emprego que ...........praticavam em África e abriram negócios nos mais adormecidos ...........locais deste país. Helena Matos
Os retornados eram, na sua imensa maioria, gente pobre, filhos de famílias rurais portuguesas muito pobres que se endividaram para financiar a emigração dos filhos para as colónias.
Os colonos que podiam vinham a férias à metrópole (licença graciosa que o governo concedia cada cinco anos aos funcionários); traziam já bastante dinheiro e hábitos de vida muito diferentes dos dos pais.
Passados os primeiros dias já não suportavam viver nas casas e nas aldeias de onde tinham partido e onde ainda viviam os pais que tinham aforrado as remessas que os filhos lhes enviavam em vez de melhorar a casa ou “viver melhor”.
Na aldeia, os “africanistas” não tinham nada para fazer - estavam em férias para os trabalhos do campo -, não tinham com quem conversar, nem cafés, nem cinema, bailes ou praia. As casas dos pais tinham casas de banho rudimentares que não permitiam banho diário; sem frigorífico não podiam beber a sua cerveja habitual. Por isso, o frigorífico era a primeira prenda que os emigrantes ofereciam aos pais. As estradas não estavam preparadas para o carro novo... Em breve arrendavam casa na cidade próxima donde vinham visitar os pais; o mês de Agosto era passado na praia onde os pais raramente tinham ido e agora iam constrangidos.
Gastavam muito em roupa, comezainas, álcool e viagens, escandalosamente muito para os padrões locais; os conterrâneos chamavam-lhes “africanistas” que por sua vez os tinham na conta de exageradamente poupados, forretas, mesquinhos, atrasados... O fim das férias era um alívio para ambos e uma frustração para todos; restava o orgulho de ver que os filhos tinham vencido na vida.
O orçamento para férias era todo gasto e muitas vezes ultrapassado; de novo, era à família a quem recorriam para empréstimo. Uma vez mais.
Nas próximas férias, apesar de já haver um quarto de banho novo, seriam os netos a recusar passá-las “naquele buraco”, a sentir/ mostrar vergonha das suas raízes. Já se sentiam mais angolanos ou moçambicanos (ou congoleses) que portugueses, mais colonos que metropolitanos - os únicos padrões que consideravam eram os das grandes cidades.
Recusavam os valores dos avós e a tentativa de conciliação dos pais. Como os africanos da segunda geração. Etiquetas: africanista novo-rico consumo retornado emigrantes
13.5.10
Moncorvo 4
Não há que ter pressa; a sombra pode ocultar a última oportunidade.
Já não vi burros em Moncorvo e a amendoeira secou.
Etiquetas: fonte burro amendoeira
Moncorvo 3Não há que ter pressa em Moncorvo; há que fruir o despertar da fonte de 1704.
Etiquetas: fonte
O diário das notícias de hojeFátima
Papa celebrou missa em Fátima para quase meio milhão de fiéis.
Lisboa
"A fé torna-nos deliciosamente provincianos... e oportunamente iguais”
S. Bento
Sobem todos os impostos, cortes drásticos na despesa
Chiado em cacosCinco mil pessoas já descarregaram o stress de um dia de trabalho a partir a loiça no Chiado. De tal forma que esgotaram os prato. A organização promete mais para amanhã retomar este curioso ritual anti-stress: escrever uma mensagem no prato branco e, com mais ou menos algazarra, parti-lo contra uma parede onde está projectado um vídeo em que várias pessoas se queixam do que fica por fazer por causa do trabalho.
... escaqueirar pratos pode fazer maravilhas pela economia.
... mas não altera a eficiência
Constantinopla
Felipe González lidera um "grupo de sábios" que prepara (desde Dezembro de 2007!) um relatório sobre o futuro da Europa.
Etiquetas: religião fé economia europa
12.5.10
Por ser assim
Na encosta abrupta que leva a Estevais e à Adeganha, sobranceiro à veiga da Vilariça - cerca de mil metros em linha recta (5km de curvas) - um outro Abel cuida de uns poucos metros de vinha, encravada entre rochedos. Não sei se era feliz e muito menos se, sendo-o, era-o “por ser assim”; o que sei é que sabia indicar-nos o sítio exacto do povoado do Baldoeiro. Não pudemos lá ir ver os “motivos de feição serpentiforme insculturados no afloramento do castro que terá sido ocupado pelos Banienses”. 
Mas, na mesma área vê-se do IC2 esta curiosa gravura que os líquenes amarelos decoram. Acaso ou desígnio?
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu
F. Pessoa Etiquetas: agri velho vinha gravura Baldoeiro
Sensatez e sabedoria"Sabe, eu sou do tempo em que as pessoas dividiam uma sardinha por três. Vive-se muito melhor hoje. As pessoas não deviam queixar-se tanto e não gastar tudo o que ganham." Abel Ferreira de Carvalho, 81 anos.
Qual é, então, a mensagem de This Time Is Different*? Resumindo, é que demasiada dívida é sempre perigosa.
*This Time Is Different: Eight Centuries of Financial Folly. Rogoff K. e Reinhart C.
Esta busca da indiferença é ... comum a todas as grandes religiões da Terra (e.g. cristianismo, islão, hinduísmo e budismo). Nicolás F. Lori
* Indiferença!? Placidez, serenidade, desprendimento serão, mas indiferença não.Etiquetas: velho economia ambição religião
O Terreiro do Papa
Se a perenidade da Igreja deve mais à liturgia que à doutrina, o espectáculo da tarde de ontem terá sido de uma enorme ajuda. Fantástico cenário, luz soberba, mensagem perfeita; o tempo não podia estar melhor. Bernini teria lamentado não haver um Mar da Palha em Roma.
O resplendor perpétuo do oiro dos artifícios do culto, os paramentos antigos, a recuperação do latim pentecostal (o Papa falou em latim e os portugueses compreenderam-no) evoca a magia de cultos arcaicos - o dos budistas de Lassa ou dos chineses.
O altar foi colocado no cais das colunas, local mítico onde, desde Ulisses, se chega a Lisboa; o Papa celebrou de costas para o rio com o Cristo-Rei a poente, voltado para a cidade do iluminista Pombal.
Tenha sido Vaticano ou a Patriarcal que delineou a cena, Leni Refenstal teria aprovado o guião.
Etiquetas: Papa
11.5.10
Moncorvo 2
A linha do Sabor foi desactivada há muito; as cancelas que serviam para interromper o trânsito rodoviário enquanto passava o comboio, serve agora para, ironia amarga, impedir que o fantasma do comboio desactivado venha enguiçar o trânsito automóvel.
Num abrir e fechar de olhos toda a gente tinha descido e, no receio de não conseguir lugar, corria por entre os carris e os dormentes para o pequenino comboio de via estreita da linha do Sabor.
Meus pais deixaram-me de guarda ao que não podiam levar e devo dizer que com alguma apreensão me vi sozinho, pois nada garantia que, se o outro comboio fosse partir, eles tivessem tempo de me vir buscar. Aflições ilusórias de criança, em nada menores às que depois vêm com a realidade adulta.
A carruagem era um forno, o povo muito. Passou mais duma hora antes de as mercadorias serem transbordadas aos ombros dos carregadores do comboio do Porto para o nosso. Por razão que não sei íamos agora em primeira classe e o peluche do assento, desagradavelmente quente, colava-se às minhas pernas nuas. Um samaritano ofereceu-nos água da sua bilha. Irritados com a espera alguns passageiros tinham-se apeado, mas os mais velhos voltaram a sentar-se, queixando-se do calor e da pouca-vergonha de nos obrigarem a ficar ali a assar.
O silvo frouxo da locomotiva fez rir. A troçar do modo ronceiro do comboio, os rapazes que passeavam no cais puseram-se a acompanhá-lo a passo, só subindo antes da ponte com que de novo e pela última vez se atravessava o Douro. Mas no começo da encosta fronteira voltaram a descer, alguns dando-se mesmo o tempo de mijar e, subindo a corta-mato, aparecerem depois como por mágica na próxima curva antes de o comboio lá chegar.
Era tal a braveza do sol e a secura dos montes e do plantio, que dava a impressão de que a qualquer momento poderia rebentar um incêndio. O suor corria nos rostos. Havia gente a abanar-se com leques e jornais, enquanto outros, derreados do calor e da viagem, dormiam de boca aberta.
Minha mãe tirou da bolsa um espelho, para que eu visse como de tanto ir à janela se me pusera a cara que nem a dum carvoeiro. E porque na retrete não havia água e a nossa tinha acabado, lavaram-me com o vinho branco duma garrafa que, por ter estado ao sol, aquecera tanto que não prestava para beber.
Em Moncorvo, com carregos e descarregos, a paragem também foi longa. Depois, quando já tudo parecia pronto, desengataram a máquina que para surpresa geral partiu sem nós, mas retomou por outra linha e foi parar junto do reservatório para meter água.
Aquilo era mau agouro, comentou um senhor de idade. A subida puxava, mas do Pocinho até ali eram só doze quilómetros. Ora se a «bicha» com tão pouco já perdera a pressão, ele, que ia para Miranda, estava a ver que só tarde e más horas chegaria a casa.
Os outros contradisseram-no. Com certeza era do calor ou algum cano rebentado, coisa de nada. Atrasos grandes, já há muito tempo que os não havia. O senhor idoso discordou. Dois meses atrás, numa viagem que tinha feito a Coimbra, além de ir atrasado o comboio chegara a descarrilar. E isso na linha do Norte, a mais importante do país.
Entretanto a máquina fora de novo engatada e retomámos a marcha, lentamente, embora o terreno fosse plano. J. Rentes de Carvalho. Ernestina. Quetzal 2009
Etiquetas: CP cancela Sabor
Moncorvo, a Praça e as marcas do tempo A idade permite assistir à passagem do tempo, à História.
A Praça (da República, claro) de Torre de Moncorvo, por exemplo. Por ali passava a estrada que ligava o Pocinho a Bragança; passámos tantas vezes por aquelas ruas estreitas, agora vedadas ao trânsito. O que agora é constrangimento, naquele tempo era a agradável sensação de ter superado uma etapa. Parava-se no adro da Sé para comprar amêndoas “cobertas” – roxas ou brancas. Ainda de fazem e se
vendem.
No morro sobranceiro à Praça ficava o castelo com a vila velha. Porque o castelo estava em ruínas, entenderam e aproveitá-las para construir a Câmara Municipal; agora escavam o largo da
Câmara para desenterrar as ruínas do castelo.
No meio da Praça, ergue-se um belo chafariz do do Sec. XVII, mandado fazer por... * provedor da “comarca, à custa do povo”. Havia sido demolido mas foi restaurado e ainda serve. Uma obra pública de utilidade e equidade inquestionáveis, e com boa relação custo/benefício, construída, demolida e restaurada sempre à custa do povo; a pretexto e à custa do povo.
.
Seria a praça do comércio que ainda lá vi os sinais e
smaltados; todos desapareceram. Espero que estejam guardados.*
Chafariz Filipino construído em 1636, sendo desmontado no séc. XIX, restando apenas a taça e a base que a cobre onde tem escrito: "Feito no ano do Senhor de 1636 por ordem de Doutor Julião de Figueiredo, Provedor e Contador nesta Comarca, à custa do povo".
Etiquetas: moncorvo custa do povo obras públicas chafariz
Os altos responsáveis pela crise financeiraDias antes dos dez ex-responsáveis pelas finanças do Estado incluindo um ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos irem a Belém, outro economista demonstrou as resp
onsabilidades da banca:
A banca é também responsável pela grave crise económica e social que o País enfrenta: apenas 7,3% do crédito foi concedido à agricultura, pesca e indústria, enquanto 78,1% foi para a construção, habitação, imobiliário e consumo. (prima para ampliar)
Mas esta distorção no crédito imposta pela banca na ânsia de obter lucros elevados e rápidos com riscos reduzidos, é visível não só na repartição do crédito concedido pelas diferentes actividades económicas, promovendo as especulativas e estrangulando as produtivas, mas também na repartição pelas diferentes regiões do País agravando as desigualdades regionais. Eugénio Rosa Etiquetas: finanças banca consumo
10.5.10
Diagnósticos pós-mortem
Os dez ex-ministros das Finanças que hoje reuniram com Cavaco Silva manifestaram a sua "profunda preocupação" com a situação do país.
Constâncio pede redução do défice "mais abrupta e severa"
* Dirigiram o ministério das Finanças e a caramunha; salva-se Medina Carreira que o anda a dizer há muito.Etiquetas: finanças
Despedida do SaborGeometria rural 
No acesso a Stº Antão da Barca, os morros foram/estão cultivados até aos cumes em socalcos segundo curvas de nível, ordenadas (abcissas?) desta bela geometria tridimensional.
Os morros são cones, sinal de geomorfologia antiquíssima. A estrutura é milionar; a supra-estrutura, muito mais recente mantém-se actual.
Nos vales, entre os morros, construíram-se represas (mini-hídricas ecológicas) cheias ao fim deste inverno chuvoso; curiosamente a água retida toma também a forma de um cone. Vá lá, de uma pirâmide triangular de arestas boleadas. À roda uma fantástica explosão de cor e vida primaveril; silêncio.
.
Poucos quilómetros depois, da estrada de Alfândega da Fé a Moncorvo, vê-se a várzea da Vilariça, veiga fértil que dará duas culturas por ano.
A ribeira que corre para o Sabor faz de Nilo. Em vez de pirâmides outro morro cónico com socalcos recentes. Nozelos. (prima para ampliar)
No Egipto as pirâmides garantiam a vida eterna aos faraós, semideuses protectores das ameaças do deserto e das cheias. Aqui, as “pirâmides cónicas” asseguram a sobrevivência dos locais e o prazer da viagem; uma tarde ganha.
Os socalcos do Douro, património da humanidade são o equivalente português das pirâmides do Gizé projectadas, invertidas, nas margens do rio; as do Sabor, afluente do Douro, aproximam-se da forma original.
Etiquetas: Sabor Vilariça cones agri
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