Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt
A descida do Espírito Santo
Factores de natureza excepcional... a exposição ao universo Espírito Santo.
Etiquetas: mercado Espírito santo banca, pentecostes
Respigos
O “exorcista de Lamego” divide-se entre as paróquias de
Desejosa, Folgosa e Valença (do Douro). Revista Expresso 26-7-2014
Etiquetas: Diabo
Respigos
A mais notável definição de pobreza que
alguma vez vi provém da literatura - e embora se encontre num livro publicado
já em 2004 ("Bocas do Tempo", de Eduardo Galeano), encontrei-a pela
primeira vez apenas há dias: "Pobres são os que têm a porta fechada".
* As casas pobres costumavam ter a chave na porta.
Etiquetas: pobre
Segundo os dados do
Human Development Report 2014 menos de ¼ (23%) dos portugueses revelam confiar
no governo, valor semelhante (ao dos que dizem confiar em povos estranhos (27%).
Tudo se passa como
se nos sentíssemos governados por estrangeiros.
O que explica as
características da colonização portuguesa:
O fenómeno português
da “colonização” aparece mais do que outros com um carácter de “organicidade”,
que o torna resistente à análise comum pelo simples facto de ser uma colonização
levada acabo por uma Nação cuja estrutura económica arcaica e a profunda
passividade tecnológica que a exprime são por sua vez de natureza quase
colonial.
O que torna o
nosso caso único nos anais humanos é a harmonia inegável entre a nossa situação
histórica e económica, enquanto metropolitanos e a nossa situação enquanto colonizadores.
Eduardo Lourenço. Situação
africana e consciência nacional. Cadernos Critério 2, 1976. Em Do Colonialismo
como Nosso Impensado. Gradiva 2014.
Etiquetas: colónia Portugal governo
No mundo que a dor povoa
só há uma coisa boa
que é dormir, dormir, dormir.
Tudo vais sem se sentir.
Dizia o Carlos Vidal.
Se há coisa que tende a ser considerada boa, de quase todos os pontes de vista, é o crescimento económico. Resolve ou ajuda a resolver muitos problemas.
E todos estaremos de acordo...
Daniel Bessa. Expresso 26-7-2014
A Guiné Equatorial é um paraíso para os
investidores. O país com o maior PIB per capita de África (perto de 20 mil
dólares), graças ao petróleo, tem tudo, ou quase tudo, por fazer: casas,
estradas, portos e palácios. Nos últimos anos, o Governo tem gasto milhões em
obras, dezenas de palácios, milhares de prédios de habitação social, milhares
de quilómetros de alcatrão e muitos metros de portos.
Em 2011, por ocasião da cimeira da União Africana, foram construídos 52
palácios, um para cada um dos chefes de Estado africano que esteve em Malabo. “Vão
construindo infra-estruturas que não servem a população” e “aqui, em Malabo,
não há água potável”, tal como em Bata, acusa. E critica o investimento nas
forças de segurança. “Só em Malabo, nos últimos seis anos construíram-se oito
quartéis militares modernos, mas o Governo não construiu nenhuma escola pública
em 35 anos de poder”.
Etiquetas: economia crescimento Guiné
Espírito
Santo - A grande falência aparece agora e é muito maior: o Grupo Espírito
Santo. Inteiro. Uma derrocada, de cima para baixo. Mas como? Assim: anos e anos
de prejuízos não assumidos, operações que não geravam cash flow, investimentos nunca recuperados à custa de
dívida sobre dívida nas próprias participadas, que ficavam pendurados nas
contas como se estivessem bem. Pura má gestão e algumas ligações perigosas, com
Angola à cabeça.
“As famílias têm cada vez mais dificuldade em honrar os
compromissos, nomeadamente com o crédito a habitação, algo que não se passava
há alguns anos em que conseguiam honrar pelo menos o crédito à habitação".
Falta o
Estado para completar o quadro da nossa perdição; não vale a pena referir o seu
reconhecido papel. Para
muitos, bastava ele somente, que a má fortuna e os erros
nossos sobejavam.
Etiquetas: finanças banca consumo dívida
Psicosociologia em férias na areia de outra praia
“Um
retrato “existencial” da situação dos Espírito Santo em férias que eram ricos e
agora temem estar a caminho de deixar de o ser.
Vão para férias, mas não vão ter férias. Podem
mergulhar no mar, mas quando se encostam à toalha para secar, a sua cabeça não
descansa.” de JPP
1. O
Grupo Espírito Santo está falido e sob proteção de credores. Muitos ativos serão vendidos por
muito menos do que se esperaria.
Se
não houver injeção de capital rápida, muitas empresas não terão dinheiro nem
para pagar a funcionários até ao fim do ano, quanto mais a fornecedores.
Outras
empresas serão reestruturadas por novos acionistas, serão perdidos milhares de
postos de trabalho, os credores perderão grande parte do que lhes é devido,
haverá reestruturações de dívidas a fornecedores.
2. Quem vai pagar os 140 milhões € emprestados à Ongoing?
Além
disso, o BES terá de repor rácios de créditos sobre depósitos e venderá ativos. A Tranquilidade foi dada como
garantia para as provisões de 700 milhões €. Não vale metade.
3 A
família: vai perder tudo, ser processada, ... tendo em conta a quebra das receitas da empresa e o desequilíbrio entre ativos e passivos a colocou num estado crítico, sendo necessário "entrar" com o próprio património da família.
A
fortuna da família está perdida, a reputação pode estar também.
Etiquetas: mercado Espírito santo banca
Cansados de um imenso cansaço, cansados de um
desesperante cansaço. Vão para férias, mas não vão ter férias. Podem mergulhar
no mar, mas quando se encostam à toalha para secar, a sua cabeça não descansa.
(Como é que vou pagar o carro em Setembro?
Como é
que vou pagar a prestação da casa?
Já não posso mais receber aqueles avisos da
Autoridade Tributária a explicar por um número infindo de artigos que o meu
salário vai ser penhorado.
Como é
que vou sobreviver com a conta bancária confiscada para pagar o IRS?
Como é que
vou dizer à minha mulher que saio todos os dias de manhã como se fosse
para o emprego, mas há um mês que fui despedido?
Será que no meu serviço serei passado para a
mobilidade especial?
Vou ter
de mudar de casa, por que não posso pagar a nova renda que o senhorio me pediu.
A nossa filha entrou na universidade, mas onde
é que vou arranjar o dinheiro para as propinas?
Como é que vou de novo abrir o café, quando devo
dinheiro a todos os fornecedores?
E como vou continuar a ter o meu empregado de
sempre na oficina quando ninguém paga nada?
Apetece-me fugir.
Fugir.)
Etiquetas: sociologia pobreza
Um
retrato “existencial” da situação dos portugueses que não eram pobres e agora
temem estar a caminho de o serem. Muitos temem, mas muitos já sabem: já têm
muitas dívidas, estão em incumprimento nos seus empréstimos, têm ameaças de
penhora do fisco sobre os seus bens e o seu salário. JPP
* Os
portugueses que “eram pobres” não eram assim; eram os falsos ricos que estavam
“em incumprimento nos seus empréstimos, t(inham) ameaças de penhora do fisco
sobre os seus bens e o seu salário.” e “por
isso o seu mundo só pod(ia) piorar”.
Etiquetas: sociologia pobreza
Sociobiologia atrevida
Não se trata de coincidência acidental mas de um processo semelhante,
apesar das óbvias diferenças – um aproveitava-se e promovia a epidemia enquanto
o outro procurava combatê-la. Ambos lidavam com germes muito virulentos e extremamente contagiosos; ambos sucumbiram aos vírus que pretendiam
dominar.
Sendo “o ébola uma das doenças mais
mortais que se conhecem (fatal em 90% dos casos),
e não existindo ainda uma vacina ou uma cura”, a única medida é evitá-la.
“Uma das medidas preventivas de
emergência adoptadas foi a proibição do consumo da tradicional sopa de morcego.
Rato e macaco também são alimentos desaconselhados.”
O vírus
do consumismo compulsivo (cuja réplica é o crédito bancário) é hoje global, disseminada pela publicidade DDT;
na fonte desses germes também estão morcegos, mamíferos que, tal como os vampiros zecafonsinos, depois de
desmamados se alimentam do sangue do rebanho que gostosamente se põem a jeito.
Também
aqui só a prevenção é eficaz; infelizmente quase toda e gente, cronistas,
media, analistas, partidos incluídos estão já contaminados por esse vírus que,
tal como o “ébola
transmite-se através do contacto com pessoas infetadas”.
Etiquetas: mercado consumo vampiro ébola
Marçal Grilo ... veio pela enésima vez comunicar aos papalvos
que o maior recurso de Portugal são as pessoas. Evidentemente com a condição de
que o Estado as “forme” ou “eduque”.
Esta escola de pensamento não conseguiu até agora
perceber (e nunca perceberá) que as dezenas de milhares de emigrantes “qualificados” de
hoje são o equivalente aos meninos de 1870, que os pais sensatamente guardavam
em casa.
Esta escola ... não se rala com o
capital, a justiça, a fiscalidade e a reorganização do Estado de que a educação
precisa para ser de alguma utilidade aos portugueses. VPV
* Foi por razões destas que Ulbricht mandou erguer o muro de
Berlim.
Etiquetas: Muro Berlim escola
Sociobiologia atrevida
"Fica a ideia de que a justiça portuguesa atua
rapidamente quando as pessoas deixam de ser poderosas". Ricardo Costa
* É o
equivalente da imunidade de grupo que protege os
não vacinados enquanto estão rodeados por vacinados. Também a imunidade de que
gozam os políticos se estenderia aos poderosos com quem convivem, enquanto tal
acontece.
Etiquetas: sociobiologia imunidade vacina impunidade política
Ajudar os amigos como
a nós mesmos e os negócios sobre todas as coisas
Consumo
Trata-se apenas de
constatar que durante 40 anos a esquerda protegeu o Estado gargantuesco que
patrocinava os negócios privados, e a direita protegeu os negócios privados que
eram patrocinados pelo Estado gargantuesco. Vindo de lados aparentemente opostos,
sempre se sentaram à mesma mesa.
jogo online
... não podemos
facilitar a vida a interesses obscuros, altamente corruptores, invertendo uma
política de combate à fraude e ao crime. Nem podemos franquear o caminho a
novos modos de adicção e dependência que atingem duramente os consumidores mais
vulneráveis, nomeadamente menores. Não é um bom caminho, por muitos impostos
que o vício pudesse render.
Etiquetas: mercado consumo negócio jogo
A carne de vaca é o alimento de
origem animal com mais impacto sobre o ambiente. Requer 28 vezes mais terra, 11
vezes mais água, seis vezes mais fertilizantes e emite cinco vezes mais gases
com efeito de estufa do que as carnes de porco e de aves, os lacticínios e os
ovos.
“A
clara mensagem é a de que a carne de vaca é de longe a categoria animal menos
eficiente ambientalmente nas quatro medidas consideradas”, Proceedings of the National Academy of Science.
* Comer
metade da carne habitual, reduz - seguramente em metade (Actas Portolagenses)
– a pegada ecológica, o risco aterosclerótico, o escusado sofrimento da criação
e a conta.
Mastigar devagar duplica o prazer e facilita a digestão e a conversa.
Etiquetas: carne ecologia
* Por não haver peritos nacionais ou para prevenir conflito de interesses?
Etiquetas: economia banca
Acima do que seria tolerável e muito acima do necessário
Por arrogância de aprendizes de feiticeiros da
alquimia financeira uns, por crença em irreversíveis direitos adquiridos ou para
compensar injustiças geracionais * ou meramente "para não parecer pelintras" ignorava-se Lavoisier.
Só que as consequências de uns são muito mais funestas do que as de outros; mas uma nuvem de gafanhotos faz mais estragos do que uma manada de elefantes.
Etiquetas: economia finanças banca
A partir desta
semana a Guiné Equatorial será o nono país da Comunidade de Países de Língua
Portuguesa (CPLP), um grupo que até agora tinha em comum a língua.
* A língua a saber a Pó de petróleo.
Etiquetas: CPLP política petróleo
Aguarrafa
Publicidade
subliminar ou acto falhado, tanto faz. A mensagem que passa é que a Caixa espera
que a família modelo beba água engarrafada em plástico.
Há dias, um
telejornal mostrava um bem exemplo de levar cuidados onde fazem falta – a câmara
de um concelho do Algarve alentejano (Alcoutim, creio) criou equipas móveis do
Centro de saúde que visitam as aldeias envelhecidas da região.
Agora mostravam uma
que se propunha ensinar os velhotes a defender-se do calor estival. Jovens técnicas
pretendiam ensinar o padre-nosso ao vigário: Evitar as horas de calor etc.
Por
fim, para reforçar a utilidade de beber água, ofereciam uma garrafa de água a
cada um.
Espero ter-me enganado,
que um dos sucessos das autarquias foi a distribuição de água potável.
Etiquetas: água garrafa mercado subliminar
... contando as citações ou as ligações [backlinks] que
vão dar a uma dada página. ... dá-nos uma ideia aproximada da importância ou da
qualidade da página.
** Onde se lê inteligência deverá ler-se
notoriedade*.
* ou celebridade, fama, nomeada, reputação, berra.
Etiquetas: Google mercado fama inteligência
Preocupante é também o facto de mais de metade (52%) dos
portuguesitos de 4 anos (Geração XXI) consumirem refrigerantes e néctares diariamente.
O refrigerante mais consumido é o ice-tea. “Os pais pensam que estão a dar chá aos filhos”.
* E "refrigerantes e néctares".
A
publicidade, enquanto não consegue manipular os genes, condiciona os memes por via
das palavras; tenta imitar o condão da rainha Isabel: "só disse que
eram rosas as moedas e foram rosas. O chamar foi produzir; e o dizer que
eram, foi fazer que fossem o que não eram." António Vieira, Sermões.
E os pais acreditam, sem moderação nem senso. Depois votam. Amen.
Etiquetas: memes Vieira, mercado publicidade
Reflexões
da Madeira
O
domínio do BES passou das mãos de uma família para as do PSD.
Há anos
que o domínio da Madeira também passou das mãos das famílias tradicionais
(Madeira Velha) para as do PSD-M.
Etiquetas: Madeira PSD BES
A entrada para o “check-in” lembra as
baias para levar o gado à purga ou à ferra.
A funcionária do balcão (ANA? Ground-force?)
“oversized” não atendia, ordenava – “as malas têm de estar deitadas”; não tinha
aguilhão visível.
No controle fui despido e apalpado por
levar um frasco de protector solar. Tendo sobrevivido à prova, outra me esperava - um
labirinto de montras cintilantes que impediam que desse com a sala de espera; ali
vi-me rodeado de lojas onde as empregadas também esperavam, imóveis e
silenciosas, eventuais clientes. A maioria passava distraída; alguns entravam
a ver a mercadoria.
 |
Moreia Aquário Funchal |
No fundo do mar há predadores que aguardam
as presas escondidos nas rochas ou cobertos de areia; alguns exibem iscos atraentes com que as levam ao
engano.
Para apanhar moscas, penduravam-se fitas
adesivas, que a gravidade desenrolava e a brisa enrolava.
Aeroporto às moscas.
Um aeroporto reflete o Estado e o funcionalismo público - todos somos considerados incómodos e suspeitos enquanto se não provar o contrário; as salas de espera refletem as campanhas dos partidos políticos - diferem entre si como as montras dos vários aeroportos: todas nos acenam com bugigangas de que só tarde damos conta serem supérfluas, iludem-nos com utopias mirabolantes e nenhuma se liberta do paradigma consumista - não seremos bem-vindos sem uma prenda do "free"-shop.
Etiquetas: mercado montra presas predadores
Gau$$$$$$$$$$
The results clearly indicates that survey
wealth estimates are very likely to underestimates wealth at the top.
* Mais do que a assimetria da distribuição do rendimento, interessa-me saber se o que chega ao extremo direito da curva bastará.
Mais do que a assimetria da distribuição do rendimento, preocupa-me a distribuição dos votos que, neste sistema enviesado, acompanha a das notas do banco.
Etiquetas: riqueza Gauss
“Proletários de todas as ordens, uni-vos!
A Ordem dos Advogados apela aos seus membros para envergarem a toga, "num ato simbólico de
defesa, na rua, dos direitos de cidadão e de manifestação da força da advocacia
portuguesa"
* Advogados de toga, médicos de bata, operários de fato de macaco.
Etiquetas: greve médico advogado operário