alcatruz

Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt

29.11.13

 

Morrer com odor de santidade

Ao preparar um diaporama sobre recordações de Goa encontrei este relato do que aconteceu ao cadáver de S. Francisco Xavier, apóstolo do Oriente, santo favorito dos goeses, que tanto se parece com o que aconteceu a Jean-Baptiste Grenouille, o personagem de O perfume de Patrick Süskind.

1. Ao longo destes séculos, Francisco Xavier se tornou o Santo favorito dos Goeses e há séculos é conhecido e venerado universalmente entre nós como “Gõycho Saib” (o Senhor de Goa).
O seu corpo incorrupto foi exposto para veneração pública por dezasseis vezes. A origem das Exposições solenes foi quando da expulsão dos Jesuitas de Portugal e suas colónias pelo Marquês de Pombal em 1759. Um boato correra em Goa de que eles tinham levado consigo o corpo do Santo, deixando ficar apenas o caixão. Para acalmar os ânimos perturbados dos Goeses, as autoridades religiosas e civis decidiram expor o corpo para provar ao público que o rumor era isso mesmo: um rumor, uma notícia falsa. Isso foi feito de 10 a 12 de Fevereiro de 1782. Acorreram mais de quarenta mil pessoas: tanto bastava para o povo continuar seguro da protecção do seu Gõycho Saib.
 Em 1952 o exame médico e a verificação pelas autoridades eclesiásticas revelaram que o milagre do “corpo incorrupto” tinha terminado, não restando mais que o crâneo, as duas pernas, o braço esquerdo com a sua mão, pedaços das costelas e alguma pele a destacar-se dos ossos que cobre - tudo já completamente seco. Isto foi, evidentemente, consequência das mutilações, hoje inconcebíveis, a que ele foi submetido pelo desejo das autoridades em Roma de ter alguma relíquia preciosa do Santo missionário.
Foi-lhe então amputado o braço direito (1614) e o corpo fresco veio a perder muito sangue e começou a secar. Mais tarde ainda outras amputações (antebraço, espádua, e, em 1636, mesmo os órgãos internos) para satisfazer aos Jesuitas das missões do Oriente e mesmo outros no Ocidente que queriam o seu “quinhão” derelíquias.

O dedo grande do pé do Santo que a devota exaltada Condessa de Villahermosa tinha arrancado em 1554 (trincando-o ao simular beijá-lo) era transportada em procissão em Goa nos finais do séc. XVII.

2. ... o homenzinho com a sua casaca azul, aparecera ali subitamente, como se tivesse saído da terra agarrando um frasquinho a que tirara a rolha. E, em seguida, aspergira-se dos pés à cabeça com o conteúdo desta garrafinha e logo surgira envolto numa aura de beleza, como um fogo radioso.
Nesse momento, recuaram por uma questão de respeito e porque ficaram estupefactos. Contudo, nesse mesmo momento, já sentiam que este movimento de recuo era antes uma preparação para o ataque, que o seu respeito se transformava em desejo e a estupefacção em entusiasmo. Sentiam um fascínio por este homem que tinha uma aparência de anjo. Um horrível turbilhão atraía-os na sua direcção, um fluxo irresistível ao qual nenhum homem ao cimo da terra teria conseguido opor-se e nenhum teria vontade de o fazer, pois esse fluxo minava a vontade e transformava-se em atracção para ele: na direcção do homenzinho.
Formaram um círculo de vinte ou trinta à sua volta e agora cada vez apertavam mais o círculo.
Precipitaram-se para o anjo, caíram-lhe em cima, prostraram-no por terra. Cada um queria tocar, cada um pretendia a sua parte, possuir uma pequena pluma,
uma pequena asa, uma centelha do seu fogo radioso. Arrancaram--lhe as roupas, os cabelos, arrancaram-lhe a pele, cravaram-lhe as unhas e os dentes na carne, atacaram-no como hienas.
Contudo, um corpo humano é duro e não se esquarteja facilmente; machados e facas silvaram ao atingir as articulações, ao quebrar os ossos que estalavam.
Patrick Süskind. O perfume.

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27.11.13

 

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A natureza aleatória do Direito Constitucional
1. A decisão do Tribunal Constitucional sobre o aumento do horário de trabalho semanal da função pública para as 40 horas não era fácil ...  tendo sido tomada pela maioria tangencial de sete votos a favor e seis contra.
Alguns verão mesmo nesta divergência profunda a natureza aleatória do Direito Constitucional ...
Só a má-fé e a ignorância permitem chegar a esta conclusão. J.Bacelar Gouveia

2. Ao contrário do que é noticiado, a questão essencial - ou seja, que as 40 horas não são inconstitucionais --, foi votada por unanimidade (como se pode ler no acórdão). Vital Moreira

3. Parafraseando ... um comentário recente de um prestigiado jurista português, dir-se-ia que em cem juízes constitucionais não mais de seis teriam acesso a uma tal imaginação e criatividade interpretativa; sucede que, por coincidência, ocorreu estarem esses seis juízes no Tribunal Constitucional e terem contribuído para a formação da maioria necessária para aprovar o acórdão. J.Reis Novais


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26.11.13

 

Jurisprudência

Tribunal Constitucional deixa passar lei das 40 horas na função pública.
Decisão foi tomada por sete votos contra seis.

* Sendo o TC a última instância, espera-se que as suas deliberações sejam o menos questionáveis possível; mais ainda quando se trata de interpretações. Por isso são tantos (13) juízes.
Uns são indicados pela AR e outros cooptados pelos primeiros; são, pois, uma amostra dos mais competentes constitucionalistas.
Quando a deliberação venceu com sete votos a favor e seis contra é provável que, com outros juízes, o resultado pudesse ter sido diferente.
Se os juízes fossem escolhidos ao acaso de entre todos os mais competentes, os votos a favor poderiam ter sido apenas quatro (e nove contra) pelo que o acórdão seria diferente.

Só com 11 votos em 13 juízes se poderia garantir (com 95% de confiança) que, fossem outros os juízes igualmente competentes, o resultado não seria diferente.

PS. Afinal o acórdão foi subscrito por unanimidade, ao contrário do noticiado; mas o princípio proposto mantém validade.

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25.11.13

 

Mário e o Lobo

Mário era um pastor. O seu trabalho era tomar conta das ovelhas enquanto pastavam. Mas por vezes ficava aborrecido por estar sozinho, sem ninguém com quem brincar e falar.
Um dia resolveu fazer uma brincadeira para se divertir. Desatou a gritar:
- Lobo, lobo, socorro, está aqui um lobo!


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Consentimos?

DGS, uma sigla mal conotada

A civilização era para ele o número, o ofício, a tutela fria sobre o cidadão por meio de um papel que o recrutava, limitava, cercava como um coelho numa tapada
Agustina. Os meninos de oiro.

Consentimento documentado

 ... tornar esta prática obrigatória e “uniformizá-la” criando um modelo tipo que passa a ser de uso obrigatório. “Tem que entrar na rotina, ser sistemático.
“... um consentimento informado, um documento...”
“que terá que ser sempre entregue em duplicado ao doente.”
 Perguntar a um doente se sabe em que consiste a cirurgia a que vai ser submetido, se conhece os seus riscos, eventuais alternativas fiáveis são algumas das questões que constam de um consentimento informado, um documento que vai passar a ser obrigatório em 21 situações de saúde e que terá que ser sempre entregue em duplicado ao doente.
O princípio de que o doente tem direito a ser informado sobre a sua situação clínica, a poder fazer perguntas ao médico e a consentir no tratamento a que vai ser sujeito está prevista em vários diplomas legais, mas, na prática, “nada está uniformizado” e a sua existência “depende do querer do médico”. Neste momento, a existência do documento fica muitas vezes “ao critério dos membros da equipa médica”, disse ao PÚBLICO o director-geral da Saúde, Francisco George.

O objectivo da norma sobre o consentimento informado da DGS é tornar esta prática obrigatória em todo o SNS e “uniformizá-la” criando um modelo tipo que passa a ser de uso obrigatório. “Tem que entrar na rotina, ser sistemático. É um aspecto essencial na prática médica que temos que observar com grande rigor”, reforçou o responsável.

* Depois da mortalha (1) o documento - a obsessão com o invólucro.
* O objectivo é informar o doente ou provar o que se fez?


Primeiro formataram 
E aceitámos; que mal tinha?
Quando dermos conta será tarde.





Cadastro para pais que fumam
(1)... um tipo de sociedade detestável, irrespirável, que está a ser construida pel adevassa e controle da vida privada, pela formação da personalidade, dos hábitos e dos comportamentos - tudo conforme regras, normas, normazinhas,", certificações e quejandos que mais não são do que formas de controlo"
João Silva Carvalho. Presidente do Colégio de Obstetrícia  da OM. Expresso 23 Novembro de 2013

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22.11.13

 

Da Aula Magna à Quadratura do Círculo

António Costa considerou que o seu partido ainda não é uma “alternativa clara e imediata à actual solução governativa”.
“O PS é hoje um partido que não consegue mostrar que consegue ser uma alternativa e que consegue fazer diferente”, afirmou Lobo Xavier.
Pacheco Pereira concordou.

Uma alternativa saída do Jogo da Pela da Aula Magna?

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Social-escadismo

Mário Soares sobe um degrau: vai desafiar Cavaco à demissão.
Polícias invadem escadaria da Assembleia da República.
“Este Governo está a destruir o país, espero que caia”, concluiu Mário Soares

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Redacção

o que tem de saber um professor

Professores obrigados a seguir acordo ortográfico de 1990. Mais de dez erros de ortografia valem zero na redacção.

* Uma amostra de referência será constituida por deputados e jornalistas.

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18.11.13

 

Salvem-nos

Salvem os psicoanalistas

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A raiz das crises

Sociobiologia atrevida
1. A longa depressão 
Rui Tavares   

 * É o que dá prescrever aspirina sem cuidar da causa - o doente parece melhor mas a doença prolonga-se.
* Para resolver a equação das crises há que extrair as respectivas raízes quadradas.


2. O governo fez das regras da medicina tradicional chinesa o seu modelo de conduta. 
O médico organiza o tratamento adaptando o doente à doença.
Aparentemente os súbditos estão tranquilos, não dão sinais de revolta. Mas a doença permanece. ACC
* Não sei se o resultado se deve à ineficácia da terapia se à inépcia do aprendiz.


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17.11.13

 

Felicidade chucha

Felicidade mercantil
A promoção subliminar dum sucedâneo à venda na farmácia.
Pacifier, dizem os americanos.
Há de várias tipos: chuchas, chochas, chichas, chechas e xaxas. 
O mercado compensa as suas necessidades insatisfeitas e respeita a liberdade de escolha.

* O mercado é um dos mais interessantes locais de qualquer cidade; uma bela invenção humana como a roda, a faca, o automóvel ou o vinho. 
Mas seria ridículo idolatrar a roda ou o vinho.

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16.11.13

 

O reino moluscoso

As velhas famílias que hibernaram
Fora disso, o que há é uma lei da selva que a equipa de velhos ricos habilidosos, dedicados a proteger a “família” e as suas posses, habituados a mandar em todos os governos, em coligação com meia dúzia de yuppies com retorno assegurado a todos os bancos e consultoras financeiras, e com uma classe política de carreira, deslumbrada e ignorante, todos entendem que nessa selva são grandes predadores e que se vão “safar”. JPP

 * As novas famílias emergentes
... meia dúzia de yuppies ... cada um acolitado por meia dúzia de juventos, que nomeiam, cada um, meia dúzia de cágados para ocupar lugares de confiança, que se rodeiam (cada um) de meia dúzia de répteis que escolhem (cada um) meia dúzia de vermes para ... 

Uma hierarquia viscosa. Os cágados que se escondem na casca, os répteis que ainda têm coluna vertebral muito flexível que usam para fugir ou atacar mas sobretudo para se acomodar (daqui o sucesso dos quiropatas, muito mais procurados do que quando a carga era suportada ao ombro ou à cabeça).
São sobretudo os vermes ou, melhor, os moluscos, de corpo mole, sem esqueleto e sem membros. O único músculo que têm é o do “pé” com que aderem ao lugar ou fecham a concha.
Nesta época em que são indispensáveis cidadãos com boas cabeças e membros bem musculados, Nesta época em que são indispensáveis cidadãos com boas cabeças e membros bem musculados, não damos um passo sem tropeçar em colónias desses seres moluscados.

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Responso ao Tribunal Constitucional

Se o Tribunal Constitucional não nos defende do retorno a esta lei da selva...

... está-se no limite de uma outra e mais perigosa impunidade: a de que os “donos do país”, a elite do poder, os cognoscenti, mais os seus consiglieri no sentido mafioso do termo, na alta advocacia e consultadoria financeira, o sector bancário e financeiro, o FMI, o BCE, a Comissão Europeia, podem decidir o que quiserem sobre os próximos dez ou 20 anos da vida dos portugueses sem que estes sejam alguma vez consultados. JJP

* Se milagre desejais
Recorrei ao Tribunal Constitucional
Vereis fugir o demónio
E as tentações infernais.
...

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Cidadania e calçada portuguesa

Calçada portuguesa, o princípio do fim?
O resultado está por aí à vista de todos; passados alguns dias o terreno abate e o perigo é dobrado. 
Os responsáveis em meu entender, são, desde logo, o empreiteiro que não tem dignidade de mandar executar bem o trabalho e a Câmara Municipal porque não fiscaliza. 
Cuidado; não arranjem desculpas para matar a calçada portuguesa.
Guilhermeda Conceição Duarte, Lisboa


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15.11.13

 

Febre terçã

Sociobiologia atrevida
A febre é uma manifestação da resposta inflamatória primitiva a agressores variados. Baixar a febre elevada é útil para o bem-estar do doente mas não melhora a doença.
Febre terçã: febre cujos acessos se manifestam de 3 em 3 dias. É sugestiva do paludismo, uma doença causada por um parasita transmitido pelo mosquito.

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Uma semiótica desonrosa

Um terço dos portugueses não consegue identificar sintomas de cancro de pulmão
Portugal surge num desonroso quarto lugar num estudo internacional que avaliou o desconhecimento dos sinais de alerta de cancro de pulmão, a doença oncológica mais mortal em todo o mundo. Um terço (33%) dos portugueses inquiridos neste estudo realizado em 21 países não foi capaz de identificar de forma espontânea um único sintoma desta patologia. 
*Muito mais importante que saber se alguém consegue “identificar sintomas de cancro de pulmão” era saber o que faria se notasse tal ou tal sintoma ou sinal. 

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14.11.13

 

Coca-Cola em Alcântara




A notícia de que foram extraídos 252 gramas de cocaína pura, em 24 horas, das águas residuais de Alcântara pode induzir em erro e levantar falsas expectativas. 
Trata-se apenas de metabolitos inactivos.

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Iconoclastia

 Ora aqui está um local adequado para uma sociedade de mercado protestar. 

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13.11.13

 

Vacina

Sociobiologia atrevida
Em 2013, a poliomielite é endémica apenas em três países: Nigéria, Afeganistão e Paquistão, onde os taliban têm afugentado os profissionais de saúde que trabalham nas campanhas de vacinação, por desconfiança de que sejam da CIA. Espiões norte-americanos que trabalharam na descoberta do esconderijo de Bin Laden terão feito de conta que vacinavam crianças paquistanesas.

* Toda a vacina tem efeitos secundários; os vacinadores que não lavam as mãos acrescentam outros.

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O cheque ao portador e o portador em xeque.

"Cheque-ensino", cheque-saúde, cheque-refeição, cheque-voto.
Dizer que com um "cheque-ensino" todos, pobres ou ricos, poderão escolher a escola que querem é, à partida, uma tese que agrada a todos...
. .. a ideologia que impulsiona o cheque-ensino: a ideia de que a vida é apenas concorrência e que a comunidade (o governo) é um espartilho à liberdade individual.

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O culto e o oculto

Um retrocesso no feminino

... a situação das mulheres piorou nos países da Primavera Árabe.

E se uma maior tomada de consciência das mulheres é o dado positivo a reter, este retrocesso é talvez o dado mais revelador de como o peso da religião impede a mudança nestas sociedades que a Primavera Árabe parecia prometer.
* Uma coisa é a religião, outra o clero e o culto; e o oculto.

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11.11.13

 

Afinal somos felizes, diz-nos a Revista piscando o olho.

O inquérito foi realizado pela GFK, com 1211 indivíduos com 18 ou mais anos, residentes em Portugal Continental, proporcional por região
Não foi indicada  a taxa de recusa ou desistência verificada neste inquérito; consistindo de 52 perguntas em entrevista em casa imagino que será necessário estar muito bem disposto para colaborar até ao fim.
Pedi esclarecimentos.

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10.11.13

 

Felizes, dizem eles.

Portugueses felizes e otimistas, apesar da crise


Numa sondagem do Expresso, 
67% dos portugueses dizem-se felizes e 
69% estão tão ou mais felizes do que há três ano.




Afinal fomos felizes?
 A crise na zona euro provocou uma queda acentuada na felicidade e satisfação dos portugueses. Portugal ocupa agora a posição 85. 

A conclusão é do estudo das Nações Unidas "World Hapiness Report 2013". 

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Não há teias grátis

Vai-se à procura da letra dum poema de Vinicius de Morais na teia e tentam impingir-nos Vitamina D3. 
Para a "saúde dos ossos e outros benefícios".

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8.11.13

 

De Estado dono a Estado semáforo

Implacável
Propõe-se um novo paradigma de gestão para o Serviço Nacional de Saúde, mudando as regras do seu financiamento. Nesse modelo, o Estado deixaria de ser o fornecedor universal para ser antes a garantia de universalidade do fornecimento dos serviços de saúde. 
Interviria sobretudo como regulador, corrigindo as distorções do mercado, e seria implacável na aplicação de regras - nomeadamente regras de acesso -, que seriam iguais para todos os sectores (público, privado e social). XXI, Ter Opinião. JMF

* Qual a probabilidade de que o Estado (este Estado, o nosso Estado) possa razoavelmente “garantir, intervir, regular, corrigir as distorções do mercado, ser implacável na aplicação de regras - nomeadamente regras de acesso -, que seriam iguais para todos os sectores (público, privado e social).”?

O Estado das PPP rodoviárias (e da do H Amadora-Sintra), da fiscalização da construção do novo HP, das derrapagem do orçamento de obras públicas? ... 

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Greve

Lixo e Hospitais
A mesma estratégia.

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Ascídias no quadro

Sociobiologia atrevida

... do sistema nervoso fica só um gânglio
Numa estimulante palestra, o Prof. Sobrinho Simões falou destes bichos que desde que se fixam deixam de usar o “cérebro” que quase desaparece.  Também há outros bichos que quando se fixam no quadro (público ou privado) deixam de usar a cabeça que mirra.

As ascídias, também chamadas de seringas-do-mar, são animais sésseis que vivem em colónias em águas rasas, presas às rochas.
A larva possui um órgão nervoso  na cauda. A cauda é absorvida e do órgão nervoso só fica um gânglio.

Uma ascídia adulta tem o corpo globoso ou cilíndrico, fixo pelo pedúnculo. 
Possui duas aberturas por onde circula a água que entra pelo sifão bucal e sai pelo sifão cloacal; a água carrega inúmeras partículas de alimento.

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7.11.13

 

Escort boys

Estratégia de Economia e Emprego

No Diário da República 2ª série nº 56 de 20 de Março de 2013 consta o despacho do
Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro que nomeia dois especialistas para exercer as funções de acompanhamento da execução de medidas do memorando conjunto com a União Europeia Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu na ESAME
Em anexo as notas curriculares destes dois especialistas que se transcrevem:

1. Tiago Miguel Moreira Ramalho, 21 anos, concluiu em 2O12 a Licenciatura em Economia na Universidade Nova de Lisboa um média final de 16 Valores.
Experiência profissional
Entre setembro e dezembo de 2012, Tiago Ramalho realizou um estágio profissional
não remunerado no Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e
Emprego.

2. João Miguel Agra Vasconcelos Leal, 22 anos, encontra-se a concluir o Mestrado
Científico em Administração de Empresas na Universidade Católica Portuguesa, mais
concretamente na Católica - Lisbon School of Business and Economics, onde em 2O11,
já havia concluído a Licenciatura em Economia com média final de 15 Valores.
Experiência Profissional
Entre junho e agosto de 2O11, João Miguel Leal realizou um estágio de verão no Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e Emprego.

Estes despachos deixam-nos entender os critérios com que o governo nomeia
especialistas para funções de tão elevada responsabilidade e, sem nenhum
comentário, felicitamos estes dois especialistas nomeados para tão responsável
missão. Com eles, a Troika que se cuide!
Celestino Flórido Quaresma
Diário de Coimbra 6 Nov 2013

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6.11.13

 

We shall never surrender.

Mudaremos as crianças de uma enfermaria para outra, tratá-las-emos nos corredores, consultá-las-emos nos átrios. We shall never surrender.


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O torniquete

Sociobiologia atrevida
Ao mesmo tempo, a Comissão mostra que mantém intacta a confiança no modelo "punitivo" da austeridade. Se o TC permitiu reabrir provisoriamente as portas do consumo doméstico, feche-se a torneira.  
* Para tratar de urgência uma “hemorragia desatada” há que “atá-la” – um torniquete na base do membro atingido impede a morte; mas esta solução não se pode prolongar, que os tecidos do membro precisam que o sangue circule. Por isso, durante a intervenção, o cirurgião experiente permite aliviar o torniquete de vez em quando. Parece que a CE assim o não entende.

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Consentimento informado

E aqui chegamos ao ponto crucial. Estas duas instituições da União - a Comissão e o Banco Central Europeu - fazem parte de uma velha conhecida nossa: a troika. E, enquanto membros da troika, com muita amplitude e uma boa dose de arbitrariedade, impõem e fazem implementar, todos os dias, medidas que têm efeitos contrários aos objetivos da União (... o pleno emprego e o progresso social). Como pode ser isto?
Ora, é um facto que Portugal pediu um resgate financeiro, mas isso não justifica tudo o que possa acontecer durante o resgate.

* É o que acontece numa intervenção cirúrgica complexa quando o cirurgião se depara com problemas inesperados e entende ter que agir - com muita amplitude e uma boa dose de arbitrariedade. Como o doente está anestesiado não pode reagir aos sucessivos golpes; mesmo que o pudesse, a máscara impediria que o cirurgião desse conta. Mais, o anestesista, convencido de que a operação vai terminar em breve, reduz o débito do gaz e o doente, meio acordado sente a dor mas não tem forças para gemer.
Aqui chegados, mais do que questionar a legalidade da troyka – a meses da sua extinção – haveria que perguntar se houve consentimento informado antes da intervenção? Eu não dei nem me lembro de ter sido convenientemente informado. Alguém a terá dado em nosso nome?
A pesquisa da responsabilidade pela eclosão da doença ficará para mais tarde.

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O falecido governo

Haverá solução quando o Governo cair?

Tal como o chefe do Governo, também o  líder da oposição, .., já se mostrou incapaz de propor um rumo para o país.
Até pode ser que, como aconteceu na Alemanha, os dois novos líderes se entendam.

* Creio que só na multiplicação (e na divisão) menos por menos dá mais.

Nota: É curioso que álgebra seja simultaneamente "Ciência de cálculo das grandezas, representadas por letras" e "Arte de reduzir fracturas". Assim seja

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5.11.13

 

Atitude cívica exemplar

Como fiscal de uma obra notou anomalias e disso foi dando conta a quem de direito – ao nível hierárquico superior. Actuou como competia a um fiscal zeloso; fê-lo repetidamente, sem resultado.
De tal forma seria visto como incómoda esta atitude que lhe foi impedida a entrada na obra. Um fiscal, para tal contratado, foi impedido de exercer as suas funções!
Foi transferido para outra obra.
Meses depois da inauguração ruiu o revestimento do tecto daquele hospital de crianças; felizmente naquele momento ninguém lá estava.
Foi a gota de água - o tempo dera razão aos seus avisos; bem aconselhado, como sempre, apresentou uma exposição ao Tribunal de Contas com base nos múltiplos relatórios bem documentados, oportunamente entregues e convenientemente registados.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde confirmou todos os erros apontados e os defeitos foram-se revelando.
O valor do seu depoimento foi reforçado pela sua longa e sólida experiência nessa área e pelo facto de, como ele disse “eu estava lá” e ainda pela estratégia adoptada de irrepreensível disciplina e civismo.
Fora deputado à AR e, mesmo depois de deixar de o ser, manteve a responsabilidade que o cargo implica.

Bem haja pelo exemplo.

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Antolhos

nem percebe o que está a fazer
Em que a pessoa às vezes nem percebe qual é a utilidade efectiva do que está a fazer. Não consegue controlar os efeitos do que está a fazer. Faz e depois aquilo entra num processo especulativo. 
Nunca mais me esqueci de uma entrevista com um homem que estava no cerne da crise americana, um tesoureiro de topo das empresas que estiveram envolvidas na crise de 2008. Este senhor deu uma entrevista à CBS, ao programa 60 Minutes, em que perante a pergunta: "Por que não denunciou antes?" (ele tinha sido um primeiro denunciante da situação e a resposta dele ficou-me para sempre), ele disse: "Não o fiz porque não conseguia perceber o que se estava a passar." 
Mesmo o homem que estava no núcleo não conseguia ver o que se estava a passar.

João Mariade Freitas-Branco, filósofo, autor, professor e investigador universitário, é um dos fundadores do Movimento para a Democratização do Regime.

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4.11.13

 

Regra de ouro

Incerta na Constituição...
Trata-se dum assunto político, mais do que jurídico.

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Vício

Mais visitas e mais vendas nos centros comerciais este ano.


* Não aprendemos nada com a crise. Mal se avizinha a alta, logo voltamos ao dealer que aqui nos trouxe.

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