Alcatruz, s.m. (do Árabe alcaduz). Vaso de barro e modernamente de zinco, que se ata no calabre da nora, e vasa na calha a água que recebe. A. MORAIS SILVA. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA.RIO DE JANEIRO 1889 ............................................................... O Alcatruz declina qualquer responsabilidade pelos postais afixados que apenas comprometem o signatário ...................... postel: hcmota@ci.uc.pt
Mito individualista Tenho conseguido evitar, mais por tédio do que por cortesia, o casamento de William com Catherine. Acho que todos, ... preferiríamos que eles se pudessem casar em paz, sem serem observados.Fala-se muito do espírito moderno do casal mas, hoje em dia, moderno, moderno seria terem-se casado em segredo, convidando apenas as pessoas de quem gostassem (poucas), sem quaisquer convites por dever ou obrigação.MEC * Uma opinião consequente com o mito individualista de que o casamento é um assunto de dois; mais do que os outros este é também um assunto de família, amigos, comunidade, nação, império. É disso que vivem os media. São os espinhos da coroa duma família real. Nem a morte é um assunto exclusiva ou predominantemente individual; para morrer em paz exige-se uma certidão de óbito. No caso de suspeita de suicídio, até autópsia médico-legal se impõe.
Meteoeconomia Portugal não estava preparado para a crise A Grande Lisboa não estava preparada para uma “depressão convectiva”.
A Grande Lisboa registou uma queda abrupta da temperatura (oito graus) que deu origem a um fenómeno denominado cúmulo-nimbo. Trata-se de uma nuvem escura e espessa, que pode ter atingido 14 quilómetros de altura e que descarregou uma quantidade de granizo inédita. Em alguns locais, atingiu meio metro de altura. O Instituto de Meteorologia diz ter-se tratado de uma “depressão convectiva”. "Neste momento em que atravessamos a mais grave crise financeira desde os Anos 20 do século passado”.
Romeu e Julieta ressuscitaram em Izeda cinco séculos depois. . Ermelinda Capuleto tem 68 anos, Daniel Montecchio 65. Ambos são viúvos e, há uns meses, recomeçaram a namorar. É daquelas histórias antigas: um namoro de juventude, contestado pela família, com Ermelinda e Daniel a acabarem por ceder e a seguir caminhos diferentes. Reencontraram-se cinquenta anos depois que para eles parecerem cinco séculos mas nada mudara. E para impedir os encontros entre os dois apaixonados uma filha dela e uma irmã dele resolveram amarrar Ermelinda à cama do quarto e assim esteve seis dias.
Outra alternativa A medida alternativa (à redução dos salários públicos e privados) seria aumentar o horário de trabalho, sem remuneração extra. Luís Campos e Cunha * Melhor ainda: cumprir horários e trabalhar bem durante o horário; trabalhadores e gestores. Qualidade em vez de quantidade.
Realeza britânica Ao minuto E as bocas dos bobos: Susana Almeida Ribeiro, Ana Gomes Ferreira, Miguel Esteves Cardoso, Ana Brasil, Filomena Silvano, Francisca de Souto Moura, Alexandre Bros
MEC: Começou a fase do tédio.
11h28: A tiara de Kate foi-lhe emprestada pela Rainha Isabel que a recebeu de presente da sua mãe quando completou 18 anos. É uma tiara Cartier, de 1936.
MEC: Mau sinal: o Elton John está a sorrir.
MEC: Que casal tão caprichoso - ela recusa-se a dizer que obedece e ele, para se vingar, não usa aliança.
MEC: Não filmam a cara da Rainha Isabel. Deve estar a chorar, com certeza. Not.
FS: Ainda a noiva ... demasiado maquilhada. Parece arranjada por um cabeleireiro de bairro. NB: A maquilhagem escolhida por Kate é também discreta.
MEC: Que bom ser chapeleiro em Inglaterra!
MEC: Achtung! O chapéu da princesa Maria Eugénia é tóxico!
MEC: Chegou a aeromoça. Atenção às instruções de segurança.
*Londres é ventosa mas haveria outras maneiras de manter o penteado.
1.“É crucial que os decisores de política e os gestores públicos prestem contas e sejam responsabilizados pela utilização que fazem dos recursos postos à sua disposição pelos contribuintes”, afirmou o Governador do Banco de Portugal, à margem de uma conferência sobre os 35 anos da Constituição da República Portuguesa. Carlos Costa diz que nos últimos 12 anos os Estados e os Governos à frente dos destinos do país não foram prudentes. Endividaram-se e não quiseram cumprir regras europeias, de manter o défice abaixo dos 3%, ou de simples bom senso. 2. O presidente do Partido Socialista Europeu, o dinamarquês Poul Rasmussen, afirma que os especuladores e a maioria conservadora na Europa e nas instituições europeias são responsáveis pela actual situação económica em Portugal.
Como se, em caso de tuberculose, uns acentuassem o papel do terreno – má nutrição - alguns o contágio, enquanto outros preferissem sublinhar a virulência do BK.
A interpretação de Luis Vaz é mais integral - não inimputa ninguém: Erros meus, má fortuna, consumo ardente em minha perdição se conjuraram; .... Dei causa a que a Fortuna castigasse as minhas mal fundadas esperanças.
O consumo privado está a recuar desde Abril do ano passado. Diz-se que Sócrates, o grego, gostava de passear pelos mercados de Atenas; quando os vendedores o assediavam, ele explicava: - "Estou apenas a reparar quanta coisa existe de que não preciso"
Páscoa e Quaresma . "E se me tivesse enganado e na morte entrasse não na vida eterna de Deus, mas no nada? Se assim fosse - já o disse muitas vezes e estou convencido disso -, de qualquer modo teria vivido uma vida melhor e com mais sentido do que sem esta esperança." Hans Küng. *Terminado o curso, um grupo de amigos decidiu ir à "Europa"; muitos desistiram pelo que só foi o Antero e eu. Atravessámos a Espanha em Agosto num comboio quase vazio; às tantas entraram duas freiras para o nosso compartimento e a conversa esmoreceu. Pouco depois entraram dois jovens mineiros espanhóis que iam passar as férias com a família. Bem dispostos, faladores, tudo os extasiava – a beleza do dia, a perspectiva do regresso a casa e à família. A freira mais velha tentou refrear a euforia: Não esqueçam que depois desta há outra vida... O silêncio constrangido foi quebrado pelo mineiro mais extrovertido: Mas olhe que se não houver, as “irmãs” nem sabem o que perderam.
Resíduos sólidos Foi encontrado um feto humano entre os resíduos sólidos retidos no filtro da ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) de Bobadela. Diário de Coimbra 22-4-2011 * É o risco dos ralos complacentes.
As agências de rating alegam que não podem ser processadas porque o que fazem é pegar em informação que é pública e redigir um relatório de classificação equiparável a uma página de opinião ou a um editorial de jornal. Os profissionais das agências de rating não são considerados peritos; “Se fossem tidos como tal, não estariam protegidos pela liberdade de imprensa” Laiman advogado. “Os contabilistas também emitem opinião mas, como são peritos, já não estão protegidos pela liberdade de expressão”. White, da Universidade de NY. “As opiniões das agências são influenciadas pelo dinheiro que recebem. Ajudam a criar falsos cenários”. Smolla, da Lee University School of Law, Washington. Expresso 16-4-2011 * Quer dizer, dados sensíveis são coligidos por criativos que emitem palpites a parecer pareceres, transmitidos como previsões empoladas como boatos pelos media financiados pelos mesmos interessados de que dependem as agências. Assim se explica o seu fraco índice preditivo, a grande volatilidade das notações e, apesar de tudo, a sua aceitação pelas partes. Uma espécie de sondagem de opiniões, um barómetro para usar a analogia meteorológica com a respectiva fiabilidade mas sem a sua isenção.
Normalizámo-nos. As regras do jogo são claras e simples: seguir, obedientemente, o jogo e as regras.
. *Os feitores de opinião semeiam-nas no terreno mediático que os ganhões regam, sacham, mondam, adubam (alguns estrumam); por fim, avaliam a eficácia da colheita em amostras de conveniência (telefones fixos); com uma taxa de resposta de 5,5%. (Marktest) AOCM.
Publicam-nas já podadas e assim se encerra o primeiro ciclo vicioso. Quando os resultados não corroboram o esperado, ignoram-se os factos: os socialistas que sabem que não podem ganhar em circunstâncias normais, tudo estão a fazer e tudo farão para que a 5 de Junho a abstenção seja a mais elevada possível. JMF
Os refegos dos mercados (SIC) . O mercado é levado da breca; aproveita tudo – nisso é que está o ganho. Antes que esgote o filão das formas perfeitas (IMC ideal) – e amaldiçoado o das magras - tenta o nicho emergente dos gordos, agora politicamente corrigidos (são os novos heróis), absolvidos do pecado da gula que assim fica também normalizado – abençoado por S. Bazar. O negócio não podia menosprezar 30% da freguesia. .
Obviamente Com a ajuda de crédito barato deslocámos recursos maciçamente do sector transaccionável para o sector não-transaccionável, em que imperam indústrias pouco expostas à concorrência e onde foi mais fácil passar os custos de produção para os consumidores. Obviamente o capital e o talento fluíram para estas indústrias.Pedro Santa Clara, Nova School of Business. Para garantir a celebrada “liberdade de escolha” aos que podem, promove a 1ª “lipoaspiração” realmente não-invasiva. Lucro a dobrar – na acumulação e na aspiração. Tudo na mesma revista com uma ÚNICA página a separá-los, onde se fala de bancarrota.
Santander e BPI vão fechar 71 balcõesem Portugal Redução da rede de agências pela forte crise de liquidez.
* Essa hidraera um animal fantástico que vivia num pântano. Tinha corpo de dragão e nove cabeças de serpente cujo hálito era venenoso e que podiam se regenerar.
Da pobreza ao sobre endividamento . Le Monde, um dos melhores diários do mundo, consagrava uma página a Portugal. Lembrando que o país passou em trinta anos "da pobreza ao sobre endividamento", o jornal francês notava "a ausência de um plano global e coerente de desenvolvimento da economia, a promiscuidade entre pessoal político e chefes de empresa, a porosidade entre dinheiro público e interesses privados". Le Monde evocava a megalomania das auto-estradas. Mas poderia também, mais pertinentemente, ter frisado o desvario consumista para procurar explicar a crise actual. Ultra consumismo que salta aos olhos de quem, vivendo no Centro Norte da Europa, vem regularmente a Portugal desde o 25 de Abril. E que se nota logo à chegada ao aeroporto. Com homens e sobretudo mulheres trajados com os melhores requintes da moda e os inevitáveis adereços de marca caríssimos. Com montes de gente pendurada em te1emóveis dos últimos modelos, em conversas espantosamente intermináveis. Sai-se do aeroporto e o desfile de carros de grandes marcas é absolutamente assombroso. Chega-se a um comboio da linha do Norte ou da Beira Baixa e assiste-se ao incrível espectáculo exibicionista de Ipods e outros MP 3. de Iphones e Blackberrys, de computadores portáteis e, evidentemente, dos recentíssimos Ipads. Um verdadeiro desfraldar de vaidades, sem comparação alguma com a discreta modéstia que se vê na "capital da Europa", por exemplo, num país de velha tradição industrial e com um nível de vida assaz superior. Só que em Portugal, de há trinta anos a esta parte, assistiu-se a um total desvario consumista. Os portugueses passaram de uma sociedade pouco mais do que subdesenvolvida, onde os bens de consumo corrente eram restritos e os essenciais muitas vezes faltavam, para uma sociedade ultra-consumista que está aliás a destruir o tecido económico e social do país. ... A ânsia consumista e a irreprimível vontade de ostentação fez também expandir uma conduta simples mas significativa: muita gente, de praticamente todos os meios sociais (com excepção dos excluídos do sistema e dos que nele reinam deixou de tomar o pequeno almoço em casa e vai tomá-lo em pastelarias e cafés! Mas alguém pensa que nos países do Centro-Norte há tempo e dinheiro para fazer isso? A crise actua1 obrigará talvez os portugueses a um pouco mais de bom senso... ! J.M. Nobre-Correia. Professor na Université Libre de Bruxelles Diário de Coimbra, 21-4-2011
O mundo está mais do que perigoso: ninguém o entende. Enfim, ninguém, é exagero, neste jardim à beira-mar plantado .. há portugueses (que) conhecem a causa do desvario. FF
Há quem acredite no bode expiatório
691 portugueses culpam Sócrates e Cavaco pelo estado do país.
Dos 803 portugueses inquiridos pela Marktest, 86% (691) acreditam que a culpa do estado a que o país chegou é do primeiro-ministro “que não soube” e de Cavaco Silva “que devia”.
* Culpam, acreditam; como a amostra é só de 803, espero que os restantes 10 milhões não sejam tão crédulos. Mas receio estar enganado dado que há quem defina “os portugueses” pela sua ”natureza calaceira; o seu feitio de incumpridores relapsos; a sua irresponsabilidade nas exigências desenfreadas; ... os péssimos níveis de qualificação escolar e profissional; a iliteracia generalizada e irremediável; uma certa propensão para a estupidez e a crendice fácil. Artigo Parcial de VGM.
* Trata os portugueses como se fossem clones com uma “natureza”, “feitio” e “propensão” iguais. Os rinocerontes, quando estão furiosos, fecham os olhos, baixam a cabeça e investem a direito contra tudo o que está no seu caminho.
Decididamente ... As "doenças da crença", são o mal maior das nossas servidões.BB
Não podemos parecer pelintras lá fora Portugueses ocupam o quarto lugar no ranking das despesas realizadas com alojamento no estrangeiro. Mas são dos que menos gastam quando fazem férias em Portugal.
Esta semana fiz essa pergunta a um colega grego. A resposta foi sucinta: Naturalmente, eles têm o dinheiro e tu não; o dinheiro só passa para o teu lado se fizeres o que eles quiserem. Portanto, fazes o que eles querem. Só que, mesmo aí, o dinheiro passa por cima de ti, e vai para os bancos alemães.
*Mas não é o que se passa como 13º mês? Recebe-lo mas, à saída, és logo assediado por milhentas tentações; recusas algumas mas não resistes a bugigangas a que “Nem os forretas resistem”. Por fim, gastas tudo o que recebeste e dás conta, frustrado, que o dinheiro passa por cima de ti e regressou intacto ao banco de onde saíra, pronto para pagar o 14º mês. É a maldição do nº 13.
É esta a definição de consumpção (no Priberam): consumpção s. f. 1. Acto/Ato de consumir. 2. Destruição lenta mas progressiva. 3. Med. Definhamento.
A dominação não basta. É necessária uma ideologia da dominação. A maioria não conta. O que conta é a ideologia que a submete à minoria. Todo o poder consiste no controlo de uma maioria por uma minoria. Mário Vieira de Carvalho
O homem "não vive apenas num puro universo físico, mas num universo interpretado, um universo simbólico". "Vemos a realidade através da linguagem, da cultura, da ciência, das crenças, etc."Gabriel Amengual.
1. O homem pensa e sente com a língua. É por isso que o poder tenta dominar os media.
2. A minha pátria é a língua portuguesa. É por isso que o domínio da língua é critério para conceder a nacionalidade.
3. Os bilingues têm duas pátrias o que os favorece; mal é quando se atropelam – alguns estrangeirados e os que usam vocábulos de outra língua por ignorarem os da sua.
A agência Standard & Poor's cortou dois níveis na classificação da dívida pública portuguesa de longo prazo, de A- para BBB. Também a Fitch tinha já cortado a nota nacional, em dois níveis, de A+ para A-.
*O agravamento explosivo da grave crise financeira portuguesa na sequência destes “cortes” brutos é o equivalente bolsista da convulsão quando se procurava corrigir rapidamente a hipernatrémiasevera das crianças desidratadas.
As agências continuaram a atribuir notas elevadas (AAA) ao crédito subprime, meses depois de o mercado imobiliário norte-americano ter começado a entrar em colapso. Quando quiseram corrigir o erro, as agências começaram a baixar o rating de forma abrupta e repetida.«Talvez mais do que qualquer outro evento, foi a repentina descida sucessiva de rating o gatilho que espoletou a crise financeira». Relatório do Senado norte-americano.
O povo finlandês de então não esqueceu; o tal turista esqueceu ou nunca soube o que o avô de Passos Coelho fez ou deixou de fazer para que ele e outros como ele pudessem comer qualquer coisinha em 1940. Generosamente, isto é, sem juros e a fundo perdido, como se verifica.
Para a hipotética central em Portugal, escolheu-se um local arbitrário: Tancos, por ser aí, na Escola Prática de Engenharia do Exército, que fica o centro, que dispõe de software da NATO, desde 2005, destinado à simulação de cenários de risco nuclear e radiológico (e biológico e químico).
A Maternidade Alfredo da Costa está a solicitar aos utentes e familiares donativos para “ajudar nas despesas” da unidade, que tem um “orçamento restritivo”.
O porta-voz do Movimento dos Utentes dos Serviços de Saúde contestou a medida, defendendo que “quem deve suportar os encargos com a saúde é o Governo”. Já o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares classifica-a como um “esquema encapotado de financiamento”.
1. Quem dá uma esmola ao menino do fole que quer falar e não pode?
2. Exige-se um esforço a um estado falido; recusam-se donativos por "encapotarem o orçamento". O meu filho vai para a guerra a pé mas sem moscas... (A guerra de 2011)
3. Todos tratam das contas assumindo que não há gastos supérfluos. Se o sr. dr. Pangloss receitou é porque é preciso. Será?
Serão necessárias cesarianas a 30% dos partos? Percentagem semelhança à da água potável que se perde nas canalizações. Imaginam o gestor da Águas de Portugal a pedir donativos para comprar mais água para que chegue às torneiras? Em vez de pedir maior esforço aos doentes/utentes não seria preferível gerir melhor?
Se os gestores e os chefes passassem menos tempo nos gabinetes e com a informática e vissem o que se passa com olhos de ver poderiam reduzir consideravelmente os gastos. Mais do mesmo não é solução, é xarope.
*"Quase não falava ainda. Quina não hesitou em proceder com ele à cerimónia do «menino do fole», usada na região com as crianças de fala atrasada, e que consiste numa pequena peregrinação presidida pela madrinha. Deverá ela pedir, em três casas em que a porta de entrada seja oposta à porta de saída, «alguma coisinha para o menino do fole, que quer falar e não pode». ... Alguns dias depois o menino começou a falar; mas a sua pronúncia nunca foi perfeita, e não chegou jamais a pronunciar o l com exactidão. Dizia «ume» e «ugar». Porém, Quina concluiu que o efeito miraculoso se produzira". Agustina Bessa-Luís. A Sibila 1953
Os hospitais estão a pedir aos pais que levem fraldas e leite terapêuticos - que substituem o leite materno - para os bebés enquanto estes estão internados. Há casos de doentes crónicos que têm de levar de casa os medicamentos para o período de internamento.
*Se levam a chupeta e o seu brinquedo porque não também as fraldas, o leite e medicamentos que usariam se não tivessem adoecido?
"O Estado tem uma importante função como regulador do mercado, mas não se deve imiscuir em actividades onde não tem nada que fazer". Alfredo Prieto, da editora da União de Escritores e Artistas Cubanos.
"Ou corrigimos a situação ou não teremos mais tempo para escapar ao abismo que se aproxima", avisou Raúl Castro
Manuela Ferreira Leite teve um dos piores resultados eleitorais de que há memória no seu partido mas nesse ano de 2009 nunca lhe foi reconhecida razão.Helena Matos
Os períodos entre eleições costumam ser propícios à aprovação de regulamentos e disposições que mais tarde nos causam os maiores engulhos. Helena Matos
*Os argumentos de Helena Matos costumam ser mais pertinentes:
O objectivo das eleições é o fazer com que a minoria aceite pacificamente o veredito da maioria e não o de escolher quem tem razão.
Se os períodos entre eleições não são “propícios à aprovação de boas leis”, quais serão esses períodos fastos?
"Um país não pode gastar mais do que aquilo que tem por muito tempo. Esse foi o caso de Portugal". O processo de reequilíbrio orçamental em curso (PROEC) "não vai ser rápido, nem fácil". "É um processo longo, vai demorar mais tempo mas é mais realista do que outros caminhos".
Portugueses esgotam destinos de férias na Páscoa em tempo de crise (DE)Os portugueses estão a preparar-se para fugir de Portugal enquanto o FMI está a entrar. Antes de conhecer mais um pacote de medidas de austeridade, os portugueses decidiram gastar os últimos cartuxos nas férias de Páscoa, preferencialmente para um país tropical com sol e praia.
*No PROEC Portugal exporta turistas, euros do 25º mês e água do solo. É a maneira tuga à rasca de reagir à agiotagem dos credores, ao arbítrio das agências de rating, à incompetência dos gestores e ao egoísmo formigal dos “Verdadeiros Europeus”.
A membrana celular é responsável pela manutenção do meio intracelular, que é diferente do extracelular. Para o funcionamento normal e regular das células, deve haver a seleção para impedir a entrada e saída de indesejáveis.
No ano 2010, o número de licenciados que saíram do nosso país à procura de emprego no estrangeiro cresceu numa percentagem de 57%. Temos de concordar em que é frustrante saber que o Estado Português suportou custos elevados com a formação de quadros qualificados que agora oferece de bandeja a outrospaíses.
*Uma razão semelhante era um argumento para justificar a construção do Muro de Berlim há 50 anos; não era justo que aqueles que se haviam licenciado em Universidades financiadas pelo povo alemão-leste emigrassem para o ocidente onde ganhariam muito mais.
Hospedada no hotel Tivoli, a equipa de técnicos que está a analisar as contas nacionais na sequência do pedido de ajuda externa, foi a pé até ao Ministério da Finanças na Praça do Comércio. A distância não é grande e o passeio agradável.
*O ridículo mata; em vez de sublinharem o exemplo, os jornalistas entretêm-se com os bonecos: Veja as imagens do passeio
«O défice do nosso orçamento chegou, o ano passado, aos 5%. Eu fico muito surpreendido por Portugal não estar preocupado quando tem um défice de 8%. É um caso curioso, interessante e espero que não estejam aqui jornalistas porque, a nível interno, eu digo que é absolutamente necessário eliminar o défice o mais depressa possível e defendo a introdução de medidas radicais para o conseguir. Portanto, sr. presidente, peço-lhe que não divulgue por cá que vocês têm um défice ainda maior que o nosso». O Presidente checo Václav Klaus, para Cavaco Silva, seu convidado.
O presidente Vaclav explica a Cavaco como reduzir o défice
O aeroporto de Beja ainda não está certificado nem a operar, mas hoje vai funcionar para realizar o primeiro voo excecional, com os 70 passageiros a ter como destino final o município cabo-verdiano de São Filipe, na ilha do Fogo.
* Depois será o trajecto Caia-Poceirão. Excecional também.
Depois de reflectir nas verdades duras como punhos (kulak) emitidas por Lenine sobre os kulaks, “sugadores de sangue, vampiros que engordam durante a fome” resolvi expiar os meus pecados de classe, mas sem classe, em S..., trabalhando duro como um mujik nas minhas terras de kulak.
Como um abatimento de terras, devido à chuva invernal, obstruía a via (para o socialismo?) pedi a um explorado rendeiro que não paga renda há décadas que procedesse à desobstrução em troca de um abatimento na renda. Parecendo abatido com a desonesta proposta descreveu-me em pormenor o rol imenso das suas inúmeras doenças. Quando eu, manhosamente (manha de kulak) referi que, no dizer do povo, “o trabalho dá saúde”, ele atalhou bruscamente dizendo que gostaria muito de me ajudar mas que estava terminantemente proibido de trabalhar pelo médico de família. Como neste país de desempregados é difícil encontrar trabalhadores resolvi meter mão à obra.
Enquanto roubava o trabalho a algum pobre detentor de Rendimento Mínimo Garantido, uma dúvida se foi, insidiosamente, instalando, um problema de identidade sociológica. Serei kulak ou mujik? Como tenho terras devo ser kulak. Como não exploro ninguém e trabalho nas terras devo ser mujik. Como arrendo terras devo ser kulak. Como o rendeiro não paga, o que sou? Depois de muito matutar, entre duas pazadas, resolvi enriquecer a ciência social com novas classificações: os kuliks e os mujaks. O Kulik é o kulak que não explora ninguém a não ser ele próprio; o mujak é o mujik que resiste à exploração do kulak, não pagando renda.
A jornalista-padrão, depois de obter belas respostas de uma pequenita, deu-lhe autorização para continuar a brincadeira: “Agora já podes...”. Eram politicamente incorrectas.
Seguiu-se um velho a quem não deu autorização para concluir a resposta pedida; a jornalista-padrão nem deu conta da impertinência, preocupada com o fim do período alocado.
Depois de um longo inverno de doces e farturas, uma cura de emagrecimento antes da praia.
Depois de um memorável Entrudo, cada um mascarado de faz de conta, uma quaresma com a receita habitual: jejum e abstinência.
De todas as tentações, escolher o que faz falta - libertar a malta do vício do consumo supérfluo; acordar a malta da hipnose da publicidade. E avisar a malta do exemplo dos islandeses.
Portugal pode esperar o corte de salários, pensões e benefícios sociais com o regresso do FMI. Torres Couto, antigo secretário-geral da UGT e negociador sindical nas conversas com o FMI em 1983 lembrou os meses passados no Ministério das Finanças, «a negociar com uma equipa sinistra de tecnocratas do FMI».
«Não se deixem iludir, não há fundos de ajuda, há o fundo de resgate pago a preço brutal e pago sempre pelos mais fracos, porque o que está em jogo é salvaguardar os direitos de quem investiu em Portugal, recuperar [o investimento] no espaço de tempo mais curto. E a melhor forma de conseguir isso é cortar despesa».
Confessando-se «decepcionado e desiludido», Torres Couto disse ter entrado na política com «entusiasmo», pensando que se «mudaria as coisas com o exercício da transparência e verdade», mas acabaria por constatar que «o dirigente político que fala a verdade à população perde as eleições».
É no baço que se acantonam os glóbulos que já não servem.
Portugal é um país cruel com os seus velhos, desleixa-os, abandona-os e esquece-os. Certa gente abandona os seus velhos à porta dos hospitais e parte para nunca mais voltar. Outra gente abandona-os num lar imundo e paga uma mensalidade para nunca mais os visitar.Clara Ferreira Alves. Única/Expresso. 6/11/2010
Cansaço fácil, palidez... tinha anemia. Explicaram-lhe que os seus pletóricos glóbulos vermelhos se consumiam muito depressa, sequestrados num baço avaro; o doente só se mantinha porque a medula óssea compensava produzindo mais glóbulos. Era uma doença de que sofria há muito; só que agora surgira uma complicação – tinha sido contagiado por um parvovírus oportunista.
Normalmente é uma infecção banal das crianças que passa por si, isto é, que elas aprendem a debelar; os antigos chamavam-lhe a 5ª doença, o mais bonito dos sarampelhos. Mas quando atinge doentes hemolíticos (o nome da doença) a situação é mais grave porque as células primordiais entram em greve às horas extraordinárias – não aceitam que sejam sempre os mesmos a ser sobrecarregados; sem esse esforço suplementar a produção não compensa o habitual consumo excessivo.
Face ao agravamento da anemia foi decidido transfundir e a situação melhorou transitoriamente; mas houve que repetir as transfusões para se manter equilibrado até que a infecção cure. Acontece que o Banco de Sangue não aceita continuar a dar sangue a um doente em greve “hematopoiética” e não só recusa sangue para novas transfusões como exige que o doente devolva já o que já utilizou.
O prognóstico é reservado; por temer extirpar o baço, os médicos ensaiam receitas de reconhecido efeito placebo; atribuir culpas é uma delas.
A pretexto de discutir o futuro do país, a RTP reservou o convento do Beato, iluminado a roxo e doirado, dada a época.
Os convidados mal enchiam metade do claustro; a outra metade estava reservada para os intervenientes, os “pivots” e os painéis.
As câmaras mostravam o resto do convento – átrios, corredores, escadórios – frios e vazios também.
Tudo preparado, iluminado, (aquecido?) para que uma centena de figurantes fizessem de ouvintes de meia dúzia de intervenientes, para efeitos cénicos; media oblige.
Tudo durou hora e meia, se tanto - a duração prevista para um espectáculo. Portugal.Beato.com
Na semana em que Portugal declarou bancarrota este casal comemorou o 90º aniversário com apoio domiciliário de uma instituição; à jornalista, lamentou quanto gasta em medicamentos, entre outros, "para o colesterol"...
Profilaxia primária; discussão pública oscila entre a obrigação de prescrição por princípio activo ou de genérico.